quinta-feira, 20 de março de 2014

BATISMO LUDOPOIÉTICO NA II MARATONA POTIGUAR DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIA - NATAL/RN


II Maratona Potiguar de Contação de Histórias
Batismo Ludopoiético pela paz universal

Corde de Sírlia Lima

No dia 19 de Março
Dia de São José
No IFRN da Cidade
Houve um ato de fé
Idealizado por Dorinha
Que autoridade é.

A mestra da contação
Idealizou na poltrona
Um batizado ludopoíético
Na II Maratona
De Contação de Histórias
E nós pegamos carona.

Convidou muitas crianças
Vindas de onde vier
Apadrinhadas por poetas
Não foi bênção qualquer
Inspirados pela arte
E eu levei a minha Ester
Dorinha levou Wiliam
Salizete levou seu neto.

Ela estava emocionada
Demonstrando seu afeto
O amor universal
Faz de nós um ser correto
Foi um belo ritual
Não uma trama, um jogo.

Os elementos presentes
Terra, ar, água e fogo
As forças da natureza
Em respeito, em rogo
Zens com sua música
Que nos traz fascinação.

Fazedores de sonhos
Que brotam do coração
Com Dorinha Timóteo
Que é Mestra em Contação
Lá estavam presentes
Deth Haak, Edilberto.

Eram tantos voluntários
Que nem sei dizer ao certo
Eram mentes preciosas
E de coração aberto
Todos comprometidos
Em promover alegria.

Lá estiveram Jânia Souza
E Maurício Garcia
Invocamos os deuses
Da arte e da poesia
Também o Deus poderoso
Criador universal.

Que criou a natureza
Que nos deu potencial
De promover à arte
Pela paz universal
Foi um ato simbólico
Repleto de sentimento.

Da semente da cultura
Fizemos o lançamento
No coração das crianças
Eclodirá noutro momento
Como seres brincantes
E com muito alto astral.

Fizemos do IFRN
Nossa casa, nosso quintal
Dançamos bela ciranda
Naquela tarde sem igual
Aos Fadinhos e Fadinhas
Grande é vossa missão.

De espalhar alegria
Amor e emoção
No coração das crianças
De toda e qualquer nação
O amor é fogo
Que acende e seduz.

Que o caminho das crianças
Seja repleto de luz
A bondade e o respeito
Em emoção se traduz
O viés da cultura
É nossa grande esperança.

Do Mestre Manoel Marinheiro
Hoje fizemos lembrança
Recordamos o Boi de reis
Que anima qualquer criança
A cultura impregna
Na pele, no epitélio.

Relembramos a Araruna
Do grande Mestre Cornélio
Que como o sol é estrela
Também chamada de hélio
Vou buscando na memória
Registrando em cordel.

Relembramos nosso artista
O Mestre Chico Daniel
Nosso maior bonequeiro
Foi grande o seu papel
Daluzinha Obrigada
Por este grande momento.

Embaixadora da paz
Grande é o seu intento
De nos trazer alegria
Com tão nobre sentimento.

domingo, 16 de março de 2014

A POSSE DO POETA/ESCRITOR ROBERTO PINHEIRO DE ACRUCHE NA ACADEMIA PEDRALVA LETRAS E ARTES - RJ



Patrícia Bueno




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Roberto Acruche falou sobre seus planos à frente da Pedralva


Patrícia Bueno





                    A tarde dava o ar de sua graça e um ventinho aprazível convidava a aproveitar a sombra projetada pelas árvores do Jardim do Liceu. Foi em um de seus charmosos bancos, cercado de beleza arquitetônica por todos os lados, que o novo presidente da Academia Pedralva Letras e Artes falou sobre a posse, marcada para este sábado, a partir das 16h, na sede, que fica no Palácio da Cultura.


-                A posse é uma coisa histórica na minha vida. Sem dúvida, um fato muito importante, porém, o mais importante é poder atuar junto a um grupo de pessoas apaixonadas pelas artes e, principalmente, pela poesia. Pessoas de espírito elevado, idealistas, que buscam fazer com que a nossa cultura seja divulgada e que a população saiba quantos valores estão por aí, escondidos, com seus trabalhos guardados - comenta Roberto Pinheiro Acruche, que substitui Suely Petrucci, presidente por dois mandatos na Pedralva.

             
                Nascido em São Francisco de Itabapoana, autor do Hino Oficial de sua cidade e dos livros "Apontamentos para a História de São Francisco de Itabapoana", "A Minha Terra Também Faz Parte da História do Brasil" (ambos com edição esgotada) e "O Mangue da Moça Bonita", Roberto Acruche pretende dar continuidade aos projetos implementados pela Academia até hoje, honrando os ideais com os quais foi criada, no ano de 1947.


