quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

NOITE DE EMOÇÃO E SUCESSO: LANÇAMENTO DE LIVRO EM MOSSORÓ/RN



09 de janeiro de 2014
AFLAM, Biblioteca Municipal e Fundação Vingt-Un Rosado
Local – biblioteca municipal
Profa Dra  Taniamá Vieira da Silva Barreto 
Boa noite!
Digníssimas autoridades: reconheçam-se todas nominadas e agraciadas; pois me sinto por demais honradas em tê-las neste momento histórico da minha vida.
Senhoras e Senhores: Numa legítima pretensão, não de homogenizar, mas de perceber o homem holístico, independente da sua posição na escala hierárquica da estrutura social, quero cumprimentar todos e todas de forma carinhosa e com os meus especiais agradecimentos, pela sua presença e seu compromisso com a cultura.
Parafraseando o provérbio chinês sobre a persistência : A gota d’água, paciente e repetitiva, bate, pinga, cai e, na persistência, vence o mais forte.
É, companheiros e companheiras! Frente a repetição do frágil, o mais forte torna-se fraco.
Refiro-me ao frágil da ideia preliminar do Projeto que deu origem a estes dois livros.
E é justamente na fraqueza, mas, na plenitude da fortaleza que esse momento representa para mim, a transformação da frágil semente das ideias temáticas, na consistente fortaleza dos argumentos construídos em torno e sobre as teses, as antíteses e as sínteses aqui apresentadas e socializadas.
Sim, meus amigos, nestes livros estão as sínteses das significações e ressignificações de três frágeis; mas fortes ideias.
Ideias que assumi o desafio de transformá-las, coletivamente, com Ivanilza Nascimento, Marta Noberto e Socorro Gurgel, em um criativo e ousado projeto de produção e sistematização do conhecimento da área das Ciências da Religião.
Foram horas, dias e meses a fio na incansável e difícil missão de construir, a partir da frieza do conhecimento científico e metodológico, a face sensível da espiritualidade sagrada e do imaginário da leitura de temas do Ensino Religioso a saga de uma legendária Pedagogia que desafia e é desafiada a romper as barreiras da disciplina para alcançar a multidisciplinaridade e a transdisciplinaridade da vida, do amor, da natureza e do ser em seu significado mais amplo, que é a Sagrada Pedagogia de Jesus.
Eis, meus amigos, o motivo da mistura de emoções que me invade neste momento, pela certeza do dever cumprido!
O tamanho da minha emoção parece ser em MAIOR proporção do que aquela que senti em 1982 quando publicava o meu primeiro livro de poesias: Contemplando os Céus.
 A emoção é mais intensa porque o nível de consciência é maior, por vários motivos:
Primeiro, por saber que é na minha família, por ela e para ela que a produção do conhecimento que produzo acontece.
O Segundo motivo, porque tenho na Academia Feminina de Letras e Artes (AFLAM) o compromisso com a minha imortalidade;
E o Terceiro, porque a ação coletiva desenvolvida durante a produção deste conhecimento ultrapassa o compromisso científico e técnico de uma orientadora com suas alunas, pois ela está comprometida com a fidedignidade da nossa cultura, da nossa prática religiosa e da nossa condição de sermos integrantes de um grupo de leitores sociais, com os pés fincados em um município, o de Mossoró, mas com o olhar na amplidão da dinâmica que é este nosso Estado, nosso País e o Mundo em que vivemos.
 Quando afirmo que estes livros são fruto de uma ação coletiva não é só porque foi escrito por quatro pessoas; mas sim, por eles significarem o resultado de um processo de trabalho especificamente ímpar.
Ao receber na minha casa estas 03 professoras solicitando a minha orientação para as dissertações do seu curso de mestrado, de pronto percebi o curto tempo para realizarmos as pesquisas e a fragilidade metodológica da grade curricular do citado curso, provocando nelas também esta característica.
Eis o grande desafio assumido: montamos um cronograma não só de orientação, mas de trabalho coletivo e de divisão de tarefas, em que orientandas e orientadora tinham os mesmos compromissos de produção de textos, por assuntos.
Nesse cronograma tinha as seguintes especificidades:
a)           Momentos de orientação coletiva orientadora e todas as orientandas, quando tratávamos de assuntos formativos sobre: metodologia, teologia, filosofia e redação e estilo na produção científica, bem como a avaliação dos trabalhos como um todo;
b)           Momentos de Produção independente em que cada uma, considerando suas habilidades, potencialidades e possiblidades produziam determinados textos temáticos que seriam discutidos e revisados com a orientadora, no caso a minha pessoa. Impõe esclarecer que os capítulos das metodologias, das Introduções, da tabulação e representação dos resultados da pesquisa empírica e da bibliografia ficaram sob minha competência;
c)            Momentos de orientações individuais em que orientadora / orientanda analisavam o que havia sido produzido e ressignificavam os conteúdos temáticos, inclusive, com a revisão linguística.
Eis o real sentido da partilha na produção do conhecimento e a efetividade do processo de trabalho, que agudizam a minha emoção por termos conseguido construir um conhecimento de tão magnitude, vez que todos os temas foram recomendados para publicação.
Desta minha experiência 03 outros livros estão em fase de construção e ressignificação, que serão lançados até o final de 2014.
Enfim, quero dizer que Pensar, Refletir e Escrever sobre a Teologia, a Pedagogia, o Ensino Religioso e o Sagrado de forma coletiva exigem uma aguçada sensibilidade e um imaginário que deem voo à criatividade sensível sobre o Transcendente. Significa ser cristão sensível e aberto ao pensamento do outro com respeito, sabendo colocar na letra a subjetividade da realidade, que se alicerça no vazio da ideia e na materialidade do significado da vida, da ciência, da cultura e da arte.
Então, obrigada minhas crianças grandes (Ivanilza, Marta e Socorro) por me proporcionarem tão preciosos momentos;
Obrigada ex-alunos e amigos por terem direta ou indiretamente, contribuído para o meu crescimento de ser e estar aqui.
Obrigada meus familiares que têm sido exemplo de oração e partilha, vivendo comigo a ação missionária, no terço e no ofício de Nossa Senhora a coluna de sustentação para sermos família e igreja doméstica.
Obrigada a você que me fez refletir e aprender a filtrar o que é significativo para o meu crescimento e a minha sintonia com Deus. Aliás, está escrito em Eclesiastes, capítulo 7, versículo 5: "Melhor é ouvir a repreensão do sábio do que ouvir a canção do insensato" ; pois, a repreensão do sábio nos faz crescer e entender o significado da vida.
Que a Pedagogia de Jesus nos faça entender o Sagrado nas nossas vidas, como caminho para assumirmos nosso projeto de responsabilidade social cristã!
Obrigada!




