domingo, 19 de outubro de 2014

A EXPRESSÃO LITERÁRIA DO PÚBLIO JOSÉ - NATAL/RN


Públio José – jornalista

                                     
                   A cada eleição que o Brasil realiza, conforme constatam os números, mais cresce o universo dos que escolhem a opção pelo voto branco e nulo – além dos que simplesmente se negam a comparecer às urnas. O quadro é preocupante. No fragor das apurações, esse cenário aflora com tal intensidade nos comentários da imprensa, e na análise dos cientistas políticos, que chega até a enganar: “ah, dessa vez os políticos, as lideranças partidárias vão levar esse fenômeno a sério”. Ou: “agora, os políticos vão se emendar, prestar atenção ao protesto do eleitorado”. E por aí vai. Realmente, ano após ano, mais cresce o exército dos desencantados com o mundo político brasileiro, aí considerados os poderes Executivo e Legislativo. Mancha que, lamentavelmente, também vem colorindo com tom cada vez mais cinza o Poder Judiciário, seara de escândalos emergindo ultimamente com nefasta regularidade.
                        Hoje em dia, é raro o local em que a obrigação (alguns falam em direito ao voto, mas tal colocação é uma balela em função do voto no Brasil ser obrigatório) de votar seja vista com bons olhos. É o tipo da responsabilidade vista por quase todos como um fardo insuportável, algo de cheiro infecto e sabor nauseante. É bem verdade que na alma do eleitor – mesmo o mais humilde, o mais desinformado – bate a noção clara, nítida da importância do voto. O povão sabe que através do voto se acentuam as conquistas coletivas e as mudanças que se traduzem em benefícios gerais. Porém, o desencanto, o desalento, a constatação, enfim, de que uma geração de políticos dos mais diversos partidos está corrompendo sistematicamente o terreno da administração pública e as engrenagens do nosso sistema político/eleitoral, faz esgotarem-se mais rapidamente a cada eleição os limites do civismo e da paciência dos brasileiros.
                        Guardadas as devidas particularidades, é como a praga de gafanhotos que assolou o Egito nos tempos bíblicos e que – é perfeitamente mensurável – tanto prejuízo causou à economia e à qualidade de vida de um país que tanto dependia da atividade rural para viver e progredir. No caso do Brasil, a onda de descrédito na atividade política, nas instituições, nos governos representa também uma verdadeira praga de gafanhotos a corroer raizes, caules, galhos, folhas e frutos da terra, tornando mais improdutivo, a cada ano, o terreno onde a semente da democracia, da civilidade, da ética, das boas práticas administrativas deveria vicejar e produzir frutos benéficos a todos. A Bíblia não entra em detalhes sobre as consequências que os gafanhotos trouxeram ao Egito. Já em relação à democracia brasileira, o prejuízo é enorme. E não é bom aguardar os estragos desse malefício para que as providências sejam tomadas.  
                        Porque a realidade está aí. Em certos estados, o número de votos brancos e nulos ultrapassou o total de votos dados ao candidato que alcançou o primeiro lugar, enquanto em outros o total de votos brancos e nulos, adicionados ao crescente universo dos que se negam a ir às urnas, alcançou marca superior aos 40% do eleitorado – percentual inquietante, considerando-se o voto obrigatório. Terá conserto tal cenário? Como se observa, devagar e sempre, a praga de gafanhotos a atacar o sistema eleitoral – e, por extensão, a democracia brasileira – não é fenômeno que venha ser deixado ao largo. A incerteza gira em torno da nova geração que está chegando ao poder. Se empenhada em resgatar a confiança e o ânimo do eleitorado, ou se contagiada, viciada pelos métodos dos que estão aí, impunes, engordando à custa da corrução generalizada. Afinal, o Brasil terá inseticida suficiente ou não para tratar gafanhoto?                           


terça-feira, 14 de outubro de 2014

15 DE OUTUBRO - DIA DO PROFESSOR!






Ensinar é muito mais que transmitir conhecimentos,


é mostrar que caminho conduz para a vida,


e viver é uma eterna aprendizagem.


