quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

SEEC/RN ENTREGA BIBLIOTECA COMUNITÁRIA NO INTERIOR


Os municípios de Passagem e Brejinho iniciaram 2015 com duas novas bibliotecas, contemplando, respectivamente, as escolas estaduais Antônio de Oliveira Fagundes e Presidente Café Filho. A organização do acervo faz parte das ações desenvolvidas pela Coordenadoria de Desenvolvimento Escolar (Codese) dentro do Proler, programa que executa ações em prol do livro e da leitura em todo o Estado.
Todos os livros das duas escolas foram atualizados, organizados, e disponibilizados não somente para a escola, mas para toda a comunidade em que instituição está inserida. “Tudo foi entregue para facilitar o uso da equipe dos professores e melhorar a aprendizagem dos estudantes”, declarou o professor Antônio Soares, um dos técnicos responsáveis pela implantação das novas bibliotecas.

Coordenadora dos programas de leitura da SEEC, Erileide Rocha destaca que a entrega de bibliotecas é apenas uma das atividades ligadas ao livro e leitura. “Além de entrega de acervos, estamos desenvolvendo rodas de leituras, formações continuadas em políticas públicas de acesso ao livro e acompanhamento das escolas para um melhor uso do patrimônio literário”.
Reconhecimento 


O trabalho desenvolvido pela Codese conquistou a Medalha do Mérito Deífilo Gurgel. Os servidores Erileide Rocha, Maria Câmara, Délia Barbosa e Antônio Soares, que atuam no Proler, foram os agraciados com a honraria, que ocorreu no mês de dezembro no salão nobre do Teatro Alberto Maranhão. Outro prêmio que a equipe conquistou foi a Comenda Deífilo Gurgel, da Câmara Municipal de Natal, homenageando a escritora Salizete Freire e Antônio Soares.
 
fonte:portaldaeducaçãodorn

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

ESCOLA PROFUNCIONÁRIO: CAPACITAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO DO RN


Estão abertas as inscrições do Profuncionário, programa que visa a formação dos servidores de escolas públicas, em exercício, proporcionando formação de nível técnico a todos os participantes. No total, serão oferecidas 1.175 vagas nos cursos de secretaria escolar, alimentação escolar e infraestrutura escolar, atendendo treze polos em todo o Estado.
Trabalhadores da educação, que atuam nas escolas, diretorias regionais e secretaria devem realizar as inscrições até o próximo dia 26, somente pela internet, por meio do site do Sistema Gestor de Concurso (SIG) do IFRN. Basta o candidato ter concluído o Ensino Médio para concorrer às vagas. A seleção se baseará na classificação dos candidatos, que farão uma prova objetiva de português e matemática no dia 22 de fevereiro. Só é possível realizar um curso por edição do programa.
Apodi, Caicó, Currais Novos, Natal (EaD), João Câmara, Mossoró, Natal (Zona Norte), Nova Cruz, Parnamirim, Pau dos Ferros, Santa Cruz, São Gonçalo do Amarante e Lajes (Polo UAB) são as cidades que ofertam os cursos. O edital completo de seleção e as vagas disponíveis por campi ou polo do IFRN podem serem acessadas na página de inscrição do Profuncionário.

fonte: portaldaeducaçãodorn
danilobezerra

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

NOTA DO ENEM VALIDA CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DE ENSINO MÉDIO


Os estudantes que realizaram o Exame Nacional de Ensino Médio podem requerer o certificado de conclusão do Ensino Médio por meio da nota obtida na avaliação. O procedimento, oferecido pela Secretaria de Estado da Educação e pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte, é feito somente quando o estudante assina-la o desejo de obter o diploma por meio do Enem no ato de inscrição da prova.
Conforme o Edital Nº 12 do INEP/MEC de 08 de março de 2014 e da Portaria Nº 144 do INEP de 24 de maio de 2012, os estudantes que completaram 18 anos no 1º dia da avaliação do Enem 2014 podem retirar o diploma de conclusão do Ensino Médio sem a necessidade de terem concluído os três anos de ensino. Para isso o candidato deve ter alcançado a nota mínima de 450,00 pontos nas áreas de Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática e Linguagem, códigos e suas tecnologias e obtido no mínimo 500,00 pontos da redação. 
A documentação necessária para dar entrada no diploma consiste nas cópias do RG, CPF e do comprovante de residência. Além desses é necessário apresentar o boletim do Enem que comprovará as notas alcançadas na avaliação. Os interessados devem entregar toda a documentação na sala da Subcoordenadoria de Educação de Jovens e Adultos (SUEJA), que fica na sala 25, segundo bloco da Secretaria de Estado da Educação e Cultura em Lagoa Nova. O prazo máximo de entrega do certificado é de três dias úteis.
Quando o estudante não alcança a nota mínima para obtenção do diploma mais deseja ter o benefício é possível receber o certificado de conclusão do Ensino Médio utilizando as notas do exame, porém ele terá de ser avaliado por uma banca, como explica Luiz Antônio, professore responsável pelos processos de certificação de exames da SEEC: “Caso o aluno tenha obtido na prova de matemática 400 pontos e nas demais provas ele tenha chegado a nota necessária para a certificação, basta realizar o pedido que encaminharemos o caso para a banca de exames analisar e aplicar uma nova avaliação. Alcançada a nota, ele estará apto a receber seu diploma”.
Para maiores informações, o estudante deve entrar em contato por meio do telefone 3232-1417 e o horário de atendimento é das 7h as 13h na sede da Secretaria de Educação do RN.
 
