sexta-feira, 15 de julho de 2011

LUTO: FANQUINHA EX-DIRETORA DA 16ª DIRED/JOÃO CÂMARA-RN

Foi com lágrimas de tristeza que,recebi a ligação da amiga e companheira Vicência Santos, comunicando o falecimento da companheira Fanquinha. Aqui republico materia do informativo do Deputado Mineiro. Posteriormente publicarei fotos da Companheira em seus últimos dias na gestão da 16ª Dired/João Câmara-RN.


Foto: Fanquinha (com lenço vermelho) ao lado de amigos(as)

"Dia triste/vazio imenso: a Profa. Fanquinha,de João Câmara, petista e ex-dirigente do SINTE-RN, perdeu a luta contra o câncer". Assim o deputado Fernando Mineiro expressou sua dor com a perda da professora Francisca Alves Rodrigues, conhecida como Fanquinha, nesta sexta-feira,15.

"A Profa. Fanquinha era uma das mais dedicadas militantes da educação pública que conheci. Solidária como poucas pessoas. Fará grande falta", disse o parlamentar, que viaja na tarde de hoje para participar do velório e sepultamento da professora.

Velório

Mudança do local do velório do corpo da professora Fanquinha que seria realizado na sede do Sinte. Conforme informações do professor Zé Teixeira, o corpo será velado no ginásio Poli-esportivo José Soares da Câmara – Zezão. A família achou por bem mudar o local, por ser mais amplo para visitação do público. O sepultamento está marcado para às 17h desta sexta-feira no cemitério público de João Câmara.

Luto oficial

O prefeito Ariosvaldo Targino decretou luto oficial de três dias e as atividades da rede municipal de ensino foram suspensas nesta sexta-feira(15) para que professores e alunos possam participar do último adeus a professora, símbolo de luta na educação.

Devido a morte da professora Fanquinha as escolas da rede pública deverão suspender suas aulas nesta sexta-feira. A morte da professora deixa a educação de João Câmara e do Rio Grande do Norte de luto.

fonte: informativo Mineiro, por e-mail.

É HOJE A FESTA DE ANIVERSÁRIO DA CASA DO BEM!


