quarta-feira, 24 de agosto de 2011

INTERFACES TROVADORESCAS POR PEDRO ORNELLAS

1. Escritores Capixabas recebem Medalha Afonso Pena
e Diploma de Acadêmicos Imortais da Academia de Letras do Brasil

Em solenidade presidida pelo Dr. Mário Carabajal, Presidente Nacional-Fundador da ALB - Academia de Letras do Brasil e com a coordenação geral da Acadêmica Sílvia de Lourdes Araújo Motta-Escritora, Poeta, Doutora em Filosofia Universal, Cadeira 2 (dois) de Minas Gerais, Presidente “pro tempore” da ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL-ALB de MINAS GERAIS em solenidade realizada na sede do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, na Rua Guajajaras 1268-(sobreloja), Belo Horizonte, Minas Gerais, receberam a Medalha do Mérito Cultural AFONSO PENA e foram empossados como Acadêmicos Imortais, sehuidores de Platão, os Escritores Capixabas, CLÉRIO JOSÉ BORGES DE SANT ANNA e KÁTIA MARIA BOBBIO LIMA, respectivamente presidente e Vice Presidente do CTC, Clube dos Poetas Trovadores Capixabas. A solenida muito bem organizada contou com a Diplomação de mais 38 Acadêmicos Imortais entre as quais a premiadíssima Escritora de Minas Gerais, Zeni de Barros Lana. A solenidade contou com duas brilhantes apresentações musicais, inclusive a apresentação de um Coral que foi aplaudido de pé por todos os presentes.

Breve assista os Vídeos no YOU TUBE - www.youtube.com/clerioborges e fotos no web site: www.clerioborges.com.br

2. Atualizações no Blog do Serginho: http://trovasecia.blogspot.com

Versos Fraternos - verdadeiras lições de vida em trovas...
Os Ácaros - História em quadrinhos publicada na Revista Áporo, da USP.
Pequena biografia do Padre Antonio Vieira (em quadrinhos).
Ensaio sobre o livro A vida verdadeira de Domingos Xavier.
Poema "Proposição" de Rui Knopfli.
Poema Xilográfico...
e muito mais!
3. Novo site - abrangência e finalidades: www.ubtrova.com.br
Esclarecimento do criador do site, J. B. Xavier, sobre nossa observação quanto a restrição de publicações.
"Caro Pedro.
Muito obrigado pelos elogios e palavras de incentivo. Sobre suas considerações deixo aqui as minhas:
A criação do UBTrova é um compromisso que assumi quando fui investido da função de Vice-Presidente de Cultura da UBT Seção São Paulo.
Na verdade, estabeleci cinco metas a serem atingidas, que são:
1-Substanciar o conteúdo do Informativo, enriquecendo-o tanto quanto possível.
2 - Divulgar a cultura em todas as suas formas.
3 - Homenagear os grandes trovadores.
E, ao perseguir estes três objetivos, caminharmos para atingir os outros dois:
4 - Aumentar o nº de assinantes deste informativo.
5-Aumentar o nº de associados da UBT-SP, especialmente entre os jovens.
Sendo assim, o UBTrova é um presente, ou melhor, uma retribuição aos assinantes que perseveraram em suas assinatturas, mesmo no período em que o jornal perdeu força como instrumento de informação, ultrapassado pela velocidade dos sites e blogs que vicejaram na net."
Abraços do
Pedro Ornellas
--Por e-mail.

UMA AVALIAÇÃO SOBRE O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO/PNE


Um balanço do Plano Nacional de Educação





Republico artigo da Revista CArta Capital, 02/08/2011

Fernando Vives

Para Idevaldo Bodião, fim do ProUni e educação inclusiva são pontos positivos, mas a destinação de 7%do PIB é insuficiente à educação

Enviado pelo ministro Fernando Haddad ao Congresso Nacional em dezembro de 2010, o novo Plano Nacional de Educação (PNE) já deveria estar em vigor oficialmente desde janeiro, com validade até 2020. Porém, virou alvo de disputa na Câmara, onde recebeu cerca de 3 mil emendas e ainda pode passar por mudanças até sua aprovação, estimada para até o começo do próximo ano. Redigido pelo MEC sobre as proposições feitas pelo Conselho Nacional de Educação (Conae), entidade que reuniu os anseios de 3 milhões de profissionais ligados à área em todo o País, o plano tem 20 metas e substituiu seu antecessor, que tinha 296 objetivos e fracassou pela falta de aporte financeiro e foco.

