domingo, 23 de fevereiro de 2014

LUDISMO CONTEMPORÂNEO




Públio José – jornalista

                                     
                   Diferentemente dos tempos antigos, quando o processo de comunicação era demorado, do momento em que o fato acontecia até chegar ao conhecimento da população, hoje a cobertura é instantânea. Por mais desligado o cidadão, e mais distante o local onde resida, a informação chega até ele em tempo cada vez mais curto. Por um lado, isso trouxe a vantagem da instantaneidade; de outro, um altíssimo volume de exposição a cenas para as quais muita gente não está preparada. E o que se vê, em tempo demasiado, diante da tv, do computador, do smartphone não traz nenhuma satisfação. O mundo vive um daqueles momentos em que miséria, ignorância, fome, violência, corrução, analfabetismo e fenômeno climáticos contribuem para a formação de um caldeirão de tal dimensão que afeta as emoções (para alguns) a um ponto próximo da ruptura e (para outros) muito além do suportável.
                        Entretanto, tal fenomenologia é exclusiva dos dias de hoje? Claro que não. A diferença está nos métodos utilizados e no espaço de tempo em que os fatos chegam ao conhecimento geral. No mais, como dizia Lavoisier “na natureza (ou na vida) nada se cria; nada se perde; tudo se transforma”. Tanto é assim que o que é visto hoje já arregalou os olhos de muitos séculos atrás, milênios atrás. Populações inteiras igualmente aterrorizadas como as de hoje. Ora, o marginal que, de carro importado, arrasta alguém quilômetros e quilômetros não é o mesmo que, nos tempos bárbaros, ou mesmo na Idade Média, puxava o inimigo pelas aldeias de então amarrado à cela do cavalo ricamente ajaezado? Ora, direis, qual a diferença? Uma passada de olhos no Século XVIII e as cenas se repetem. Em plena ação, no nascedouro da Revolução Industrial, partidários de Ned Ludd quebrando tudo que encontravam pela frente.
                        Como se observa, no tempo o que difere é o discurso, o argumento. A energia para quebrar tudo o homem sempre teve. De sobra. E o que tem Ned Ludd a ver com essa história? Ele foi um personagem famoso durante quase uma década nas origens da Revolução Industrial, período de efervescentes descobertas na Inglaterra de 1779. As máquinas pondo em cheque a atividade artesanal em razão da produtividade que propiciava no confronto com o trabalho individual de então. Desemprego em alta, exploração da mão de obra feminina e infantil, péssimas condições de trabalho, salário vil. Nesse contexto, surge Ned Ludd (que muitos historiadores dizem ser o nome falso de Michel Homere) como o primeiro operário a arrebentar uma máquina em represália à realidade vigente – um verdadeiro “black bloc”. Seu gesto foi o rastilho de pólvora para a quebradeira generalizada que se espalhou pelos centros industriais.
                        Tudo muito semelhante ao que se vê hoje. Ned Ludd chegou ao ponto de se intitular general e levou a Inglaterra a um nível altíssimo de terror e insegurança, o que obrigou a Governo a editar leis duríssimas para combatê-lo. A partir daí, o “ludismo” passou a rotular os que se colocam contra novas tecnologias e que se insurgem pelo simples desejo de quebrar. Mesmo inconscientemente, os “black blocs” repetem o que ele fez séculos atrás. Enquanto Ned Ludd, sem nenhuma ideologia, arrebentava máquinas apenas pelo sentimento de revolta (sem buscar o diálogo nem apresentar proposta alguma ao Governo de então) os “Black blocs” contemporâneos se movem pelo mesmo afã estéril e improdutivo. Violentos gratuitos, difusos nas pretensões, assassinos potenciais, falta a eles tão somente a marreta ludista. De quebra, contam com a audiência e a impunidade que Ned Ludd nunca sonhou de ter.              

A VOZ POÉTICA DE CELSO DA SILVEIRA - NATAL/RN

Memorial do Grande Ponto



Os bares do Grande Ponto
tenho os seus nomes de cor:
Botijinha, Dia-e-Noite,
Acácia Bar, Rio Grande,
Onde a cachaça de Ovídio
Dessendentava a goela
De Evaristo e Babuá.
Confeitarias - um par:
A Helvética e a Cisne;
Casa Vesúvio - bazar,
e adiante o Natal Clube,
Santa Cruz Futebol Clube
- os dois de primeiro andar.

