Que emoção, meu Deus, me invade
(dor que ninguém imagina!),
quando a voz de uma saudade
liga a cobrar...de uma esquina!...
(José Ouverney/SP)
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Se eu fosse fazer um rol
das coisas lindas que vi.
Listava o nascer do Sol
e o vôo do colibri.
(Marcos Medeiros/RN)
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2010 > Intersedes/RJ
Tema > IMAGEM > M/H
Morre a tarde...E, ao fim do dia,
na imagem do sol poente,
há tintas de nostalgia
do fim da tarde da gente!
(Prof. Garcia/RN)
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FENECER.
– Marize Castro/RN –
Feneço na ausência
dos homens cor de bronze
do prepúcio de púrpura.
Quem me lapidou
esqueceu de me tirar
o veneno.
Ateio
fogo na minha própria
teia.
Como quem preserva fortalezas
corto minhas / alheias
veias.
Feneço, infinitamente
na presença dos homens
que têm grandes pés e nenhuma fé.
Que me rasgam a carne
e me sepultam em suas glandes.
Não fosse eu
uma pessoa de múltiplos escudos
viveria a vida toda
como um único vestido
de veludo.
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Um corajoso “sem par”,
para mim terá que ter
a coragem de lutar
sem ter chances de vencer!...
(Ademar Macedo/RN)
...E Suas Trovas Ficaram:
A beleza em nossa vida
não vem só dos bons eventos,
mas da luta enriquecida
pelo nobres sentimentos.
(Aurolina de Castro/AM)
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Ir ao banco depois de um feriado,
dirigir onde tem alagamento,
suportar um congestionamento
e as pilhérias do guarda agoniado,
chegar trinta minutos atrasado
e esperar o patrão notificar,
ir para urna no dia de votar
sem nenhum candidato merecer;
do que a vida me impõe para fazer,
são as coisas que faço sem gostar!
(Zé Viola/PI)
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FOLHAS DE OUTONO.
– Sônia Sobreira/RJ –
Folhas de outono, enfeitam meus cabelos,
como o orvalho também enfeita as flores,
que ao vento revoam sem atropelos
e se entrelaçam de inauditas cores.
Folhas de outono, lembram meus desvelos,
sonhos perdidos, ilusões de amores
que não consigo jamais esquecê-los
nas rimas tristes dos meus dissabores.
Mas quando caem as folhas de outono,
esqueço a solidão de um abandono
e deixo minha torre de marfim.
Alegre, finjo que já não sou triste,
mesmo sabendo que essa dor existe,
a solidão já não doi tanto em mim.
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