Fonte: www.ujspotiguar.com.br
O site da UJS/RN entrevista o Diretor Estadual de Organização e Finanças da entidade, Ramon Alves, que fala sobre os desafios de fortalecer e consolidar a União da Juventude Socialista como a principal organização política de jovens do Estado. Confiram!
UJS – A UJS no Rio Grande do Norte mobilizou quase 1.000 jovens ao longo do seu último Congresso Estadual, realizado em junho. Qual foi o saldo desse Congresso para o fortalecimento da entidade?
O nosso Congresso Estadual, ocorrido no dia 6 de junho, contou com a presença de 7 cidades do RN, inclusive algumas das principais. Foi um momento importante da nossa unidade e da nossa ousadia política porque coroou uma série de debates que fizemos acerca do movimento estudantil, da conjuntura e do socialismo que a gente quer para o Brasil. Saímos do 8º Congresso com a disposição de sermos uma entidade mais capilarizada na realidade da juventude potiguar e com capacidade de refletir as nossas demandas. Do ponto de vista dos municípios, ampliamos e estamos consolidando a nossa presença em Caicó, Areia Branca e Apodi, mas há bons desafios no sentido de organizar a presença da UJS em Parnamirim e Mossoró. Começamos a fortalecer o trabalho das áreas estratégicas, como a comunicação, finanças, formação e organização no sentido delas contribuírem com muita intensidade para a UJS ampliar o seu tamanho.
UJS – Qual é o significado de uma UJS à altura dos seus desafios?
Somos uma organização muito ousada. Durante a década de 90, fomos uma das principais entidades que denunciou o projeto neoliberal dos tucanos no Brasil. Naquela época, o que era dito é que uma parcela considerável da nossa população estaria à mercê do desemprego e da falta de oportunidades. Sempre acreditamos no Brasil e na juventude, estando na linha de frente da eleição do presidente Lula e construindo espaços para o desenvolvimento de políticas públicas que possibilitassem nova vida e perspectivas para os jovens.
Achamos que há no Brasil uma grande oportunidade de aprofundar as conquistas até agora alcançadas, mas que tudo isso poderia sofrer grandes revezes com a volta da direita subserviente e rancorosa representada por José Serra. É o que acontece no Rio Grande do Norte. O nosso Estado ainda não absorveu o tamanho das oportunidades abertas ao Brasil e a possibilidade de eleger o DEM, através de Rosalba, é ignorar os caminhos que estão abertos para nós.
Então, uma UJS à altura dos desafios que estão postos é uma entidade com grandes índices de combatividade, organização e de politização. Começamos a desenvolver mecanismos inéditos de formação e formulação para elevar a qualidade da nossa militância, de organização nos principais centros de juventude da capital e região metropolitana, além de preparar boas e numerosas jornadas de lutas a partir de novembro. Não tenho dúvida de que a UJS provocará o debate e será protagonista de importantes temas sobre o nosso Estado.
UJS – Qual é o posicionamento da UJS nesse processo eleitoral?
Nosso posicionamento é de que a disputa política não pode se dar entre cidades ou regiões. O crescimento integrado do Estado não é antagônico, como professa o nosso debate político contemporâneo. Ao longo de décadas, a cultura tem sido de predomínio de grupos ligados à determinada região e potencialidade econômica e isso é reflexo do novo coronelismo, em que figuras conservadoras se sentem donas do pedaço de chão, do povo e dos destinos do lugar. Não precisamos de tutela, o povo é capaz de, nos espaços coletivos adequados, decidir e interferir no seu destino.
A candidatura de Carlos Eduardo se propõe a algo que não tivemos até hoje. Não se trata de eleger uma figura, mas um projeto afinado com as questões fundamentais do Rio Grande do Norte, que propõe elevar o investimento, que afirma a nossa educação pública, assim como mecanismos populares de intervenção nas políticas de Estado e que valoriza o crescimento de todo o RN. Por isso, nosso apoio não é tímido, somos protagonistas desse processo mudancista.
UJS – A entidade vem se destacando no debate eleitoral com a juventude nesses últimos meses. Qual é o balanço que você faz?
Temos conseguido articular a eleição, nossa grande prioridade até outubro, através de toda Rede UJS, fazendo o acompanhamento nas escolas e promovendo discussões elevadas. A UJS tem lado e sempre terá. Quem se deixa levar por posições apolíticas está favorecendo a vitória de Rosalba e de José Agripino. No silêncio das urnas, aqueles que querem evitar o retrocesso e a criminalização dos movimentos sociais, vai evitar o êxito eleitoral do DEM.
UJS – E o que a UJS tem apresentado de novo à juventude do RN?
A UJS fará 26 anos no próximo dia 22 e estamos preparando uma grande festa no dia 24, no Campus Central da UFRN, para milhares de jovens natalenses. Somos uma organização com autoridade moral para falar de eleição, de política, de mudança. Nossa história é a nossa credencial. Quem mais conquistou tanta coisa em tão pouco tempo? Somos a juventude que garantiu o voto aos 16 anos, que organizou e foi a principal entidade do Fora Collor. Enfrentamos a maré neoliberal e todo o nosso esforço não tem sido em vão, vivemos um Brasil mais democrático e com mais oportunidades, embora muito aquém do que esperamos e queremos.
Entre outubro e novembro deste ano lançaremos um livro contando a história da UJS no Rio Grande do Norte. Tenho certeza de que será um guia fantástico para todos aqueles que querem participar e que querem conhecer períodos diversos, mas com uma marca muito forte: a disposição para construir uma sociedade mais humana e justa.
À juventude, oferecemos um ambiente de respeito, unidade e generosidade. Estimulamos a capacidade crítica, valorizando qualidades e reforçando o aprendizado. Qualquer um que conhece a UJS percebe a diferença em relação a outros ambientes juvenis, onde a disputa, o egoísmo e a competitividade são características marcantes. Ao passo em que queremos uma nova sociedade, com pessoas mais humanas e inteligentes, são esses os valores os quais reproduzimos.
Hoje nós temos classificações diferenciadas de envolvimento na UJS. Pode participar desde aquele que quer somente inserir-se nas nossas discussões temáticas nos grupos de e-mail, como também aqueles mais dedicados, que querem participar do Centro Acadêmico na universidade, do Grêmio Estudantil na escola, ou mesmo grupos culturais, artísticos, comunitários, enfim. A UJS é um espaço de rica participação da juventude.
UJS – A quem quer participar da UJS, qual é o seu recado?
Hoje nós temos uma Rede de Jovens que pode ser acessada através do site http://rede.ujs.org.br, cujos cadastrados podem participar dos grupos de e-mail e atividades internas que nós desenvolvemos. Hoje, a principal atividade coletiva mensal chama-se Trocando em Miúdos, realizada todo mês na Livraria Siciliano, do Midway Mall. Essas atividades são divulgadas no nosso site www.ujspotiguar.com.br e abertas a todos.
Por último, a União da Juventude Socialista tem uma importante peculiaridade. Em nenhum outro ambiente de jovens no RN ocorrem debates como os que fazemos, construídos por jovens. Interpretamos e lidamos com a realidade de forma muito audaciosa, buscando ampliar as conquistas, os direitos da juventude e do povo brasileiro. O convite que fazemos é para que todo jovem até os 29 anos conheça e faça parte.
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