Cafés Maia e São Luís,
Sorvete do Aracati,
Restaurante Dois-Amigos
com porta de vai-e-vem
e freqüência popular.
E Restaurante Acapulco,
local a que acorriam
Casais da sociedade
E rapazes bem trajados,
Todos lá fazendo hora
Para o baile do Aéro
- requinte/mor da cidade.

Numa esquina, a Alcazar
E na outra o Grande Ponto
- casa de jogos de azar -
um verdadeiro universo
de Tubiba à Mulamanca,
pro poeta fazer verso
como faz Milton Siqueira.

Lá, o Bolero servia
comidas de pratos quentes,
mas, já do lado de cá,
junto do Beco da Lama,
o Pérola vendia bifes
aos habitantes da noite
que voltavam dos bordéis
pra saciar outras fomes.

Lembrança de João Machado
Rutiquiano e Ercilo
(que foram ali quase Reis);
Sorveteria Cruzeiro
e do Salão Santo Antônio;
cigarreira O Zepelim,
que vendia bugigangas
e tinha o jornal/mural
onde "seu" Luiz Cortez
dava notícias do mundo
como que em primeira mão.
Juizes, advogados,
até desembargadores
e muitos aposentados,
recrutas e general
Leitão, Liliu do bilhar,
todo pessoal letrado
- são sombras na paisagem;
foi lá que estreou veado
um tal de Velocidade,
contraste de Tororomba.

Conversas de futebol
de torcedores e atletas,
cada um é melhor técnico
do América ou ABC,
Riachuelo e Atlético,
E o grito marcando gol
Está na boca de todos.

Carnaval na João Pessoa,
Deblechem vem de rei momo
ao lado de Zé Areia
e Djalma Maranhão;
se batalham de confete
e lança-perfume Rodo.
Papangus e colombinas
no toque da banda ao vivo
dançam ao som do "Zé Pereira"

Luís Tavares, de linho
LS-120
sapatos de duas cores,
bico fino de camurça,
ou couro de jacaré,
ditava a moda da praça
e ainda dava de graça
seu jeito de meninão.

Sorveteria Polar
(pianista Paulo Lyra)
onde se falava inglês
- "US Navy, my friend" -
de Aparício Meneses
ao engraxate da casa,
no tempo do americano.
O primeiro telefone
de serventia do povo
(nosso orelhão de outrora)
- "basta pagar e ligar" -
ficava numa cabine
toda vedada de vidro,
na antiga Casa Royal,
onde os segredos guardados
não coravam as namoradas.

É um espaço em aberto
à gente de toda parte;
convergência da cidade,
encontro de viajantes
e de onde as línguas feriam
moças vindas dos cinemas
Rex, Nordeste, Rio Grande,
Ou mesmo, quando mais cedo,
Retornavam das novenas.

Centro referencial
de política e cultura,
de oposição e governo;
a palavra ali falada
no palanque dos comícios
ganharam tal ressonância
que nos seus cantos ecoam,
não, grande ponto final
- leve som de antigamente -
reticência, ponto e vírgula,
mas, ocasionalmente,
exclamação, coisa e tal,
força lúdica, dominante
deste seu memorial

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

MINISTÉRIO PUBLICO DO RN LANÇA CAMPANHA CONTE ATÉ 10 NAS ESCOLAS DE ENSINO MÉDIO

Estão abertas as inscrições para o seminário de lançamento da campanha Conte até 10 nas escolas de ensino médio do Rio Grande do Norte. Realizada pelo Ministério Público Estadual e a Secretaria de Estado de Educação, a campanha destina-se à educação do adolescente e do jovem para uma cultura de paz. 
O evento que marcará o lançamento da campanha será realizado no próximo dia 24 na sede da Procuradoria-Geral de Justiça.
Conte até 10 nas escolas é uma trabalho contra o bullying que parte dos estudantes sofrem diariamente dentro do ambiente de ensino. Idealizada originalmente pelo Ministério Público Federal, a campanha busca envolver a sociedade, em especial os jovens, em ações que fortaleçam a paz e o respeito entre os cidadãos. 
O foco na juventude justifica-se pela capacidade de transformação e de mobilização deste público e também porque o número de jovens vítimas de homicídios tem crescido assustadoramente nos últimos anos.
No RN, o Núcleo Estadual de Educação para a Paz e Direitos Humanos (NEEPDH), em parceria com a Subcoordenadoria de Ensino Médio (SUEM), organizam a interlocução do programa e as atividades junto as escolas estaduais.
A ação é uma iniciativa do Conselho Nacional do Ministério Público, em parceria com a Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), integrada pelo CNMP, Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Ministério da Justiça.
O público alvo da campanha são os estudantes do Ensino Médio, e já foi previamente discutido no Fórum de Gestores ocorrido ano passado em Natal, com representantes das 290 escolas de ensino médio, palco da realização da campanha.
 As escolas interessadas em participar do lançamento devem realizar a inscrição on-line, seguindo o passo a passo que será mostrado pela página do Ministério Público Estadual.
 A secretária de Educação, profª Betania Ramalho fará parte da mesa de abertura, juntamente com representantes do poder judiciário e da Secretaria de Educação, como o coordenador do NEEPDH, João Maria Mendonça de Moura e, a Professora Aliete Bormann, Subcoordenadora do Ensino Médio do Rio Grande do Norte.

