sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A EXPRESSÃO POÉTICA DE FRANCISCO MARTINS/MANÉ BERADEIRO - NATAL/RN


O escritor Diógenes da Cunha Lima, Presidente da Academia Norte Rio Grandense de Letras, celebra este ano 50 anos de vida profissional no ramo da advocacia. Ele recebeu muitas e justas homenagens. Também quiz presenteá-lo, e fiz para ele o CANTO DE AMIZADE, inserindo cada título dos seus livros dentro deste poema, feito em septilhas, onde a rima acontece na terceira, quarta e sétima linha de cada estrofe.


Vou lhe contar de um sonho
Que eu tive esta noite
Não sei bem o que se deu
Mas meu peito derreteu
Nele eu vi um homem-anjo
Fugindo do Paraíso
Pra servir o povo seu.

Ele trouxe uma lua,
Não uma lua qualquer
Uma lua quatro vezes sol
Cujos raios em arrebol
Tocam o homem em sua alma
No mais profundo do ser
e o levam ao farol.

Farol da sabedoria.
Das poesias e dos livros
Onde a vida que cria
Lhe pede sem agonia
Um instrumento dúctil.
Quando aqui ele chegou
Procurou a “academia”.

Este sonho enlouqueceu?
O certo não seria Cascudo,
Que ao pai prometeu,
Conhecer o filho seu?
Sim, Câmara Cascudo,
Um Brasileiro Feliz.
Prontamente o atendeu.

E aquele nosso homem
Qual um pássaro a voar
No seu Corpo Breve
Ele mesmo prescreve
O desejo de sonhar.
Sonhar com coisas altas
E não apenas semibreve.

Em suas mãos a pena
Na cabeça mil palavras
No coração o desejo
“Ser grande homem eu almejo”.
E se pôs a observar.
Cada rosto, cada frase, todo olhar
Tudo nele era cortejo.

Mas como a vida é dinâmica
O nosso anjo humano
Queria o mundo pintar
E sua curiosidade se pôs a aguçar.
- O que queres aprender?
Perguntou alguém sem querer.
“- Quero só pintar e adicionar”.

Eu sei quem pode te ajudar.
Por aqui há um pintor
Ele morar em algum lugar
Espere, deixe-me pensar
Ele é conhecido como
O Homem que pintava cavalos azuis
Onde ele está? Disse o homem a indagar.

Pegue a rua da Tendresse,
Do mais puro sentimento.
Na cidade de Natal poemas e canções
Leve suas emoções.
Lá o encontras, com certeza, assim verás
Lendo poemas versus prelúdios
Mas, cuidado, com os alçapões.

Nosso homem assim se foi
Pensando em tudo aquilo
Que ainda aprenderia
E qual não foi sua alegria
Quando as idéias que lhe moviam,
Os pássaros da memória,
Lhes trouxeram calmaria.

Eram tantas as perguntas.
Quem ousaria saber,
Tudo o que precisava dizer
Antes mesmo do anoitecer?
O livro das respostas
Seria sua aposta
Outra fonte não poderia ter.

E aquele homem amigo
Amou a cidade presépio
Como quem ama o eterno,
O colo mais puro e materno.
Por isso escreveu
Natal biografia de uma cidade
E ao povo foi fraterno.

Mas “bem sabe o pintor”
Que na memória das cores
O preto, a dor, a morte
É sempre um transporte
Que leva e traz
Solidão, solidões
Neste eterno passaporte.

E assim, nesta jornada,
Ele pode percorrer , sua existência,
Marcar suas estações
Alcançar suas posições.
Era o trem, não o seu, o dele,
“o trem da minha vida”
Em suas palpitações.

E por entre dunas e baobás,
Nosso homem assim vai
Seu desejo aumenta mais e mais
Suas mãos são castiçais,
Sua vida tem a beleza das xananas
Quem as vê
Não esquece jamais.

