segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL TEM NOVA ACADEMIA DE CORDEL


Poetas e cordelistas da Grande Natal realizaram o 1º Encontro Metropolitano de Cordel, sexta-feira, dia 14 de dezembro de 2012, no auditório do IFRN, Campus da Cidade Alta/Natal-RN. 
Na ocasião do Encontro,  fundaram a Academia Metropolitana de Cordel, e uma Diretoria provisória, ficando o poeta Zé Martins como seu (Diretor Presidente), e os Cordelistas Abaeté, Hegos, Wilson Palá e Rousiene Gonçalves, membros fundadores também na diretoria.
Como Representantes dos municípios da Região Metropolitana, ficaram os poetas Isaías Gomes, Cláudia Borges, Vera Lúcia, Tião Silvestre e Jadson Lima.
Para os fundadores da referida Academia, a cultura cordelista precisava de uma entidade de luta, que defendesse os interesses do cordel, que hoje constitui um potencial para o desenvolvimento turístico e cultural do Estado, e em especial, da Grande Natal. O cordel carece de oportunidades e de atenção institucional na formulação de políticas públicas.
Com a Academia, os poetas passarão a ser representados junto aos órgãos públicos e às empresas promotoras de culturas, para que possam usufruir de projetos que virão beneficiar a categoria e a cultura popular.
O esboço organizacional da Entidade recém-criada se configura de forma diferente das demais academias. A começar pelos patronos que só passarão a existir, na medida em que os atuais acadêmicos forem morrendo. Além disso, a Academia Metropolitana não terá limite para ingresso de novos acadêmicos. Terá como uma das instâncias deliberativas, o Conselho de Representantes, constituído por 10 poetas que representarão os respectivos municípios em que residem. São 10 municípios que compõem a Região Metropolitana: Natal, Ceará-Mirim, Extremoz, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, Vera Cruz, Parnamirim, São José do Mipibu, Monte Alegre e Nísia Floresta. 
fonte: por e-mail

EMIR SADER: SOB O PODER DE TRÊS DITADURAS...


EMIR SADER
Pedro Carrano, no Brasil de Fato, sugestão do assalariado (http://www.brasildefato.com.br/node/11219)

“A luta essencial é entre mercado e direitos. A gente quer tirar do mercado e colocar na esfera dos direitos e eles querem mercantilizar. A linha demarcatória é entre neoliberalismo e antineoliberalismo”, define o sociólogo Emir Sader, quando questionado sobre o que é ser de esquerda nos dias de hoje.
Sader esteve em Curitiba para o lançamento de seu livro As Armas da Crítica – Antologia do Pensamento de Esquerda (Editora Boitempo, ao lado de Ivana Jinkings). Em coletiva cedida à imprensa sindical e de esquerda, organizada pelo sindicato de professores estaduais (APP-Sindicato), o que era para ser uma conversa pontual sobre um lançamento tornou-se uma reflexão sobre a crise econômica e a disputa em torno da manutenção do modelo neoliberal, por um lado, e as tentativas populares de romper essa hegemonia; o que passa, de acordo com Sader, pela questão de os movimentos sociais retornarem à disputa na esfera política.

Brasil de Fato – Qual caracterização o senhor faz do atual momento da crise mundial?

Emir Sader – É inerente ao capitalismo a crise. Como Marx reconheceu no próprio Manifesto Comunista, o capitalismo tem uma extraordinária capacidade de transformação da realidade, mas não distribui renda para consumir o que produz. Então, periodicamente o Capital tem crises, que alguns chamam de superprodução e outros subconsumo. A produção cresce e falta consumo, então o paradoxo é que sobram mercadorias nas estantes. Ao invés de distribuir renda para consumir, a crise manda embora trabalhadores e aumenta-se mais ainda a crise. Só que o capitalismo achava que o mercado recompõe isso. Na crise, as empresas que eles consideram fragilizadas, digamos, quebram e o capitalismo retoma seu ciclo de crescimento, num patamar mais baixo, mas mais saudável. Desta vez, não está acontecendo isso. Porque na fase neoliberal do capitalismo, o que é hegemônico é a especulação e não a produção.

