segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A COLUNA PRESTES NO RIO GRANDE DO NORTE

IV - TOMISLAV R. GRMINICK


A Coluna Preste no Rio Grande do Norte -
 IV Tomislav R. Femenick (*)

  Ao ser narrado, um fato histórico só tem sentido se forem expostos alguns elementos a ele pertinente, tais como: as causas, circunstâncias e repercussão, por exemplo. Portanto não há como se taxar de embromação quando se fala dos antecedentes, dos personagens e das consequências da revolução francesa, da abolição da escravidão no Brasil ou do nascimento de Cristo. 
A simples narração dos fatos não é historiografia, pode até assumir as feições de novela barata, quando impregnada de tendências e bravatas melosas. 
Assim se dá quando se aborda a passagem da Coluna Prestes pelo Rio Grande do Norte. Há que se dizer das causas e o que foi a própria coluna, a inquietação causada nas localidades envolvidas direta ou indiretamente no evento, o contexto dessas localidades na época do evento, a comoção provocada entre as pessoas e, por ultimo, os ataques, a defesa das cidades e seus reflexos. Isso porque sem repercussão na sociedade um fato não é histórico. É, quando muito, apenas um fato perdido entre tantos outros. Dito isso, vamos à cidade de Natal nos dias que antecederam a entrada da Coluna Prestes em terras potiguar. Em 1926 o Rio Grande do Norte tinha uma população que se aproximava de 600 mil habitantes e Natal um pouco mais de 30 mil. Era uma cidade bucólica e relativamente tranquila, mas que vivia um momento de transformação. Segundo Gabriela Fernandes de Siqueira, “na década de 1920 a aviação teve maior desenvolvimento em Natal. O número de automóveis aumentou e ocorreram melhorias na área de educação”. O Estado era governado por José Augusto Bezerra de Medeiros, que estava no terceiro ano do seu mandato. Embora não se sentisse ameaçada de ataque direto pelos revoltosos, a capital do Estado vivia um clima de expectativa pelo que poderia acontecer. O histórico divulgado sobre as investidas dos integrantes da Coluna em outros Estados nordestinos davam contra de um rastro de perdas humanas e danos matérias nas cidades em seu itinerário. O historiador Raimundo Nonato assim sintetizou a situação, às vésperas da chegada dos rebelados: “Na Capital irradiava-se essa onda de agitação pelos pontos de concentração popular – O café Cova da Onça, na Ribeira, o Grande Ponto, na Cidade Alta e Alecrim”. Daí saiam os boateiros levando as novidades reais ou inventadas. De verídico mesmo somente as informações transmitidas pelo governo federal ao governo do Estado, dando conta que elementos da Coluna Prestes já tinham saído da cidade de Iguatu, no Ceará, e estavam se deslocando para o Rio Grande do Norte; tudo indicando que o ataque seria na cidade de São Miguel. Esse contingente de ataque era integrado por cerca de 70 homens bem armados e a maioria deles com treinamento militar. Os preparativos para a defesa legalista começaram a serem arquitetados, inclusive com a formação de batalhões compostos por elementos da Polícia Militar do Estado, preponderantemente lotados em Natal (sob o comando do tenente João Machado), e possivelmente do Exército nacional, esses vindos de Fortaleza. O grande problema era o deslocamento dessa tropa para o local presumível do teatro da batalha. Optou-se, então, por se usar o porto de Areia Branca, a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte e vias rodoviárias; estas últimas poucas, de trânsito difícil e de acesso complicado. O governo do Estado delegou o comando da defesa São Miguel ao líder político local João Pessoa de Albuquerque (também conhecido por João Leite e Coronel do Baixio de Nazaré), coronel da Guarda Nacional, deputado estadual e que presidiu a Intendência Municipal de São Miguel por um período de 18 anos, de 1910 a 1928. 

 O Jornal de Hoje. 

Natal, 31 dez de 2013.