Casa do Bem completa hoje, um ano de sede própria.
A festa será em Mãe Luiza, com show de Pedrinho Mendes e apresentações culturais de projetos da ONG, por Verônica Garrido. Um sonho que virou realidade...
Realidade que completa um ano.
Nesta sexta-feira, 15 de julho, a festa é da Casa do Bem, que comemora, com programação cultural, aniversário de concretização da sua sede própria, inaugurada em 2010.
O dia de comemorações começa com um almoço na pizzaria Reis Magos para um grupo de crianças e jovens atendidos pela ONG.
À noite, a partir das 19h,
a festa continua na Casa do Bem, em Mãe Luiza, com apresentações culturais dos projetos da entidade; DJ Berto, show voz e violão de Pedrinho Mendes, com a participação do Coral Infantil da Casa do Bem; e lançamento do CD do Bem, produzido por Nelson Freire. Com poucos recursos e muita boa vontade, o escritor, jornalista e ativista social Flávio Rezende, presidente da Casa do Bem, tem conduzido a entidade com a ajuda de voluntários e doações de empresas parceiras e amigos. “O trabalho flui do coração e é feito com muito amor, sem que haja muito interesse em questões quantitativas de quanto doamos de alimentos, roupas e quantas pessoas beneficiamos, o que nos move é ir fazendo, educando, informando, tornando as pessoas mais aptas, em todos os sentidos, ao enfrentamento da realidade e as inserindo no mundo da cultura, do esporte e do lazer”, explica Flávio Rezende, que completa 50 anos de idade também no dia 15 de julho. Segundo ele, durante este primeiro ano de funcionamento, a Casa do Bem levou jovens e idosos para shows, pontos culturais, jogos de futebol, ajudou eventos diversos em Mãe Luiza, foi parceira em diversas ações com outras ONGs e ofereceu em seu espaço físico aulas de balé, informática, alfabetização, violão, percussão, reforço escolar, gastronomia, karatê, hip-hop, mit-box, acupuntura, orientação jurídica e psicológica, exibição de filmes, futebol, futsal, futevôlei, inglês, francês, alemão, peças, entre muitas outras atividades. Mas, em meio a tantas realizações, o presidente da ONG conta que não tem sido fácil manter as atividades da Casa por falta, principalmente, de apoio financeiro. Ele desabafa: “Respiro a Casa do Bem 24 horas, é um sonho que virou realidade, hoje busco de todas as formas manter a ONG funcionando, mas não tenho conseguido muitos apoios. Temos até agora só um apoio governamental, que é da Prefeitura da Cidade do Natal, de algumas empresas e dos poucos amigos. Isso é o que tem tornado a Casa do Bem possível”. Mesmo diante desses problemas, Flávio faz questão de deixar bem claro sua determinação em continuar lutando: “Apesar de tudo, o ideal é maior e permaneço com a chama acesa, pois minha missão é ajudar, e disso não abro mão. Agradeço aos que aderiram à campanha Gente do Bem e a todos que confiam no meu trabalho e aos voluntários dedico este primeiro ano, pois, sem eles, nada seria possível. Eu corro atrás para fazer o navio funcionar, mas são os voluntários que, em seus postos, dão o rumo a nau e a conduzem de maneira correta no mar da vida", declara. Para este segundo ano de sede construída, Flávio tem como meta “continuar merecendo o apoio dos que estão ajudando e tocar o barco da mesma maneira. Estamos conseguindo informar, educar, ensinar e entreter muitas pessoas de todas as idades e isso é o que devo continuar fazendo”, finaliza. A Casa do Bem começou com pequenas atitudes de Flávio Rezende, que, ao fixar moradia em Mãe Luiza durante 18 anos, começou um trabalho social pessoal, evoluindo para ajudar projetos realizados por pessoas do bairro e, culminou com a construção e funcionamento da Casa do Bem - Dr. Fernando Rezende, hoje uma ONG reconhecida nacional e internacionalmente, com vários prêmios e exposição em programas nacionais nas diversas redes de televisão do Brasil e do exterior. A festa de um ano da Casa do Bem é aberta ao público e também está recebendo doações. Quem quiser ajudar pode ligar para 3202-3441 / 9612-8300. A ONG vive da doação espontânea das pessoas ou de depósitos bancários (Conta 26847-X / Agência 1668-3 / Banco do Brasil) ou da entrega de materiais diversos na sede, que fica na rua João XXIII, 1719, em Mãe Luiza. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 9902-0092 ou no site www.casadobem.org.br. --
Parabéns Jornalista Flávio Resende: Um exemplo a ser seguido!
Verônica Garrido
(84) 9922-368
fonte: www.vivicultra.blospot.com
a bela Vivi

ACADEMIA CERAMIRINENSE DE LETRAS E ARTES - CONVITE


CONVITE PARA A POSSE DA DIRETORIA EXECUTIVA, DOS SÓCIOS FUNDADORES, OUTORGA DE TÍTULOS AOS SÓCIOS BENEMÉRITOS E HONORÁRIOS DA ACLA.

DATA: 10 DE AGOSTO DE 2011
HORA: 19: HORAS
LOCAL: ESTAÇÃO CULTURAL ROBERTO PEREIRA VARELA
CEARÁ-MIRIM / RN

ACLA - ACADEMIA CEARAMIRINENSE DE LETRAS


IMORTAIS DA ACLA

PEDRO SIMÕES NETO - PRESIDENTE
GIBSON MACHADO - VICE-PRESIDENTE
LÚCIA HELENA PEREIRA
PAULO E TARSO CORREIA DE MELO
MARIA LEONOR SOARES CÂMARA
JANILSON DIAS DE OLIVEIRA
SAYONARA MONTENEGRO RODRIGUES
ORMUZ BARBALHO SIMONETTI
FRANKLIN MARINHO DE QUEIROZ
EMANUEL CRISTOVÃO DE OLIVEIRA CAVALCANTI
FRANCISCO DE ASSIS RODRIGUES
MARIA LEONOR SOARES
CIRO JOSÉ TAVARES DA SILVA
CAIO CÉSAR DA CRUZ AZEVEDO
CLÉA BEZERRA DE MELLO CENTENO
JOSÉ ANCHIETA CAVALCANTI
.
fonte. e-mail da baronesa Lúcia Helena
www.outraseoutras.blogspot.com