Como se dá este embate no campo da política? A impressão é que, na opinião pública, se polariza entre alternativas neoliberais e o resgate do keynesianismo.

O grande diagnóstico dos dirigentes capitalistas quando terminou o ciclo expansivo econômico anterior foi o de que a economia deixou de crescer porque havia muita regulamentação e ‘muito Estado’. Então, é preciso liberar a livre circulação do Capital, tirar as travas para que circule. A grande norma passa a ser a desregulamentação, o livre-comércio. Ao fazer isso, não vem um ciclo produtivo e expansivo. Porque o Capital não é feito para produzir, mas para acumular, se ele consegue isso na acumulação é para lá que ele vai. Então, em escala mundial, há uma brutal transferência de capitais do setor produtivo para o especulativo. Hoje, mais de 90% das trocas econômicas no mundo não são compra e venda de bens, são basicamente compra e venda de papéis.
Ele [sistema capitalista] está numa fase particular, diferenciada. O neoliberalismo não teve um ciclo produtivo porque na verdade canalizou recursos para a especulação. A crise explode diretamente no sistema financeiro, bancário. E a hegemonia de ideias é neoliberal. Estão dando soluções neoliberais para a crise na Europa, estão jogando álcool no fogo. Tanto que a Dilma jogou isso na cara da Angela Merkel: cortando [direitos trabalhistas, previdenciários] só se leva a mais recessão e desemprego. Essa é a interpretação dominante.
A outra [solução] é a da reativação keneysiana, um pouco o que a América do Sul está fazendo. Algo óbvio. Na crise se investe mais em políticas sociais, distribui a renda para aumentar a demanda. Como fizemos em 2008. O que tem uma solução, do ponto de vista imediato, anticíclica, funciona relativamente. Tanto que a América do Sul é um polo de desenvolvimento ainda. Falta-nos a demanda deles, mas em outra circunstâncias a crise seria avassaladora. Já existe uma multipolaridade econômica mundial, pela integração regional, pela relação com a China, e também pelo mercado interno de consumo. A visão crítica disso é que é uma solução defensiva em relação à crise.
Se você não muda estruturas econômicas de poder, isso tem limites. Nosso continente foi vítima das transformações mundiais negativas, como a crise da dívida, ditaduras militares, governos neoliberais, e que desarticularam a estrutura industrial, abriram aceleradamente a economia, enfraqueceram o Estado. Então temos coisas paradoxais: os produtos primários agrícolas e energéticos são prioridade na exportação do comércio exterior, então exportamos soja e fazemos política social. Melhor assim, mas de qualquer maneira é uma soja ligada ao agronegócio. Então, temos limitações estruturais, porque a estrutura mundial ainda é hegemonizada pelo neoliberalismo. Só tem saída com a integração regional.

Houve o crescimento de renda nos governos Lula e Dilma, mas isso não parece interferir na consciência de classe. O senhor poderia comentar esse processo?