Seminário de lançamento da campanha Conte até 10 nas escolas
Data: 24 de fevereiro de 2014 (9h)
Local: Procuradoria-Geral de Justiça (Rua Promotor Manoel Alves Pessoa Neto, nº 97, Candelária, Natal, RN)

Inscrições: clique aqui.

UFRN: PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA REALIZA AULA INAUGURAL


O Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) promove, nesta sexta-feira, 21, às 9h, a aula inaugural com o tema Práticas Ecológicas Camponesas: Tradição e Modernidade. Ministrada pela professora Ellen F. Woortmann, da Universidade de Brasília, o evento acontece no Auditório B do Centro de Ciência Humanas, Letras e Artes (CCHLA/UFRN). O evento é aberto ao público e tem entrada gratuita.
A professora Ellen Woortmann (UNB) desenvolve pesquisas que fazem parte das áreas de interesse do PPGAS e possui uma produção de referência para a Antropologia, sobretudo nos seguintes temas: campesinato, parentesco, imigração, memória e patrimônio, saberes tradicionais e gênero.
O PPGAS/UFRN mantém, desde 2012, um intercâmbio regular com o PPGAS/UNB, por meio de convênio PROCAD/CAPES, no qual a professora vem colaborando constantemente. Além disso, a professora Ellen é atualmente vice-presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA). A referida Associação, juntamente com o PPGAS/UFRN, está organizando a 29º Reunião Brasileira de Antropologia, que ocorre em Natal, na UFRN, entre os dias 3 e 6 de agosto desse ano.

fonte:
Boletim produzido pela Agência de Comunicação da UFRN - AGECOM
Reitora: Ângela Maria Paiva Cruz
Vice-Reitora: Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes
Superintendente de Comunicação: José Zilmar Alves da Costa
Diretor da Agência Comunicação: Francisco de Assis Duarte Guimarães
Telefones: (84)3215-3116, (84)3215-3132 - Fax: (84)3215-3115
E-mail: boletim@agecom.ufrn.br

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

OAB DO BRASIL LANÇA CONCURSO DE DESENHO SOBRE ECA



A Comissão Especial da Criança, do Adolescente e do Idoso da Ordem dos Advogados do Brasil publicou
Intitulado de - “Nosso direito - O Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA”, o concurso tem o objetivo de despertar nas crianças a consciência dos seus direitos e deveres, estimular a criatividade, o censo crítico, o trabalho em equipe e a cidadania de crianças e adolescentes.
Podem participar crianças e adolescentes de até 13 anos das escolas públicas do ensino fundamental de todo o Brasil, as quais poderão escolher entre uma das duas categorias, desenho ou poema.
Será concedido certificado às crianças e às equipes vencedoras, ao professor ou professora da classe e os desenhos ou poemas, bem como seus autores, serão publicados na web site do Conselho Federal da OAB.
“Essa iniciativa certamente contribuirá, não apenas para conscientizar o publico participante de seus direitos e deveres, mas também para que no futuro tenhamos adultos comprometidos com a defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes e com a aplicação efetiva do ECA”, afirma a  presidenta do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente- CONANDA, Maria Izabel da Silva (Bel).

Os trabalhos serão recebidos até o dia 03 de junho de 2014, na sede do Conselho Federal da OAB- SAS quadra 05, lote 01, Bloco M, Cep 70.070-393- Brasília DF. Aos cuidados da Comissão Especial da Criança, do Adolescente e do Idoso.