DISCURSO PROFERIDO EM 09/09/2014, NO LANÇAMENTO DO LIVRO
Ivanilza Silva do Nascimento


EXCELENTÍSSIMOS, AMIGOS E PARENTES, BOA NOITE
Há 26 anos como professora de Educação Infantil, jamais imaginei viver um momento como esse.
Sinto-me honrada em estar publicando meu primeiro livro. Chegar até aqui, não foi fácil nem simples, foram muitos obstáculos e renúncias.
Com a motivação de minha orientadora, Profa Dra Taniamá Vieira da Silva Barreto, mergulhei nos livros, tendo a ousadia de pesquisar no livro sagrado. Livro tão complexo e ao mesmo tempo tão simples. Complexo porque uma pesquisa dessa natureza torna-se infinita. Simples porque a medida que invocava o Espírito Santo, Jesus mostrava o caminho que eu tinha que percorrer para chegar até aqui.
E é nessa relação com Deus que realizo todos os projetos de minha vida, que são simples, porém significativo.
Sou professora, esposa, mãe, amiga e uma cidadã comprometida com a vida.
Por isso sou feliz. Tenho o melhor esposo, a melhor família, e os melhores amigos.
Dizem que os verdadeiros amigos são aqueles que estão presentes nas horas difíceis. Mas acredito que são também aqueles que se alegram com a sua vitória. Percebi essa alegria no olhar dos meus amigos ao entregar o convite.
E agradeço a Deus por nos proporcionar um encontro como esse. Havia amigos que não via há anos, mas eles estão aqui. Outros até viajavam de ferias, mas também estão aqui para celebrar esse momento comigo.
Obrigada amigos pela sua fidelidade.
Obrigada Senhor! E obrigada a todos