fonte: portaldaeducaçãodorn
danilobezerra

domingo, 18 de janeiro de 2015

A CRONICA DE EDUARDO GOSSON - UBE/RN




Por Eduardo Gosson (*)

As relações  entre  as famílias Gosson e a  Cascudo datam, pelo menos, de cinquenta anos e tem diversas nuances. A amizade começou com o lado da moda: as tias Hulimase e Jamyles tinham um atelier de costura onde Anna ia  buscar atualizações em moda. Veja o que diz a nossa amiga:
                                               Hulimase e Jamyles foram pioneiras em métodos até então desconhecidos dentre as elegantes da província. Tinham máquinas, mas abusavam da essência estilosa. (...) Anos se passaram, fiz vestibular,  tornei-me acadêmica de Direito .A moda girou, surgiram modelos diferentes. Mas  quando verifiquei  a velha bata que usaria no fórum da Ulisses Caldas voltei a procurar Hulimase (...) Lavagem  a seco, novas pregas, um laço displicente, a jovem  defensora da sociedade se sentiu a altura dos fotógrafos, das cidades vizinhas que documentaram a primeira mulher  atuando em Natal como Promotora de Justiça”.
Por ser uma pessoa múltipla, Anna Maria não ficou centrada apenas na sisudez do Direito; incursionou pelo Jornalismo  impresso (A República) e o audiovisual (TV-Universitária), mantendo uma coluna de variedades. Espírito jovial, estava sempre aberta  ao novo; gostava de estar perto da juventude.
 Após o término do seu Curso Superior, foi designada para a Comarca de São Gonçalo do Amarante/RN e lá chegando encontrou José Gosson como Juiz (ambos instalaram a Comarca). Veja o que diz Anna Maria:

“Fui profundamente feliz como a primeira Promotora de São Gonçalo do Amarante. Lá encontrei, como Juiz, JOSÉ GOSSON, irmão  de Hulimase. Fomos  companheiros de trabalho numa jovem Comarca. Recebemos  os primeiros títulos de cidadania e honra especiais. Poti, Iraci e  seus filhos me proporcionaram uma vida em família pela primeira vez longe de casa”.
Outra vez o destino promove mais um encontro entre nós; trata-se de  sua participação na reorganização da União Brasileira de Escritores – UBE-RN, em 2006, participando de todas as reuniões da entidade, e sempre dando boas ideias. Assim expressou-se Anna Maria:
                                              “hoje participo já como escritora e acadêmica da União Brasileira de Escritores na sua diretoria (foi a 2ª Vice-presidente- biênio 2012-2013). Encontro Eduardo Gosson, poeta  e escritor, um batalhador cultural. Vejo-o  como a síntese  da família, naquilo que eles possuem de mais sólido. Seu sobrenome  significa  árvore frondosa em árabe. Ele é o somatório das virtudes adquiridas em terras brasileira”.
Quando  se  deu o processo sucessório dentro da UBE-RN para me suceder, após  seis anos (2008-2013) de intensas atividades,  ofereci o cargo de Presidente a ela. Com muita elegância declinou do convite uma vez que estava à frente de  outro projeto – a criação do Instituto Ludovicus, órgão para gerenciar e preservar a história  do maior escritor do Brasil – LUÍS DA CÂMARA CASCUDO.
Por último uma constatação positiva em sua  personalidade: Anna Maria Cascudo Barreto era muito  sincera e dizia o que pensava. Com certeza está no Céu porque Deus abomina a mentira e ama a Verdade. No livro do Apocalipse, capítulo  22,   versículo 15: “Ficarão de fora  os cães e os feiticeiros, e os que  se prostituem, e os homicidas, e os  idólatras, e qualquer um que ama e comete a mentira”.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