(*) Membro da diretoria do Instituto Histórico e Geográfico do RN 
veja mais aqui: www.ubern.blogspot.com

domingo, 5 de janeiro de 2014

3º MPB JAZZ EM NATAL/RN


LIBERALIZAÇÃO DA MACONHA


Por Eduardo Gosson
Obrigo-me como cidadão e pai a opinar, principalmente porque tem um intelectual - Marcos Guerra -,descendente de uma linhagem de homens de bem (família Brito Guerra), vice-presidente da OAB-RN, defendendo a legalização da maconha, argumentando que a política preconizada pela ONU e posta em prática pelos EUA não surtiram efeito. O senhor sabe muito sobre drogas em livros, no conforto da biblioteca; eu, não. Aprendi na prática porque tive um filho - Fausto - que partiu aos vinte oito anos, vítima de uma sociedade que está perdendo a guerra para as drogas (recentemente aqui bem perto, no Uruguai, o governo liberou o uso da maconha). Abrem-se as portas para o império do Mal. Em nome de uma pretensa liberdade total, proclama-se a legalização como forma de controle das atividades criminosas. Esquecem esses intelectuais que nunca leram um Graciliano Ramos: ?liberdade total não existe: começa-se preso pela sintaxe e muitas vezes termina-se numa Delegacia de Ordem Política Social ? DOPS?. O Brasil não fez ainda o dever de casa: saúde, educação e segurança pública. Nada funciona neste país. Por que então legalizar? Lutei durante 12 longos anos para recuperá-lo (ele até tentou!), entretanto a dependência era maior. Começou fumando cigarro, incentivado pelo vizinho, depois a maconha, a cocaína e, por último, o crack. Terminou morrendo em 26 de maio, por overdose de cocaína. A droga triturou todos os seus ossos, aumentando o peso em 50 quilos, conforme laudo em sua certidão de óbito. Tive que encomendar um caixão especial. Dr Marcos Guerra, teve uma época que ele quase devastava a minha biblioteca, vendendo nos sebos obras raras, que valiam em torno de 500 reais por 5,00. Este ano que passou(2013) tive o Natal mais melancólico da minha vida: no meu presépio faltava um menino bom - FAUSTO GOSSON. Por esse e outros motivos, repense a sua posição. Afinal, o senhor é um intelectual, portanto formador de opinião. 
 
Eduardo Gosson
Ex-presidente da UBE-RN


UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA
INSTITUTO BRASIL DE PESQUISA E ENSINO - IBRAPES
TURMA 2009.1 – POLO GUAMARÉ/RN
CORDEL DE FRANCISCO DE BETANIA


Há momentos nessa vida
Que ninguém pode esquecer
E esse que me aconteceu
Me dá mais do que prazer
Foi um convite que a UVA
Pode um dia me fazer.

Uma turma de alunos (as)
Todos universitários
Com Geralda Efigênia
Promoveram um seminário
Pra falar de Paulo Freire
E eu fui como voluntário.

Com a temática o “legado”
Desse ilustre professor
Paulo Freire que é sem dúvida
E a história me mostrou
A verdadeira obra prima
Que a natureza criou.

No ano de 21 (1921)
Em 19 de setembro
A cidade de Recife
Viu um gênio lá nascendo
E os frutos que plantou
Muita gente vai colhendo.

Nordestino aclamado
No Brasil no exterior
Quem conhece Paulo Freire
Sabe bem do seu valor
E Geralda Efigênia
Sabe por que estudou.

Dedicada a cultura
De todo modo geral
O valor dessa mulher
E algo fenomenal
Ainda mais fã desse artista
Esses dois são geniais.

Paulo Freire nos deixou
Mas ficou o seu legado
Conteúdo para estudo
Pois e bem conceituado
De professores para alunos
Esta sendo repassado.

E então a UVA fez
Entre alunos um seminário
Vários grupos e seus temas
Divididos apresentaram
Com o auxilio da professora
E a mim que convidaram.

Marcia Freire uma pedagoga
Francisco um cordelista
Walker nosso apresentador
E Efigênia a realista
Os alunos apresentando
De Paulo Freire a conquista.

A importância que se tem
Do ato da gente ler
A estética e a ética
Pra quem sabe compreender
O respeito e os saberes
Do educando pra entender.

Todo reconhecimento
E a sua assunção
A identidade cultural
De quem dar educação
E quem ensina exige
Isso com compreensão.

