sexta-feira, 2 de novembro de 2012

V ENCONTRO POTIGUAR DE ESCRITORES: SUCESSO DE PÚBLICO E CONTEÚDOS.



V ENCONTRO POTIGUAR DE ESCRITORES DA UBE/RN.

Aconteceu... Com brilho próprio, e esforços envidados de Eduardo Gosson, Presidente da UBE/RN e Diretora de Comunicação Lúcia Helena no sentido de tudo sair na mais perfeita ordem.
Nitidamente percebia-se a organização.
Foi um encontro de reencontros, de conhecimentos e de pedagogias, dialéticas próprias e dignas, do fazer diário do artesão da escrita, e também, o momento de conhecer e (re) conhecer o fazer literário dos poetas e escritores das terras de Poti.
Parabenizo aos que lá estavam pela iniciativa de participação, e a oportunidade de refletir, dialogar, interagir acerca da escrita, leitura, poesias e histórias de sucessos.
As autoridades convidadas se fizeram presentes, participaram e fizeram bonito.
A plateia alvissareira e ávida por conhecimentos novos e, ao final percebia-se a emoção do aprendizado.
De parabéns estão os escritores do RN, e particularmente Eduardo Gosson, seu filho e nora bem como a escritora Lúcia Helena Pereira,  cerimonialista do encontro. 


 Eduardo Gosson 
Presidente UBE/RN

Escritora Lúcia Helena, uma das organizadoras do evento e cerimonialista
Escritora Lúcia Helena, presenteou a Presidente da Academia de Letras Feminina de Mossoró/RN
Escritora Flauzineide Neidinha Moura, mesa redonda sobre literatura infantil
Escritora Salizete Freire
Platéia
Mesa Redonda sobre o Escritor Bartolomeu Correia de Melo

Escritor Alexandre Abrantes, meu amigo
Larrúbia Tavares na platéia
As fotos traduzem o que foi o V EPE/2012, que teve como cenário a Academia de Letras do Rio Grande do Norte.

Veja mais em: 
www.versosediversos.blogspot.com
www.blogubern.blogspot.com.br

A LITERATURA DO ESCRITOR CIRO JOSÉ TAVARES - BRASILIA/DF

Amanhã, por uma hora e durante 7 dias participo do Cerco de Jericó, na Paróqui do Verbo Divino, na Asa Norte, BSB, e levo dois poemas, um dos quais registro adiante:

Gedeão

Dissolve-se na paisagem
Madiã.
Mal anoitecida
a nona hora
o que terá
partido os cântaros?
Ensurdecedor
soprado nas trombetas?
Fustigado
sob imensa claridade
os ventos soltos?
Calado para sempre
o clamor do exíguo
universo que nos cerca?
Fontes cristalinas,
que despiam
e lavavam noites nuas.
Hoje vazias,
esgotadas
pela sede interminável
das abandonadas almas
suplicantes.
Integramos a paisagem fria,
igualmente dissolvidos.
Queimam os últimos archotes,
extinguindo suas chamas
lentamente.
A espada de fogo,
Suspensa sobre as Tendas
armadas em Harad,
oscila e marca
o tempo da queda
do pêndulo da morte.

COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA, CINEMA NO CCHLA/UFRN - CONVITE






A EXPRESSÃO POÉTICA DE ZÉ MARTINS - NATAL/RN


ALCOÓLATRA

Como ontem,
Como ele
Hoje sou eu,
O corpo no copo
E a fala no mundo,
Alegre sou aparente
Quando a amada
Me olha triste,

Parece paraíso,
Este inferno,
Quando o copo esvazia
Nesta boca que fala,
Na rua carinhosa
Em casa agressiva
Quando a criança
Sorrir.

Penso na conta
E esqueço,
Quando bebo,
Sou violento calado,
Quando bêbado,
Sou eu mesmo,

Todos me escutam
Pois falo
O que não devo.

Falo do homem,
Falo da mulher,
Sou rico pra você
E a fome me espera
No portão,
Dentro da minha
Mulher
Chorando calada.

Chore! meu filho,
Este é o aperitivo
Do viver,
Eu sei,
Não sou um imbecil,
Só seguir
As normas sociais,
Agora!
A sociedade me persegue.

Vem meu filho!
Chora neste coração
Embebedado,

Ele ainda bate,
Como ontem,
Como ele,
Hoje era eu
E o botequim na esquina.

O mundo girando
Entorno do meu corpo
Pra me ver morrer
Na calçada,
Outro gole,
Nova dimensão.

Pra que chorar
Se a amada foi embora?
Novo trago,
Estás aqui,
Na bebida.

Já corri no século!
O jovem que bebeu
Por amor,
Hoje um viciado
Por esporte,
Pareço um destrambelho
Diante do que fui.

Sou o rei
Diante do bar,
Sou o mendigo,
Quando a noite fria
Me vê na calçada
Deitado.