Assessoria de Comunicação Social


Edital no Link abaixo



EQUIPE NEEPDH/SEEC (84)3232-1438

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

SUBCOORDENADORIA DE ENSINO MÉDIO -SUEM/SEEC INFORMA:

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA ESCOLAS E EDUCADORES DA REDE PÚBLICA
Projeto "Inventar com a diferença - cinema e direitos humanos"

PERÍODO DE INSCRIÇÃO: Até dia 13/02/2014

QUEM PODE SE INSCREVER: Qualquer Professor do ensino fundamental e/ou médio da rede pública, independente das disciplinas que oferece.

O QUE É: Curso de formação e acompanhamento  de educadores para realização de trabalhos audiovisuais sobre cinema e direitos humanos. Carga Horária: 20h.

Para mais informações e inscrições, acesse:
inventarcomadiferenca.org

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

ATENÇÃO PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA! CURSO GRATUITO PELA SEEC/UFRN




A Secretária de Estado da Educação e da Cultura/SEEC em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN oferece o CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO: Leitura e escrita em diálogo com a área de linguagens.
Informações:
32153579 (Priscila) – Natal
34312539 (Semideusa) – Currais Novos
E-mail: secretaria_pem@yahoo.com.br
Periodo:
05 a 21 de fevereiro/2014
Número de vagas:
100 vagas - Natal
  50 vagas - Currais Novos
Duração do Curso:
De Fevereiro de 2014 a Outubro de 2014.

Inicio das Aulas:
15 de Fevereiro de 2014.

Matriculas:
E-mail: suem@rn.gov.br

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

PROPOSTA DIFERENCIADA DO ENSINO MÉDIO NOTURNO DO RN





A Secretaria de Estado da Educação e da Cultura por meio da Subcoordenadoria de Ensino Médio – SUEM, chega até as escolas com estas orientações  que servirão para nortear a prática pedagógica dos que compõem a escola noturna do Rio Grande do Norte (portaria nº 1221/2009)
A presente cartilha além de se configurar com um guia prático, visa simplificar o que está posto nas Orientações Curriculares do Ensino Médio Noturno, ao mesmo tempo em que é considerada a referência da proposta nas escolas noturnas da rede estadual de educação.

ENSINO MÉDIO NOTURNO DIFERENCIADO – O QUE É...

 É uma proposta curricular com identidade própria, que contempla as especificidades do trabalhador estudante na  busca por uma educação que possibilite a permanência do estudante na escola, assim como o seu desenvolvimento e a sua formação para a vida e, para o trabalho. A proposta enfatiza a reformulação curricular para este turno de ensino, com foco nas peculiaridades dos estudantes do turno noturno, conforme previsto no Art. 4º, inciso VI da LDB nº 9.394/96 que assegura como dever do Estado a “oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando”.

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

.  Blocos semestrais;
.  Carga horária do curso – 2.400h – 1.800h de atividades presenciais – Base Legal – obrigatória + 600h de atividades vivenciais ofertadas por meio de um projeto interdisciplinar.
.  Aula em bloco por área de conhecimento;
  02 tempos de 90 minutos correspondente a 04 aulas de 45 minutos (ex. 2 aulas de Biologia e 02 aulas de Química);
. Carga horária anual: 800 horas (200 dias x 3 horas = 600 horas presenciais + 200 horas de atividades complementares).
          Formação continuada para os professores;
.  Desenvolvimento de projeto interdisciplinar para Mostra Científica ao final de cada semestre.








 
As Orientações Curriculares para o Ensino Médio Noturno Diferenciado (EMND) tem a pesquisa como princípio pedagógico com ênfase na iniciação científica e pesquisa, na leitura, no letramento e na cultura digital de forma articulada, além de incluir a interdisciplinaridade e a contextualização como possibilidades para integrar as áreas de conhecimento, e, assim, promover o ensino-aprendizagem dos educandos. Esta interrelação deve considerar o planejamento pedagógico com as perspectivas de forma a integrar os professores em cada bloco e áreas de conhecimento, e, também ter neste currículo o trabalho como princípio educativo articulando-se as atividades propostas. A oferta das atividades e aulas complementares/integradoras, desenvolvidos em momentos vivenciais deve estimular a responsabilidade, o senso crítico e autonomia do estudante, destacando que, toda ação metodológica desenvolvida na escola deve ter como princípio básico o diagnóstico do perfil do trabalhador estudante para com isso, superar desafios e garantir a produção do conhecimento e  transformação social.