DR. RUBENS BARROS DE AZEVEDO TOMA POSSE NA ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE ODONTOLOGIA

RUBENS BARROS DE AZEVEDO

CO N V I T E

A Academia Norte-Rio-Grandense de Odontologia, por intermédio de seu Presidente Acadêmico Cícero Almeida e demais Membros da Diretoria, têm a honra de convidar Vossa Senhoria e digna família para a sessão solene de Assembleia Geral Extraordinária, na qual serão empossados como Acadêmicos Titulares, os seguintes Cirurgiões-Dentistas:

Eimar Lopes de Oliveira
José Dantas Wanderley
Maria Marluce de Souza
Maria Valdite Germano Pinheiro
Rubens Barros de Azevedo
Wagner Ranier Maciel Dantas
Data: 05 de Agosto de 2011
Horário: 20 horas
Local: Academia Norte-Rio-Grandense de Letras
Rua Mipibu, 443 - Petrópolis - Natal/RN
Traje: Passeio completo
Acadêmicos: Veste escura, portando Medalha.

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NOTA: O DR. RUBENS AZEVEDO FOI ELEITO RECENTEMENTE, TAMBÉM, PARA MEMBRO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RN, POR INDICAÇÃO DA BARONESA LÚCIA HELENA, E DO CONFRADE CARLOS MORAIS DOS SANTOS.
fonte: www.outraseoutras.blogspot.com

EXPRESSÃO POÉTICA DO POETA/ATLETA EDI SANTOS


Zé Milanês

Sindicalista e Poeta
De grande valor cultural
Artista fenomenal
Dos que me deixam pateta
A poesia seleta
Que pairava o sertão
Feita com o coração
E um pouco de amor
Digo com toda clareza
Que tenho quase certeza
Que ele está com o criador

Poeta/ Cordelista Ed Santos

quarta-feira, 13 de julho de 2011

OVERDOSE - PRÉ VESTIBULAR



PAI, FILHO E ESPIRITO DE CONTO DO POETA/CONTISTA DIAS CAMPOS.

NUNCA DESÂNIMO...

- Estamos aqui reunidos para tratar de um assunto de extrema importância e máxima urgência! Um verdadeiro escolho aos nossos legítimos interesses. – Havia apenas mais três integrantes nessa reunião. Por isso, a altiloquência da mediadora era um tanto desnecessária.

- Eu detesto quando ela começa com essa “ladainha ufanista”. – Comentava Marte com o parceiro da direita e a baixa voz.

- Ora, ora... Desde o último embate entre vocês, lá em Tróia, que você detesta tudo o que diga respeito a Minerva. – Respondia Ares, o seu equipotente grego, no mesmo tom e com picardia, relembrando ao deus da guerra sangrenta a derrota dos seus protegidos, face à epopeica vitória dos exércitos resguardados pela deusa da guerra justa.

- Quietos! A hora é de somarmos forças e não de nos dividirmos. – Cariocecus, o deus lusitano da guerra, interveio e pôs fim à quase celeuma. Minerva continuou:

- A humanidade cada vez mais se une em torno do pacifismo... E isso tem que ser revertido. Onde, o nosso proveito? Onde, o nosso prazer? – E a camarilha concordava em uníssono.

- É notório que os movimentos a favor da paz estão se organizando dia a dia e por toda a Terra. E, o que é pior, ampliam os seus tentáculos por meio das mais variadas formas, indo de discursos empolgantes, passando pelas passeatas e chegando à solta de balões brancos. – Prosseguia Minerva, em seu introito.

- Ora, não sei por que tanto alarido – desdenhava a divindade lusitânica. Quero recordá-la de que nunca abandonamos os nossos postos. Aliás, lembra de Heráclito? Pois não foi você, Ares, que bem soube deturpar a Luta dos Contrários, levando os contemporâneos do filósofo e os que se lhes seguiram a justificarem a guerra, pois dela resultariam a harmonia e a justiça?

- E olha que nem precisei de sacrifícios humanos para me estimular. – E os três riram a breve tempo, lembrando os prisioneiros que, volta e meia, eram ofertados a Cariocecus.

