terça-feira, 21 de junho de 2011

COMPARTILHANDO A FELICIDADE DA BARONESA LÚCIA HELENA

MEU PRESENTE DO DIA 9 DE JULHO VEIO POR ANTECIPAÇÃO: RENATO JOSÉ - MEU GRANDE AMOR!

ELE CHEGOU! CHEGOU COMO PRESENTE ANTECIPADO DO MEU ANIVERSÁRIO. AGRADEÇO A DEUS. SOU FELIZ!
HÁ QUANTO TEMPO DESEJO ESTE MOMENTO COM MEU NETO. E ELE CHEGOU, COM TODO AMOR, PARA ME FAZER FELIZ E ME DEVOLVER O SORRISO! CHEGOU COMO BENÇÃO DE DEUS.
O MESMO RENATO JOSÉ. CALMO, EDUCADO E PONDERADO. NESTA FOTO, CONVERSAVA COM O PRIMO DUDU DE QUEM MUITO GOSTA E LOGO PERGUNTOU SE ELE IRIA AO NATAL SHOPPING.
DUDU (EDUARDO), ABEL (O TIO) E RENATO JOSÉ, APÓS LANCHAR E BRINCAR MUITO!
MINHA NANINHA (IVANA), MÃE DE DUDU, MEU FILHO ABEL E MEU NETO QUE SÓ TRAZ ALEGRIAS!
ELES BRINCARAM MUITO!
O ENCONTRO DOS PRIMOS - RENATO JOSÉ E EDUARDO
APÓS A PESCARIA NO SWEET PLAY, VAMOS AMASSAR O POBRE RATINHO DE CILICONE
NESTE ABRAÇO, A ALEGRIA DO REENCONTRO.
AGRADEÇO A DEUS POE ESTE ABENÇOADO PRESENTE!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

JORNALISTA PÚBLIO JOSÉ - ARTIGO

SENTADO EM CINZAS

Públio José – jornalista

(publiojose@gmail.com)

Uma dos aspectos mais marcantes e conhecidos na vida de Jó, do ponto de vista popular, diz respeito à sua paciência. Tanto é assim que virou ditado corrente a expressão que diz “fulano tem a paciência de Jó”. Outra faceta também realçada é a que aponta para a sua pobreza. Daí que, popularmente, é costume também se dizer “mais pobre do que Jó”. Logicamente, muitas pessoas usam a citação por ouvir falar, sem atentar nem conhecer a história real do personagem. Em primeiro lugar, Jó não era pobre. Ao contrário. Era riquíssimo para os parâmetros da época. A comprovação está na Bíblia, no livro que leva seu nome, conforme registrado no capítulo primeiro, versículo terceiro: “Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal a seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente”. Como se vê...

Acontece que um dia Jó ficou pobre. Não somente pobre como miserável. Extremamente miserável. O capítulo 2, versículo 8, diz: “Jó, sentado em cinza, tomou um caco para com ele raspar-se”. Era tudo que lhe restara: cinzas e cacos. Os bens já perdera; a família também (a morte levara os dez filhos), com exceção da esposa; a condição de líder; o status de pessoa admirada e acreditada como bom empresário, além da saúde. Esta, de maneira inexplicável, colocara-o em estado lastimável e estabelecera-lhe uma rotina extremamente dolorosa. Um manto de tumores malignos tomara conta do seu corpo “da planta do pé até o alto da cabeça”. A solução para descansar, diante da impossibilidade de usar cama convencional, foi acomodar-se em cinzas. Os amigos sumiram, o horizonte encurtou-se – a ponto de não vislumbrar mais nenhuma solução para a vida – e a mulher passou a jogá-lo na direção do suicídio.

Além dessas, outras conclusões podem ser tiradas da leitura de sua saga. O “sentado em cinzas” revela, primeiramente, a vergonha social que sobre ele se abateu, e, em segundo lugar, o raquitismo empresarial e material a que chegou. As cinzas não representavam apenas um lenitivo para seu corpo coberto de tumores, mas a realidade que se instalara em sua vida. Afinal, o que são cinzas senão o resultado da queima de objetos sólidos, palpáveis, concretos, transformados em pó pela combustão da vida? Em Jó tudo virou cinzas. Seu patrimônio, dignidade, condição social, sonhos – e o pior: a saúde. A solidão também lhe pesava bastante. E, como empresário, concluíra: sentado em cinzas era o mesmo que sentado em nada. De tudo que perdera só não perdeu a fé. Esta permaneceu firme. Segurar-se à fé foi a ponte que construiu, apesar de tudo, para atravessar seus dias de homem doente, falido e abandonado.