Para discutir o novo PNE, Carta na Escola procurou o professor Idevaldo Bodião, da Universidade Federal do Ceará (UFC), militante da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e um dos redatores do projeto do Conae. Bodião tem uma trajetória atípica em sua formação acadêmica. Formado em Engenharia Civil pela USP, adaptou a carreira para o setor educacional, área em que se doutorou também pela universidade paulista. Depois, por motivos familiares, trocou São Paulo por Fortaleza, onde trabalha desde 1992. Foi secretário da Educação da capital cearense por dez meses em 2005, sob a gestão da prefeita Luizianne Lins (PT).

Nesta entrevista, Bodião critica as mudanças que o MEC fez sobre no texto- do PNE produzido pelo Conae, -ressalta qualidades e defeitos do novo plano e mostra preocupação com a força de grandes grupos empresariais da educação sobre os congressistas.

Carta na Escola: Como o senhor avalia o novo Plano Nacional de Educação? Setores governistas entendem que, apesar de ainda não aprovado, ele já está em vigência.

Idevaldo Bodião: O plano tem qualidades, mas o fato de acreditarem que já está em vigência me deixa mais preocupado- que feliz, uma vez que asfixia a grande virtude do PNE, que é ser um plano de Estado, não exclusivamente as aspirações de um governo. Como o PNE está desenhado, é possível perceber várias das políticas atuais em vigor implantadas por esta gestão.

CE: E o novo plano tem fragilidades?

IB: Sim, ao menos duas grandes. Primeira, este PNE em tese é construído como a convergência das conferências de educação municipais, estaduais e a nacional, um esforço que envolve 3 milhões de pessoas do País todo. Mas há um descompasso entre o que o Conae decidiu e o que está proposto no plano. Uma segunda fragilidade é que o novo plano é exageradamente tímido nas metas (nota: o anterior tinha 296, o atual tem 20). Há muita coisa agora que já estava no plano anterior e que não foi cumprida. Ou seja, estamos atrasados 20 anos e este governo legitima isso.

CE: Mas o que se argumenta é que o plano anterior foi um fracasso, por -isso algumas metas devem ser repetidas.

IB: Bem, então essas metas significam uma confissão de própria lavra de que a gestão de Lula não cumpriu o PNE anterior. É bom lembrar que o plano esteve dois anos sob a gestão de Fernando Henrique Cardoso e oito na de Lula. Então, 80% do cumprimento que não existiu desse plano é da gestão de Lula, o qual Dilma substitui.

CE: Argumenta-se que o plano 2001-2010 surgiu natimorto, já que, para ser cumprido-, ele precisava que 7% do PIB fosse- destinado à educação, o que foi vetado pelo então presidente- Fernando Henrique.

IB: Parece-me um exagero dizer que ele era natimorto. Ele nasceu em gravidez precária e estava em UTI com altíssimo risco de vida. Depois de dois anos poderia ter saído da UTI, mas não foi recuperado. Se ele sofreu vetos de FHC após proposta ser aprovada na Câmara, esses vetos poderiam ter sido derrubados por Lula. Havia, em 2003, um movimento da Campanha Nacional do Direito à Educação pela derrubada dos vetos de FHC, tornando o plano vivo. Uma expressão que se diz muito sobre o PNE é que, sem esses recursos, ele se transformaria em uma carta de intenções. Foi o que ocorreu.

CE: Existe um compromisso do atual governo de destinar 7% do PIB para a educação. Esse número é suficiente?