- Não questiono, aqui, os nossos feitos pretéritos – intervinha Minerva –, mas coloco à prova o nosso futuro, a nossa sobrevivência! – De repente, o silêncio se sobrepôs aos gracejos... e a circunspecção tomava conta das mentes beligerantes. Passados alguns segundos, Marte questionou:

- E o que mais poderíamos fazer para atacar essa onda pacifista? O que sugere?

- “Uma grande parte dos males que atormentam o mundo deriva das palavras”, disse Burke certa vez. Ora, lembrando que, na atualidade, praticamente não há mais fronteiras para a literatura, já pensaram no malefício que faríamos se conseguíssemos minar os espíritos de quantos tentam usar a palavra escrita em prol da paz? Ataquemos os escritores, e o estrago se multiplicará.

- E por acaso essa ideia é original? Também quero lembrá-la, oh querida irmã, de que jamais negligenciamos essa área do pensamento humano; tanto que bem soubemos inspirar muitos autores. Aliás, já que hoje estamos para as citações, recordo o americano Oliver Wendell Holmes: “A guerra é a cirurgia do crime. Por má que ela seja, significa sempre a extirpação de qualquer coisa pior.” – Marte não perdia nenhuma oportunidade de alfinetar a rival.

- E eu, o brasileiro Tobias Barreto: “Cada guerreiro que por nós combate é a ira de Deus que se faz homem.” – complementou Ares, aderindo à zombaria.

- Sempre a impulsividade sobrepondo-se à racionalidade... Não quis fazer alusão a esse ou àquele escritor, propriamente dito. Referia-me ao Concurso Mundial de Cuento y Poesía Pacifista, e que, pelo que fui informada, ganha adesões a cada minuto.

- Esclareça melhor o seu plano, Minerva. O que você pretende realmente? – Carioceus falava por todos.

- Eu explico: é notório que as palavras, sobretudo as escritas, sempre foram mais fortes do que as espadas ou canhões. Chegam a milhões e se perpetuam na história. Ora, indaguei a mim mesma, como contra-atacar os nossos inimigos e conseguir com que sejam derrotados?

- Como?! – Perguntaram, a uma só voz, os três armipotentes.

- O segredo está em convencer-lhes os espíritos de que são incapazes de mudar o ser humano. De que seus esforços, suas palavras serão sempre inúteis; uma luta em vão, uma tola utopia. – Um leve sorriso, misto de maquiavelismo e prazer, formava-se espontâneo nas fácies bestiais.

- Agora entendo aonde quer chegar, Minerva. Tratemos de convencer os participantes de que são impotentes diante da beligerância inata dos mortais e esse concurso será o maior fiasco de todos os tempos! – Era a primeira vez que Marte concordava com a parenta.

- É claro!... Com isso, toda a Terra reconhecerá que, se até seus poetas e prosadores deixaram-se levar pelo desânimo, do que valeria ao povo que os toma como exemplos perseverar no ideal pacifista? – Ares somava-se em entusiasmo.

- Brilhante, oh deusa da guerra diplomática! É como eu sempre digo: as boas ideias se revelam simples e eficazes. Sendo assim, proponho um brinde – e a potestade lusitana levantava a taça –: ao malogro desse concurso!

- Ao malogro! – E beberam, e riram, e celebraram por toda a noite.

Era preciso agir rápido. Cada divindade ficou encarregada de atuar em uma parte do globo. Marte, por exemplo, não abriu mão das Américas; Cariocecus, de toda a Europa... Minerva e Ares não se opuseram e dividiram o restante de comum acordo.

No dia seguinte ao refestelo, e mesmo sob a viva lembrança de Baco que bem lhes pesava ao raciocínio, os potentados partiram com seus exércitos rumo às casas dos concursandos. E o cerco teve início, implacável, impiedoso...

- Ah, como é nobre a sua intenção. E quão bela a sua veia artística! – Comentava Ares, consigo, junto a uma promissora poetisa. – Pena que tudo farei para tolher-lhe o ânimo. Que tal...? as últimas investidas da Coréia do Norte? Lançam uns mísseis aqui, outros ali... e a boa e velha Guerra Fria está mais viva do que nunca.