Como Jó, atualmente, tem muita gente sentada em cinzas. Vida sem sentido, oprimida, tornada pó. Rotina angustiante e vazia. A saída? Voltar-se para Deus. É o que se conclui da história de Jó. Dos amigos só recebeu acusações; da esposa exortação para amaldiçoar a Deus e, em seguida, abraçar a morte. A única ponte a segurar Jó em vida foi a ponte da fé. Em Deus – seu Redentor. O capítulo 19, versículo 25, registra o seu brado: “Porque eu sei que o meu Redentor vive...”. Esta confissão levou-o a vencer o desejo de morte e o manteve convicto de que outros dias lhe estavam reservados. Tempos depois, família restaurada, saúde restabelecida, teve de volta, dobrado, o seu patrimônio. “Porque veio a ter quatorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas”, segundo o capítulo 42, versículo 12. Eis o verdadeiro Jó e sua plenitude. Alçado a ela somente pela fé. Pela fé. Somente.

ATIVISTA CULTURAL CEICINHA CÂMARA PROMOVE EVENTO EM SUA VILA DO BISPO/PORTUGAL

BRASILEIROS E PORTUGUESES FAZEM A GRANDE FESTA LÍTERO-CULTURAL, COM TRÊS TEMAS E TRÊS AUTORES, NESTE 20-06, EM VILA DO BISPO/PORTUGAL..

VILA DO BISPO EM FESTA, NESTE 20 DE JUNHO.
PARABÉNS A VILA DO BISPO
É COM ALEGRIA QUE INFORMAMOS A PRESENÇA DOS TRÊS PALESTRANTES EM VILA DO BISPO, MUITO BEM INSTALADOS NO HOTEL MIRA SAGRES, PARA O "COLOQUIO CULTURAL: TRÊS TEMAS, TRÊS AUTORES", NESTE 20 DE JUNHO DE 2011!
DURANTE O PERÍODO DA MANHÃ HAVERÁ UMA AUDIÊNCIA COM O EXMO. PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA DO BISPO - SR. ADELINO SOARES (PESSOA GENTILÍSSIMA, DE FINO TRATO, PRESTIMOSA E ATENTA ÀS COISAS DA CULTURA E DA LITERATURA EM GERAL), OUTROSSIM, COM A EXMA. VEREADORA DA CULTURA - DRA. RUTE SILVA. NA OCASIÃO, A ORGANIZADORA DO EVENTO - CEICINHA CÂMARA - VAI INTERMEDIAR AS APRESENTAÇÕES DOS PALESTRANTES: DR. RUBENS BARROS DE AZEVEDO, DR. CARLOS MORAIS DOS SANTOS E DRA. SELMA CALAZANS RODRIGUES, FIRMANDO, DESTA FORMA, O INÍCIO BRILHANTE DESSE INTERCÂMBIO CULTURAL, O QUAL, REALIZAR-SE-Á COM MUITO AMOR, CARINHO E, TAMBÉM, COM O PENSAMENTO DE CEICINHA CÂMARA, QUE SE VOLTA, EM PERFEITA HARMONIA E CONSIDERAÇÃO, À TERRA DOS VERDES CANAVIAIS - "CEARÁ-MIRIM" - E À SUA NOVA TERRA: "VILA DO BISPO", NA REGIÃO ALGARVE, EM PORTUGAL, QUE EM TEMPOS REMOTOS, FOI O CELEIRO DA REGIÃO ALGARVE-PORTUGAL, TERRA DO INFANTE D. HENRIQUE.
EIS QUE A NOSSA QUERIDA CEICINHA CÂMARA, ESSA ATIVISTA CULTURAL DE ABSOLUTO VALOR, VAI GALGANDO OS DEGRAUS DA DO SUCESSO, NA REALIZAÇÃO DE EVENTOS DE TAL PORTE, PARA A GLÓRIA BRASILEIRA E PORTUGUESA.
TUDO MUITO BEM DISTRIBUÍDO PARA ESTE DIA 20 DE JUNHO, NO AUDITÓRIO DO CENTRO CULTURAL DE VILA DO BISPO, ONDE OCORRERÃO AS PALESTRAS, OS MUSICAIS, EXPOSIÇÕES E AUTÓGRAFOS DE LIVROS.
UM MOMENTO ETERNO E GLORIOSO!
IDEALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE CEICIN HA CÂMARA
DÉBORA MACHADO E NUNO LUCAS COM PARTICIPAÇÃO MUSICAL
A GRANDE ORGANIZADORA DO EVENTO
APOIOS E PATROCÍNIOS CONQUISTADOS
fonte: www.outraseoutras.blogspot.com