É demonstrar que há certa paciência


Por esperar que a aprendizagem, atinja o amadurecimento


para a colheita dos frutos advindos do que foi ensinado.


Ensinar é transferir conhecimento, como bem disse Paulo Freire,
 

ensinar rima com educar, e educar verseja 

com amar.


Amar combina com conhecimento, e o 

conhecimento advém


de quem tem para doar.


Assim, amar é igual a conhecimento,


Conhecimento passa a ser  dividido com a 

aprendizagem,


e aprendizagem é sinônimo de ensinar


e ensinar é tudo que faz a educação caminhar,


e assim sendo, posso dizer simplesmente:


Educa quem desperta no outro o desejo de aprender e,


aprender lembra meu fazer, e meu fazer é ensinar,


logo, eu aprendo quando também ensino,


E ensino quando também aprendo, e por assim ser,


Dois em um e vice e versa,

 palmas para todo PROFESSOR.


Geralda Efigênia

Professora Formadora
 


domingo, 5 de outubro de 2014

XVII SARAU LITERÁRIO NA ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA EMÍLIA RAMOS - NATAL/RN

 
A ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA EMÍLIA RAMOS
 
CONVIDA VOCÊ E SUA FAMÍLIA PARA PARTICIPAR CONOSCO DO:
XVII Sarau Literário
Natal: Enamorada do Rio, Noiva do Sol e
Amante do Mar
Natalina por fundação
Atraente por suas belezas
Turística por tradição
Agradável pelo seu clima
Linda por natureza.
(Professora Zuilma)
CONVITE
A Educação de Jovens e Adultos – 1º segmento – da Escola Municipal Professora Emília Ramos, tem a satisfação em lhe convidar para o seu XVII Sarau Literário, com o título “Natal: Enamorada do Rio, Noiva do Sol e
Amante do Mar”.
O Sarau será realizado no dia 08/10/2014, às 19h e 30min., na própria Escola, localizada na Avenida Dantas Barreto, 419, Cidade Nova, Natal/RN.
Contamos com a sua presença!

