sexta-feira, 12 de abril de 2013

NOTA DE ESCLARECIMENTO


Sobre as recentes reportagens publicadas comparando os salários dos professores das redes estaduais de todo o país, a Secretaria de Estado da Educação do Rio Grande do Norte esclarece que:

1. é difícil encontrar um parâmetro para elaborar uma tabela correta de comparação dos vencimentos entre estados, uma vez que as cargas horárias diferem de um ente federativo para outro. As jornadas variam entre 20h, 25h, 30 e 40 horas. Outro ponto que interfere na fiel comparação é que muitos estados agregam ao valor dos salários alguns benefícios, que não estão incorporados ao vencimento real e que também variam de estado para estado.

2. é preciso entender que não é possível fazer a comparação de um estado que paga determinado valor por quarenta horas de trabalho, embutindo no piso a remuneração por benefícios de carreira, com um estado como o Rio Grande do Norte, que tem uma carga de 30 horas semanais, paga o piso integral no vencimento, sem embutir os valores de benefícios.

3. tantas peculiaridades dão margem para que os dados sejam utilizados da maneira que melhor convier aos interessados, gerando injustiças, divulgação de informações inverídicas e, por vezes, levianas. Portanto, para uma real comparação, sugerimos a utilização de um método que trate os vencimentos igualitariamente, no caso, o valor da hora atividade.

4. como os dados apresentados pela tabela publicada no site da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, não estão atualizados (são de agosto de 2012) e foram repassados pelos sindicatos regionais,  sem o devido cuidado com a atualização da informação, iniciamos uma pesquisa junto às secretarias estaduais de educação de todo o país, buscando os valores reais, estado por estado.

5. como exemplo de estado que paga menos do que o Rio Grande do Norte, podemos citar o Rio Grande do Sul. Os professores gaúchos, com nível médio, recebem um piso de R$ 977,05, por 40 horas de jornada. Já os professores graduados, recebem um piso de R$ 1.807,54, pelas 40 horas semanais. De acordo com esses números, no Rio Grande do Sul, os professores de nível médio recebem R$ 6,10 pela hora atividade e os graduados, R$ 11,30.

6. no Rio Grande do Norte, onde a carga horária é de 30 horas semanais, o valor do piso pago ao grupo remanescente de 700 professores com nível médio é de R$ 1.175,27, enquanto o professor graduado, em início de carreira, recebe R$ 1.644,00. Logo, o valor da hora atividade paga ao professor potiguar de nível médio é de R$ 9,7, e ao professor graduado é de R$ 13,7, valores bem acima dos que são pagos no Rio Grande do Sul. Essa é apenas uma das comparações que podemos fazer com outros estados que pagam menos que o Rio Grande do Norte.

7.a Secretaria de Estado da Educação reforça que o reajuste acumulado de 76,8% (2011: 34%; 2012: 22,22%; 2013: 7,97%) concedido pelo atual governo aos professores é o maior da história recente do Estado. Para comprovar, basta que os professores comparem seus contracheques entre setembro de 2011 e janeiro de 2013. Enfatiza, ainda, que não reajustou apenas o valor do piso, mas aumentou na mesma proporção, os salários de todos os professores, independente dos níveis e tempo de serviço.

8. ressaltamos, também, que nesse governo, os professores voltaram a receber benefícios represados há mais de 10 anos, como pecuniárias, quinquênios, aposentadorias, promoções verticais e horizontais, numa política de valorização dos educadores que o Estado tem a intenção de dar continuidade. Apesar dos avanços, a Secretaria de Estado da Educação reconhece que ainda é preciso fazer mais, valorizar mais, para que o professor sinta-se cada vez mais estimulado a contribuir para o desenvolvimento da Educação, pois é na escola que as grandes mudanças acontecem. As perspectivas são animadores.

Natal, 28 de março de 2013.

Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Educação do Rio Grande do Norte


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A UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES - SEÇÃO DE CURITIBA CONVIDA TODOS OS TROVADORES, POETAS E AMIGOS SIMPATIZANTES DA TROVA PARA:


DIA 18 DE ABRIL: OFICINA DE TROVAS.
Atividade conjunta com a Academia Paranaense da Poesia e Biblioteca Pública do Paraná.

