FAUSTO E SEU PAI EDUARDO GOSSON
NATAL SEM FAUSTO GOSSON
Por Eduardo Gosson
Natal é tradicionalmente o mês da
família e das crianças, simbolizado no Menino Jesus. Este Natal será o
mais melancólico da minha vida: no meu presépio falta um menino bom -
Fausto - que partiu aos vinte oito anos, vítima de uma sociedade que
está perdendo a guerra para as drogas (recentemente aqui bem perto, no
Uruguai, o governo liberou o uso da maconha). Abrem-se as portas para o
império do Mal. Em nome de uma pretensa liberdade total, proclama-se a
legalização como forma de controle das atividades criminosas. Esquecem
esses falsos intelectuais que nunca leram um Graciliano Ramos:
“liberdade total não existe: começa-se preso pela sintaxe e muitas vezes
termina-se numa Delegacia de Ordem Política Social – DOPS”. O Brasil
não fez ainda o dever de casa: saúde, educação e segurança pública. Nada
funciona neste país. Ao ver na comitiva presidencial que foi ao enterro
de Nelson Mandela, Sarney, Collor, Fernando Henrique e Lula conclui-se
que é tudo farinha do mesmo saco. Qual é o governo que compensará a
solidão de um pai na Noite de Natal?
É POETA.
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