domingo, 19 de junho de 2011

MÁRIO LÚCIO - MEMBRO DA SPVA/RN, MAIS UMA VEZ CLASSIFICADO NO FORRAÇO !


O POETA, COMPOSITOR, MÚSICO MÁRIO LÚCIO MAIS UMA VEZ TEM OBRA SELECIONADA PARA A FINAL NO FORRAÇO EM NATAL.
SUAS COMPOSIÇÕES SÃO BELÍSSIMAS E PRIMAM PELO FINO TRATO POÉTICO QUE VALORIZA SUA MAGNÍFICA OBRA. JÁ FOI POR VÁRIAS EDIÇÕES DO FORRAÇO, FINALISTA. INCLUSIVE JÁ TEVE COMPOSIÇÃO DEFENDIDA PELA ESTRELA POTIGUAR E APRESENTADORA DE TELEVISÃO, A CANTORA LUCINHA LIRA.
EM UMA DAS EDIÇÕES, CLASSIFICOU-SE EM QUINTO LUGAR.
COM ESSE CURRÍCULO INVEJÁVEL E TALENTO INCOMPARÁVEL, CONVIDA OS CONFRADES SPVA/RN E DAS DEMAIS AGREMIAÇÕES CULTURAIS EM QUE PARTICIPA, PARA PRESTIGIAREM A APRESENTAÇÃO DO SEU XOTE ROEDEIRA "SE VOLTASSE O TEMPO". SAIBAM QUE TEM UMA MELODIA E LETRA IRRESISTIVEIS AOS FESTEJOS JUNINOS COM UMA PITADA APROPRIADA DE ROMANTISMO NESSE INVERNO TROPICAL ANSIOSO POR CALOR HUMANO DE APAIXONADOS.


Evento: FORRAÇO 2011
Dia: 23/06/2011

Hora: a partir das 19:30h

Local: Avenida Roberto Freire entre a Faculdade Estácio de Sá (Unidade Natal) e o Praia Shopping - Palco armado em rua transversal.

Participem, será uma noite de Corpus Cristi (feriado) regada a talento potiguar.

O ADEUS AO ESCRITOR POTIGUAR BARTOLOMEU CORREIA DE MELO

Lamento a morte do escritor, tive o prazer de conhece-lo no III Encontro Potiguar de Escritores/EPE. Transcrevo na íntegra materia do blog da bela Vivi Viana.

Nascido em Natal/RN (1945), criado no Ceará-Mirim (RN), terra de engenhos, cenário temático dos seus escritos. Educado por padres salesianos e irmãos maristas, dedicou-se ao magistério. Graduado em Farmácia (UFRN) e pós-graduado em Físico-Química (UFPE e USP). Adotou agropecuária (Fazenda Aliança) como segunda atividade e literatura como primeiro lazer. Aposentado (UFRPe e UFRN) como professor de Química. Obteve com “Lugar de Estórias”, seu primeiro livro, o prêmio nacional “Joaquim Cardozo”(1997), da União Brasileira de Escritores (UBE). Seu segundo livro, “Estórias Quase Cruas” (2002) foi igualmente bem recebido. Publicou também a estória infantil “O Fantasma Bufão” (2004). Recentemente (2010), teve lançados “Tempo de Estórias”,seu terceiro livro de contos e “A Roupa da Carimbamba”, segundo livro infantil, todos pelas “Edições Bagaço” (Recife).Fonte: site da UBERN e NOTÍCIAS DA LUSOFONIA, DE CEICINHA CÂMARA.