NOVO TITULAR DA PASTA DA EDUCAÇÃO DO RN, DISCUTE POLÍTICA DE QUALIFICAÇÃO DOS PROFESSORES


A formação continuada foi o tema principal do encontro realizado entre a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura com a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte na ultima quinta-feira (9). O titular da pasta Francisco das Chagas recebeu o reitor da UERN, Pedro Fernandes, e o vice-reitor da instituição, Aldo Gondim, em seu gabinete.
As parcerias firmadas com a universidade e assuntos ligados a educação pública foram alguns dos assuntos tratados durante o encontro. Durante a reunião o secretário garantiu que a SEEC dará ênfase a formação continuada para os professores da Rede Estadual de Ensino, reafirmando o compromisso firmando em sua posse.
Além de representantes da UERN, o secretário Francisco das Chagas recebeu representantes da Promotoria de Educação do RN e da União dos Dirigentes Municipais de Educação do Rio Grande do Norte – Undime/RN.

fonte: portaldaeducaçãodorn

NOTA OFICIAL DA UBE-RN (UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES DO RIO GRANDE DO NORTE)



NOTA OFICIAL DA UBE-RN

ANNA MARIA CASCUDO BARRETO
 A UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES-UBE/RN manifesta voto de profundo pesar pelo encantamento ontem, no hospital São Lucas, da Confreira ANNA MARIA CASCUDO BARRETO, 2ª Vice-Presidente da UBE-RN (2012-2013), ao tempo em que se solidariza com a família enlutada. Anna Maria foi uma das principais personagens na reorganização da UBE-RN, ocorrida em março de 2006, participando ativamente de suas reuniões, sempre se destacando por seus méritos pessoais. Poderia ter vivido à sombra de Cascudo, mas não o fez. Como intelectual tinha luz própria. Lembrando seu pai quando diz “que a morte existe, os mortos não” nós que fazemos a UBE-RN dizemos que você viverá para sempre conosco.

 Natal/RN, 16 de Janeiro de 2015.

 DIRETORIA EXECUTIVA Biênio 2014-2015 
Presidente: Roberto Lima de Souza 
1º Vice-Presidente: Eduardo Antonio Gosson  
2º Vice-Presidente: Manoel Marques da Silva Filho
 Secretario Geral: Jania Maria Souza da Silva 
 1º Secretário: Maria Rizolete Fernandes 
2º Secretário: Paulo de Macedo Caldas Neto 
 1º Tesoureiro: Pedro Lins Neto 
 2º Tesoureiro: Claudionor Barroso Barbalho 
 Diretor de Divulgação: Lucia Helena Pereira 
 Diretor Representações Regionais: Antonio Clauder Alves Arcanjo
 Diretor Jurídico: David de Medeiros Leite

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

QUEM É O CULPADO PELO FRACASSO ESCOLAR? ARTIGO DE ROBISON SÁ



Excelente e pertinente reflexão, parabenizo o autor pela clareza e responsabilidade com que fez essa reflexão, a mesma está coerente, com o que está acontecendo na educação brasileira nesse momento. Parabéns Professor!

Introdução

            Quanto mais refletimos e tentamos consertar os erros causadores das derrotas da educação, mais nos parece ficar distante a realização dos fins nos quais, grande parte dos engajados na busca de uma educação que atenda aos anseios da sociedade moderna, bem como de todo o corpo docente, discente e comunidade escolar, se propuseram a atingir. Pensemos então! Será que esse é um diagnóstico que nos leva a conclusão de que a educação brasileira não tem mais jeito? Seria o caminho mais correto cruzarmos os braços e somente assistir a decadência definitiva da possível redentora da sociedade?
            Embora eu seja muito otimista, não posso simplesmente fechar os olhos e ignorar todos os acontecimentos negativos que nos empurram correnteza abaixo, sem mesmo deixar fortes expectativas quanto a sua correção e, portanto, inevitavelmente, conduz-nos ao insucesso no que se refere à parturição e manutenção de uma educação funcional, anunciadora do sucesso, exterminadora dos fracassos. Sei da complexidade para se adquirir soluções para cada problema que surge em meio a esse furacão de demandas e diagnósticos, mas de pouca dedicação e atenção por aqueles que têm o poder de criar bases legais que obriguem o poder público a realizar investimentos direcionados ora a revitalização, ora a criação de sistemas de ensino propícios ao êxito.
            Mesmo mantendo minha consciência sobre esses fatores agravantes do naufragado ensino educacional brasileiro (em parte), e de muitos outros que durante este trabalho citarei, mantenho meu pensamento otimista e jamais deixarei de acreditar em dias melhores para nossa educação; jamais me curvarei perante o fracasso; nunca me permitirei deixar de investir em novas metodologias, formação, conteúdos diversos, bibliografias várias e trabalho duro, tudo isso na tentativa de modificar esse panorama de descrença e deboche em relação à educação que todos, querendo ou não, fazemos parte.
            Ditas essas poucas considerações iniciais, vamos agora tentar encontrar alguns dos culpados pela decadência do ensino, bem como pela ineficiência do aprendizado.
A culpa é um quociente
            Não podemos dizer que esse ou aquele é o culpado por tudo que acontece no cenário educacional, negativa ou positivamente. Nossa consciência deve ser preenchida com a certeza de que todos, sem exceção, somos culpados. Essa afirmação soa muito rígida, generalizante, mas é a única que, mesmo após longo período de estudo, reflexão e experiência, encontrei. Vamos então analisar caso a caso.