DISCURSO PROFERIDO QUANDO DO LANÇAMENTO DE LIVROS
09 de janeiro de 2014
AFLAM, Biblioteca Municipal e Fundação Vingt-Un Rosado
Local – biblioteca municipal
Apresentação das autoras e das obras:
1)           A LEITURA E O ENSINO RELIGIOSO: DIALOGANDO COM A PEDAGOGIA DE JESUS - Profa. Msc. Ivanilza Silva do Nascimento, Profa. Msc. Marta Noberto de Souza Aquino de Medeiros e Profa. Dra. Taniamá Vieira da Silva Barreto
2)           POESIA E BÍBLIA: INFLUENCIA DO SAGRADO NA POESIA DE ANTONIO FRANCISCO – Profa. Msc. Maria do Socorro de Albuquerque Gurgel e Dra Taniamá Vieira da Silva Barreto.
Acadêmica Joana D´Arc Fernandes Coelho
                                      

Meus cumprimentos a mesa diretiva já nominada
Sras. e Srs.
Para gáudio meu, sinto-me gratificada por ter sido convidada pela acadêmica da AFLAM Dra. Taniamá Vieira da Silva Barreto, para apresentar um grupo de mulheres escritoras e suas obras que concretiza a transformação da mulher na sociedade hodierna, pela emancipação feminina, fortalecida pela silenciosa revolução das mentalidades, que teve seu começo, nos fins do século xix atingindo o seu ápice em todo o século XX.
No decorrer deste século se intensifica uma gigantesca transformação das mentalidades nas mais diferentes atividades humanas. e uma das maiores responsáveis por essa gigantesca revolução foram os movimentos das mulheres que no passar dos tempos descobrem, cada vez mais, o seu potencial diversificado, abrindo campo em muitas áreas da existência humana.
A revolução da mulher já remonta de muitas eras, sendo considerada uma das maiores já assistida por este país, e de resto, pelo mundo.
A mulher se destaca em todo o processo histórico como uma das excelentes máquinas de produção com selo de qualidade e fidelidade feminina, tanto no campo profissional, no campo da beleza e da sensualidade natural.
Associando às ideias de religiosidade, do sagrado e da poesia, sabemos que na história do mundo, a figura de Jesus cristo se destaca como o maior defensor das mulheres em todos os tempos. O mestre dos mestres correu dramáticos riscos por elas, quando teve a coragem de fazer das prostitutas, seres humanos da mais alta dignidade.
Nas obras a serem apresentadas o enfoque à pedagogia de jesus está pautada no evangelho segundo Lucas relacionada à leitura do ensino formal; enquanto que a excelência do sagrado está relacionado com a prosa e o verso – decantado na beleza poética.
As escritoras mestras pela Universidad Evangélica Del Paraguay - Ivanilza Silva do Nascimento, Marta Noberto de Sousa Aquino de Medeiros e Maria do Socorro Albuquerque Gurgel alicerçaram as suas trajetórias de vida social, política e cultural, através da busca pelo conhecimento da práxis, à base dos mais diversos ensinamentos na área da ciência da educação formal.
As escritoras Ivanilza e Marta Noberto inspiradas pelo conhecimento das ciências teológicas buscaram interpretar a Pedagogia de Jesus – o professor peregrino – tendo como base as parábolas do evangelista Lucas, procurando saber qual a contribuição do ensino religioso para a formação teológica do professor da Educação Infantil em função da formação humana, religiosa e social da criança.
A escritora Maria do Socorro Albuquerque Gurgel nos seus escritos faz a construção de um conteúdo que consta de uma relação onde se associam duas orações:
- Uma inspirada pelo imaginário que enleva o sacro/transcendental contido na excelência do conteúdo bíblico
- E, a outra, originada pelo vôo transcendente da subjetividade do sentimento humano.
Essas duas orações expressam a aproximação do etéreo/sagrado com a vida material dos homens manifestada pela construção de pensamentos de sensibilidade espiritualista, que se enleva pela suscetibilidade da mística, e pela prática experienciada de uma pessoa dotada de grande inspiração sensível de um poeta – o poeta Antonio Francisco.
Faço por último, a minha  reverência à acadêmica da aflam professora Dra Taniamá Vieira da Silva Barreto mulher aguerrida às causas que assume e que dedicou maior parte de sua vida à instrumentalidade do Ensino Acadêmico, contribuindo para a formação de um grande número de profissionais das mais diversas áreas do conhecimento científico.
E, tenho a certeza de conhecendo como a conheço, eu sei que muito contribuiu para a inspiração, construção e finalização das ideias das obras das citadas mestras, não só como orientadora de competência profissional e metodóloga, mas também, como profunda conhecedora das ciências sociais e teológicas.
Muito obrigada






terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O ARTIGO DE LÚCIA HELENA PEREIRA - NATAL/RN



