segunda-feira, 16 de abril de 2012

O FENOMENAL ZÉ MARTINS - O POETA "TECNORURAL NORDESTINO UNIVERSAL" IN FOCO!

ZÉ MARTINS - DA REDAÇÃO CAJARANA, AOS VERDES CANAVIAIS DA ESCRITORA BARONESA, PARA AS PAGINAS DA EDUCAÇÃO E CULTURA, É POETA DE TODAS AS TRIBOS, DE TODAS AS RAÇAS E CORES, É AMIGO MUI QUERIDO, É PROFESSOR EXEMPLAR!

ZÉ MARTINS -
O POETA DE TODOS OS TEMAS

Zé Martins - Poeta, músico, compositor e engenheiro mecânico. É membro e Ex-Presidente da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte (SPVA). No grupo “Fibra de Coco” apresenta um trabalho inovador: “Tecnorural Nordestino Universal” onde mistura musicalmente, o tradicional com o atual, trazendo as manifestações culturais de raízes para o moderno, contemporâneo e futurista. Pura criatividade onde resgata e mescla a Ciranda, o Coco com os novos estilos.

Poetas Vivos
Autor: Zé Martins

Como são loucos os poetas,
escrevem na pedra não lapidada
escrevem na areia, antes do preamar
lêem nas estrelas versos lúdicos

Como são loucos os poetas,
dirigem naves intergalaxiais
traçando rumos
no meio dos dragões
sedentos, pelos bares
na rua da sobriedade

Como são loucos os poetas,
não são remunerados e
cantam todas as noites
fazem versos do “nada”
descobrem sentimentos
e sonham como o vento
constroem muralhas intransponíveis
ultrapassam paredes invioláveis
e se perdem na fumaça solta
não tem idade,
não tem relógio

Como são loucos os poetas,
desafiam exércitos,
convocam falanges
e disputam com os magos
no reino dos deuses

Como são sábios
estes loucos poetas.


FONTE ENCAMINHADA:
http://redacaocajarana.blogspot.com.br/
ZÉ MARTINS: 84 - 8801 4632
www.valeverde.blogspot.com
ZÉ MARTINS (josenetom@bol.com.br)

domingo, 15 de abril de 2012

A CULTURA DO MEDO DO NEOLIBERALISMO, PROPOR CULTURA DA ESPERANÇA.

