impudicos
ao teu ouvido,
antes de obedecer apenas aos teus pedidos.
o desejo queima mesmo os corações mais castos. é a beleza mais antiga, o
sentido mais primitivo,
o animal a contorcer-se nas fímbrias do pensamento
no tenso debate entre a liberdade consciente do sentir, e o poder aprisionado do realizar. esse consumir-se em subjetividades,
esse delicioso pecado,
esse fazer que tornam unos, o profano e o sagrado. que traz para minha pele e para os meus pelos a voracidade de bicho e a
virilidade tacanha do insaciável, banhada nas sensações mais humanas do
sentir, numa luta em te fazer mulher santificada a gemer gozo no bico dos seios arrepiados.
assim te vejo, pura poesia... dama na noite, a estrela guia que toma o céu e ignora os faróis, uma antagonia que me despe do homem perdido em teus lençóis e me faz o animal que te sacia... depois amanhece, com olhos de criança.
[impudico_1]
te arrastas nua pelos lençóis. a conjunção perfeita da luz com o tecido
(tua trama está em acender em meus olhos o desejo que me consome
e o instinto, o animal instinto de estar prendido entre tuas coxas
a sentir o teu calor e a tua bondade oferecida.
me sacias enquanto faço-me escravo das vontades que segredas).
serpenteias.
insinua-te.
deita sobre meus braços e beija-me o peito. a tua boca tem o calor exato,
a mornidade que queima sem ferir, a umidade que arrepia sem molhar...
a tua boca é vívida lascívia, aconchego, ternura... é piedosa. (...)
Geralda,
ResponderExcluirminha querida!
Só agora lendo, desculpe -me a demora, é que só agora fiquei sabendo! Agradeço-te de coração.
Lindo final de semana a ti.
beijo.
daufen bach.