IB: Quando foram encaminhadas as propostas para o primeiro PNE, a ideia é que fosse destinado 10% do PIB. Acabou-se fechando no Congresso que se aumentasse progressivamente até 7%, a partir de 2005. Se fosse aplicado como foi a proposta, teríamos 7% do PIB há pelo menos cinco anos, o que seria, aproximadamente, 70% a mais do que aplicamos hoje. Isso já teria saldado parte das dívidas de nossa herança perversa. Há uma macroprojeção do professor Otaviano Helene, da USP, que toma como meta as expansões de matrículas como propostas no plano (Ensino Médio, creches, formação de doutores etc.). O cálculo diz que precisaríamos investir de 7% a 8% do PIB só para suprir o aumento de matrícula. O outro cálculo feito por ele é que, se fôssemos corrigir as condições de trabalho e salariais – e a meta 17 deste PNE agora prevê a valorização do salário do professor –, precisaríamos investir mais 7% ou 8% do PIB. Ou seja, se precisarmos ampliar e aumentar os salários, será necessário praticamente o dobro do valor destinado. Infelizmente, existe uma diferença entre trabalhar com o que é possível e trabalhar com o que é necessário, como entende o Conae. Parece que o ministro Haddad trabalha com o que é possível, apenas.

CE: Então, o senhor entende que talvez seja necessário trabalhar com cerca de 15% do PIB?

IB: Bem, veja o caso da Coreia do Sul, do Japão e de outros países desenvolvidos. Em algum momento de suas histórias, delegaram até 20% do PIB para a educação – a Coreia, se não me engano, chegou a 30%. Há quem defenda 10% do PIB já, o que não quer dizer que precisamos investir 10% do PIB até o fim dos tempos.

CE: E o que esse plano evoluiu em relação ao anterior?

IB: Melhorou em pelo menos três campos. Um é a educação inclusiva: o anterior prega a escola de especiais para especiais – de cegos para cegos, por exemplo. A discussão da educação inclusiva ganhou corpo nos últimos tempos e está visível no PNE 2011-2020. Outro é a importância dada à educação técnica, profissionalizante. Isso foi banido na gestão FHC e agora ganhou novo fôlego. O terceiro campo é bem importante: o ProUni, marca da gestão Lula, não aparece no novo PNE, um avanço corajoso do governo, que volta a comprometer os recursos públicos para a escola pública. Seguramente, causará frissom no Congresso, o lobby das instituições privadas causará enorme área de atrito na discussão.

CE: O ProUni foi assumido pelo governo como um paliativo para suprir os baixos índices da educação superior no Brasil, portanto.

IB: Exato, e essa foi a leitura do Conae também. Como forma de garantir a expansão de matrículas no Ensino Superior, essa foi uma das formas que o governo transferiu para a iniciativa privada, para que ela administrasse os recursos que a princípio deveriam ser públicos. A ideia do Conae é que o ProUni congelará o número de matrículas em 2014 e será extinto em 2018. Isso vale também para escolas de apoio que recebem aporte público, como a Apae. Vai valer a lógica do recurso público para a escola pública. A lógica me parece correta.

CE: Um dos problemas que o senhor diz em relação ao PNE é que o governo não acatou todas a proposições do Conae. Quais delas o senhor considera as mais importantes?

IB: Penso que a principal delas é não colocar 10% do PIB voltado para a educação, pelos motivos que já discutimos, e também pela proposta do custo aluno-qualidade. Parece que estamos investindo em arenas de futebol, aeroportos, e o que sobra fica para a educação. Outra: foram discutidas no Conae formas de aumentar a verba educacional, como destinar 50% do fundo social do pré-sal. O governo tem como se comprometer com isso.

CE: Outro ponto delicado para o cumprimento do PNE são as responsabilidades das esferas federal, estadual e municipal. O governo enviou ao Congresso uma Lei de Responsabilidade Educacional, que serve como a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ela é suficiente?

IB: A existência dela é bem-vinda. Infelizmente, estamos em um país onde há leis que “colam” e leis que não “colam”. Assim, temos um escudo com o qual defender esses preceitos, é uma base jurídica para cobrar o gestor. Há questões de base partidária. Cito um exemplo: houve, em janeiro, na Unicamp uma discussão sobre o PNE com representantes federais, estaduais e municipais. O representante paulista, professor João Palma, disse que São Paulo não se sente obrigado a acolher passivamente as escolhas do governo federal. Outro ponto: boa parte dos prefeitos não tem recursos para efetivar uma parte do plano, como a questão dos salários. No Ceará, temos 184 municípios e talvez tenhamos dez cidades com algum fôlego administrativo arrecadador. Ou seja, para expansão de creches, o prefeito não tem como efetivar. É preciso ainda clarear mais a forma como o governo federal vai ajudar cada ente federado a aplicar o PNE.