ARTIGO
BOAVENTURA DE SOUZA
SANTOS, professor em Coimbra
e em Austin (USA) é um dos que
melhor pensa o processo de
globalização a partir do Grande
Sul.Conta-se entre os fundadores do
Forum Social Mundial onde é uma das
vozes mais ouvidas pela pertinência e
originalidade do seu pensamento que
advem do fato de pensar a partir das
alternativas negadas pelo sistema
imperante e que contem sementes
para um outro mundo possivel e
necessário.Sempre tem desafiado as
esquerdas para superarem as
armadilhas que o neoliberlismo lhes
prepara e assim ocupá-las com falsos
problemas e começarem a apresentar
algo realmente novo que poderá
configurar uma saida bem sucedida à
atual crise sistêmica. Leonardo Bof
****************************************
Por que é que a actual crise
do capitalismo fortalece quem a
causou? Por que é que a
racionalidade da “solução” da crise
assenta nas previsões que faz e não
nas consequências que quase
sempre as desmentem?
Por que é que está ser tão
fácil ao Estado trocar o bem-estar dos
cidadãos pelo bem-estar dos bancos?
Por que é que a grande maioria dos
c i d a d ã o s a s s i s t e a o s e u
empobrecimento como se fosse
inevitável e ao enriquecimento
escandaloso de poucos como se
fosse necessário para a sua situação
não piorar ainda mais?
Por que é que a estabilidade
dos mercados financeiros só é
possível à custa da instabilidade da
vida da grande maioria da população?
Por que é que os capitalistas
individualmente são, em geral, gente
de bem e o capitalismo, no seu todo, é
amoral? Porque é que o crescimento
económico é hoje a panaceia para
todos os males da economia e da
sociedade sem que se pergunte se os
custos sociais e ambientais são ou não
sustentáveis?
Porque é que Malcom X
estava cheio de razão quando
advertiu: “se não tiverdes cuidado, os
jornais convencer-vos-ão de que a
culpa dos problemas sociais é dos
oprimidos, e não de quem os oprime”?
Por que é que as críticas que
as esquerdas fazem ao neoliberalismo
entram nos noticiários com a mesma
rapidez e irrelevância com que saem?
Por que é que as alternativas
escasseiam no momento em que são
mais necessárias?
Estas questões devem estar
na agenda de reflexão política das
esquerdas sob pena de, a prazo,
serem remetidas ao museu das
felicidades passadas. Isso não seria
grave se esse facto não significasse,
como significa, o fim da felicidade
futura das classes populares.
A reflexão deve começar por
aí: o neoliberalismo é, antes de tudo,
uma cultura de medo, de sofrimento e
de morte para as grandes maiorias;
não se combate com eficácia se não se
lhe opuser uma cultura de esperança,
de felicidade e de vida. A dificuldade
que as esquerdas têm em assumiremse
como portadoras desta outra
cultura decorre de terem caído durante
demasiado tempo na armadilha com
que as direitas sempre se mantiveram
no poder: reduzir a realidade ao que
existe, por mais injusta e cruel que
seja, para que a esperança das
maiorias pareça irreal.
O medo na espera mata a
esperança na felicidade. Contra esta
armadilha é preciso partir da ideia de
que a realidade é a soma do que existe
e de tudo o que nela é emergente
como possibilidade e como luta pela
sua concretização. Se não souberem
detectar as emergências, as
esquerdas submergem ou vão para o
museu, o que dá no mesmo.
Este é o novo ponto de
partida das esquerdas, a nova base
comum que lhes permitirá depois
divergirem fraternalmente nas
respostas que derem às perguntas
que formulei. Uma vez ampliada a
realidade sobre que se deve actuar
politicamente, as propostas das
esquerdas devem ser credivelmente
percebidas pelas grandes maiorias
como prova de que é possível lutar
contra a suposta fatalidade do medo,
do sofrimento e da morte em nome do
direito à esperança, à felicidade e à
vida.
Essa luta deve ser conduzida
por três palavras-guia: democratizar,
desmercantilizar, descolonizar.
Democratizar a própria democracia, já
que a actual se deixou sequestrar por
poderes anti-democráticos. É preciso
tornar evidente que uma decisão
democraticamente tomada não pode
ser destruída no dia seguinte por uma
agência de rating ou por uma baixa de
cotação nas bolsas (como pode vir a
acontecer proximamente em França).
Desmercantilizar significa mostrar que
usamos, produzimos e trocamos
mercadorias mas que não somos
mercadorias nem aceitamos
relacionar-nos com os outros e com a
natureza como se fossem apenas
mercadorias.
Somos cidadãos antes de
sermos empreendedores ou
consumidores e para o sermos é
imperativo que nem tudo se compre e
nem tudo se venda, que haja bens
públicos e benscomuns como a água,
a saúde, a educação. Descolonizar
significa erradicar das relações sociais
a autorização para dominar os outros
sob o pretexto de que são inferiores:
porque são mulheres, porque têm uma
cor de pele diferente, ou porque
pertencem a uma religião estranha.
*BOAVENTURA DE SOUZA SANTOS
fonte: jornal a folha - funcionários e professores da rede pública.

A VOZ POÉTICA DO CIRO JOSÉ TAVARES - BRASILIA/DF


            A MAIS LONGA DAS ESPERAS
                            Ao Pedro Simões
                                          


            “Sob carvalhos sombreados e escuros, floresciam
            as avencas que exalavam um perfume agradável,
            e debaixo das ribanceiras cheias de musgo
            dos cursos d’água pendiam inumeráveis renques
            de samambaias e tinhorões.”
            John Steinbeck, in A Leste do Éden

            Agora que cruzamos nossas últimas fronteiras
            somos convidados pelos deuses a lavar
            o que restou das noites derramadas
            na insólita matéria que nos cobre.
            Vamos pelas mãos de Tétis que de Peleu gerou Aquiles,
            para sermos batizados,outra vez, no azul profundo do Egeu,
             depois vestir-nos com a sagrada túnica de Nessos.
            Assim, puros e libertos, deitaremos nossos olhos saudosos
            sobre os vales verdes da nossa Tessalônica.
            E sentiremos emergir do ventre da terra morena
            o aroma  inconfundível das romãzeiras esquecidas
            nos quintais das casas que deixaram de existir.
            Agora nebulosas horas da existência atravessadas
            Somos espécies raras de armaduras
            porque a mais longa das esperas ainda não nos derrotou.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

GREVE DOS EDUCADORES MUNICIPAIS DE NATAL: MAIS UM CAPITULO

republico na íntegra.

