ALCOÓLATRA
Como ontem,
Como ele
Hoje sou eu,
O corpo no copo
E a fala no mundo,
Alegre sou aparente
Quando a amada
Me olha triste,
Parece paraíso,
Este inferno,
Quando o copo esvazia
Nesta boca que fala,
Na rua carinhosa
Em casa agressiva
Quando a criança
Sorrir.
Penso na conta
E esqueço,
Quando bebo,
Sou violento calado,
Quando bêbado,
Sou eu mesmo,
Todos me escutam
Pois falo
O que não devo.
Falo do homem,
Falo da mulher,
Sou rico pra você
E a fome me espera
No portão,
Dentro da minha
Mulher
Chorando calada.
Chore! meu filho,
Este é o aperitivo
Do viver,
Eu sei,
Não sou um imbecil,
Só seguir
As normas sociais,
Agora!
A sociedade me persegue.
Vem meu filho!
Chora neste coração
Embebedado,
Ele ainda bate,
Como ontem,
Como ele,
Hoje era eu
E o botequim na esquina.
O mundo girando
Entorno do meu corpo
Pra me ver morrer
Na calçada,
Outro gole,
Nova dimensão.
Pra que chorar
Se a amada foi embora?
Novo trago,
Estás aqui,
Na bebida.
Já corri no século!
O jovem que bebeu
Por amor,
Hoje um viciado
Por esporte,
Pareço um destrambelho
Diante do que fui.
Sou o rei
Diante do bar,
Sou o mendigo,
Quando a noite fria
Me vê na calçada
Deitado.
Há!
Que vontade de acordar,
Que vontade de falar,
De ouvir
Palavras não embriagadas,
Que vontade de chorar,
Pra o mundo
E ficar calado
Dentro de mim
Sem buscar o fim.
E meu filho?
Minha mulher?
Me esqueceram
Ou sofrem me amando?
E eu?
No leito deste manicômio
Xingo o passado
E não tenho culpa do crime.
ZÉ MARTINS - Poeta, Cantador, Engenheiro Quimico, Professor Universitário, Membro da SPVA/RN.
(ZM) josenetom@bol.com.br
ALCOÓLATRA
Como ontem,
Como ele
Hoje sou eu,
ZÉ MARTINS - Poeta, Cantador, Engenheiro Quimico, Professor Universitário, Membro da SPVA/RN.
Como ontem,
Como ele
Hoje sou eu,
O corpo no copo
E a fala no mundo,
Alegre sou aparente
Quando a amada
Me olha triste,
Parece paraíso,
Este inferno,
Quando o copo esvazia
Nesta boca que fala,
Na rua carinhosa
Em casa agressiva
Quando a criança
Sorrir.
Penso na conta
E esqueço,
Quando bebo,
Sou violento calado,
Quando bêbado,
Sou eu mesmo,
Todos me escutam
Pois falo
O que não devo.
Falo do homem,
Falo da mulher,
Sou rico pra você
E a fome me espera
No portão,
Dentro da minha
Mulher
Chorando calada.
Chore! meu filho,
Este é o aperitivo
Do viver,
Eu sei,
Não sou um imbecil,
Só seguir
As normas sociais,
Agora!
A sociedade me persegue.
Vem meu filho!
Chora neste coração
Embebedado,
Ele ainda bate,
Como ontem,
Como ele,
Hoje era eu
E o botequim na esquina.
O mundo girando
Entorno do meu corpo
Pra me ver morrer
Na calçada,
Outro gole,
Nova dimensão.
Pra que chorar
Se a amada foi embora?
Novo trago,
Estás aqui,
Na bebida.
Já corri no século!
O jovem que bebeu
Por amor,
Hoje um viciado
Por esporte,
Pareço um destrambelho
Diante do que fui.
Sou o rei
Diante do bar,
Sou o mendigo,
Quando a noite fria
Me vê na calçada
Deitado.
Há!
Que vontade de acordar,
Que vontade de falar,
De ouvir
Palavras não embriagadas,
Que vontade de chorar,
Pra o mundo
E ficar calado
Dentro de mim
Sem buscar o fim.
E meu filho?
Minha mulher?
Me esqueceram
Ou sofrem me amando?
E eu?
No leito deste manicômio
Xingo o passado
E não tenho culpa do crime.
E a fala no mundo,
Alegre sou aparente
Quando a amada
Me olha triste,
Parece paraíso,
Este inferno,
Quando o copo esvazia
Nesta boca que fala,
Na rua carinhosa
Em casa agressiva
Quando a criança
Sorrir.
Penso na conta
E esqueço,
Quando bebo,
Sou violento calado,
Quando bêbado,
Sou eu mesmo,
Todos me escutam
Pois falo
O que não devo.
Falo do homem,
Falo da mulher,
Sou rico pra você
E a fome me espera
No portão,
Dentro da minha
Mulher
Chorando calada.
Chore! meu filho,
Este é o aperitivo
Do viver,
Eu sei,
Não sou um imbecil,
Só seguir
As normas sociais,
Agora!
A sociedade me persegue.
Vem meu filho!
Chora neste coração
Embebedado,
Ele ainda bate,
Como ontem,
Como ele,
Hoje era eu
E o botequim na esquina.
O mundo girando
Entorno do meu corpo
Pra me ver morrer
Na calçada,
Outro gole,
Nova dimensão.
Pra que chorar
Se a amada foi embora?
Novo trago,
Estás aqui,
Na bebida.
Já corri no século!
O jovem que bebeu
Por amor,
Hoje um viciado
Por esporte,
Pareço um destrambelho
Diante do que fui.
Sou o rei
Diante do bar,
Sou o mendigo,
Quando a noite fria
Me vê na calçada
Deitado.
Há!
Que vontade de acordar,
Que vontade de falar,
De ouvir
Palavras não embriagadas,
Que vontade de chorar,
Pra o mundo
E ficar calado
Dentro de mim
Sem buscar o fim.
E meu filho?
Minha mulher?
Me esqueceram
Ou sofrem me amando?
E eu?
No leito deste manicômio
Xingo o passado
E não tenho culpa do crime.
ZÉ MARTINS - Poeta, Cantador, Engenheiro Quimico, Professor Universitário, Membro da SPVA/RN.
(ZM) josenetom@bol.com.br
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