H O M E N A G E N S




BARTOLOMEU CORREIA DE MELO


Maior revelação do conto potiguar, nas últimas três décadas. Bartolomeu Correia de Melo surgiu cinquentão, quando já bastante conhecido como pesquisador e professor de Química.Seu livro de estréia - "Lugar de estórias" foi laureado com o prêmio Joaquim Cardozo/1977, da União Brasileira de Escritores, e teve duas edições, quase simultâneas - EDUFRN, Editora da UFRN, Natal, 1988 e Xeroz do Brasil, Recife, 1998.Desde 1966,BCM vinha escrevendo, nas horas vagas, histórias várias, que engavetavasem pensar em publicá-las. Até que, como ele prórpio disse, com muito senso de humor, "se viu na vez de mal-aposentado (ETFRN, UFPE e UFRN). Aí, por tristeza e descostume de vadiagem quase-quase amofinou-se. Ser biscateiro ou vereador, desapetecia. Cuidar da fazendola "Águas de Março", enchia o tempo sem encher a cabeça.Então, palpitou desencavar a retraçar alguns contos cometidos no correr da vida, afagando as saudades do Ceará-Mirim. Daí que apareceu "Lugar de Estórias" (...)Ceará-Mirim é o seu país sentimental, fonte inesgotável de inspiração. Nas terra dos canaviais, de tantas tradições, o autor encontraráos cenários e os personagens de sua infância, com os quais contrói suas estórias simples, que o autor sabe explorar como poucos.Bartolomeu Correia de Melo nasceu em Natal, no dia 7 de março de 1945. "Foi uma criança terrível e adolescente abominável". Confessa e acrescenta: "Desasnado por padres salesianos e formatado por irmãos maristas, logo cedo, coitado, converteu-se ao Magistério".É graduado em Farmácia (UFRN), com pós-graduação em Físico-química (UFPE e USP). Escreveu trabalhos científicos e pedagógicos, publicados em revistas especializadas, nacionais e estrangeiras.Quando lançou seu livro de estréia, jurou ser "primeiro e derradeiro". Felizmente, quebrou a jura. Em 2002, publicou nova coletânea - "Estórias Quase Curtas" Edições bagaço, Recife), de grande unidade temática e formal, como a anterior, e dentro do mesmo universo ficcional.Bartololeu Correia de Melo é casado com Verônica Marques, com quem teve três filhos, Bruno, Ana Cláudia e Ruth.(Manoel Onofre Jr. in Contistas Potiguares, Sebo Vermelho edições, 2003)BARTOLOMEU CORREIA DE MELOPor Franklin JorgeSeu defeito mais evidente resulta antes da ingratidão do destino do que de uma deficiência própria; do destino, seja dito, que o fez nascer em Natal, terra de muro baixo que não consagra nem desconsagra ninguém, embora o gentio cultive o hábito de gastar duzentos para impedir que alguém embolse vinte.Refiro-me, está claro, ao escritor Bartolomeu Correia de Melo, artífice e mestre na arte do ficcionismo que, no presente caso, tem fundas raízes plantadas no chão do Ceará-Mirim, onde viveu os anos inaugurais de sua vida à sombra benfazeja de uma avó sertaneja.Escritor sofisticado, sua química literária inscreve-o numa espécie particular de barroquismo traduzido em coloquialismo que contém toda uma cultura baseada em ancestralidade que remonta à Idade dos Nomes.Estórias quase cruas, que leio oito anos depois do seu lançamento (2002) é, em sua genuína virtuosidade estilistica e pujança lingüística uma dessas obras significativas de toda uma cultura eivada de vida e vigor. Sem dúvida um escritor do mesmo naipe de Carmo Bernardes e João Guimarães Rosa, porém marcado pela fatalidade de ser potiguar.********************DAS FALASTRIAS: ESCRITOR BARTOLOMEU CORREIA DE MELO DISCURSA NA UBE/PE(1)


