Eu disse adeus (In memorian)
Prof. Cândido, 9/5/2010
Para os que ficaram no mundo eu parti cedo.
Ainda havia o que fazer à sombra do arvoredo,
Mas para Deus aquela era a minha hora,
O começa da minha celestial aurora.
Para o cristão, a morte é uma passagem
E o que crer em Jesus não ficará à margem,
Pois o Pai preparou muitas moradas
Para as almas a Ele consagradas.
Quando parti, nem era manhã...
Lá fora os pássaros ninavam a noite escura.
No hospital, o leito era como um divã
E Jesus o mestre da suprema cura.
Consolada por Ele me senti verdadeiramente cristã.
O vento levava em suas asas meus pensamentos
Na grandeza de tão puros sentimentos.
Em espírito orei a Deus pelos meus:
Guarda-os, Senhor, eles são teus.
No silêncio daquele silêncio
Tudo parecia um prenúncio,
Do anuncio da divina consolação
Que silenciou meu coração.
De repente o canto de um coral
E fui ficando atenta, quietinha...
Tudo em minha volta era muito natural
E segurando na mão de Deus subi mansinha.
E assim eu disse adeus e parti.
Saudades do que ficou no mundo eu não senti.
Experimentei o doce consolo da partida
E a alegria contagiante da chegada.
Sei que ali não haverá mais noite.
Não necessitaremos de lâmpada ou de luz do sol,
Nem o vento produzirá açoite
No céu jamais me sentirei só. (Aleluia!)
No altar de Deus Altíssimo
Derramei todo o meu amor
Diante da glória do Santíssimo
E do brilho de seu resplendor. (Amém!)
*Poema dedicado a Professora Fátima Macedo
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