A educação bancária
De quem faz só exigir
E as palavras que se usa
Mau exemplo pra seguir
Muita rigorosidade
Faz o aluno desistir.

Vários temas se discutem
Cada um vai se expressar
Geralda a professora
Ela fica a acompanhar
E depois da apresentação
Um por um a avaliar.

Tem Menezes e Joana D’arc
Magdelma por aqui
Micarla Marluce e Meire
E Ezilda a dividir
Todas com o mesmo propósito
Dá o melhor prá construir.

Eveline e Sergileide
Fabrício João e Ronaldo
Rayane Patrícia e Pamela
E Elizete empenhada
Elizangela e Ana Lúcia
Pra estudar o que é passado.

As meninas Rosilenes
Edna somando as Marias
As franciscas e Regina
Fazem como gostariam
Com Josélia vem Taise
Essa UVA é só alegria.

Foi assim mais um momento
Que todos proporcionaram
Professores e alunos
Convidados e funcionários
O encontro das estrelas
Onde todos aqui brilharam.

A Geralda Efigênia
O meu muito obrigada
Aos alunos um abraço
Por ter em mim acreditado
Eu FRANCISCO DE BETÂNIA
Paulo Freire e o “legado”.

sábado, 4 de janeiro de 2014

A VOZ POÉTICA DE ALBERTINA LAUFER - CURITIBA



Pensa em ser poema,
mas lhe faltam,
uma porção de versos.

Suas claves não tocam
o Sol que penetra no chão da terra.

Suas mortes não antecipam,
as ressurreições,
que em seus madeiros estão suspensas.

Seus rios não formam correntezas,
e suas realidades não são crucificadas em sonhos.

Seus medos não estão ancorados em desejos,
e suas miradas não contaminam,
os escuros que envolvem as paredes do tempo.

O seu jeito de amar não é generoso,
e a sua Bem Aventurança não toca a canção sagrada.

Nadando para sempre nas beiradas dos rasos,
não lhe apetece degustar,
das profundidades que embelezam e encharcam a vida..

Albertina Laufer

ARTIGO

Refletindo sobre resultados no chão da escola

A cada dia é lançado novos desafios no caminho espinhoso dos educadores, vive-se momentos de insucessos e sucessos. O acesso à escola já não é mais um problema para toda educação básica, no entanto, a permanência do estudante e o sucesso, principalmente no ensino médio tem sido o flagelo da educação nos dias atuais.
Evadem-se da escola aquele aluno que não consegue adquirir certas habilidades e competências inerentes à série em que está matriculado, aquele que não simpatizou ou não se adaptou a metodologia do professor, aquele que se tornou pai/mãe em plena adolescência, aquele que precisou trabalhar para ajudar no sustento da família, em síntese são várias as situações que leva o aluno a desistir da escola, inclusive aquele que acha que a escola não é atrativa o suficiente para ele permanecer e ter sucesso na mesma, como afirma o estudioso Ceccon (1986:116), “a escola produz mais fracassos que sucessos”.
Dessa forma, segundo Nidelkoff (1983:15): “a escola se limita a reproduzir, no seu interior, a desigualdade de oportunidade, que caracteriza a estrutura da nossa sociedade”. Isso se caracteriza pelos livros didáticos, desconexos da realidade do aluno, em suma o currículo, o qual o aluno não se ver inserido na proposta de ensino.
É preciso que a escola realize um diagnostico e reflita sobre: o currículo que temos, o redesenho curricular que queremos, pensando nos estudantes que temos e os estudantes que queremos formar. Mas para isso a escola precisa definir o seu referencial teórico-metodológico. Se concebermos o estudante como sujeito de sua aprendizagem inserido nas múltiplas dimensões sociais, o mais coerente é que se tome como abordagem teórico-metodológica do currículo escolar na perspectiva sócio histórica de Vygotsky (1998).
Os eixos norteadores do ensino médio devem ser tratados de forma interdisciplinar levando em conta a relação aos fundamentos sociológicos e filosóficos. As dimensões cultura, trabalho, ciência e tecnologia devem ser trabalhadas levando em conta as transformações sociais ocorridas ao longo do tempo e que resultaram na sociedade atual, cujos novos princípios devem ser considerados e respeitados.
Portanto, trabalhar com as áreas do conhecimento tanto o professor como o estudante precisa estabelecer uma relação dialógica e interativa com as quatro áreas do conhecimento em que o ensino médio encontra-se estruturado: Linguagens (Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Língua Espanhola, Arte e Educação Física); Matemática; Ciências da Natureza (Física, Química e Biologia) e Ciências Humanas (Geografia, História, Filosofia e Sociologia) compreendidas como vasto campo de ação educacional, contemplando uma diversidade de ações que qualificam o currículo escolar.