Há!
Que vontade de acordar,
Que vontade de falar,
De ouvir
Palavras não embriagadas,
Que vontade de chorar,
Pra o mundo
E ficar calado
Dentro de mim
Sem buscar o fim.

E meu filho?
Minha mulher?
Me esqueceram
Ou sofrem me amando?
E eu?
No leito deste manicômio
Xingo o passado
E não tenho culpa do crime.

ZÉ MARTINS - Poeta, Cantador, Engenheiro Quimico, Professor Universitário, Membro da SPVA/RN.
(ZM) josenetom@bol.com.br

OFICINA DE PERCUSSÃO MUSICAL COM KACIANNI - NATAL/RN



Kacianni, esta bonita e prendada moça , envia e-mail avisando que estará mais uma vez ministrando  oficina de Percussão Musical,  dia 10 de novembro (sábado).
Local: Livraria Paulinas.
Horário: de 9h00 às 12h00.
Restam 8 vagas.
fones para contato:
9999-9250 / 8807-7738

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A VOZ POÉTICA DO JOSÉ IVAM PINHEIRO - CURRAIS NOVOS/RN

Foto
SÃO SANTOS HOMENS TODOS OS DIAS
Ivam Pinheiro




É primeiro de novembro.
Dia universal do homem.
Dia de Todos os Santos.


Entes santos só lhes cabem
se são até seres pecadores,
o amor e meigos carinhos.
Mas, se não ama seu querer
alguns são trastes também.


E na força da bruta vida e luta
na aposta diária da sina do bem
são muitos os freios do trem...
O futebol e a mágica do gol...
E a blitz da amada que chegou.


Tantos santos homens que:
Ao nascer são belos anjinhos...
São uns adoráveis amores...


Pois, são santos tão enamorados
e mil machistas inveterados são
a paixão do doce amor na labuta,
santa alquimia de seres amados.
Santos são entes de leve coração.


Tantos são os leves nós da vida:
Santos filhos, problemas e família...
Santa farra do fim de semana...
A cerveja, uísque, choop e cana...
E santo amor que deita na cama.


No dia dos que são santos homens
Mortais amantes bebem ao dia...
Primeiro de novembro da alegria.



Natal, RN, Brasil, 01.11.2012.
15 h: 18 min. - 15 h: 56 min.