Esquecer? Por que?
Diz o poeta na sua filosofia
Quem pode esquecer o que ama
Principalmente quando a alma se derrama,
E mergulha nas memória das águas,
Riqueza sensorial, tesouro sem igual,
Onde todo nosso ser se inflama.

E se preciso for, independente da cor,
O poeta é capaz de numa nave
Com a avó e o disco voador
Sobrevoar natal em todo seu esplendor.
E sob um olhar azul, de alguém tão especial, o homens da letras,
Louvará o criador.

A jornada é mais que cinqüentenária.
Houve encontro com o colecionador de perguntas e o poeta
e ele que não é profeta
traz o trem das crianças,
razão da nossa esperança
orgulho deste planeta.

Eu despertei do meu sono,
E ainda vi lá no sonho
O semeador de alegria.
Que tanto enaltecia
O anjo eremita,
Portador da bondade,
Imortal da academia.

E agora José? Que farei?
Voltarei ao sono, tão belo e santo.
Isto não é nada científico,
Mas creiam, foi o magnífico
Dos sonhos da minha vida.
E para torná-lo real eu leio
Natal uma nova biografia.

Francisco Martins Alves Neto
21 de setembro de 2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

MEUS PARABÉNS A MINHA AMIGA FLAUZINEIDE NEIDINHA MOURA - ANIVERSARIOU DIA 29/O9

F AZER, EDIFICAR, ORGANIZAR FAZ-ME
L EMBRAR MUITO DE VOCÊ FLAUNEIDINHA.
A GORA E JÁ COM UM POUCO DE ATRASO QUERO LHE DIZER, VOCÊ É
U MA PESSOA QUE MUITO ADMIRO E EMBORA O
Z UMBIDO DO DESPERTADOR TOCOU NO MEU OUVIDO, LEMBRANDO QUE SUA
I NTELIGÊNCIA E BONDADE
N ÃO É NEGADA E NEM TÃO POUCO APAGADA, POIS
E S SIM, UMA ABENÇOADA, ESMERADA NA SUA
I NTEGRA E GLAMOUROSA TRAJETÓRIA
D E VIDA, VIDA ESSA ABENÇOADA
E QUE DESPERTA EM TODOS NÓS UM SENTIMENTO DE PAZ.

M UITA FELICIDADE, PAZ E AMOR TE DESEJO
O RGULHANDO-ME EM MUITO DE SER SUA AMIGA
U MA AMIGA MUITO QUERIDA, UMA IRMÃ EM CRISTO E QUE É
R EALIZADA NA VIDA! MESMO ATRASADA
A LMEJO A TI - FELIZ ANIVERSÁRIO NEIDINHA.

DEBATE SOCIAL É IMPRESCINDIVEL SOBRE O AUMENTO DE ANO LETIVO.

Aumento do ano letivo requer debate social





Republico matéria do site da CNTE, 26/09/2011



As recentes declarações do ministro da Educação, Fernando Haddad, sobre o possível aumento nos dias e/ou horas do calendário escolar da educação básica, do ponto de vista da CNTE, requerem um amplo debate com os atores educacionais (gestores, trabalhadores, estudantes, pais, acadêmicos e representantes sociais) e com o parlamento, a fim de verificar as condições pertinentes à elevação do aprendizado, objetivo primordial da proposta.



De antemão, reiteramos que a CNTE é a favor da escola integral, bem como da jornada integral dos/as educadores/as (professores/as e funcionários/as) numa só escola e em tempo e condições (profissionais e laborais) compatíveis para o bom aprendizado dos alunos.



Contudo, ao contrário do que tem sido veiculado na mídia, a CNTE não foi convidada, até o momento, pelo MEC, para debater a expansão do calendário escolar. A Confederação tomou conhecimento do assunto pela imprensa, que divulgou pesquisa encomendada pelo Instituto Ayrton Senna em parceria com o Todos Pela Educação, cujo conteúdo teria motivado o MEC a abrir a discussão sobre a ampliação do ano letivo.