- Vejo que seu conto está prestes a acabar, pretenso aprendiz de best-seller. – Sussurrou Marte, em tom desdenhoso, a um romancista consagrado. – Quem sabe eu possa desencorajá-lo, enfatizando que o homem continuará a não dar ouvidos à história, pois os campos de concentração, que pensavam estar para sempre enterrados, ainda ardem nos corações bósnios, face ao extermínio perpetrado em Srebrenica?

- Nada como reinar aquém da Taprobana... – Cariocecus deleitava-se ao regressar a Lisboa. Nunca se desapegara do seu antigo Condado Portucalense... – Percebo vigor e idealismo neste jovem ensaísta. Seu currículo só tende a florescer. Bem... que tal se eu o lembrar do comércio escravagista que os nossos patrícios desenvolveram? Ou então... Dos arbítrios que seu avô salazarista cometeu? Certamente essa breve retrospectiva o envergonhará e o desalentará, pois o levará a crer que os mortais continuarão a se chafurdar no erro, século após século, mesmo que admitam a história como uma espiral ascensional.

- Que otimismo na terceira idade! Não pensei que chegando aos oitenta e dois anos ainda houvesse esperança dentro desse coração velho e cansado. Quer dizer que a literatura infantil é o seu passatempo? Curiosa coincidência... pois o meu é, justamente, desvirtuar a juventude! – Nunca viram Minerva tão pérfida! – Vejamos... Idade provecta, vida sofrida... Pois eu pergunto, senhora, se tem tão pouco tempo de vida; se viu guerras e até viveu comoções intestinas... será que ainda há tempo para ensinar algo de bom aos pequeninos, pois, mais cedo ou mais tarde, engrossarão as fileiras de soldados, revolucionários ou terroristas?

E os meses foram passando... A cada dia, os comandantes divinais eram informados por seus generais sobre as investidas aos participantes do concurso. Romancistas, poetas, contistas, sonetistas, ensaístas, novelistas... todos os que, com sua arte, procuravam contribuir para a prosa ou para poesia pacifistas eram acossados das mais variadas formas; nunca olvidando dos objetivos e dos meios traçados por Minerva. E toda vez que o quarteto divino se reunia para avaliar a ofensiva, era difícil saber qual deles cantava maior vantagem sobre o outro. Os semblantes, no entanto, camuflavam a realidade dos fatos, escamoteando-os nos torreões do orgulho...

E o concurso continuava... e por mais que os deuses guerreiros afirmassem que os resultados que obtinham eram satisfatórios, ou que os relatórios apresentados por seus comandados fossem, como diziam, positivos, o número dos participantes não diminuía; pelo contrário, mais e mais escritores se inscreviam!

- Eu não consigo entender o que aconteceu! – bradou Marte num arroubo de cólera, pois que encantoado pela angústia. Mas antes que algum dos demais ousasse uma justificativa, um general se aproximou e disse:

- Oh altipotentes, um nosso espião conseguiu uma cópia de um dos poemas finalistas. Tentará nos enviar o outro, bem como o conto selecionado, assim que a oportunidade lhe for favorável. – E o entregou à mentora belicosa.

Minerva estava trêmula e envergonhada; muito distante da genialidade que um dia inspirara Odisseu a imaginar um grande cavalo de madeira... Ares, então, tomou-lhe o papel e, em voz alta e pausada, começou a ler um soneto.

E a cada verso, em que se entrosavam perfeitamente decassílabos e alexandrinos, mais um quê de originalidade, revelava aos demais que o esforço que tanto despenderam, esse, sim, tinha sido em vão:

Um só caminho.

Em meu reino, de onde posso tudo ver,

conta bendita a que me doei,

só vejo a luz que de mim criei,

nunca desânimo, em que não quero crer.

E se muitos há que te levam a arder,

pecadores por quem sempre roguei,

avatares alhures enviei.

Segue-lhes os passos! Isso, sim, é viver.

Mas o homem insiste em se desviar...

e não se detém. Conquista; mata; erra.

Enloda-se no poder que o faz cegar.

Destarte, retorna ao pó pela guerra...

Mas, não duvides, nasceste para amar.

Faze, pois, o que te cabe! Paz na Terra!