CE: O PNE prevê a valorização do professor, mas há uma articulação para definir quanto. Em que pé está isso?

IB: A meta 17 prevê a valorização do professor de magistério e aproximar o salário desse profissional aos de escolaridade similar. A meta da Campanha Nacional pelo Direito à Educação prevê aproximar em 80% esse rendimento até 2015 e igualar aos de escolaridade similar (curso superior com quatro anos de formação) até 2020, que são as profissões de ensino superior com quatro anos de formação. O Supremo Tribunal Federal entendeu, em abril, como constitucional a lei que prevê um piso nacional salarial para professores. Essa lei, de 2008, dava dois anos – portanto, 2010 – para que todas as redes tivessem planos de cargo e carreira. Mas isso ainda não acontece.

CE: O PNE agora está no Congresso para ser discutido. Que mudanças ainda podem ocorrer?

IB: A ameaça dos lobbies dos grandes grupos empresariais é absolutamente real. Há instituições filantrópicas na área de educação especial, o que pode enfraquecer a proposta de educação especial inclusiva. Outro, fortíssimo, são os grandes cursos que tentam manter a destinação de recursos públicos para a esfera privada, como o ProUni. São questões a se ficar de olho no Congresso.

Foto:José Leomar Souza

fonte: www.janeayresouto.com

ENEM, MEC MUDA CRITÉRIOS PARA DIVULGAÇÃO DE SEU RESULTADO.





Republico matéria do site do MEC, 19/08/2011


A presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Malvina Tuttman, anunciou nesta quinta-feira em São Paulo que as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão divulgadas a partir de 2012 levando-se em consideração o número de alunos inscritos por escola, para evitar que sejam feitos os rankings qu, invariavelmente, são utilizados como propaganda, principalmente de instituições privadas.

- Vão ser divulgadas por escola, classificando pelo número de alunos que são inscritos na prova. Vamos apresentar por categoria, e o básico dessas categorias é o número de alunos inscritos. Acho que isso já dá uma outra distribuição. Queremos que cada escola tenha acesso à sua nota e saiba qual foi o seu perfil no exame. O Enem não foi criado para a formação de ranking e não deve ser usado como propaganda - disse Malvina, observando que o detalhamento das novas regras deve ser divulgado em setembro.

Ao participar de um debate sobre o exame, no lançamento do programa "Nota 10 - Série Enem", produzido pelo Canal Futura e pela Editora Moderna, a presidente do Inep voltou a defender a prova como um instrumento para induzir novas formas de se construir conhecimento. Mas, admitiu, o resultado pode ser usado "tanto para o bem quanto para o mal", como instrumento de avaliação ou como propaganda de instituições privadas de ensino.

- O Enem deve medir o esforço que cada um fez no desenvolvimento do aluno e da escola. Não é para comparar a nota com a de outras escolas, mas que cada instituição veja onde pode melhorar. Não tem o menor sentido se fazer propagandas do tipo curso preparatório para o Enem.

Segundo ela, a partir da primeira edição do Enem de 2012 todos so alunos que quiserem ter acesso ao boletim de desempenho na prova, incluindo a correção da redação, poderão solicitar as notas pela internet.

- O Inep divulga as notas e, em um prazo que for possível, (o desempenho). Vocês imaginam quase 6 milhões (de inscritos)... É muita coisa. Essa será a nossa primeira experiência em relação a esse aspecto. É um passo importante e temos que fazer com total segurança, inclusive a questão dos acessos. Estamos nos preparando para isso mas eu não posso dizer nesse momento quantos dias depois do resultado. Mas eu posso dizer que todos que desejarem terão acesso via internet tanto do espelho de sua prova objetiva quanto da redação, separadamente - afirmou.