-                A Academia Pedralva tem 67 anos de amor às letras e artes, fruto do trabalho de três jovens da época: Almir Soares, Pedro Manhães e Walter Siqueira. Não só temos a obrigação de continuar o trabalho, mas também de dar voos mais altos, buscando novos valores que estão no anonimato- comenta, destacando o desejo de ampliar a área de atuação. - Vamos tentar interagir com escolas ou outras instituições, promovendo um trabalho mais amplo para elevar a cultura e a arte de nossa região - planeja.


                    Autor de dezenas de poemas, sonetos e trovas publicadas em revistas, jornais, em vários sites, blogs e em três antologias, o novo líder dos imortais da Pedralva foi premiado várias vezes com medalhas e diplomas em concursos de âmbito nacional. Acruche recebeu da Academia Paranapuã de Letras e Artes a Medalha de Mérito Cultural Austregésilo de Atayde e criou a revista digital "Trovas e Poemas". É também Delegado da UBT - União Brasileira de Trovadores, no município, além de compositor.

     
            Começou a trabalhar muito cedo, aos 14 anos de idade. Também se destacou na carreira política. Entre os anos 80 e 2000, assumiu cargos importantes como Secretário de Administração da Região Norte de São João da Barra, e ainda, Chefe de Gabinete, Assessor Especial do Prefeito, Secretário de Obras, Secretário de Meio Ambiente e Secretário de Planejamento e Obras em São Francisco.


                       Embora nascido em outro município, Campos foi a base de sua educação. O novo presidente da Pedralva estudou em colégios próximos ao tradicional Liceu. É por isso que voltar àquela praça trouxe doces recordações de sua mocidade. - Algumas inspirações tive aqui, sentado em alguns desses bancos. Ficava olhando a beleza da praça e escrevendo - relembra o imortal que assim como as pessoas que pretende tirar do anonimato, também engavetava o que escrevia. - Na verdade não sabia ao certo se aquilo era poesia ou simples rabisco - diz o poeta de olhar tranquilo e gestos elegantes, antes de recitar, com voz emocionada, dois de seus inúmeros poemas de amor, tendo ao fundo o balé das águas do chafariz. Que bom que, um dia, ele descobriu que o que escrevia estava longe de ser um "simples rabisco". É sentimento traduzido em palavras.

sexta-feira, 14 de março de 2014

A POESIA DO CORDELISTA ED SANTOS

Parabéns a todos os irmão poetas que fazem a nossa cultura fluir, neste dia especial.

Hoje e um dia marcante na minha vida
Aniversário desse meu imenso amor
Anjo do meu céu, do meu jardim linda flor
Parabéns a você minha querida
Que há anos és a minha preferida
Acompanha meu lazer, meu dia a dia
És história, és cultura, és alegria
És antiga, és moderna, és arcano
Pra saberes me apaixono a cada ano
E grito ao mundo meu amor é a poesia


Ed Santos

14 DE MARÇO - DIA DA POESIA!

Poesia é sinônimo de amor
Que rima com o verbo abraçar
Que metrifica com versos
Diversos e encantos da vida.
Poesia é a expressão que encanta
O meu ser!
Que dar vida ao meu viver,
Vivo por que poetizo e eternizo
A poesia que vive  em mim.
Geralda Efigênia
 
 
Sempre que apagam a geral do palco,
Vejo-te na plateia ansiosa com a minha primeira cena,
Então ouço teu suspiro silencioso e
 Brilho na luz incandescente do teu olhar.
Mucio Vicente!

Vale Orgulho

Natal teu nome é cheio de glórias,
Sempre vives na memória deste grande Brasil;
Orgulho-me quando falo sempre assim,
Do vale do ceará – mirim,
Dos verdes canaviais;

Venha conhecer a nossa cidade,
A maior igreja do estado
A casa do barão;

A usina são Francisco;
O engenho união

O túmulo da linda Emma;
A fazenda nascença.

O banho das escravas,
A casa grande do Guaporé,

O olheiro diamante,
O engenho verde nasce,
A fazenda igarapé.

Os quilombolas em coqueiros,
Capela, matas, mineiros,
E os artistas do lugar:

Walter luz, Santana,
Sayonara, Euds e Edgar;
Marcelo Andrade e J. Wilson,
Bárbara e Cleopatrá,

Múcio Vicente que não urge,
Apenas sente que ta na hora de encerrar.

