sexta-feira, 25 de junho de 2010

MENSAGENS POÉTICAS DO ADEMAR MACEDO


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A saudade senta ao meio
de quem vive da esperança
de ver retornar ao seio
algo mais que uma lembrança!
(Josias Alcântara/ES)


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Estou me distanciando
do melhor da minha idade,
com meu coração lembrando
desse tempo, com saudade.
(Tarcísio Fernandes/RN)


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2010 > Bragança Paulista/SP
Tema > CAMINHADA > Venc.
Nas curvas da caminhada,
tento a paisagem mudar.
Se não pode ser mudada,
mudo meu jeito de olhar!
(Vanda Fagundes Queiroz/PR)


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MENINICE.

– José Lucas de Barros/RN –
Cada dia, mais distância,
cada instante, mais saudade...
Como ficou longe a infância!
Amigos da mocidade,
agora não mais os vejo
em nossa velha cidade!
Meu coração sertanejo
bate ao compasso do sino
das festas do lugarejo.
Se eu fosse outra vez menino,
mesmo assim pouco faria
pra reverter o destino.
Pra meus pais,
mais alegriapediria, com certeza,
a Deus e à Virgem Maria,
e um grande alívio à pobreza
que os perseguiu duramente.
Quanto a mim, não é surpresa
afirmar, de boa mente,
que quase tive o que quis,
no meio de minha gente.
Botando os pontos nos is,
fui moleque bom de estrada,
fui menino, fui feliz!
Assim, digo a minha fada:
pode manter meu destino!
Não precisa mudar nada.
Basta, na vida futura,
que não me falte a ternura
de um coração de menino!


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Eu quero ver retratada,
por sobre os meus cacarecos,
a minha vida encenada
num teatro de bonecos.
(Ademar Macedo/RN)


...E Suas Trovas Ficaram:
Debaixo de nossa cama,que tu deixaste vazia,o meu chinelo reclamao teu chinelo - Maria.
(Anis Murad/RJ)


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Fui fazer uma faxina no armário
Que há anos é depósito de ilusões,
Encontrei amarelas as canções
Que saíram do meu mundo imaginário;
E das peças que já foram vestuário
Tinham umas mofadas, outras pretas,
Estouradas encontrei doze canetas
Que narraram meus amores infantis;
Numa caixa entreguei para os garis
As tristezas entulhadas nas gavetas.
(Wellington Vicente/PE)


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G O L.

– Edmar Japiassú Maia/RJ –

As algazarras, fartas de emoções,
e os choques das torcidas diferentes,
nas guerras de refrões intermitentes,
envolvem ansiosas multidões...

Bandeiras tremulando são freqüentes,
com gritos libertando mil tensões...
E em saltos, socos no ar e palavrões,
explodem as paixões dos descontentes...

Na verde arena correm, agitados,
heróis de barro que, robotizados,
tentam saciar do povo a enorme sede...

E o caldeirão fervilha perigoso,
ao pressentir o instante, glorioso,
em que, afinal, a bola estufa a rede!

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