domingo, 7 de setembro de 2014

O SONETO DE EVERALDO BOTELHO BEZERRA - NATAL/RN

 
O PESCADOR E O POETA

Sai a jangada ao mar; desliza bela
A cortar altas ondas insistentes.
Quer seja em alvoradas ou poentes,
Recolherá cardumes com sua vela.


Enfrenta as águas, guiada pela estrela
Da noite. O mar sussurra sons plangentes.
O pescador, sem medo das correntes,
Traz sua pesca. Sim, eu pude vê-la!

Imitei-o e, com a jangada ao mar,
Intrépido, nas ondas fui pescar,
Não cardumes, porém, felicidade.

Voltei vencido, triste, acabrunhado,
Trouxe apenas lembranças do passado
E o coração repleto de saudade!

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