Prática comum faltando dois meses para o Enem, escolas e cursinhos que querem ficar bem posicionados no ranking nacional promovem simulados do exame para preparar os alunos. Como o exame não é obrigatório para todos os estudantes, a escola pode escolher os seus melhores alunos para fazer a prova e, consequentemente, obter uma boa colocação no ranking. Conforme a concepção do Inep, o desempenho separado pelo número de estudantes inscritos poderia reduzir este artifício.

Malvina não quis comentar, por outro lado, uma possível influência política do Tribunal de Contas da União (TCU), que aprovou na quarta-feira uma medida cautelar para suspender o pagamento do Inep à Fundação Universidade de Brasília, ligada ao Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe-UnB), contratado sem licitação para a realização do Enem.

O ministro José Jorge, do TCU, que participou do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) questionou o fato do Inep ter publicado no Diário Oficial da União no último dia 10 o extrato da dispensa de licitação no valor de R$ 372,4 milhões para fazer as edições do Enem nos próximos 12 meses.

- Não tenho nenhuma posição sobre esse assunto. Acredito que o TCU está fazendo o papel dele de acompanhar, de controlar. E o Inep vai fazer, como sempre, o seu papel de prestar todas as informações devidas - disse Malvina Tuttman.

De acordo com o Inep, os R$ 372,4 milhões são considerados como "teto estimado" e devem custear pelo menos duas edições da prova: a próxima, marcada para os dias 22 e 23 de outubro, e a do primeiro semestre de 2012, prevista para os dias 28 e 29 de abril. O total para as duas provas é 190% maior em relação ao contrato anterior, também firmado com o Cespe, de R$ 128,5 milhões.

As provas do Enem que serão aplicadas para 5,4 milhões de inscritos nos dias 22 e 23 de outubro, conforme Malvina Tuttman, já estão sendo impressas na gráfica RR Donneley, que tem sedes em Osasco e Barueri (SP) e em Blumenau (SC) e, segundo ela, o trabalho obedece a um criterioso cronograma de produção. Este ano o o processo gráfico do Enem terá pela primeira vez a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), para evitar erros de impressão como os ocorridos na edição de 2010. De acordo com o Inep, as provas depois de impressas serão armazenadas em unidades do Exército sob intensa vigilância para evitar que se repita o vazamento de provas ocorrido em 2009.

Hoje, em São Paulo a presidente do Inep participou de um debate sobre o Enem com os professores Carlos Artexes Simões, do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-Rio), e César Callegari, membro do Conselho Nacional de Educação e diretor de Operações do Serviço Social da Indústria (Sesi) de São Paulo, no lançamento do programa "Nota 10 - Série Enem" do Canal Futura. O programa, que estreia no próximo dia 30, às 15h, no Canal Futura, foi feito em parceria com a Editora Moderna e vai revelar as mudanças que o Enem vem promovendo na relação ensino-aprendizagem e no sistema educacional do Brasil (http://www.acessenoticias.com.br/listar/brasil).

PROGRAMA JOVEM EMBAIXADOR - INSCRIÇÕES ATÉ DOMINGO 28/08.







Os jovens de 15 a 18 anos, que estejam cursando o Ensino Médio em qualquer escola pública do país podem se inscrever para participara do programa Jovens Embaixadores 2012, um intercâmbio cultural que levará 35 estudantes brasileiros aos Estados Unidos com todas as despesas pagas. Os interessados têm até o dia sete de agosto para se inscrever na décima edição do programa.

Para se candidatar a “embaixador” do Brasil nos EUA o aluno deve ter boa fluência no idioma inglês, bom desempenho escolar, ter trabalho voluntário prestado e jamais ter viajado para os Estados Unidos. As inscrições podem ser feitas pelo Facebook da Embaixada dos EUA: www.facebook.com/EmbaixadadosEUA.BR. Para obter mais informações sobre o programa os participantes podem acessar o site: www.embaixada-americana.org.br/ya-index.php.