sábado, 4 de outubro de 2014

A EXPRESSÃO LITERÁRIA DO PÚBLIO JOSÉ - NATAL/RN

A ELEIÇÃO QUE JESUS PERDEU
                                                                                                                                                             


      Públio José – jornalista



                            De um lado Barrabás. Do outro Jesus de Nazaré. Entre os dois o procurador romano na Palestina, Pôncio Pilatos, representando o sistema político-militar vigente na região. De Jesus muito se sabe – do ponto de vista histórico. Já do seu legado espiritual pouco se tira proveito. A respeito de Barrabás pouco ou quase nada é sabido. Uma nesga da história narra Barrabás como um criminoso, culpado de sedição e homicídio, que merecia morrer por crucificação segundo a lei romana. Outros historiadores tentam colocar uma neblina de charme à sua biografia, taxando-o de terrorista que promovera algumas ações na tentativa de derrubar o governo romano na Palestina. De uma forma ou de outra alguém que vivia ao arrepio da lei. Merecedor, portanto, de julgamento e condenação, o que de fato ocorrera já que Barrabás estava na prisão tão somente à espera da hora de ser crucificado.
                                 Do ponto de vista eleitoral o cenário estava completo. Num patamar superior – lembrando os palanques de campanha dos dias de hoje – os dois candidatos. Junto a eles o TRE daquele tempo, representado na pessoa de sua excelência Pôncio Pilatos. O período de campanha, embora curto, fora muito bem trabalhado por um dos contendores e seus correligionários. O outro candidato não teve o direito de falar nada, embora anteriormente já tivesse feito inúmeros discursos sobre o seu programa de governo, àquela hora totalmente esquecido. Pelo marketing empregado, havia uma nítida vantagem para Barrabás sobre Jesus de Nazaré. Os cabos eleitorais do bandido doutrinavam o povo sob intenso frenesi. Havia pressa, uma vez que não era desejo da elite religiosa permitir que o eleitorado viesse a raciocinar. Barrabás tinha que ganhar – mesmo que condenáveis os métodos utilizados.
                                 Esse paralelismo em torno dos fatos reais da condenação de Jesus serve para demonstrar como são irracionais, em certas ocasiões, as escolhas que fazemos em nossas vidas. Em sã consciência ninguém deixaria de votar em Jesus para sufragar o nome de Barrabás. Mas todos sabem o desfecho ocorrido naquele tempo. Por leviandade, emocionalismo e superficialismo gritante, cometeu-se uma das maiores injustiças já praticadas pela humanidade, fruto de um processo eleitoral cheio de vício e de técnicas deturpadas de persuasão coletiva. Embora não tendo a carga dramática da escolha que condenou Jesus à morte, o processo político vivido pelo Brasil atualmente tem uma importância crucial para a vida de milhares e milhares de pessoas. E da mesma forma que naquele tempo, processos cavilosos de comunicação e persuasão tentarão vender gato por lebre, fantasia por realidade.
                                 O direito de exercer o voto é algo realmente extraordinário. Através dele ciclos inteiros na vida da humanidade foram alterados. Pela força do voto – não somente o voto do ponto de vista eleitoral, mas todo processo de escolha que envolva um posicionamento, uma alternativa – o que era deixou de ser e o que não era passou a existir. Falo do voto muito além do contexto político. Das tomadas de decisão que temos de adotar diariamente, de pessoas que temos de escolher como companheiros, parceiros, sócios. Dos processos que tomamos parte e que envolvem outras vidas. As chefias nas empresas, o comando nos quartéis, a liderança que exercemos na vizinhança, na comunidade, no seio da família..... Em todo momento há a necessidade de votar, de escolher, de se direcionar. E todo processo de escolha deve ser visto e tratado com responsabilidade e equilíbrio, visando o bem comum.
                                 E Jesus? Ah, a Ele nós traímos diariamente. Há uma tendência generalizada de condenar as pessoas que condenaram Jesus. Assistindo aos relatos da Paixão de Cristo as pessoas choram, se emocionam – e julgam quem levou Jesus à cruz. Acontece que a todo instante um processo de escolha se estabelece diante de nós. Entre o que Ele nos ensinou e o que nosso querer determina. E agora, qual o procedimento a ser adotado? Viver a Palavra que Jesus Cristo nos deixou é o caminho a ser seguido. Perdoar, amar ao próximo, não corromper nem ser corrompido, defender o direito dos mais fracos, dos mais humildes. Mas, será que é assim? Ao agir diferente do Seu legado estamos ou não traindo-O como os escribas e fariseus fizeram naquele tempo? O período eleitoral de agora é também uma oportunidade de praticarmos o bem comum levando a sério o processo de escolha. Você confirma?   


domingo, 28 de setembro de 2014

A VOZ POÉTICA DE ROBERTO PINHEIRO DE ACRUCHE - RIO DE JANEIRO/RJ

TORMENTO

Ah!... Solidão
por que me invade o peito
nesta hora e desse jeito
estraçalhando o meu coração
já amargurado, sofrido, cansado
e sem esperanças?


São madrugadas e madrugadas
que vivo acordado
nesse quarto, isolado,
que assiste calado
o meu tormento,
o meu sofrimento,
num padecimento sem fim!


Ah!...Solidão
esse meu pobre coração
apaixonado chora,
embora, aquela que me adora
esteja tão próximo.

O que posso fazer em fim?
Se quem eu quero perto
deixa-me nesse deserto,
sonhando... sonhando...
com um amor abrasador
excessivo, ardente,
que invade totalmente
esse meu ser que agora vive
esse sentimento de dor.

Ah!...Solidão...
Aonde está o meu amor?