            Os legisladores, pessoas com poder de criar leis que envolvam a nossa educação num clima de seriedade e devido respeito, diferentemente do que ocorre hoje, onde a astronômica importância da educação transformou-se apenas em discurso político ou mesmo em motivo de piada, não realizam o trabalho esperado por aqueles que realmente se preocupam com a educação. As burocracias são tantas, que alguns parlamentares desistem, antes mesmo de tentar, de colocar à prova algum projeto benéfico ao ensino brasileiro. Eles são culpados, pois o poder que lhes são atribuídos por nós, sociedade, é envolto numa responsabilidade de resposta aos nossos anseios.
            O poder público também é omisso. Os governos municipal, estadual e federal investem muito pouco na educação e, quando investem, não se baseiam num planejamento que garanta que o investimento feito gerará resultados positivos à educação. É preciso muito compromisso dos nossos governantes. É preciso o reconhecimento de que somente seremos reconhecidos pelo mundo, quando formos capazes de exibir cidadãos preparados para o mercado nacional e internacional, mas não só para isso, que eles sejam também pessoas críticas, que reflitam sobre o que está ao seu redor, pessoas com fome de conhecimento, capazes de interpretar os mais variados textos, dos mais diversificados gêneros. Que possamos exibir cidadãos habilidosos na escrita, na leitura, no cálculo, no conhecimento geográfico e histórico desta e de outras nações, pessoas sociáveis, solidárias, compartilhadoras do conhecimento adquirido. Nesse dia, seremos reconhecidos como um país que realmente forma pessoas para o mundo. Enquanto esse dia não chega, posso afirmar que o poder público é culpado pelo nosso fracasso.
            A sociedade é culpada. Isso por que cruza os braços diante do descaso, da má administração, da corrupção. Por que não cobrar dos nossos representantes legais? Por que não expulsarmos os corruptos e eleger pessoas com projetos que favoreçam a nossa educação? Por que não cobrar transparência no uso das verbas educacionais? Será que do jeito que estar, está bom? Somos, sim, culpados, por fechar os olhos diante do que não favorecimento do bem coletivo. Culpados por não tentar mudar. Por achar que somos pequenos, quando formamos uma nação inteira.
            As secretarias de educação, assim como as equipes diretivas escolares, são também culpadas. Enquanto no primeiro caso vemos a irresponsabilidade, advinda do pensamento político egoísta, ao escalar profissionais, em grande parte dos casos, sem capacidade para gerir uma pasta. Retiram bons professores da sala de aula para, em alguns casos, serem péssimos gestores. Existem ainda os casos de nomeações de coordenadores pedagógicos, por exemplo, que acabam desempenhando funções díspares das suas, por falta do profissional que deveria cumprir aquela determinada tarefa. Muitos outros casos dentro desse contexto poderiam ser exemplificados. Ainda nesse embalo estão as direções escolares, sem generalizações. Estas preocupam-se muito mais com as questões burocráticos do que mesmo com o processo de ensino-aprendizagem. Não dão importância para o que realmente é digno de atenção numa escola: os processos de ensino, a aprendizagem do aluno, o apoio ao professor e aos demais membros da escola.
            Os professores são culpados. Culpados por serem, em parte das vezes, coniventes com situações de perda para o aprendizado do aluno. Um exemplo disso são os casos de feriados imprensados, onde ninguém se manifesta contra, vista a deficiência no cumprimento do calendário escolar com dias tão insuficientes para um bom aproveitamento de aprendizagem. As faltas em demasia são agravantes para esse fracasso. Em outros casos, o professor cruza os braços por se imaginar impotente para tentar mudar o cenário de horror da educação. Mas se nós não podemos fazer diferente, nós que somos protagonistas dessa história; se não damos o primeiro passo rumo a uma mudança significativa da educação do nosso país, mesmo contra tudo e contra todos, quem mais dará esse passo? Os reclames são muitos: salário baixo, atraso, desmotivação, desvalorização, falta de reconhecimento etc. Todos eles são justos. Mas temos que pensar se estamos a cumprir, também, os nossos deveres de educadores. Estamos preocupados com o aprendizado do aluno? Estamos preocupados com a nossa formação, com o planejamento das nossas aulas, com o compartilhamento de informações com os demais colegas? Estamos frequentando as reuniões pedagógicas e apoiando as iniciativas apresentadas pela equipe de coordenação? Estamos apresentando ideias ou projetos que prometam reinventar a nossa história? O que realmente somos se não inventores de ideias, compartilhadores de experiências e defensores de uma educação que tenha como prioridade, fundamentalmente, transformar?
            Os pais de alunos são coniventes e, portanto, culpados. Ao elaborar uma “tarefa de casa”, por exemplo, os professores esperam que os pais, além de auxiliar os seus filhos no cumprimento daquele “dever”, consigam também diagnosticar as possíveis dificuldades do seu filho e, imediatamente, procurar o professor para formar uma parceria que proporcione o melhoramento do aprendizado daquele jovem aprendiz. O pai deverá sempre ser parceiro da escola; deverá acompanhar passa-a-passo o desenvolvimento do seu filho. Mas será que na prática isso vem acontecendo? Na grande maioria dos casos, não. Portanto, os pais são culpados pelo fracasso da educação, por não marcarem presença na vida escolar do filho, por não cobrarem dos gestores municipais e escolares, melhores condições de chegada e estadia na escola, por apenas enviar os filhos à escola para no final do mês receber ajuda financeira do governo federal ou ficar “livres” deles por determinado período, por não importarem-se com a falta de transparência da vida escolar dos seus filhos. Claro que esses não são casos gerais, pois existem muitos pais presentes e, a estes, eu tiro o meu chapéu, mas não posso aqui omitir a culpa, que os que não se encaixam nesse grupo, possuem.
           Os alunos também são culpados. Vejo muitos casos, aonde os alunos simplesmente vão à escola apenas para conversar e reencontrar os amigos. Mas não só por isso eles são culpados. Também são culpados por não gritarem os seus direitos ao poder público; dizer-lhe que exigem os seus direitos constitucionais; que são cidadãos que buscam o conhecimento e que, portanto, exigem o melhor de seus representantes. Os alunos, pelo menos parte deles, não se preocupam com o que a escolar tem a lhe oferecer ou o que serão no futuro sem aqueles conhecimentos organizados e sistematizados por ela. Apenas se recusam a aprender, sem mesmo um motivo defensável ter para tal ação. São ainda culpados por não querer para si um futuro promissor, possível apenas através do alicerce formado pela educação.