O programa Jovens Embaixadores foi criado no Brasil em 2002 e hoje acontece em mais 24 países. Desde o lançamento do programa, 249 estudantes brasileiros já foram contemplados com o intercambio. Em 2011 dois alunos de escolas estaduais do Tocantins foram semifinalistas do programa: João Lucas Pires Lopes, do Colégio Estadual São Pedro em Abreulandia e Lucas Duarte Silva do Centro de Ensino Médio Paulo Freire, de Araguaína.

O CONSED - Conselho Nacional de Secretários de Educação – é um dos parceiros do projeto que conta ainda com o apoio das empresas: FedEx, MSD, Dow Brasil, Microsoft, Bradesco, Carlson Wagonlit Travel, United Airlines, Nike e IBM.

fonte: www.janeayresouto.com

terça-feira, 23 de agosto de 2011

LEMBRETE SAPIENCIAL - PÚBLIO JOSÉ

"Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho.”

Forte abraço – Públio José/2012

fonte: por e-mail

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

PAI, FILHO E ESPIRITO DO CONTO DE NINITA LUCENA - MEMBRO DA AJEB/RN

Maria das Dores Lucena Fernandes ou simplesmente Ninita Lucena, uma mulher fantástica, simpática e muito de bem com a vida, a mesma é: Escritora, contista, glosista, poetisa, jornalista e uma mulher exemplar, um ícone de ternura dessa nossa terra potiguar, a mesma faz parte do PROJETO DA DIFUSÃO DA LITERATURA POTIGUAR da minha amada amiga FLAUZINEIDE NEIDINHA MOURA - Detalhes? www.divulgadoraliterocultural.blogspot.com

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CONTO:

EU SOU O AMOR




No jardim do REI GIGANTE havia muitas flores belas e perfumadas. Pássaros cantores completavam o encanto daquele lugar, com as suas vozes melodiosas, formando uma verdadeira orquestra sinfônica. Colibris de várias cores, com os seus beijos fecundos, sugavam o nécta das flores e as borboletas garantiam um colorido multicor àquele bosque encantado.


Eram flores lindas semelhantes às estrelas, flores exuberantes e flores singelas, mas que, na mistura de seus perfumes umedecidos pelos pingos de orvalho, transportavam um pedacinho do céu para a terra.


Mas, um dia, o rei, que vivia nos seus confortáveis aposentos, resolveu dar uma volta nos jardins do castelo, encontrando-o repleto de pássaros, borboletas que faziam daquele lugar o seu habitat natural.


Porém, o rei, que era extremamente egoísta, sentiu-se enciumado e mandou cercar de tela toda a extensão do seu jardim, expulsando os seus moradores, dizendo: - Isto tudo é meu e não vou dividí-lo com estes pássaros e borboletas. As flores mandei plantá-las para o deleite dos meus olhos.


As flores ficaram tristes sem a presença e melodia dos pássaros, os beijos dos colibris e o carinho das asas das borboletas. A primavera não mais veio sobre aquele jardim, o verão desapareceu, não trazendo o seu calor nem o encantamento do sol; o outono não deu mais frutos. Só o inverno prevaleceu e, com ele, a neve que cobria a relva com o seu manto branco e a geada, tudo destruía. Sem esquecer-se da chuva de granizo que atingia até o Palácio Real. Tudo ficou triste e insuportável.


O rei, não suportando mais aquela melancolia e a tristeza que foi tomando conta da sua vida, resolveu visitar o jardim na busca de qualquer alento.


Vendo a destruição total, buscou um sinal de vida e, num dos lugares mais afastado, viu uma única roseira com uma rosa que havia conseguido vencer as intempéries do mau tempo e do seu egoísmo. Era uma rosa diferente. O rei, olhando para aquela roseira com sua rosa tão simples e pura que brotara no meio do nada, sentiu-se profundamente comovido. Achegando-se, curvou-se sobre aquela rosa e o seu coração, nesse momento, foi amolecendo. Pediu à rosa que não o deixasse, e ela abriu mais uma pétala num gesto de amor para com aquele rei, que, mesmo tendo sido tão egoísta, fora tocado pela sua bondade. Afinal, ele não passava de um pobre infeliz, solitário. E o rei pensou: - Como tenho sido egoísta! Agora eu sei porque a primavera não veio, o sol não deu o seu calor e o outono não deu os seus frutos. Vou tirar as telas e deixar que os pássaros e borboletas voltem a povoar o meu jardim em reconhecimento à fidelidade desta rosa que não me abandonou.