Ser Santo - Imagem disponível no sítio:
unijovemitac.blogspot.com

DESAFIOS DA GESTÃO MUNICIPAL DE NATAL NO CAMPO DA CULTURA


ENSAIO DE
FRANCISCO ALVES*

 Pela sua complexidade, uma reflexão sobre a gestão da cultura em Natal exige, antes de tudo, a colocação de algumas premissas que sirvam como balizadoras das discussões a serem desenvolvidas com vistas à tomada de atitudes e a adoção de medidas concretas no rumo das resoluções, reconhecendo-se que as dinâmicas do processo de construção das políticas públicas impõem um ciclo de formulações, exigindo ampla integração das ações de planejamento sociocultural do município e das demandas da sociedade civil. Sabe-se que, no plano institucional e governamental, a área cultural de Natal tem sofrido muito, pela inexistência de programas, projetos (e propósitos),verificando-se que tem imperado a improvisação e o descompasso, revelando-se a inoperância e o descompromisso dos que foram alçados, de forma improvisada, à condição de gestores culturais, aos quais, claramente, a chefe do executivo não prestigiou. E isso é bem o retrato da administração municipal de Natal que se encerra, deixando para o Prefeito que assumirá o desafio de trabalhar aceleradamente, e de forma planejada, para, ao mesmo tempo resgatar (e fazer cumprir) os compromissos existentes e construir um programa cultural que seja capaz de desencadear ações e elaborar planos e projetos que contribuam para estruturar as políticas públicas da cultura. No nível da sociedade civil, há a urgente necessidade de uma mobilização que reúna os produtores e agentes culturais e os fazedores de arte, de um modo geral, para que sejam pactuadas novas formas de atuação e se contemple a cidade, retirando-a do marasmo em que se encontra no plano cultural, abrindo-se um amplo debate sobre a estruturação de um plano de cultura para Natal. PRINCIPAIS DESAFIOS FORMULADOS Desta maneira, considerando que a área cultural se encontra em estado de abandono, agravado por haver uma herança maldita a ser administrada, no que diz respeito ao atendimento de compromissos não cumpridos pela administração municipal que agora se encerra, os maiores e mais urgentes desafios são: 1- A elaboração do Plano Municipal de Cultura de Natal, a ser firmado estrategicamente como instancia articuladora da política cultural, afirmando-se o direito à cultura, ordenando-se as diretrizes e estabelecendo-se os eixos de atuação que orientarão as ações e os procedimentos na gestão publica da cultura; 2- Lutar pela afirmação de Natal como importante pólo de cultura do nordeste brasileiro, na amplitude das suas linguagens artísticas e na multiplicidade de valores das manifestações culturais existentes; 3- Fortalecer a ação do Município no planejamento e na execução das políticas culturais, reafirmando o seu papel indutor e garantidor do pluralismo de gêneros, estilos, tecnologias e modalidades, cabendo-lhe formular diretrizes, planejar, implementar, acompanhar, avaliar e monitorar ações e programas culturais, em permanente diálogo com a sociedade. O FUNDO DE CULTURA E A LEI DJALMA MARANHÃO O Fundo Municipal de Cultura, por sua vez, deverá ser vinculado à Lei Orçamentária do Município – LOA, tratando-se de objeto legalmente estabelecido e consolidado, não devendo, portanto, ficar à mercê dos humores de nenhum gestor de plantão. Essa é uma das principais reivindicações da comunidade artística, avalizada e encaminhada através do Conselho Municipal de Cultura de Natal. Com isso, teremos assegurados os valores em tempo hábil, além da transparência na aplicação dos recursos e nos procedimentos adotados. Sabe-se, ainda, que existem várias dividas a serem resgatadas, sobretudo no que diz respeito ao FIC – Fundo de Incentivo à Cultura de Natal, cujos valores referentes aos anos de 2011 e 2012, inexplicavelmente, encontram-se sustados e ainda não liberados pela administração municipal, prejudicando enormemente diversos projetos aprovados e agentes culturais contemplados. Por esta razão, o próprio Conselho Municipal de Cultura, por unanimidade dos seus conselheiros, emitiu Notificação Extrajudicial à Prefeita, expondo-lhe os fatos e chamando-a ao cumprimento da responsabilidade, e, não obtendo resposta, ainda articula-se e estabelece parceria com a OAB para dar prosseguimento aos trâmites legais visando sanar tal deficiência. Como não há política cultural em Natal, nem sequer a pasta responsável por este setor (a Fundação Capitania das Artes) encontra-se apta a realizar maiores voos, carecendo, no mínimo, de ser readequada e reaparelhada para cumprir com seus objetivos, a partir de uma abordagem prospectiva e avaliadora e de ampla reflexão sobre os sentidos socioculturais, educacionais e econômicos da cultura e o papel da arte no processo de desenvolvimento da cidade, defendemos que uma política cultural para Natal deve ser estabelecida a partir de amplo acordo entre os diferentes setores de interesse, articulando-se com as diversas áreas e definindo-se um referencial de compartilhamento de recursos coletivos (financeiros, materiais e imateriais, bens e serviços) fortalecido por consensos que garantam a sua legitimidade, tratando-se de um planejamento estruturante e consolidador, em longo prazo para a área cultural, visando sua completude. Ressalte-se, porém, como honrosas exceções, o desempenho dos conselheiros do Fundo Municipal de Cultura e os do Programa Djalma Maranhão de Incentivo à Cultura, constituídos por representações paritárias e integrados por pessoas comprometidas com o fazer artístico e cultural da cidade, cujas marcantes atuações, sem quaisquer remunerações, teem contribuído significativamente para manter em funcionamento, operacionalizar, defender, aperfeiçoar e buscar ampliar esses mecanismos de apoio, que representam importantes conquistas da comunidade artística e cultural. A GESTÃO CULTURAL DA CIDADE Por todos esses motivos e razões, entendemos que a gestão cultural deve ser preparada para enfrentar esses desafios, compreendendo que é preciso fazer emergir e salientar os personagens visíveis e invisíveis que compõem o universo natalense, assegurando-lhes o direito à visibilidade, o direito à diferença, o direito legitimo de habitar a cidade e nela ser feliz, sendo capaz de revelar e valorizar o seu repertório utilizando-se da multiplicidade de suas linguagens. O seu gestor, portanto, deve ser ‘do ramo’, isto é, participante do movimento artístico e cultural, conhecedor da lógica e da linguagem nele praticada, capacitado a propor e fomentar o debate e dele participar proativamente, pautando-se pela ética. Deve ser reflexivo, criativo e empreendedor, articulado e articulador, devendo possuir uma visão transdisciplinar da gestão cultural, promovendo o diálogo permanente entre os saberes e as diversas maneiras de criação, fruição, difusão, disseminação e consumo dos bens e serviços culturais. Enfim, conhecer, inserir-se e contribuir para aprimorar as regras e os mecanismos de financiamento das atividades culturais, via fundos públicos, orçamentos e leis de incentivos, situando-se em relação aos pactos federativos para a divisão das prerrogativas e responsabilidades entre as esferas de governo federal, estadual e municipal.
 
* O autor é:
 Conselheiro do Conselho Municipal de Cultura de Natal, do Programa Djalma Maranhão de Incentivo à Cultura e da Lei Cultural/RN Câmara Cascudo. É membro da UBE/RN, do ICAP, do Fórum Potiguar de Cultura, do Fórum Estadual/RN do Livro e Leitura e da Rede Nordeste do Livro e da Leitura. Editor, Produtor e Gestor cultural.
 
Mais detalhes veja: www.blogubern.blogspot.com.br