Roberto Pinheiro Acruche

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

JOSÉ MILANEZ UMA TRAJETÓRIA DE VIDA QUE EMOCIONA.

JOSÉ MILANEZ! UM LÍDER, UM POETA, UM CIDADÃO.

Filho de agricultor, vivenciou as dificuldades e injustiças comuns à classe trabalhadora.

Dotado de uma inteligência invejável, cantou poesias, despertou vocações, estimulou o cumprimento do dever, incomodou minorias, praticou o bem.

Foi um desbravador de consciências do povo sertanejo, com suas produções poéticas e belas, que encantou multidões, fazendo a leitura do mundo, expressando em versos as desigualdades sociais, a natureza humana, a soberania de Deus.

JOSÉ MILANEZ era:

SÍMBOLO DE DETERMINAÇÃO E DE LUTA.

Ainda jovem, desafiou a si mesmo, desencadeando um processo de questionamentos e estudos acerca do homem do campo, em termos de expectativas e perspectivas e suas possibilidades de luta.

Tinha um sonho: de contribuir para a conscientização do trabalhador rural, de maneira mais efetiva e dinâmica, buscando instrumento que possibilite aos mesmos, uma vida digna e de qualidade. O caminho para a concretização do sonho, era a organização desses trabalhadores num sindicato de trabalhadores rurais. TRANSFORMOU O SONHO EM REALIDADE!

Em 1962  O SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS em Currais Novos, era um sonho realizado.

Um empreendimento que deu certo!

Foram anos de luta apra o reconhecimento de uma instituição que já nascia vitoriosa pela força do povo, que acreditava em JOSE MILANEZ. Seu liíder/poeta.

"Os momentos eram de luta, de conquistas, de união". Dizia ele. "O alvo, era o exercicio da cidadania".

Passo a passo, JOSÉ MILANEZ, imprimia no sindicato, a sua marca. Que era a marca do dinamismo, da honestidade, da justiça. Foram 14 anos consecutivos, presidente daquela instituição. Na época, respeitada por toda a classe de trabalhadores rurais, pela representatividade que possuía.

JOSÉ MILANEZ, era um homem simples, pacato, que se impunha pelo seu trabalho dignificante. Usava a verdade como arma para se defender daqueles que dele divergiam; mas que reconheciam no mesmo uma pessoa obstinada, talentosa, honrada. Que não media esforços, nem sacrificios, para conquistar melhorias para o homem do campo.

Com um sorriso franco, bem humorado e bem fundamentado nos princípios legais, JOSÉ MILANEZ conquistava a todos pelo entusiamo com que defendia suas crenças, suas aspirações, seus valores...

Era um grande orador!

Formado na faculdade da vida, na luta do dia a dia, era sempre convidado a ministrar palestras sobre temas trabalhistas, tanto na Câmara Municipal, como para os universitários curraisnovenses.

Tinha um programa "Falando ao Trabalhador Rural" na Rádio Currais Novos, onde falava com clareza e sabedoria das leis trabalhistas, especificamente ao trabalhador rural.

JOSE MILANEZ - uma vida que se foi. Um exemplo que permanece. Sua vida foi dedicada a uma causa justa. As sementes foram semeadas e deram frutos.

Ainda em vida, recebeu o título de cidadão curraisnovense, num preito de reconhecimento que a cidade de Currais Novos lhe outorgou através da Câmara Municipal.

Após sua morte, tornou-se nome de uma das principais ruas da cidade.

É lembrado com saudades pelos trabalhadores rurais, pessoas que o conheceram e por amigos e familiares que não o esquecem.

JOSÉ MILANEZ, também recebeu homenagens na cidade em que nasceu, Cerró Corá também deu o seu nome a uma de suas ruas, prova de reconhecimento do trabalho exemplar do seu filho. Um pouco do muito que foi meu pai.
 
Relato da Professora Mestre DARCI MACEDO, minha irmã.