Peço desculpas a outro artista,
Por seu nome não citar,

Não é falta de interesse
É o tempo que não dá;
Pois já está me dando fome,
Preciso me alimentar,

Com o grude de coqueiros,
A tilápia de mineiros, o camarão de Viveiros,
Para agente degustar,

Caldo de cana do Sidraque,
Da gáia como mamão
Quando quero comer buchada
Deixo uma conta fiada lá em Zé do
Recantão,
 carne assada do Zé Dantas,
Até na semana santa
E os carinhos da vovó;

E nos finais de semana
Tomo uma chamada de cana
Lá em Zé do Mocotó.

É!!! Eu sou daqui,
Vivo sempre contente,
Sou Múcio Vicente,
Filho de Parú.

E sempre que tenho grana
Me banho toda semana
Em porto mirim,
Jacumã e Muriú.

É!!! Essa terra é linda,
Por gosto se pode ver,
Está é minha cidade,
Eu te convido a conhecer.

Isso que estou te dizendo,
Não é papo furado, nem tão pouco
Zum... Zum... Zum.

Aqui só não tem Teatro,
Era tudo e era nada
Era guerra e paz
Flor e náusea

Era surreal, irônico
Orgânico, montável
Desmontável, enrolável;

Múcio Vicente










Um tanto leve

Era modulável, flexível
Expansível,
ansformável
Translúcido, perfurável

Um pouco aberto

Era ferida inflamada
Rosa cálida
Incerteza mais que certa
Era tudo e era nada

Era, talvez, amor.


Luís Renato


quinta-feira, 13 de março de 2014

A HOMENAGEM DO ESCRITOR CIRO JOSÉ TAVARES AO CARNAVALESCO DOSINHO



                    O ÚLTIMO CARNAVAL
        

Entre o imponderável e a esperança caminhou acima d o fio da navalha e nós o ladeávamos com nossas orações. Esse tempo estressante lembrava-me, todas as manhãs, o verso da Balada do Cárcere de Reading “nunca homem vi que contemplasse tão ansioso a luz do dia.”
A morte de Claudionor Batista de Oliveira, o nosso Dosinho, é um golpe que atinge toda uma cidade e entristece as almas sensíveis de minha geração, pois não conheço ninguém que, nos carnavais dos anos cinquenta, não tivesse, nas ruas e nos salões dos clubes, cantado suas músicas que nos levavam, sob jatos de lança – perfumes, coloridos pedacinhos de confete e rolos de serpentinas, pelo meio da turba enlouquecida.
Faz um bom tempo em que nos encontramos. Foi no dia em que a Câmara Municipal de Natal outorgou-lhe o título de cidadão natalense. Estava na companhia de Leide Camara, amiga fidelíssima de todos os momentos. No rosto o sorriso franco, a simpatia irradiante. Adormecido numa UTI de um hospital, indiferente as coisas que circulavam externamente, podia estar, pela vontade do Pai do Tempo, sonhando como o carnaval que lá fora acontecia, o derradeiro, enquanto aguardava a vinda de uma legião de anjos para conduzi-lo à presença de Deus. Quero guardar de Dosinho a alegria cativante e uma lembrança que não se perderá na minha memória. Viajou à sua nova dimensão, na véspera do Dia Nacional da Poesia, a última de suas premiações.

domingo, 9 de março de 2014

DE MULHER PARA MULHER - A VOZ POÉTICA DE EDI GERMANO - PARNAMIRIM/RN

Entre pernas surgem feras e donzelas,
Asas de borboletas, andar de gazela...
Fadas...bruxas...Cinderelas...
Todas elas na sua essência são belas!
Batizadas de santas e furacões..
mulheres maravilhas...Marias dos fogões,
Elas também atendem por mulheres padrões!
Descalças ou de saltos, comandam batalhões...
Marias das calçadas, Marias das metrópoles...
Marias dos sertões, todas elas são mulheres...
Mulheres camaleões!

Boa noite a todas as mulheres e,
 parabéns pelo nosso dia!

A EXPRESSÃO POÉTICA DE CRISTINA MARIA - NATAL/RN

ANJOS! 

Na vida da gente Deus põe anjos
 não aqueles com asas,
 com harpas por isso difícil de reconhecer, 
esses anjos vem com defeitos de fábrica
 com a língua afiada, 
com erros e acertos tão comuns de perceber.
 Anjos de carne e osso pode ser qualquer um
 e as vezes nem sabe que são,
 se perdem na multidão, 
são imperceptíveis 
cuido eu que estão em toda parte, 
alegres, carrancudos e imprevisíveis.
 Altos, baixos, 
gordos e magros
 com vícios e sem vícios, 
com roupas de grife ou trapos.
 Anjos sem áureas, 
sem pés
 que flutuam com amor e com paixão,
 podem se chamar,
 Maria, Antonio Ana, Francisco,
 José ou Damião Jorge,
 Pedro e Luíza, 
mas desconfio que exista um
 que se chama João!

 Cristina Maria