OS PROBLEMAS SÃO OS EXCESSOS
José Sebastião Neto
Deus nos deu o livre arbítrio. E para que serve isso? Bem, eu utilizando o livre arbítrio posso evo
luir, estacionar ou me afundar. De um modo geral as pessoas acham que seus problemas são o compor
tamento das outras pessoas, quando na realidade são seus próprios excessos que lhes infernizam a vi
da. Excesso de que? Excesso de orgulho, vaidade, presunção, burrice, intelectualismo, comida, bebida,
sexo, dinheiro, ignorância, escrúpulos e por ai fora vai. Às vezes, somos impotentes por causa das situ
ções da vida criadas e elaboradas por nós mesmo e nosso mal relacionamento com Deus. Há momen
tos importantes na vida que podem mudar o nosso destino. Com freqüência, são momentos em que nos
sentimos confrontados com a nossa impotência diante dos acontecimentos da nossa vida. Esses mo
mentos podem nos destruir ou arrumar para sempre a nossa vida numa direção melhor.
Falei em relacionamento com Deus. Isso pode parecer estranho para algumas pessoas, já que elas
sempre atribuem seus sucesso ( foi Deus que me deu ) ou fracassos ( Deus quis assim ) à Deus, nunca
a eles mesmos, quer dizer são verdadeiras nulidades. É comum vincularmos nossas percepções a res
peito de Deus às nossas experiências da infância com pessoas que desempenhavam funções influentes
em nossa vida, se fomos vítimas no passado de pessoas que foram excêntricas, abusivas, distantes,
desleixadas ou incompetentes. Quem sabe, agora, atribuímos essas qualidades também a Deus? Todos
nós fomos criados com o supremo privilégio de possuir livre vontade, e habilidade a escolher. Essas es
colhas afetam a nossa vida e a vida de nossos filhos. A livre vontade é benção e responsabilidade para
nós! Porém a vontade pode ser um grande problema quando usada em excesso.
Quando as nossas cargas se tornam pesadas, e descobrimos que a nossa forma de viver está nos
levando à morte, talvez enfim, estejamos dispostos a deixar que outro nos guie. Talvez tenhamos traba
lhado muito para encaminhar a nossa vida pelo caminho certo, mas ainda sentimos que sempre termi
namos em ruas sem saída. Levar a carga implica estar unido a outro para um trabalho em conjunto.
Aqueles que compartilham andam na mesma direção, e, ao fazer isso, o seu trabalho se torna conside
ravelmente mais fácil.
Antes que possamos render a nossa vida a Deus, precisamos saber bem quem Ele é. É fundamental
que confiemos ao Deus que nos ama e não ao “deus ”deste mundo, que somente quer nos enganar e
destruir. O “deus” deste mundo geralmente é uma criação da pessoa. Ela quer um “deus” que lhe agra
de e que lhe seja subserviente.
É possível que já tenhamos decidido seguir Deus, permitindo que ele defina o rumo total da nossa
vida. Mesmo assim, muitos de nós ainda tentamos esconder de Deus algumas partes de nossos pensa
mentos. Reservamos essas zonas para agradar à nosso ego, para fazer coisas contrárias à vontade de Deus. Isso é viver uma vida dupla, o que pode nos encher de culpa, vergonha e instabilidade. Mesmo
aqueles que entregam seus pensamentos e ações a Deus enfrentam cada dia novas tentações e a neces
sidade de tomar decisões. Se decidirmos viver uma vida dupla, podemos começar a duvidar se Deus nos
ouve totalmente.
Quando uma pessoa se alimenta ou bebe em excesso esta na contra mão de Deus. Não esta fazendo
A vontade de Deus. Para fazer à vontade de Deus a pessoa tem que ser moderada, amar a si e ao próximo,
Procurar ser humilde, obediente a Deus, estender a mão a quem pede e etc. As pessoas que se excedem são
teimosas e fatalmente se tornam um(a) dependente de alguém ou . Os dependentes são escravos das substâncias e das
coisas em geral. Levam vida dupla, e, muitas vezes, são verdadeiros atores. São os reis dos excessos.
Esse é o comportamento do alcoólico ativo. É uma criatura totalmente detonada que emprega todos os defeitos de caráter para se “defender”. Ele mente, racionaliza, procrastina, justifica, explica, mas não
convence. Para ele os outros são sempre os problemas, ele nunca. Um alcoólico é uma criatura tão complica que pode tornar sua família um bando de neuróticos. Ele geralmente é ateu.
O mundo esta cheio deles. Como reconhecê-los? Eles costumam dizer: “bebo por causa de fulano”;
“bebo quando quero, paro quando quiser”; “ninguém tem nada com isso, o dinheiro é meu”. Normal
mente perdem o controle com a primeira dose. Sempre arranjam uma maneira para vencer o alcoolismo
mas acabam vencido. Provavelmente ele nunca ouviu falar, e nem quer saber disso, que o alcoolismo é
uma doença primária que destrói famílias e mata, mas antes de matar desmoraliza o cidadão. O alcoolis
mo é complicado.Geralmente as outras doenças graves reúne a família e amigos ao redor do enfermo,
o alcoolismo, pelo contrário, afasta as pessoas, daí ser chamada de doença da solidão.
“O alcoólico é um dos mais estranhos seres da medicina e pode ser ou não uma pessoa acentuada
mente inteligente. Ele discute habilmente com profissionais e com parentes que tentam ajudá-lo e ob
tém uma maldosa satisfação com o fato de manipulá-los em uma discussão”. (J. Alexander)