domingo, 21 de agosto de 2011

HINO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

RIO GRANDE DO NORTE

Lei n. 2.161, de 3 de dezembro de 1957

I


Rio Grande do norte esplendente

Indomado guerreiro e gentil,
Nem tua alma domina o insolente,
Nem o alarde o teu peito viril !
Na vanguarda , na fúria da guerra
Já domaste o astuto holandês !
E nos pampas distantes quem erra,
Ninguém ousa afrontar-te outra vez !
Da tua alma nasceu Miguelinho,
Nós, como ele, nascemos também,
Do civismo no rude caminho,
Sua glória nos leva e sustém !

ESTRIBILHO
A tua alma transborda de glória !
No teu peito transborda o valor !
Nos arcanos revoltos da história
Potiguares é o povo senhor !

II
Foi de ti que o caminho encantado
Da Amazônia Caldeira encontrou,
Foi contigo o mistério escalado,
Foi por ti que o Brasil acordou !
Da conquista formaste a vanguarda,
Tua glória flutua em Belém !
Teu esforço o mistério inda guarda
Mas não pode negá-lo a ninguém !
É por ti que teus filhos descantam,
Nem te esquecem, distante, jamais !
Nem os bravos seus feitos suplantam
Nem teus filhos respeitam rivais !

III
Terra filha de sol deslumbrante,
És o peito da Pátria e de um mundo
A teus pés derramar trepidante,
Vem atlante o seu canto profundo !
Linda aurora que incende o teu seio,
Se recama florida e sem par,
Lembra uma harpa, é um salmo, um gorjeio,
Uma orquestra de luz sobre o mar !
Tuas noites profundas, tão belas,
Enchem a alma de funda emoção,
Quanto sonho na luz das estrelas,
Quanto adejo no teu coração.

A BONITA FESTA DA ENTREGA DA 6ª ANTOLOGIA DA SPVA NA ESCOLA EMILIA RAMOS/CIDADE NOVA-NATAL/RN


A primeira escola municipal a ser contemplada com a doação da obra Antologia Literária SPVA/RN, 6o. volume, financiada pelo Fundo Municipal de Cultura da Cidade de Natal, será a E. M. PROFESSORA EMÍLIA RAMOS no bairro Cidade Nova sob supervisão da professora Graça, que contactou com a entidade antes do lançamento e gentilmente participaram desse no dia 29/07/11, no prédio do Instituto Federal da Avenida Rio Branco durante a Cesta Cultural que comemorava os 14 anos de existência da entidade cultural potiguar sem fins lucrativos.
A comitiva da E. M. Emília Ramos participou das comemorações e demonstrou o interesse pela obra em virtude de haver programado o estudo de poetas e escritores potiguares vinculados à SPVA/RN neste ano letivo em curso, por essa razão a urgência da biblioteca da escola receber os exemplares para estudo e análise por professores e alunos. O resultado do trabalho da escola será apresentado em sarau no dia 26 de Outubro do ano em curso.
Nesse sentido a SPVA/RN, irmanou-se ao corpo docente e discente da Escola Municipal Emilia Ramos e assim, no dia 18 de Agosto no Pátio da Escola declamou, cantou e contou histórias ao seleto grupo de alunos da Educação de Jovens e Adultos, juntamento com a Equipe Gestora, Professoras Regina e Marta e a colaboração da Coordenadora Pedagógica, Profa. Graça Brito, organizadora do evento.Participaram deste sarau os poetas: Pedro Grilo Neto, Jania Souza, Geralda Efigênia, Ed Santos, Ozany Gomes e Ivan Pinheiro.



Foto histórica


Gestora da Escola Emilia Ramos, Profa. Regina ladeada pelos poetas da SPVA/RN

Jania Souza, representando o Presidente da SPVA, Poeta Maurício Garcia, faz a entrega da 6ª Antologia da instituição.


Coordenadora Pedagógica, a simpática professora Graça Brito,
organizadora do evento.

Profa da Escola

Poeta Jania Souza e a Gestora Regina

Jania Souza em performance poética


Ivan Pinheiro em performance poética


Professor da Escola

Geralda Efigênia em performance poética

Ed Santos em performance poética musical

Ozany Gomes em performance poética, declamou poesia do poeta Janilson Dias de Oliveira,
membro da SPVA e participante da antologia.

Poeta Pedro Grilo em performance poética e musical


formação da mesa com os poetas da SPVA

Pedro Grilo e Ozany Gomes

Alunos da EJA/Escola Municipal Emília Ramos



Pedro Grilo, Jania Souza e Geralda Efigênia na plateia

Público presente ainda no início



Gestora Regina iniciando o evento


Simpáticas e Competentes Professoras





VISITEM ESSE BLOG E VEJAM QUE MARAVILHA DE CHARGES

Parabéns Amâncio pela qualidade de seu trabalho, tornei-me fã porisso estou mostrando seu trabalho ao meu público.
Mais detalhes:
www.riscoserisos.blogspot.com

A EXPRESSÃO POÉTICA DE ANA LUIZA PENHA / MEMBRO DA SPVA-RN



Nasci do amor

agreste do meu

pai, da lagrima

de sal da minha

mãe, herdei no

corpo todas as

pedras da estrada,

cactos, cheiro de

terra, vim com

olhos desconfiados

de peixe, senti todas

as redes me enredando,

do homem,

da mulher ,

filha bem nascida

da assombração e

do medo á solidão.

publicado no
grupo LINGUAGENS E VERSOS
FACEBOOK

A EXPRESSÃO POÉTICA DE ANA LUIZA PENHA / MEMBRO DA SPVA-RN



Nasci do amor

agreste do meu

pai, da lagrima

de sal da minha

mãe, herdei no

corpo todas as

pedras da estrada,

cactos, cheiro de

terra, vim com

olhos desconfiados

de peixe, senti todas

as redes me enredando,

do homem,

da mulher ,

filha bem nascida

da assombração e

do medo á solidão.

