republico na íntegra.
Educadores municipais exigem respeito do Judiciário e da direção do SINTE/RN
Recebi com profunda
tristeza os últimos acontecimentos envolvendo a greve dos educadores
municipais. O momento exige reflexão sobre a forma de condução da luta
da categoria, principalmente, quando o judiciário decreta a ilegalidade
do movimento grevista e a direção do SINTE/RN noticia o fato de uma
forma tão grotesca que chega a ser vergonhosa.
Justiça - É lamentável a
forma com que a Poder Judiciário tem atuado restringindo o direito dos
trabalhadores de lutar pelos seus direitos. Ninguém quer a greve, nem a
própria categoria.
A greve, quando bem utilizada, é o
ultimo recurso como instrumento de defesa coletiva. Para chegar a este
estágio de luta todos os canais de discussão e intermediação com os
patrões/governos terão fracassado na tentativa de se chegar a um
entendimento sobre as reivindicações da categoria que, via de regra,
luta por melhores salários e condições de trabalho para forma de melhor
atender a população.
Então, a interferência jurídica neste
processo atende a outros interesses que não são os dos trabalhadores,
nem os da população que tem seus serviços precarizados pela omissão do
poder público/empresarial. O fato que as consequências destas decisões
jurídicas são sentidas pela categoria que, com a falta de opões de luta,
muitas vezes são obrigadas a aceitar as condições que lhes são
impostas.
Sindicato – O que me
deixa com maior preocupação neste processo de retirada dos direitos de
manifestação dos professores municipais é a forma que a direção do
SINTE/RN recebeu a informação. É certo que decisão judicial é para se
cumprir ainda mais quando são respeitadas todas as formas de recursos de
contestação. Entretanto, o Sindicato tem passado uma imagem no qual se
coloca como não responsável pela greve.
Se restringir a colocar a decisão pela
continuidade ou não da greve para a categoria em assembleia após a
repercussão do processo judicial é, no mínimo, uma tentativa grotesca da
direção do SINTE/RN de retirar sua grande parcela de responsabilidade
sobre a decretação e condução do movimento paredista.
Enquanto o movimento estiver a serviço
de interesses políticos eleitorais de quem quer que seja, os educadores
municipais estarão sujeitos a ter cada vez mais seus direitos de livre
manifestação restringidos. Assim, sem poder combativo, veremos nossas
conquistas estarem seriamente ameaçadas e sem perspectivas de avanços os
quais tanto lutamos.
Mais do que nunca, lutar é preciso.
Contudo, com muito mais coerência, competência, ética, transparência e
credibilidade dos dirigentes sindicais. Porque a força de nossa união e
determinação é inquestionável e invencível.
Mais detalhes? www.janeayresouto.com.br - sindicalista corajosa e autêntica, ícone da luta dos funcionários de escola.
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