Considerações finais

           Este trabalho é fruto de uma reflexão que fiz, após a leitura de alguns documentos educacionais, que mostraram-me a triste realidade na qual vivemos educacionalmente. É também embasado em minha experiência profissional, onde como coordenador pedagógico, consigo assistir atitudes dignas de aplausos, de glórias, mas também verdadeiras aberrações daqueles que se autoqualificam bons profissionais. Minha intenção não é apenas apontar culpados. É também de fazer enxergar que a culpa do fracasso do ensino e da aprendizagem em nossa nação é coletiva. Cada um de nós tem que ser corrigido, para que o problema geral comece a ser amenizado como reflexo dessa ação global.
Volto a lembrar, que nenhum desses fatores toma de mim o otimismo que por toda vida acumulei. Mesmo ciente das dificuldades, ainda acho que podemos reverter esse quadro. Por isso escrevi essas reflexões. Pensando que em algum momento esse trabalho irá jogar sobre te, leitor, a culpa que lhe cabe nessa problemática. Creio que juntos podemos alcançar a vitória nesse duelo contra o descaso, a descrença, a incerteza. Corrijamos os nossos erros e, a partir desse reparo individual, nos tornaremos um coletivo tão grande, que todos esses problemas nos parecerão pequenos. Juntos, podemos revitalizar a educação. Juntos, podemos mudar o mundo.

“Não há problema que não possa ser reparado, diante do reconhecimento do erro que o parturiu”. (Robison Sá)

fonte> INFOESCOLA