Tema: A Trova no Paraná – A Trova de Horácio Portela (Hom. Póstuma).
Palestrante: Maria da Graça S. de Araújo
Dia: 18/04/2013.
Hora: 18h00min
Local: Biblioteca Pública do Paraná – Sala de Reuniões – 3° andar. Cândido Lopes, 133 - Curitiba – Paraná.

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DIA 20 DE ABRIL: REUNIÃO MENSAL

* DENTRO DA PROGRAMAÇÃO:

- Concurso Interno: Tema – ENCONTRO (L/F). 01 trova por concorrente. Sistema de envelopes.
- Revoadas de trovas (Reunião dedicada a Trovas referentes aos temas de abril, tais como: Mentira, Tiradentes, Brasil, etc.).
- Apresentações Musicais:
- Sorteio de Brindes
- Coquetel

* Participe durante a reunião das revoadas, declamando trovas sobre os temas do mês de abril e também com temas de sua preferência.

Dia: 20 de abril de 2013
Hora: das 14h30min às 17h00min.
Local: Centro de Letras do Paraná. Rua Fernando Moreira, nº 370, quase esquina com o SESC da Esquina.

Contamos com a sua presença e participação!

UBT-Curitiba.

por e-mail

quarta-feira, 10 de abril de 2013

A VOZ POETICA DE ROSA REGIS - NATAL;RN

DA SILVA

Eu sou da Silva, Doutor!
Um da silvazinho qualquer?!
Não! Não sou qualquer da Silva!
Sou um da Silva que quer
Mostrar que no meu Nordeste,
Terra de "cabra da peste",
Um da Silva vale o que quer.

Lá... na minha juventude,
Da Silva eu não era não!
Da Silva veio depois:
Quase que sem opção
De escolha e, aí, ficou.
E como da silva estou
E assino o meu jamegão.

E, da Silva, Seu Doutor,
É uma marca nordestina!
O nordestino já tem
como "da Silva" uma sina.
Não adianta correr
Nem mesmo se debater,
Da Silva a si se destina!

Pois, no percurso da vida,
Alguém, seja lá quem for
Da sua família, irá
Ter em seu nome, Doutor,
Um "da Silva" acrescentado.
E, aí, terá se tornado
Um "da Silva" sim Senhor!!
 
Presidente da Academia de Literatura de Cordel do RN.

terça-feira, 2 de abril de 2013

COMPERVE ABRE INSCRIÇÕES PARA PROFLETRAS


O Núcleo Permanente de Concursos (COMPERVE) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) vai realizar o Exame Nacional de Acesso ao Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS). A inscrição deverá ser feita, via internet, de 22 de abril a 20 de maio.

O PROFLETRAS vai oferecer 829 vagas distribuídas de acordo com o quadro de cada instituição, para candidatos portadores de diploma de curso superior de Licenciatura em Letras, com habilitação em português e registrados pelo Ministério da Educação (MEC); ou para professores do Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) de escolas da Rede Pública de Ensino do Brasil, regularmente admitidos e pertencentes ao quadro permanente de servidores.

Para se inscrever é necessário ter Cadastro de Pessoa Física (CPF), documento de identificação e preencher todos os campos do formulário de inscrição. O local de realização das provas, que estará vinculado ao município sede da instituição escolhida pelo candidato, será divulgado no site da COMPERVE, a partir do dia 11 de junho.

O exame será de caráter eliminatório e classificatório, aplicado em 16 de junho de 2013, com 20 questões objetivas e uma discursiva. Para se inscrever, o candidato deve acessar a página da COMPERVE, no endereço: www.comperve.ufrn.br.

PROFLETRAS

O PROFLETRAS é um programa de pós-graduação stricto sensu em Letras reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do MEC. O programa visa a capacitar professores de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental. O curso é semipresencial com oferta simultânea nacional, no âmbito do Sistema da Universidade Aberta do Brasil (UAB), e coordenado pela UFRN. As aulas poderão ser ministradas de segunda-feira a sábado, conforme determinação do colegiado local de cada unidade que integra a rede.

fonte: agecom/ufrn por e-mail

domingo, 31 de março de 2013

PAULO FREIRE: 50 ANOS DA EXPERIÊNCIA DE ANGICOS/RN

Texto e foto retirados do site http://angicos50anos.paulofreire.org/

 


