sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

AGRADEÇO A MENSAGEM RECEBIDA.




AS MENSAGENS POÉTICAS DO ADEMAR MACEDO - NATAL/RN

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<<< Uma Trova de Ademar >>>
Para alcançar o perdão,
não há fronteira ou entrave:
a porta do coração
não tem ferrolho nem chave.
Ademar Macedo/RN
 
<<< Uma Trova Nacional >>>
Neste sonhar em que vivo
da poesia cultor,
o teu desvelo é motivo
dos meus motivos de amor.
Gilvan Carneiro da Silva/RJ
 
<<< Uma Trova Potiguar >>>
Destilando hipocrisia
segue a tola humanidade
queimando a vã fantasia
nas fogueiras da vaidade!
Ubiratan Queiroz/RN
 
<<< Uma Trova Premiada >>>
2003 > Amparo/SP
Tema > PEDRA > 3º Lugar
Ferem-me as pedras... Mas sigo
sem me curvar ao revés;
pois quando um sonho persigo,
nem sinto as chagas dos pés!...

José Tavares de Lima/MG
 
<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Partiste e chovia tanto!...
mas entendi na saudade
que a leve gota de um pranto
molha mais que tempestade.
Hegel Pontes/MG
 
<<<  U m a    P o e s i a  >>>
Luzes verdes e vermelhas
numa aurora boreal.
De manhã sai do curral
um rebanho de ovelhas,
fumaça por entre as telhas
da chaminé se levanta,
é mãe cozinhando a janta
depois que o dia anoitece
a natureza oferece
tudo quanto a gente canta.
Júnior Adelino/PB
 
<<< Soneto do Dia >>>
         CRENÇA.
 
                                Pedro  Ornellas/SP
 
Eu creio em Deus, que tudo fez do nada,
Deus poderoso, sem princípio e fim;
Deus invisível, mas que, ainda assim,
tem existência certa e comprovada!
 
Eu creio nesse Deus, eu creio sim!
Sinto a presença Dele em minha estrada!
Creio em seu Livro, a diretriz sagrada
que vida eterna põe diante de mim!
 
E, crendo em Deus, autor da profecia,
creio em Jesus, que a minha crença guia
e que a maldade odeia e deixa exposta.
 
Sem essa crença, tenho refletido,
torna-se a vida um fato sem sentido,
uma pergunta que não tem resposta! 

REESTRUTURAÇÃO NO PLANO DE CARREIRA DO MAGISTÉRIO FEDERAL FOI APROVADO PELO SENADO



O Plenário do Senado Federal aprovou na última quarta-feira, 19, de forma terminativa, o Projeto de Lei da Câmara nº 121/2012, que reestrutura o plano de carreira e cargos do magistério federal, estabelecendo novas regras de ingresso, requisitos para desenvolvimento e remuneração.

São beneficiados pela proposta os profissionais da educação básica, superior, profissionalizante e tecnológica da rede federal de ensino. A matéria segue agora para sanção presidencial.

Pelo projeto, os professores das entidades federais contarão com reajuste de salários variando de 25% a 40% em relação a março deste ano. Os reajustes ocorrerão em três parcelas, sendo 40% em 2013, 30% em 2014 e 30% em 2015. O texto antecipa de julho para março de cada ano a vigência dos reajustes.

O maior aumento previsto - de 40% - irá para o professor universitário titular com dedicação exclusiva, o que eleva o atual vencimento de R$ 12,2 mil para R$ 17 mil. Já um professor com doutorado recém-ingressado na carreira passa a receber R$ 8,4 mil durante o estágio probatório e, após três anos, R$ 10 mil.

Nesta proposta estão reunidas em um único plano, as carreiras de magistério superior e magistério do ensino básico, técnico e tecnológico. Atualmente, elas pertencem a dois planos distintos.

Os cargos isolados das carreiras do magistério, de nível superior, também serão dois: de professor titular-livre do magistério superior e de professor titular-livre do ensino básico, técnico e tecnológico. O projeto cria 1,2 mil vagas para o primeiro cargo e 526 para o segundo. No caso do ensino básico, técnico e tecnológico, o total de cargos criados será composto também por 354 cargos vagos hoje existentes.

Esses profissionais executarão atividades de ensino, pesquisa e extensão e ainda as de direção, assessoramento, chefia, coordenação e assistência na própria instituição. O ingresso nas carreiras de magistério ocorrerá sempre no nível e nas classes iniciais. O projeto, no entanto, prevê a possibilidade de promoção acelerada, após o estágio probatório e até determinadas classes, mediante a apresentação de títulos acadêmicos.

