sábado, 4 de janeiro de 2014

A VOZ POÉTICA DE ALBERTINA LAUFER - CURITIBA



Pensa em ser poema,
mas lhe faltam,
uma porção de versos.

Suas claves não tocam
o Sol que penetra no chão da terra.

Suas mortes não antecipam,
as ressurreições,
que em seus madeiros estão suspensas.

Seus rios não formam correntezas,
e suas realidades não são crucificadas em sonhos.

Seus medos não estão ancorados em desejos,
e suas miradas não contaminam,
os escuros que envolvem as paredes do tempo.

O seu jeito de amar não é generoso,
e a sua Bem Aventurança não toca a canção sagrada.

Nadando para sempre nas beiradas dos rasos,
não lhe apetece degustar,
das profundidades que embelezam e encharcam a vida..

Albertina Laufer

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