Sobre a referida pesquisa, a CNTE considera o seguinte:



Pauta-se na lógica da fragmentação dos conteúdos e das políticas pedagógicas, contrapondo a recente orientação do MEC de conceber a política educacional numa lógica sistêmica. Ou seja: imprudentemente, propõe a alteração do ano letivo sem agregar a discussão sobre tempos e espaços escolares, currículo, inovações tecnológicas, financiamento público, formação, salário e jornada de trabalho dos educadores. O principal argumento é o baixo custo em comparação com outras variáveis e insumos pedagógicos.



Há determinismos nas relações de tempo na escola com a proficiência dos estudantes que não possuem nenhuma base teórica, como destacou o próprio coordenador do estudo (as análises baseiam-se em eventos isolados). Um exemplo refere-se à pretensa situação em que dez dias a mais de aula no ano, mantidas as estruturas das escolas, aumentam em 44% o aprendizado dos estudantes e em sete pontos a nota no SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica).



Também na linha da ausência de cientificidade e base social, o isolamento da variável “dias letivos” - técnica adotada pela pesquisa - não explica como a Finlândia, com 190 dias de aulas no ano, consegue manter-se à frente de vários outros países com calendário mais amplos - inclusive os demais da OCDE, que a mais de década não conseguem melhorar a qualidade da educação básica. Outra fonte questionável de comparação é o Chile, que, à luz da revolta estudantil espalhada pelo país, alcançou melhores resultados de desempenho através do elitismo educacional, ou seja, restringindo o acesso e dificultando a permanência das classes populares na escola.



O simplismo teórico aliado à indicação de menor custo financeiro enfraquece o debate sobre a importância de uma maior presença dos estudantes na escola. Além do que a pesquisa considera, erroneamente, apenas o tempo de exposição dos alunos ao conteúdo ministrado pelo/a professor/a - desconsiderando as interfaces com o ambiente e a comunidade escolar.



Sobre a questão profissional, o conceito de “bom” e “mal” professor/a, enfatizado no estudo, inclusive por resultados na proficiência dos estudantes, não é explicado sob nenhum aspecto científico. Além de não manter relação com as condições de trabalho e de valorização da carreira, essa visão (re)alimenta a crença de que a solução-chave do aprendizado estudantil reside exclusivamente na figura do/a professor/a, que sabemos ser importante. Contudo, a Conae 2010 apontou elementos estruturais intrínsecos à qualidade, como a instituição do Sistema Nacional de Educação e a implantação do Custo Aluno Qualidade, que precisam ser considerados no debate governamental da equidade e da qualidade educacional.



Embora crítica à pesquisa orientadora do MEC sobre a ampliação do ano letivo, a CNTE considera o debate de extrema importância, razão pela qual se mantém aberta ao diálogo sobre a melhoria do aprendizado escolar, seja em fóruns sociais, de governo ou do parlamento. De igual forma, a CNTE espera que esse debate seja conduzido com responsabilidade e ampla participação social, e que mantenha relação com os outros temas pendentes e afetos à qualidade da educação, como o cumprimento integral e imediato do piso salarial do magistério, a efetiva implementação da política nacional de formação dos profissionais da educação e a instituição do CAQ, que requer, necessariamente, o investimento de 10% do PIB na educação.

mais detalhes:
www.janeayresouto.com.br

CONSIDERAÇÕES SOBRE A PROFISSÃO PROFESSOR,

Por concordar com o nobre colega André, em tudo que ele fala, publico aqui as suas considerações sobre a nossa função de professor. AINDA RESTA ESPERANÇA.