Prêmio Literário Nacional Joaquim Cardozo (Discurso na União Brasileira de Escritores ) Bartolomeu Correia de Melo


“No entanto, quem me descobre, eu que sou triste e sou pobre,vai me achar bem desigual.” Joaquim Cardozo NAQUELES quandos de quando somente os dizeres aliviam o ardume dos pensares – ano sim, oito não – batia vontade de escrever. Então, quietinho num canto, feito menino surrado, escrevia; escrevia como cochichando desabafos. “Umas linhas de tinta amorosa, de tinta sincera e banal.” (1) Porém, os aboios da vida tangiam pra outros que-fazeres, obrigando a engavetar tais rascunhadas fantasias. E assim, escrevivendo, aforei trintena de anos. Acomodado a vasqueiras alegrias, benvindas mas passageiras, que nem chuvas-de-caju.Sou daqueles acanhados, que se satisfazem por escrevinhar pra seus próprios olhos, contando coisas do seu próprio umbigo. Nunca palpitei que alguém, não sabedor dos meus jeitos, chegasse a apreciar e preferir minhas estórias. Muito-que-muito honrado fico, por tal dote de valia; bem maior do que me atreveria a merecer. Assim, regavo e alardeio todo louvor de minha sempre obrigada gratidão.Hora destas, aqui assim perante, me ponho meio encabulado, quase medroso em dividir quantos sentires. Embora agradecido e carinhoso, desconjuro dos amigos que nisto me atiçaram. Mas tudo de bom tem seu pior: Agora, todo-mundo aqui esperançando de escutar minhas sabenças. Não fosse um enorme respeito por esta casa, disto me escafederia, jurando deslavado algum malentendido.Nada mais sou que um contador de estórias; não muito desigual de tantos, que nunca tiveram vez de assentar em papel suas doces mentiras.“Conversas compridas são parecidas!…” Diz Chico Piaba, cristão nascido e aprendido nalgum lugar de estórias. Pois, justo cuidando neste dito – assim destraquejado pra oratórias – nem-sei-que-diga. E cá então me eis: “Entre o gesto e a palavra, território onde as idéias se escondem e os pensamentos se perdem.” (1)Não que não tivesse algum porém a referir. Só que seriam assim coisas bem minhas, eu mais prosista do que prosador. Pois, sendo doutras lavras e leituras, meus saberes comuns aqui não bastam. Mas tenho ciência duma verdade enxuta: “Escrever de Joaquim Cardozo só pode quem conhece…” (2) E além de minhas securas – tão esquisitas que me desagüento – somente malinformo quanto a métricas de átomos e ritmos de moléculas. Belezas outras que, neste agora, talvez ficassem meio descabidas. Afinal, não tenho mestrias de calcular poemas em concreto nem consigo luzes pra bem-comparar treliças de ponte com rosas de ferro.Mas, embora diversos, em prosas ou versos, gentis ou perversos; todos gostam, todos mostram seus escritos. E se cada escrever tem sua receita, da minha não faço segredo: Talvez, por obra do velho ofício de boticário, me resulte prazeroso misturar tinta e papel com sonho e saudade; das minhas mais gratas “sustanças.” Tais porções de espírito, mesmo assim tão desafins, findam ligadas nas muitas fervuras vividas. E desta desusada combinação, aqui-acolá, decanto estórias; meio cruas mas quase puras. Afianço que santo remédio pra quantos crônicos pesares. Pois que, agindo no fundo do peito, depuram humores anêmicos e desentrevam emoções reumáticas. Pondo crença em simpatias, bastam quinze pingos, em água de quartinha serenada – gosto limpo de infância – benzida por cantos-de-galo dalgum já longe amanhecer.Que tipo de escritor seria? Resposto sem pedância: Não me decifro quando penso, nem me destrincho quando escrevo. Só sei que letrado nas letras não sou. Nem modernista nem regionalista; sou abecedista. Na minha província natal, de cada esquina um poeta, de cada rua um jornal, diz-que cientista está mais pra louco que pra intelectual.Assim, não me arvoro; quem nasce artesão não morre artista. Meus toscos escritos não escondem mensagens, apenas contam. Não mostram beletrices, apenas contam. Não revoejam metafísicas nem ruminam filosofias, apenasmente contam. Tudinho estórias do meu lugar, nos falares da minha gente; quase nada restando de minha real pertença. Apenas recolho palavras de engenho, brotadas no aceiro das conversas, como flores sem dono beirando caminhos. Estórias com começo, meio e fim; dando pra rir ou chorar, que nem as coisas bestas deste mundo. Estórias ditas compridas pra curtos gostos de agora. Talvez espichadas assim no justo tamanho das puídas esperanças dos seus moradores.Quem lendo sentir boniteza, inveja não sentirá.Conto casos, como conta o povo; no velho estilo de antigos contares, que os modismos nunca encantaram. Pois que conta com jeito formoso, nos repentes sestrosos dos como-dizeres; singelos mas precisos, como versos de Joaquim Cardozo: “Em vez de dizer: falar, prefiro dizer: cantar. Um canto triste e fecundo.”Povo conta como entoa seus cantares, na riqueza lírica das suas rimas pobres. Contares lavrados na franca linguagem do meu recanto – chão de poetas – lugar bonito onde o verde é sentimento. Entalhe caprichoso de palavras que se bastam, sem nada carecer comprar dos gringos. Linguajar livre e sadio que, por desilustrado, sobrevive assim teimoso; ignorando o vai-e-vem dos quantos “ismos”. Aliás, parecendo malagouro, não conhece nem padece da finura sonsa de tais fins-de-palavra. E sendo assim, por natureza, como graça descuidosa de criança malfalando, nossa língua nordestina periga na desgraça do desprezo. Finar-se desfigurada, à míngua de ternuras, pela peste finória do neoliberalismo. Pois, cantando a aldeia-global, qualquer macunaíma vira universal, desaprendido de escrever em brasileiro português.Aqui, por sorte trazido em mãos amigas, assim diante de tão lordes presenças, muito me regalo e envaideço. Se bem que, feito cambiteiro em salão de casa-grande, no descostume de recitar mesuras, por vezes quase-quase me abestalho. E pra não fazer feiúra, até que me valeria da manhosa singeleza do pouco falar. Talvez, pra parecer mais sabido ou, por tão insosso, sem malbondades. Pois, quase calando, nem diriam que qualidade de falastrão papa-jerimum andou por estas bandas com pantins de escritor. Mas, agora é tarde; findei demasiando o palavrório. Já desconfiam que igualmente me queixo de useiros cacoetes e vezeiros maldefeitos. Rogo assim que relevem meus tronchos badalares. “E que de tanto dizer fique o silêncio, que é cinza das palavras e que vence o surto de inverdades tentadoras.” (1)Recife / 1998