Angicos não é apenas um símbolo da luta contra o analfabetismo no Brasil. É um marco da luta pela universalização da educação em todos os graus, superando a visão estreita de que os graus superiores são destinados apenas aos segmentos das elites e das vanguardas. A proposta de Paulo Freire é mais ampla: uma educação para a democracia, uma educação que potencialize a construção da a cidadania. A luta contra o analfabetismo no Brasil, com a experiência de Angicos passou a ter – particularmente naquele contexto de 50 anos atrás – uma importância incomensurável, pois passou a destacar a dimensão política como fundamento da função gnosiológica da educação constituindo um passo importante para  a construção da Democracia Brasileira e da Cidadania Multicultural do Brasileiro.

Assim, conceber Angicos simplesmente como uma experiência de alfabetização de 300 trabalhadores rurais, ou como a aplicação de um novo e efetivo método “psicossocial” de alfabetização, não é entender Angicos.

Angicos foi a fermentação de um processo de mudança pedagógica mais vasta e mais profunda, além de anunciar também a possibilidade de mudanças políticas e sociais também de ampla cobertura e de profundidades abissais no Brasil e na América Latina. Na turbulência social da época, em que  a alfabetização de adultos aparecia como pré-condição para o desenvolvimento social, político e econômico, Angicos foi a voz dos nordestinos  clamando por justiça social, por solidariedade, por democracia. Assim, por mais paradóxico que pareça, Angicos supera Angicos. Angicos foi um projeto de cultura popular que imaginou e concebeu um projeto nacional de educação para a uma sociedade democrática com justiça social. Angicos foi, também, um projeto de cultura popular, isto é, um projeto de  respeito às tradições, à cultura e aos saberes do povo, r do qual Paulo Freire foi o grande idealizador. A partir de Angicos, criou-se a Comissão Nacional de Cultura Popular, com Paulo Freire como seu coordenador, como um pedagogo empenhado na construção da cidadania democrática no Brasil. E é a partir de Angicos que Paulo Freire se torna, com seu exílio primeiro latino-americano e, depois, europeu, um cidadão do mundo e um educador de renome internacional.

Angicos rompeu com a dicotomia público-privado, em que o público é visto como problemático, decadente, incapaz de promover a educação de qualidade, no limite falido, e o privado é exaltado, especialmente o mercado, como eficiente, inovador e proporcionador da educação de qualidade. Angicos não pode ser simplesmente celebrado como algo do passado, mas como um farol que ilumina o futuro. Um farol que orienta a criação de um sistema nacional de educação. Um farol que aponta para a defesa da educação pública de excelência, no contexto de um estado democrático. Um farol que postula a reinvenção da gestão pública no Estado eficiente, honesto, transparente, e, sobretudo, que contribui para o bem estar comum do cidadão e que  constrói a cidadania democrática.

Angicos explica, também, porque Paulo Freire é um patrimônio do Brasil, da América Latina e do mundo. Finalmente, reconhecido no Brasil, foi anistiado em 2009 e declarado patrono da educação brasileira em 2012. Seu trabalho tem sido cada vez mais lido, estudado, relido e aplicado em numerosas inovações educacionais, marcando as transformações mais radicais, interessantes e inteligentes da educação mundial.

Angicos é também um convite a um novo pacto social, em que a educação, exercida de comum acordo com os movimentos sociais e a sociedade civil, torna o Estado um instrumento de transformação social, um instrumento de gestão do desenvolvimento, um instrumento de luta contra a opressão, um instrumento de libertação e, não simplesmente, de regulação e de “governança” da ação social, como querem os neoliberais.

Cuidado, porém: Angicos não pode ser simplesmente uma alternativa ao empobrecido e desmobilizador discurso neoliberal, criando outro discurso alternativo. Angicos é também uma metáfora de um discurso radical para que a escola pública se torne popular, um discurso que não se estacione na mera retórica  mas um discurso que convide para a ação, um discurso que transite da teoria à prática, um discurso que reconstrua as bases da gestão educacional no Brasil e no mundo todo, sobre as ruínas da tormenta neoliberal. Só assim Angicos, como metáfora, pode transformar-se em realidade.

Fonte: http://angicos50anos.paulofreire.org/