  
OBJETIVOS


 Geral      
.    Possibilitar a qualidade do processo de ensino e de aprendizagem, a partir de um currículo com identidade própria com ênfase nas especificidades dos estudantes desse turno de ensino.
Objetivos Específicos
.    Desenvolver metodologias que atendam as especificidades do trabalhador estudante;
 .    diminuir os índices de abandono, de evasão e de repetência;
  promover atividades motivadoras de forma que os sujeitos envolvidos no processo possam compartilhar os seus saberes (gestores, professores, funcionários, estudantes, pais, mães e/ou responsáveis) a fim de que aconteça um trabalho compartilhado;
.    monitorar e avaliar as práticas desenvolvidas nos processos de ensino-aprendizagem;
.    viabilizar espaço e tempo para a realização de um planejamento coletivo de forma que garanta a formação na escola.


METAS


Com vistas a melhorar a qualidade do ensino-aprendizagem na escola noturna, foram estabelecidas as seguintes metas:

.  fortalecer o ensino noturno com a visão do mundo do trabalho;
.   reduzir a evasão, o abandono e a reprovação no Ensino Médio noturno;
;  elevar os índices de aprovação no Ensino Médio noturno;
;  elevar os indicadores estaduais (IDEB), como forma de possibilitar o processo de ensino-aprendizagem;
;  melhorar as condições de permanência do aluno na escola;
;  adaptar o currículo à realidade do aluno noturno, considerando todas as ações do Projeto Pedagógico/PP;
;  possibilitar formação continuada aos professores.

A ORGANIZAÇÃO SEMESTRAL
  A proposta piloto pensada e estruturada de comum acordo entre SEEC e as primeiras onze escolas que aderiram à proposta, foi organizada para ser semestral, visto que o sistema utilizado, o seriado, não correspondia a nova realidade que se desejava para esse turno noturno, já que o foco deveria ser no processo de ensino aprendizagem dos estudantes.
  A concepção assumida de currículo neste documento tenta superar a ideia de currículo rígido atrelado a visão de conteúdos abordados de forma fragmentar.
  Ao instrumentalizar a proposta percebeu-se êxito, uma vez que a organização semestral por bloco aumenta o tempo de convívio entre aluno e professor, possibilitando assim, um melhor acompanhamento no processo de ensino aprendizagem.

ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A DISCIPLINA FORMAÇÃO PARA O TRABALHO

O Ensino Médio tem como Eixo Estruturante, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (2012), quatro dimensões: trabalho, ciência, cultura e tecnologia. Nesse documento, o trabalho é compreendido como Princípio Educativo e atividade intelectual, bem como, um processo histórico de produção científica e tecnológica. Assim, o objetivo é propiciar ações desenvolvidas socialmente para transformação das condições naturais da vida e a ampliação das habilidades gerais e competências básicas que tributem para a formação integral dos estudantes e o seu desenvolvimento, de forma que possa atuar na sociedade com êxito.
Nesse sentido, torna-se relevante organizar o currículo que incorpore um componente curricular que possa se articular com os demais que são constitutivos da Estrutura Curricular desse nível de ensino. Assim, emerge o componente curricular Formação para o Trabalho, no currículo do Ensino Médio Noturno, com o objetivo de formar o estudante para o exercício da ética e da cidadania, bem como para o desenvolvimento da autonomia, da criticidade, da tomada de decisão de sucesso, do empreendedorismo, da criatividade para sua imersão no mercado de trabalho, sem, contudo, esquecer da importância da informação transformada em conhecimento, da comunicação e da tecnologia como categorias constitutivas no processo ensino aprendizagem.

Por ser configurada como disciplina, a Formação para o Trabalho, poderá ser desenvolvida com temáticas que busquem envolver o estudante trabalhador não somente no mundo do trabalho, mas também no universo da cidadania. As temáticas sugeridas são:

* Trabalho, ética e cidadania.
* Trabalho, comunicação e tecnologia.
* Trabalho e mercado.
* Trabalho e empreendedorismo.

A disciplina corresponde a duas (2) aulas semanais, presente nos dois blocos. A priori, a disciplina deverá ser ministrada por professores licenciados em Filosofia e Sociologia.