Essa é a maior disputa no mundo hoje. Os EUA são decadentes como potência militar, política e econômica, mas a maior força deles é a força ideológica. O modo de vida estadunidense é a mercadoria mais forte que eles têm, que penetra na China, penetra na periferia dos pobres, são valores determinantes, que ninguém compete com eles. No Brasil, não se está gerando uma nova forma de sociabilidade, correspondente à democratização econômica e social. Isso não está sendo acompanhado de valores. Hoje o risco não é tanto o consumismo, mas quem é que influencia os processos mesmo eleitorais? É a mídia e são as igrejas evangélicas. O movimento popular está muito fragilizado no seu processo de mobilização e também de difusão de ideias. São Paulo foi pega desprevenida neste sentido. Vivemos três ditaduras que são os obstáculos maiores: a ditadura do dinheiro, que é o capital financeiro, ditadura da terra, que é o agronegócio, e a ditadura da palavra, que é o monopólio da mídia, o que dificulta essa criação de consciência nova.
E qual o papel dos sindicatos, cuja atuação parece muito restrita aos seus interesses econômicos? Difícil porque, nas grandes transformações do mundo, os trabalhadores foram vítimas especiais, não só na esfera produtiva, nas políticas de flexibilização laboral, que enfraquece a base dos sindicatos, mas o próprio mundo do trabalho ficou invisibilizado – parece que ninguém mais trabalha. A jornada hoje não é de oito, mas de doze horas. Esse é o cotidiano das pessoas, que não está em lugar nenhum. Não tivemos muitas gerações de trabalhadores a ponto de gerar uma cultura operária no país, nem sequer na base, tampouco na literatura. São poucas coisas. No mundo rural sim. Então, nas novelas da Globo, que criam o imaginário nacional, o trabalhador não existe. Então, o que ocupa as pessoas o tempo todo, que é o trabalho alienado, não aparece, não está em lugar nenhum. Não está em editoria de jornal.

Quais são os espaços para essa disputa ideológica?

Mesmo sem financiamento público de campanha, o movimento popular deveria eleger sua bancada no Congresso. Sei que não é fácil. Olhamos o Congresso, há retrocessos ou se bloqueia avanços. O agronegócio tem uma bancada fenomenal, e apenas dois representantes de trabalhadores rurais. Quantos representantes os educadores têm no Congresso? Se tem, nem sequer atuam como bancada. Já de donos de escolas privadas está cheio.
Hoje, uma estratégia insurrecional não é viável. A correlação de forças mundial mudou, basta ver a situação de impasse na Colômbia, a América Central se reciclou. Se os zapatistas e o MST militarizassem sua luta seriam massacrados. Então, [a luta] é pela democratização do Estado. É preciso penetrar no Estado, não de qualquer modo. O parlamento é um lugar não só para ter líderes políticos e sindicais. Reclamamos, com razão, que o governo nem colocou a lei de regulamentação da mídia em votação, mas você acha que neste Congresso, formado por donos de meios de comunicação, isso vai passar?

Como o senhor define o campo da esquerda hoje?

O capitalismo assumiu a roupa neoliberal. Veio de um modelo keynesiano, de bem-estar social, para um modelo liberal de mercado. Essa é a linha divisória. Ser de esquerda hoje, moderadamente ou radicalmente, é ser antineoliberal. A luta essencial é entre mercado e direitos. A gente quer tirar do mercado e colocar na esfera do direito e eles querem mercantilizar. A linha demarcatória é neoliberalismo e antineoliberalismo. Há movimentos que são gritos desesperados que não encontram espaço na esfera política. Agora, diferente é o movimento dos estudantes no Chile, que tem organicidade com os sindicatos, fazem greve geral e levaram à quebra de legitimidade do governo Piñera.

Seria possível estratégias combinadas entre movimentos, partidos e governos?

A América Latina teve governos neoliberais na sua versão mais radical. Na década de 1990 tivemos um período de resistência contra essa hegemonia que era tão forte. Os movimentos sociais foram determinantes nessa época. Depois, surgiram governos alternativos. Era a hora de passar da resistência à disputa de hegemonia. Na época, a hegemonia dominante no Fórum Social Mundial era a das ONGs, tanto assim que se teorizou e os movimentos sociais entraram nessa sobre a ‘autonomia dos movimentos sociais’.
Autonomia em relação a quê? A gente falava antes de maneira ampla em autonomia em relação à burguesia e etc… Agora, autonomia em relação à política? A ONG sim, nasceu como sociedade civil conquistada. Os movimentos sociais entrarem nessa foi uma loucura. O movimento piquetero acabou na Argentina. Os zapatistas buscaram emancipar Chiapas, independente da luta política no México, são contra até o PRD e as soluções moderadas, em nome da ‘autonomia dos movimentos sociais’. Isso é algo pré-gramsciano. É não disputar a hegemonia. Então, foi fundamental os movimentos bolivianos se reunirem. Derrubaram cinco governos na Bolívia, criaram um partido para disputar a presidência, dando um salto de qualidade. Quem está, mal ou bem, construindo um outro mundo possível são os governos latino-americanos. O FSM devia ser o lugar onde os governos com os movimentos sociais sejam os pontos centrais dessa alternativa.