Educadores municipais exigem  respeito do Judiciário e da direção do SINTE/RN

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Recebi com profunda tristeza os últimos acontecimentos envolvendo a greve dos educadores municipais. O momento exige reflexão sobre a forma de condução da luta da categoria, principalmente, quando o judiciário decreta a ilegalidade do movimento grevista e a direção do SINTE/RN noticia o fato de uma forma tão grotesca que chega a ser vergonhosa.
Justiça - É lamentável a forma com que a Poder Judiciário tem atuado restringindo o direito dos trabalhadores de lutar pelos seus direitos. Ninguém quer a greve, nem a própria categoria.
A greve, quando bem utilizada, é o ultimo recurso como instrumento de defesa coletiva. Para chegar a este estágio de luta todos os canais de discussão e intermediação com os patrões/governos terão fracassado na tentativa de se chegar a um entendimento sobre as reivindicações da categoria que, via de regra, luta por melhores salários e condições de trabalho para forma de melhor atender a população.
Então, a interferência jurídica neste processo atende a outros interesses que não são os dos trabalhadores, nem os da população que tem seus serviços precarizados pela omissão do poder público/empresarial. O fato que as consequências destas decisões jurídicas são sentidas pela categoria que, com a falta de opões de luta, muitas vezes são obrigadas a aceitar as condições que lhes são impostas.
Sindicato – O que me deixa com maior preocupação neste processo de retirada dos direitos de manifestação dos professores municipais é a forma que a direção do SINTE/RN recebeu a informação. É certo que decisão judicial é para se cumprir ainda mais quando são respeitadas todas as formas de recursos de contestação. Entretanto, o Sindicato tem passado uma imagem no qual se coloca como não responsável pela greve.
Se restringir a colocar a decisão pela continuidade ou não da greve para a categoria em assembleia após a repercussão do processo judicial é, no mínimo, uma tentativa grotesca da direção do SINTE/RN de retirar sua grande parcela de responsabilidade sobre a decretação e condução do movimento paredista.
Enquanto o movimento estiver a serviço de interesses políticos eleitorais de quem quer que seja, os educadores municipais estarão sujeitos a ter cada vez mais seus direitos de livre manifestação restringidos. Assim, sem poder combativo, veremos nossas conquistas estarem seriamente ameaçadas e sem perspectivas de avanços os quais tanto lutamos.
Mais do que nunca, lutar é preciso. Contudo, com muito mais coerência, competência, ética, transparência e credibilidade dos dirigentes sindicais. Porque a força de nossa união e determinação é inquestionável e invencível.

Mais detalhes? www.janeayresouto.com.br - sindicalista corajosa e autêntica, ícone da luta dos funcionários de escola.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A EXPRESSÃO POÉTICA DE GILMAR LEITE - POETA PERNAMBUCANO

        Jardim Interior

No meu peito palpitam serenatas
Dos concrizes cantando alvoradas,
Sabiás entoando as mil sonatas
Das serenas canções sofisticadas.

Beija-flores habitam meus sentidos
Procurando os sabores da existência,
Descobrindo no meu peito a essência
No jardim dos delírios coloridos.

Os orvalhos das lindas madrugadas
São correntes no oculto do meu ser,
Dando banhos com toques de prazer
Com gotículas divinas, delicadas.

Um pequeno e saudoso rouxinol
Entre as brechas secretas do meu peito
Canta alegre, feliz e satisfeito,
No primeiro clarão do dourado sol.

As abelhas sutis do coração
Buscam o néctar floral do ser poeta
Agitando o sentir da alma inquieta
Na divina colméia da emoção.

0s canários cantantes do sensível
Fazem pousos nos galhos do viver,
Pra cantar no meu peito o alvorecer
Da expressão que me faz perceptível.

Lindas flores de pétalas perfumadas
Desabrocham botões de cor amena,
Despertando no peito uma açucena
Seduzindo as borboletas douradas.