Ao amanhecer, o rei ouviu uma linda música e pensou: a primavera chegou! Mas era um pequeno curió que viera saudar a flor solitária que havia permanecido naquele jardim por amor àquele rei que se considerava gigante. E ele, que nunca havia observado a beleza do cantarolar dos pássaros, nem cheirado uma flor, nem percebido a ternura do beijo dos colibris, sugando o nécta das flores, pois, até então, estivera cego, com os olhos voltados para as coisas materiais, começou a despertar para a subjetividade. Passou, diariamente, a ser atraído pelo canto do curió, vindo visitar a sua rosa.


O amor havia nascido no coração daquele homem. O tempo foi mudando a sua forma de vida. A suavidade do luar prateado, a relva que começava a brotar oferecia-lhe uma doce magia no silêncio de cada canto. As orquídeas caprichosas começavam a desatar as suas pétalas para suavizar a aridez do coração daquele rei, que já não era o mesmo. E o rei, com o coração descompassado, resolveu declarar-se a sua rosa.


Pensou: - Vou perguntar por que só ela permaneceu ali. Vou dizer que ela me conquistou, eu a amo, não posso mais viver sem ela. Aquele momento, para o rei, foi como uma eternidade. Estava de alma aberta, pois a linguagem tem uma só pátria, o coração. Mas, ao aproximar-se do canteiro da sua roseira, ela havia desaparecido. Haviam brotado outras, de formas diversas e cores extraordinárias, mas não era a sua rosa. Para ele, ela era insubstituível. E o rei chorou de saudade. Sentiu-se pequeno, ninguém, apesar de o chamarem de Gigante. Porém, manteve viva a esperança de rever a sua rosa. Regava, diariamente, as outras roseiras, deliciava-se com o lindo cantarolar dos pássaros.


Passaram-se anos e anos, e o rei, já envelhecido, mas com o coração novo, via a vida com outros olhos. Certo dia foi despertado pelo seu amiguinho, o curió, mas desta vez, o seu cantar era diferente. E o rei pensou:- Como seria bom se a minha rosa tivesse voltado. O vento, com as suas ondas sonoras, deve ter levado a mensagem até a sua rosa. E ele sentiu uma harmonia, um perfume diferente, seguiu para o jardim e lá estava ela, tal qual a vira pela primeira vez. O seu coração disparou! Refazendo-se da maravilhosa surpresa, sentiu-se extasiado ao contemplá-la e, aproximando-se a interrogou: - Por que você me abandonou? Ela respondeu: - Eu não lhe abandonei. Estive todos os dias com você, em cada rosa que você cuidou, você que não procurou me perceber. Como é o seu nome, perguntou. ela respondeu: - Chamo-me ROSA DE SAROM. Eu sou o amor. E o rei, ajoelhou-se diante daquela rosa, extremamente contagiado pelo amor que dela emanava.


A rosa então falou:- Sempre o amei, por isso permaneci ao seu lado quando todos o abandonaram. Vim agora levá-lo para mim. Você irá morar no meu Paraíso onde as ruas são de ouro e de cristal.


E, num abrir e fechar de olhos, ambos desapareceram num grande clarão amarelo, rumo ao firmamento infinito.


Os pássaros, que tudo haviam percebido, começaram a cantar, formando um verdadeiro coral, que, talvez os anjos tenham dado continuidade no céu, para recepcionar o servo e filho que chegava e que havia sido rei na terra.


Ninita Lucena

domingo, 21 de agosto de 2011

A EXPRESSÃO POÉTICA DE IVAN PINHEIRO - MEMBRO DA SPVA/RN








TEMPO PASSADO
Ivam Pinheiro

O tempo passou
e nada ficou,
muito sobrou ...
só recordações,
complicações,
nos corações
sem soluções.

O enigma da vida
a distante partida...
ficou alguém,
que sem ninguém,
apareceu, e escureceu,
chegou a noite e sem açoite
o tempo passou.

* Primeira poesia escrita em 1976.