FONTE: Blog Vi o Mundo e www.janeayresouto.com,br

domingo, 16 de dezembro de 2012

FM UNIVERSITÁRIA: JORNALISTA GANHA PRÊMIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO RN


O jornalista Ednaldo Martins, da Universitária FM (UFM), ficou em primeiro lugar na categoria radiojornalismo do Prêmio de Jornalismo do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte.

Com uma matéria especial sobre qual o papel do Ministério Público para a sociedade, Ednaldo buscou exemplificar as ações, atribuições e resultados do trabalho do órgão público entrevistando o procurador geral de justiça do RN, Manoel Onofre.

O Prêmio de Jornalismo do Ministério Público foi criado em 2011 e tem como objetivo estimular e prestigiar matérias veiculadas na imprensa que melhor apresentem para a sociedade o papel da instituição.

Na segunda edição, o Prêmio reuniu trabalhos de profissionais que atuam em Natal e no interior, nas categorias jornalismo impresso, telejornalismo, radiojornalismo e webjornalismo.

A comissão julgadora foi formada por integrantes do MP e jornalistas. Eles avaliaram a qualidade e a função social de cada trabalho, e, além dos trabalhos vencedores, a comissão concedeu menções honrosas a diversos profissionais da comunicação do Estado.

fonte: agecom/ufrn - por e-mail

PROFESSOR DA UFRN ORIENTA CAMPEÃ DA OLIMPÍADA DE LINGUA PORTUGUESA



A estudante Taiana Cardoso Novais e o professor Ladmires Luiz Gomes de Carvalho, supervisor do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), ambos provenientes da Escola Estadual José Fernandes Machado, foram os campeões nacionais na terceira edição da Olímpiada de Língua Portuguesa. Os prêmios foram nas categorias “artigo de opinião” e “Poema”.

A olimpíada foi realizada em Brasília nos dias 5, 9 e 10 de dezembro.  O trabalho que foi elaborado pela aluna Taiana Novais, sob a orientação do professor Ladmires Carvalho e nomeado “Natal: Noiva do Sol, Amante da Prostituição”, ganhou a categoria de Artigo de Opinião. Tema polêmico no qual a estudante usou argumentos fortes e consistentes, retratando a realidade da prostituição na capital potiguar.

De acordo com Ladmires Carvalho, desde o inicio do ano letivo, professor e alunos estão envolvidos em oficinas e tem conseguido desenvolver as habilidades dos próprios estudantes com relação às performances da língua portuguesa.

Este projeto tem por objetivo maior o incentivo à formação de professores para a educação básica e incremento na qualidade de aprendizado nas escolas da rede pública de ensino. Para tanto, a UFRN aparelhada com o PIBID, vem atuando nas escolas públicas do RN desde 2007.