TRABALHO, ÉTICA E CIDADANIA

Contextualização Histórica da Ética Ocidental; Ética na antiguidade, no Período Medieval, na Idade Moderna; Ética e Contemporaneidade; Ética Empresarial e Ética Profissional; Cidadania, sua origem, e sua  relação com o Mundo do Trabalho; Trabalho e Direitos Sociais.

Referências
 ARROYO, Miguel. BUFFA, Ester. NOSELLA, Paolo. Educação e Cidadania: quem educa o cidadão? 10ª ed. SP: Cortez, 2002. ISBN: 85-249-0094-6.
 LOMBARDE, José Claudinei. Ética e educação: Reflexões Filosóficas e Históricas. São Paulo: Editores Associados, 2006.
 PINSKY, JAIME. Cidadania E Educação. São Paulo: Contexto.

TRABALHO, COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA

Concepções de Trabalho; Meios de Comunicação: conceitos fundamentais; Mídia e Trabalho: a relevância do histórico, a situação atual e as perspectivas; Tendências relacionadas à tecnologia atual: o antes e o agora, a era do computador; Internet na Sociedade Contemporânea e na Escola.
Referências;
 BELONI, Maria Luiza. O que é Mídia-Educação. São Paulo: Ed. Autores Associados, 2005.
 LÉVI, Pierre. As Tecnologias da Inteligência. Rio de Janeiro: Editora 34, 2004.
 OROFINO, Maria Isabel. Mídias e Mediação Escolar. São Paulo, Cortez, 2005. ISBN: 85-249-        1149-2
CHAVES, O. C. Eduardo. Multimídia: Conceituação. Aplicações e Tecnologia. Campinas, 1991. Disponível: http://www.chaves.com.br/TEXTSELF/MULTIMED/mm0.htm
FRANCO, S.R. Informática na Educação. Rio Grande do Sul, Ed. UFRGS, 2004. ISBN: 978-85-725-765-9
GIANOLLA, Raquel. Informática na Educação: representações Sociais do Cotidiano. 3ºed. São Paulo Cortez, 2006. ISBN: 85-249-1212-X
PAIS, L. C. Educação Escolar e as Tecnologias da Informática. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. ISBN: 85-7526-068-5.
TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na Educação. São Paulo: Ed. Erica, 2000.
TRABALHO E MERCADO
Trabalho e Mercado: perspectiva histórica; As exigências do Mundo do Trabalho e a Escola; A globalização: emprego e desemprego.
Referências
ABRANTES, Jose. Gestão de Qualidade. SP, Ed. InterCiência, 2009.
OLIVEIRA, Dalila Andrade (Org.). Gestão Democrática da Educação. 6 ed. R J, Vozes, 2005.
PARO, Vitor Henrique. Gestão escolar, democracia e qualidade de ensino. SP, Ática, 2007
ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004. (Coleção Primeiros     Passos;171)
 ANGOTTI, Maristela. O Trabalho Docente na Pré-escola: Revisitando Teorias, Descortinando Práticas. 2. ed. :Pioneira Thomson Learning, 2002. 185p.
SAVIANI, Demerval. O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias. In: FERRETI, Celso João [e.al]. Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar. 3ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
BEGNATO, Maria Helena. Educação, Saúde e Trabalho. Campinas: Alínea, 1999.
LUCK, Heloísa. A Escola Participativa: O trabalho do gestor escolar. 6. ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2009. 159p.
TRABALHO E EMPREENDEDORISMO
Trabalho e Empreendedorismo: conceitos, suas características e função para o desenvolvimento na sociedade e nas organizações de trabalho; Formas de atuação de um empreendedor; O empreendedorismo e a Escola.
Referências
DOLABELA, Fernando.  Pedagogia Empreendedora São Paulo: Editora Cultura, 2003.
Empreendedorismo uma forma de ser. São Paulo: Editora Cultura, 2002.
.HISRICH, Robert D. PETERS Michael P.Empreendedorismo.Porto Alegre:Bookman, 2004.

outras informações: 
suem@rn.gov.br

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

CINEMA E DIREITOS HUMANOS: INVENTAR COM A DIFERENÇA!

É um projeto realizado pela UFF - Universidade Federal Fluminense (Dpto. de Cinema e Vídeo / Licenciatura em Cinema, a primeira do país!) e Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal. Em Natal a instituição parceira do projeto será o IFRN - Instituto Federal do Rio Grande do Norte, através da profa. Mary Land Brito.



Articulador com a SEEC - Pedro Fiuza