Francisca Mônica da Silva Araújo
Gestora da E.E.Maria Aeroene Sousa
Campo Redondo/RN
Jan.2014

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

DIA D DE CADASTRAMENTO DO CPF DE ESTUDANTES DA REDE ESTADUAL DO RN


A Secretaria de Estado da Educação promove neste sábado (4), das 8h às 15h, o DIA D de cadastramento do CPF para os estudantes que já estudam nas escolas estaduais e precisam renovar sua matrícula. Em todo o Estado, os interessados devem procurar as Diretorias Regionais de Educação – DIREDS, que estarão preparadas para emitir o documento na hora. Um minuto é o tempo médio que se leva para emissão do CPF, desde que o interessado esteja com a certidão de nascimento e o comprovante de residência em mãos.
São dezesseis diretorias regionais instaladas nos municípios de Natal, Parnamirim, Nova Cruz, São Paulo do Potengi, Ceará-Mirim, Macau, Santa Cruz, Currais Novos, Caicó, Assú, Mossoró, Apodi, Umarizal, Pau dos Ferros e João Câmara. Suas equipes foram treinadas pela Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, numa parceria com a Secretaria da Educação.
Para os estudantes da capital e região, a 1ª DIRED organizou 12 polos de atendimento. Eles estarão funcionando nas escolas estaduais Edgar Barbosa (Zona Sul), CENEP e Monsenhor Alfredo Pegado (Zona Leste), Raimundo Soares e Matias Moreira (Zona Oeste), Antonio Fagundes, Crisan Simineia, Peregrino Junior e Leonor Lima (Zona Norte), Almirante Tamandaré (Extremoz), Doutor Otaviano (São Gonçalo do Amarante) e Doutor Severiano (Macaíba).
Segundo a secretária de Estado da Educação, professora Betânia Ramalho, o objetivo do mutirão é permitir o acesso ao documento para todos os alunos que pertencem a rede e ainda não tiveram sua matrícula renovada. “O documento é indispensável para a renovação da matrícula, por isso o nosso esforço para que nenhum estudante permaneça sem o Cadastro da Pessoa Física”, reforçou.
As escolas estaduais tem até o dia 10 de janeiro para concluir a renovação dos estudantes que já são da rede e ainda não tem o CPF. A renovação é feita pela própria equipe da escola, através do www.sigeduc.rn.gov.br. O estudante veterano apenas precisa se dirigir à secretaria da escola, com o número do CPF, para dizer que pretende permanecer na unidade ou deseja ser transferido para outra escola da rede.
Os alunos que estão sendo transferidos dos municípios para as escolas estaduais também podem comparecem aos pontos de cadastramento para retirar o seu CPF.
PONTOS DE CADASTRAMENTO EM NATAL E REGIÃO:
 
E.E. Edgar Barbosa – Lagoa Nova, Zona Sul
CENEP – Petrópolis, Zona Leste
E.E. Monsenhor Alfredo Pegado – Mãe Luiza, Zona Leste
E.E. Raimundo Soares - Cidade da Esperança, Zona Oeste
E.E. Matias Moreira – Dix-Sept Rosado, Zona Oeste
E.E. Antonio Fagundes – Santarém, Zona Norte
E.E. Crisan Simineia – Lagoa Azul, Zona Norte
E.E. Peregrino Junior – Potengi, Zona Norte
E.E. Leonor Lima – Redinha, Zona Norte
E.E. Almirante Tamandaré - Extremoz
E.E. Doutor Otaviano - São Gonçalo do Amarante
E.E. Doutor Severiano - Macaíba