Segundo a equipe vencedora, a premiação serve para despertar na sociedade o interesse pela leitura e pelos assuntos abordados na perspectiva de encontrar soluções.

fonte: agecom/ufrn - por e-mail

PAI, FILHO E ESPIRITO DA CRÔNICA DO JORNALISTA PÚBLIO JOSÉ - NATAL/RN


HÁ UM LUGAR ONDE A CURVA NÃO É BEM VINDA


      Públio José – jornalista



                        O mundo inteiro chorou a morte do arquiteto Oscar Niemeyer. Aliás, pela fama, pelo conceito, Niemeyer não era mais visto pelo mundo somente como arquiteto. Ultrapassara essa barreira e já pertencia ao terreno das celebridades, pelo qual era tratado simplesmente por Niemeyer. O fato é que seu desaparecimento alcançou dimensões planetárias, com a imprensa repercutindo sua morte em alta escala. Comentários pipocaram em toda parte – de chefes de estado, artistas, políticos de todos os matizes, personalidades das artes, da música, do esporte – enaltecendo sua criatividade, sua originalidade, sua obra profissional. TVs promoveram programação especial; jornais foram às ruas com edições exclusivas; sites, blogs e redes sociais exaltaram seu nome. Em todos os manifestos o realce de um ponto: o panteão a que Niemeyer elevou a curva em seu trabalho. Monumental trabalho.
                        Ao que se fala, antes dele, o mundo da arquitetura privilegiava o reto, o traço retilíneo, o simples preenchimento dos espaços com paredes em linha reta. (Nesse sentido, lembro-me do movimento arquitetônico da década de cinqüenta que criou o estilo funcional. Era tudo muito reto. Colunas elegantes, porém de traços retos, em forma de “v”, segurando pesadas lajes de concreto – também retas. O estilo funcional reproduziu-se Brasil a fora, sem nada de novo, de criativo e original a acrescentar à arquitetura brasileira). Foi nesse período que Juscelino decidiu construir Brasília e entregá-la à criação de Niemeyer. Aí ficou notório ao mundo o novo, o inigualável, o arrebatador traço de Oscar Niemeyer. E mais: a própria obra simbolizando o surgimento de uma nova escola: a curva em lugar de destaque. Prédios oficiais de lindíssimo traçado; repartições públicas em concepção antes numa imaginada.
                        Não à toa, com sua morte, Niemeyer foi nomeado o pai da curva – a gênese de um trajeto que resplandeceu pelo mundo e teve seu ponto alto na construção de Brasília. A partir dela, a curva coube em tudo: templos religiosos, palácios reais, museus, memoriais... Com Niemeyer, a curva se revestiu de forte elemento poético no frio contexto do concreto. Daí se dizer que Deus criou Niemeyer – e Niemeyer criou a curva. Mas, há um lugar em que a curva não se encaixa bem. Há um lugar onde a curva não resulta em visão poética; onde não é o melhor elemento a ser empregado. Nesse lugar a leveza da curva representa perigo, corrução, morte. Nesse lugar, a melhor alternativa é o reto; nele, a concepção arquitetônica se aperfeiçoa ao utilizar o reto. Esse lugar também é campo de batalha entre o reto e a curva. O reto firme. Como o aço da lança, da espada. Reto. A curva dengosa, escorregadia, traiçoeira. Curva.
                        Esse lugar chama-se caráter – cidadela que abriga as características da índole do indivíduo. Nela, o emprego da curva resulta em arquitetura distorcida, de onde se origina a corrução, a violência, desonestidade, cabreirice, esperteza, morte. As pessoas que utilizam a curva em seu caráter são dadas à mentira, à invencionice, ao roubo, à falta de escrúpulo. Veja-se o político, de curva no caráter, perorando ao ser flagrado em roubalheira; veja-se um assassino, se utilizando da curva em seus motivos, tentando justificar o crime; veja-se um servidor público, desviando o leite das crianças, para se concluir: nele, o caráter tem curva; veja-se um magistrado de caráter sinuoso: ele vende sentenças. Isso sem falar em assaltantes, traficantes, mensaleiros – gente que, com a curva no caráter, não vê limite aos seus intentos. Enfim, na arquitetura do caráter o reto é fundamental. Já a curva... Continue a brilhar na obra de Niemeyer. 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O CENTENÁRIO DE GONZAGÃO NA VOZ POÉTICA DE ED SANTOS - POETA DE SÃO PEDRO/RN