Geralda,

Infelizmente atingimos o nível que queriamos.
Os professores, históricamente, deixaram que a situação chegasse onde chegou.
Aceitamos passivamente obrigações que não eram nossas, em benefício de uma sociedade que é mais corrosiva que o próprio governo, que olha para o próprio umbigo, que se precisar nos faz de escada para atingir um degrau ainda mais alto, para ver quem está brigando do outro lado do muro.
Eu já não sinto mais vergonha. Tenho pena. Pena de nós mesmos.
Quanto a merenda, já nem sei o que é isso, porque há muito tempo não sei o que é almoçar e jantar dignamente, porque normalmente nesse período ou estamos estudando ou nos deslocando para mais uma escola para lecionar.
Professor não merenda, lancha.
Infelizmente vivemos a política do pão e circo.
Eles tem o que comer, e a nós para ridicularizar. E viva o Brasil, um país de todos.
Então, não importa se sobra ou deixa de sobrar na merenda, se o aluno come ou deixa de comer.
O que importa é que somos professores, formadores de todas as profissões, não porcos para comer sobras.
Nosso caso já não é mais de união, de sindicato ou coisa parecida. É de valor.
Cada um de nós olhar para o espelho e ver refletida nele a imagem de uma pessoa que tem uma importância sem igual para esse país. A de uma pessoa que é capaz de multiplicar sonhos e ideais, de aditivar potenciais. NÃO DE VENDEDORES AVON, VIAGENS PARA APARECIDA DO NORTE OU RIFAS DE BIJUTERIAS.
Eu estou cansado disso tudo, mas a minha consciência não permite que eu desista.
Então, basta a mim me escorar em pessoas dignas como você, e ver se juntos chegamos vivos ao final dessa longa caminhada.
Obrigado por existir!!!

MERENDA ESCOLAR PARA PROFESSORES, INFELIZMENTE DISCORDO.

Publico com orgulho, acho pertinente e na hora certa, é isso ai companheira!

Sinto-me envergonhada em mendigar o direito à merenda escolar que custa ao governo R$0,30 por aluno.
Sinto vergonha quando nas discussões sobre merenda escolar para professores se coloca: mas sobra.
Parece-me que nós, professores nunca paramos para avaliar com responsabilidade o dinheiro que cada escola recebe para merenda escolar e a qualidade da refeição servida?
Por que sobra? Por que o aluno não come? Qual a visão de boa merenda que a escola tem? Qual a procedência de todos os alimentos comprados pela escola? E o prazo de validade?
Sinto vergonha quando nos apresentamos como mendigos perante a sociedade...
Sinto vergonha da falta de visão de horizontes para lutarmos pelos direitos conquistados por outros servidores públicos como: auxílio alimentação, ticket-restaurante, plano de saúde, vale transporte...
Não precisamos de merenda escolar. Precisamos de dignidade, de salários justos, de direitos equivalentes.
Precisamos de sindicato forte. Precisamos de nossa presença maciça em toda assembléia.
Enquanto rastejarmos seremos pisoteados. Portanto, precisamos fazer a marcha dos professores a Brasília em busca dos direitos equivalentes.Como conquistar esses direitos vai depender da nossa mobilização nacional.

Joana D'arc Oliveira de Freitas
Professora Escola Estadual Des. Floriano Cavalcanti

fonte: por e-mail

domingo, 2 de outubro de 2011

A EXPRESSÃO POÉTICA DE CIRO JOSÉ TAVARES - BRASILIA/DF

MADRIGAL E BACHIANO

Ciro José Tavares

“Estranha é a coragem

que me dás, estrela amiga:

Brilha sozinha na aurora

para a qual nada representas!”

William Carlos Williams, in Hombre

Que o teu saudoso olhar não se fatigue

correndo atrás dos sonhos que no tempo,

dia após dia,morrem e são inalcançáveis.

Devolve teu olhar à luz e na estrela cadente matutina

viaja sob o sol para esquentar o coração.

Adormece teu melancólico olhar

nos verdes misturados aos azuis do oceano,

deixa que no sono orvalho abandone a noite

e venha cobrir de rosas e dálias vermelhas

teu esquecido vestido branco de organdi.