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PAI, FILHO E ESPIRITO DE CONTO DE DIAS CAMPOS.

COMO A FERRUGEM E A TRAÇA.

Ontem fui ao clube. E lá tive o desprazer de reencontrar Arimaze. Concordo que o nome (mesopotâmico) causa justa estranheza. Mas, explico: se de um lado procurei acautelar-me de uma futura ação indenizatória, preservando-lhe a identidade, de outro, foi ele quem mais se aproximou dos meneios com que ainda sou obrigado a conviver, em razão das circunstâncias.
E não foi fácil achar um bom representante. De primeiro, pensei em Salieri. Mas Mozart advertiu-me ser óbvia a ilação, o que não respaldaria a criatividade deste texto. Ao depois, cogitei em Juliana, a ex-empregada de Luísa. Mas veio Eça e me confidenciou que o primo Basílio tudo fizera para esquecer aquele arroubo, e não convinha que fosse desenterrado. Fui, então, à Grécia Antiga, e achei em Ftono a luva que servia. Nix, a personificação da noite, instou-me a que não envolvesse o nome de seu filho, pois ainda se ressentia dos dissabores que suas provocações infligiram às deusas Atena e Hera. Por fim, pedi licença a Voltaire, e este me apresentou àquele babilônio e a Zadig, o objeto de sua inveja. Encontrava a expressão que me faltava.
Mas se fiquei indisposto, hoje me revigoro, e esta crônica é a sua consequência. Dessa forma, faço a seguinte pergunta, que endereço a Arimaze, onde quer que se encontre: Numa relação entre invejoso e invejado, quem é que sofre? E antes que os milionésimos de segundo tragam a ululante resposta, Fr. Luiz de Souza se interpõe e, como que repetindo Antístenes, o pupilo de Sócrates, pontifica: “Assim como o ferro se consome com a ferrugem, assim o invejoso se está consumindo com a inveja.”
E diante do insofismável, que dizer ao súdito do longínquo império? Que seu ilusório senso de superioridade nada mais é do que uma das muitas máscaras com que a inveja lhe encobre as fuças? Que “A inveja é uma confissão de inferioridade”, como afirmou Philarete Chasles? Que “Onde há inveja, não há amizade”, como cantou Camões?
Quem sabe não seria o caso de pensar em Goethe, e, como Werther, seguir lendo o meu Homero. Afinal, se o próprio autor de Ilíada e de Odisseia atestou que “O invejoso emagrece com a gordura alheia”, nada mais prático do que me sentar, folhear, e dar tempo ao inexorável definhamento.
Talvez fosse melhor enfatizar – quiçá, ensinar – que a saúde dos portadores da “traça do talento”, como diria Campoamor, debilita-se com o tempo, a exemplo do aclarado no brilhante ensaio As mil e uma faces da Inveja, da lavra do Dr. Roque Theophilo, em que o ilustre professor demonstra serem eles geralmente ansiosos, tristes, revoltados, e muito mais vulneráveis às moléstias infecciosas, tais como a gripe, a herpes, e às doenças psicossomáticas, que podem acarretar câncer.
Há quem sugerisse lembrar da empatia, e, com isso, procurar sentir-lhe compaixão. Belo pensamento. No entanto, sou forçado a questionar-me: Tenho abnegação bastante? Confesso que não.
Cuidado, Arimaze, pois no conto em que você existiu, o iluminista francês escreveu que “O invejoso morreu de raiva e de vexame”...! Não é uma ameaça. É uma advertência.
De outra parte, alguém poderia cogitar da soberba, a prima irmã do “Gigante Rubro”, de Mira y Lopes. Concluiria, assim, que o autor é uma alma insatisfeita, e que supõe invejosos ao seu redor. Ora, por uma questão de equidade, e porque não temo a réplica, de antemão disponibilizo esse mote a Arimaze, rogando-lhe, contudo, que medite sobre o que aqui foi pincelado.
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A EXPRESSÃO POÉTICA DE DAUFEN BACH.




impudicos

ao teu ouvido,
antes de obedecer apenas aos teus pedidos.

o desejo queima mesmo os corações mais castos. é a beleza mais antiga, o
sentido mais primitivo,
o animal a contorcer-se nas fímbrias do pensamento
no tenso debate entre a liberdade consciente do sentir, e o poder aprisionado do realizar. esse consumir-se em subjetividades,
esse delicioso pecado,
esse fazer que tornam unos, o profano e o sagrado. que traz para minha pele e para os meus pelos a voracidade de bicho e a
virilidade tacanha do insaciável, banhada nas sensações mais humanas do
sentir, numa luta em te fazer mulher santificada a gemer gozo no bico dos seios arrepiados.

assim te vejo, pura poesia... dama na noite, a estrela guia que toma o céu e ignora os faróis, uma antagonia que me despe do homem perdido em teus lençóis e me faz o animal que te sacia... depois amanhece, com olhos de criança.



[impudico_1]

te arrastas nua pelos lençóis. a conjunção perfeita da luz com o tecido
prendido entre tuas pernas acende a faísca. move-se.

(tua trama está em acender em meus olhos o desejo que me consome
e o instinto, o animal instinto de estar prendido entre tuas coxas
a sentir o teu calor e a tua bondade oferecida.
me sacias enquanto faço-me escravo das vontades que segredas).

serpenteias.
insinua-te.
deita sobre meus braços e beija-me o peito. a tua boca tem o calor exato,
a mornidade que queima sem ferir, a umidade que arrepia sem molhar...
a tua boca é vívida lascívia, aconchego, ternura... é piedosa. (...)