No caso dos cargos isolados de professor titular-livre, o ingresso se dará em classe e nível únicos, com equivalência remuneratória ao último nível das carreiras. O requisito de ingresso será a aprovação em concurso público de provas e títulos, no qual será exigido o título de doutor e 20 anos de experiência ou de obtenção do título de doutor, na área de conhecimento exigida no concurso.

Os servidores integrantes do novo plano terão como regra geral, cargas semanais de trabalho de 20 horas e 40 horas com dedicação exclusiva. A remuneração será composta de vencimento básico e retribuição por titulação, esta última variando conforme o nível de titulação ou de reconhecimento de saberes e competências (com informações do MEC/Senado Federal).

fonte: agecom /ufrn- por e-mail

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A VOZ POÉTICA DO ESCRITOR CIRO JOSÉ TAVARES - BRASILIA/DF

PATRÍCIOS e PLEBEUS


As cores da saudade estão fixadas num instante crepuscular sobre o rio Potengi, o eclipse das estrias vermelhas que se espreguiçam horizontais engolindo a terra que mergulha no começo da noite. Aqui prefiro lembrar as estivais tardes de domingos no esquecido estádio Juvenal Lamartine.
Nós, os abecedistas mais favorecidos e
marcados pelas nossas raízes canguleiras, ficávamos na ala oeste da arquibancada de madeira. Modestíssima Tribuna de Honra e a parafernália radiofônica de Aluisio Menezes e João Neto nos separavam dos americanos, com seus pavilhões e indumentárias cor de sangue, à direita. Quando o vento vencia a duna coberta de verdes sentíamos o cheiro dos xarias misturado aos gritos.
Na parte contrária à nossa, as gerais concentravam o coração alvinegro, a legião dos humildes, vinda do Canto do Mangue, Areal, Rocas e outros bairros, a pé, pendurados nos estribos dos bondes, morcegando caminhonetes, carroças ou na carona de amigos como Antonio Farache, capaz de duplicar a lotação do seu fordeco 1929 para vê-los vibrando com Albano, Tidão, Tico, Nei Andrade, Badidiu, Gonzaga comandados pelo “professor” Jorge Tavares, o “Jorginho”, sem dúvida o maior jogador da história do clube.
Acostados à mureta que demarcava o limite do gramado, esperavam pacientemente “esfriando o sol”, mal protegidos por chapéus de palhas, bonés encardidos, folhas de jornais, guarda-chuvas derrotados pelo tempo. Multidão sem nome, sofrida, apaixonada e que, por ironia do destino, acabou sendo exaltada, ao receber glorioso epíteto pela voz espalhafatosa e arrogante do fanatismo americano.
A cena é inesquecível. Para alcançar seu lugar na ala leste da arquibancada, “Chico” Lamas fazia o trajeto da provocação e Geraldo, o bilheteiro, não conseguia impedi-lo. Era grande, forte, caminhar bamboleante resultante das cervejas ingeridas. Nas imediações da Tribuna de Honra, olhando o outro lado, acenava e gritava: “Fala frasqueira da geral”. As respostas imediatas eram dedos médios estirados e palavrões quase inaudíveis. E o certo é que a frase repetida muitas vezes acabou, orgulhosamente, guardada nos nossos espíritos.
Recentemente o ABC deu grandioso passo na direção do futuro e ninguém merece mais esse estádio de Ponta Negra do que os indomáveis e resistentes integrantes da amada frasqueira. No moderno complexo esportivo inaugurado estão gravados sonhos atravessando nossa história, desde Vicente Farache, Enéas Reis, Salviano Gurgel, Gentil e João Ferreira de Souza, Felizardo Moura, Pedro Batalha, José Prudêncio, Aluízio Bezerra, José Gobat, José Petronilo, José Ferreira de Souza Sobrinho, Francisco Souza Silva e todos aqueles que não puderam assistir a manhã dessa realidade.
As campanhas dos adversários, enxovalhando homens e nomes, de nada adiantaram. Anos a fio, com o apoio sórdido e histérico da mídia vassala, tentaram humilhar nossa gente, vilipendiar diretores, definitivamente lançar o clube num abismo sem volta. E para surpresa e decepção dos inimigos, quebrados e cobertos de vergonha, estamos bem vivos.Continuamos a exalar pelos poros o indescritível cheiro dos chama-marés, recolhidos pelos nossos antepassados meninos nas margens do rio que nos viu o nascimento e hoje é a primeira lembrança da terra distante e a grande saudade que não me abandona.