Pirilampos com lâmpadas na mão
Fazem pousos nos galhos do sentir,
Despertando no ser todo um luzir
Que me cobre de terna sensação.

O perfume das flores mais sutis
Deixe o aroma no corpo sensitivo,
Onde sinto meu coração mais vivo
Entre os beijos dos lindos colibris.

No meu corpo um jardim interior
Mostra a vida na cor da poesia,
Onde a luz do sensível me estesia
Revelando do peito o meu fulgor.

                                      Gilmar Leite


 

terça-feira, 10 de abril de 2012

AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER O SISU/UFRN - INICIATIVA DO VEREADOR GEORGE CÂMARA -PCdoB/RN


A Câmara Municipal de Natal realizou hoje (09) Audiência Pública para debater o SISU como instrumento de seleção para a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A Audiência foi promovida pelo Vereador George Câmara (PCdoB) e contou com a presença dos estudantes Ramon Alves, representando a UNE; Melayne Macedo, DCE/UFRN; Whanderley Costa, UMES Natal; Pedro Sérgio, APES; Pedro Henrique, UBES; além de Adelardo Adelino, Pró-Reitor Adjunto de Graduação da UFRN e Magda Melo, presidente da COMPERVE.
Na opinião de Ramon, estudante de Gestão de Políticas Públicas na UFRN e representante da União Nacional dos Estudantes, “a questão do SiSu está inserida em um contexto mais amplo de reformas democratizantes do ensino superior, mas ainda muito distante das necessidades do Brasil”. Segundo ele, “uma nação que pretende ser uma peça importante no cenário internacional não pode ter somente 13,9% de seus jovens entre 18 e 24 anos com acesso ao ensino superior”. O diretor regional da UNE concluiu afirmando que a realidade passou por cima como trator sobre aqueles que consideraram que, com o SiSu, os estudantes perderiam as vagas da Universidade Federal de seus estados. “Na UFC, no Ceará, que foi a universidade com maior quantidade de inscritos pelo SiSu, 95% dos estudantes de Medicina são cearenses, ante aos 93% do último vestibular tradicional, o que comprova que o terrorismo não se confirmou”.
Segundo Pedro Henrique, estudante de Cursinho em SP e Tesoureiro Geral da UBES (União Brasileira dos Estudantes Estudantes), o fim do vestibular sempre foi pauta da entidade. Para ele, “o vestibular tradicional, que selecionava os estudantes entre aprovados e reprovados, sempre foi combatido pelo movimento educacional brasileiro, pois limita e condiciona o ensino médio, já que tudo o que estudamos é voltado a uma prova que, no geral, pauta-se pelo decoreba”. Ele afirmou que, ao contrário dos anos anteriores, é um avanço que um exame como o ENEM possibilite a concorrência no máximo de universidades, ao invés do estudante dispender recursos para inscrição e deslocamento para se candidatar às vagas em várias universidades.
Melayne Macedo, estudante de Letras, representando o Diretório Central dos Estudantes José Silton Pinheiro, da UFRN, avaliou que muitos jovens deixam de sonhar com o vestibular porque essa não é uma questão concreta na realidade deles. Exemplificando a partir da realidade de comunidades mais pobres, como Mãe Luiza, a Coordenadora Geral do DCE/UFRN afirmou que um dos grandes desafios da educação é permitir que a universidade possa ser um espaço democrático, o que não acontece nos dias atuais.
Pedro Sérgio, presidente da Associação Potiguar dos Estudantes Secundaristas (APES) e estudante do IFRN Zona Norte, registrou que é uma “farsa” o argumento daqueles que consideram que a qualidade do ingresso no ensino superior será prejudicada com o ENEM. Ele citou o caso da UFC, dizendo que “a média dos estudantes aprovados em Medicina na federal do Ceará foi de 769 pontos, muito acima dos 683 pontos de média dos estudantes do CEI, colégio que liderou o ranking do ENEM no Rio Grande do Norte”. Segundo ele, há certos interesses que preferem ver as vagas das universidades sendo disputadas por um nicho.
Finalizando a participação dos representantes das entidades estudantis presentes, o presidente da UMES (União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas), Whanderley Costa, declarou que a questão do SiSu será debatida em Seminários da entidade no mês de abril e maio e que a UMES promoverá mobilizações pelo fim do vestibular. Para ele, “é importante destinar os recursos provenientes da realização do vestibular para a assistência estudantil, já que a maioria dos reitores afirmam que é necessário dobrar o investimento em assistência social para termos uma política mais consistente de assistência ao estudante. O SiSu amplia essa necessidade e devemos pressionar para que esses recursos atendam essa demanda”.
Os estudantes de escolas públicas e privadas lotaram as galerias da Câmara Municipal e foram elogiados pela participação e pelas intervenções durante a Audiência Pública.
Da Redação, com imagens de Canindé Soares.