Centenário de Gonzagão

Mil novecentos e doze
Nascia o rei do baião
No sertão de Pernambuco
Para causar emoção
Realizou os seus planos
Homenageio os cem anos
Do saudoso Gonzagão

Viajou para São Paulo
Pra aparecer no cenário
Cantava e encantava o povo
Bem melhor que um canário
Orgulho do meu nordeste
Daquele cabra da peste
Hoje é o centenário

Cantou para toda raça
Branco, preto rico ou pobre
Pra quem é bom na sanfona
Aos seus pés curve-se ou se dobre
Em valores de minério
Valeria sem mistério
Ouro, prata bronze e cobre

Cantou para padre Cícero
Menino Jesus de praga
Frei Damião, e vários outros
Voz cortante feito adaga
Aqui fica meu carinho
E esse humilde versinho
Pra o mestre Luiz Gonzaga

CURRAISNOVENSE LANÇA LIVRO EM NATAL SOBRE DITADURA DE 1964





Data do Lançamento: 14 de dezembro de 2012.
Local: Restaurante Bella Nápoli, Av. Hermes da Fonsêca, 960, Tirol
Horário: 18:30h

Contatos CDHMP: 8721.7705, 9977.8702 e 3211.5428

Contatos com o Autor: Tel. (91) 8185-3485

Email: azevedod08@gmail.com e enviardados@gmail.com

Histórico
JORNALISTA POTIGUAR LANÇARÁ EM NATAL SEU LIVRO SOBRE A DITADURA DE 1964

O jornalista norteriograndense Dermi Azevedo, ex-preso político e um dos fundadores do Movimento Nacional de Direitos Humanos/MNDH, lançará em Natal, em 14 de dezembro próximo, às 18:30h, no Restaurante Bella Nápoli, Av. Hermes da Fonsêca, 960,Tirol, o seu livro "Travessias Torturadas: Direitos Humanos e Ditadura no Brasil".

O livro, com 170 páginas, é o segundo volume da Coleção Memória das Lutas Populares, publicada pelo Centro de Direitos Humanos e Memória Popular/CDHMP, com sede em Natal e uma das organizações sociais mais atuantes na educação sobre os direitos humanos no país. O primeiro volume reúne poemas de Emanuel Bezerra, companheiro de lutas de Dermi, no movimento estudantil em 1968.
Resultante de mais de 40 anos de militância de seu autor nessa área, o livro de Azevedo traz informações inéditas sobre a repressão do regime militar contra todos os setores sociais democráticos, entre 1964 e 1985. Entre as vítimas das torturas, esteve incluído o seu primeiro filho, preso político em São Paulo, por ordem do delegado Sérgio Fleury, quando tinha apenas um ano e oito meses.
Dermi trabalhou, entre outras publicações, nos jornais Diário de
Natal, Tribuna do Norte, A Ordem, Salário Mínimo, Visão, Manchete, Fatos & Fotos, VEJA, Isto É (da qual foi correspondente na Itália), Folha de S.Paulo, O Estado de São Paulo, Jornal da Tarde e Informations Catholiques Internationales , da França.
Como pesquisador, fez especialização em Relações Internacionais, na FESPSP, sobre a política externa do Vaticano, tornando~se, em seguida, Mestre em Ciência Política, na USP, com dissertação sobre a colaboração de agentes religiosos com a repressão de 1964/1985 e Doutor nessa mesma universidade, com uma tese sobre Igreja Católica e Democracia.
Dermi foi presidente da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de
Natal. Presidiu também a COOJORNAT - Cooperativa dos Jornalistas de Natal e foi um dos representantes brasileiros na II Conferência Mundial de Direitos Humanos, realizada, pela ONU, em 1993, em Viena, Áustria. Atualmente Dermi reside em Belém, no Estado do Pará.