Fonte: site da UBE/RN

CEI - FAZENDO DIFERENÇA!

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quinta-feira, 16 de junho de 2011

ED SANTOS ALÉM DE POETA/ATLETA , TAMBÉM É MÚSICO!

JOSÉ EDIVAN DOS SANTOS,
ou Ed Santos, para os amigos poetas e Vavá para os familiares.
Dotado de uma sabedoria singular o poeta surpreende, semblante sereno, calmo, conversa pouco, pois é no papel e na caneta, que o mesmo expressa seus maiores anseios e sentimentos sobre o que pensa da vida e do meio que vive.
Ed Santos é o que se pode chamar de écletico, trabalhador de energia, além de trabalhar com eletricidade tem a própria no corpo, é atleta master, campeão nacional e internacional na categoria de salto a distância, e é patrocinado pelo SESI/RN.
Pois é, Ed Santos é tudo isso e muito mais, participou com louvor do festival de música do SESI/RN e teve sua música O AMOR É O BEM MAIOR... classificada.
Trago para vocês um pouquinho do trabalho desse poeta/atleta e músico ED SANTOS! clica ai e ouça o talento desse potiguar natural de São Pedro/RN cidade que ele tanto ama.

#Ed Santos é poeta membro da SPVA/RN- exercendo atualmente a função de tesoureiro.

A MÚSICA DE ED SANTOS