Por e-mail.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

ESTUDANTES DE PILÕES/RN - PROJETO É DESTAQUE NA FEIRA DE CIÊNCIAS DA USP/SP

I
 transcrevo na íntegra noticia do portal da Secretária de Estado da Educação/SEEC-RN.
Divulgação
Estudantes de Pilões apresentam projeto na USP
Estudantes de Pilões apresentam projeto na USP
  

A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, promovida pela USP (Universidade de São Paulo) de 12 a 17 deste mês, levou para São Paulo o talento e a criatividade de jovens estudantes do Rio Grande do Norte e mostrou que a Escola Estadual, pública e gratuita, está viva e pode muito bem fazer a diferença.

Na mega exposição montada em Tenda Climatizada na Cidade Universitária da USP, 09 projetos desenvolvidos por 24 estudantes de 08 Escolas Estaduais do Rio Grande do Norte chamaram a atenção dos milhares de visitantes.

Os projetos das Escolas Estaduais do Rio Grande do Norte fizeram parte de um grupo de 325 trabalhos escolhidos dentre 1.505 projetos apresentados em feiras de ciências em todo o país.

Destaque da grande Feira, o projeto feito por estudantes da Escola Estadual Desembargador Sinval M. Dias, no distante município de Pilões, no Alto Oeste do Rio Grande do Norte, recebeu Menção Honrosa do júri da Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia).

O projeto "Transmissor de Energia sem Fio", de autoria dos estudantes Joamar Freitas Diniz, Antonio Erizonaldo Oliveira, e Maria Cristiana Gomes de Souza, com orientação da professora Maria dos Remédios Abrantes, foi idealizado e concretizado tendo como ponto de partida o uso de material reciclado, e tendo em sua composição fios de cobre, transformador de micro ondas e canos de PVC.

A trajetória dos estudantes da Escola Estadual de Pilões tem início com convite feito pela UFERSA (Universidade Federal Rural do Semi-Árido) para participação de educadores em curso de formação continuada sobre Iniciação Científica.

Impulsionada pela formação continuada, a professora Maria dos Remédios Abrantes, que leciona na Escola de Pilões, apresentou material aos estudantes, em sala de aula, destacando o processo de "passo a passo" para a elaboração de um projeto científico.

"Depois dessa aula a rotina mudou por completo no dia a dia dos estudantes, que passaram a buscar toda a possibilidade de como iniciar um projeto científico", lembra a professora Maria dos Remédios.

Definidos os caminhos e as possibilidades, os estudantes passaram a desenvolver dois projetos: "Transmissor de Energia sem Fio" e "Transmissor de Ondas Sonoras". Para isso, fizeram pesquisas em trabalho de campo, reuniões de estudos e análises, e pesquisas pela Internet.

Após elaboração dos protótipos, os dois projetos foram apresentados na 1ª Feira de Ciências do Semi-Árido, grande evento de iniciação científica promovido pela Ufersa em parceria com a UERN (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte) e Secretaria Estadual da Educação.

O Transformador de Energia sem Fio – constituído por um transformador, uma tábua para montar a bobina, um cano de PVC, parafusos e uma lâmpada fluorescente, chamou a atenção imediata na grande estrutura montada na Feira de Ciências da Ufersa.

Estava garantida então a seleção para a Febrace da USP. Em São Paulo, o projeto, até despretensioso dos estudantes da Escola Estadual de Pilões, fez sucesso e conseguiu transmitir energia sem fio utilizando material reciclado.

"Nunca imaginei que nossos estudantes chegariam tão longe. A feira da Ufersa e a feira da USP abriram uma nova cortina para as idéias e o talento dos estudantes da cidade de Pilões", diz a professora Maria dos Remédios.