 Eu tinha cerca de três anos, quando iniciei, por exigência de mamãe, aulas de alfabetização com Valdinha (Valdecir Vilar de Queiroz Soares). Que doce e suave presença humana em minha vida! Sua casa cheirava a flores. De longe sentíamos os aromas do seu jardim -um verdadeiro éden- espargindo dos cravos, dálias, jasmins, rosas, bogaris, jasmim-vapor, resedás, margaridas e outros espécimes vegetais que me enchiam de encantamento. Na casa branca havia um terraço adornado com um conjunto de cadeiras de ferro e o balanço; jarros com beijos de várias cores; a cisterna (provocando-me uma sensação indizível) cortejada pela poética sombra de um caramanchão, cuja trepadeira exibia em seus galhos, pequeninas e mimosas rosas. Relembro as árvores do quintal: os pés de carambolas, laranjas da terra, pitangas, maracujás (imiscuindo-se nesse reino e acasalando-se com a exuberante trepadeira). Ouço, como se fosse hoje, a cantiga das cigarras envaidecidas seduzindo aquele cenário! Ao sair da aula, diariamente, lá estavam as minhas companheiras dos meus dias de infância: Chiquinha e Bibiliu (filhas de Inês, a ama-de-leite das crianças da nossa família). Suadas e esbaforidas, com os cabelos arrepiados, logo anunciavam (pareciam anjos com suas trombetas): “Luça, tu nim sabe qui vimo um sapo seco e isturricado. Tava virado de papo pra riba, pertim da arvre da isquina do berro (a esquina da minha casa, onde um carneirinho apartado da cabra, berrava com dilacerante mágoa). O danado do sapo tá é dando siná de coisa rim, vombora logo interrá o bicho nojento, mode num pegá rindade im nós...” Elas deveriam ter cinco e seis anos (pareciam gêmeas). Eram alegres, criativas, sempre satisfeitas, irradiando felicidade (de onde viria a felicidade dessas humildes criaturas, que amanheciam e anoiteciam em nossa casa?). Astuciosas (longe dos olhos de mamãe e de Babá), certa vez apareceram com massa crua de pão e fomos para o quintal da casa. Lá, elas fizeram bonecos e bichinhos, utilizando caroços de frutas para fazerem os olhos. Estavam “com a mão na massa” quando surgiu o dono da padaria (“c´as venta inguá os bueiros do ingenho baforando fumaça”)- segundo Bililiu. “São essas duas espevitadas, senhor Abel e dona Áurea, mal tive tempo de impedir que me levassem boa porção de massa, logo deram no pé. São umas pestes, não deviam deixá-las com a filha de vocês...” (desabafou irritado). E papai, com a sua peculiar bondade, lhe disse: “Ora meu caro, são apenas crianças, pagarei os prejuízos...” Infelismente mamãe proibiu - me de brincar com as meninas durante uns dias, restringindo-me ao lazer com a mana Iara e algumas primas. Depois, pedi - lhe, encarecidamente, que mandasse buscar minhas amiguinhas. No dia seguinte, ao sair da aula, as minhas tristezas foram recompensadas com a chegada barulhenta das diletas companheiras, que, alheias às humilhações sofridas anteriormente, traziam uma euforia contagiante: “Si Luça subesse, conto a gente brincô! Cumemo bolo de fubá na casa de dona Rosinha, a moça véia da Ingreja, que deu retaios mode nóis fazê vistidim pras bunecas. Fizemo de chita, de fustam, de bolinha e preguemos inté butão de ôro. Fumo vê armá o circo qui tinha girafa, lião, trigue, macaco e vimo os povo si pindurando n´aquelas corda cum tárbuas in tempo de cairim” (eram os trapezistas Mascotinha e Mascarenhas ensaiando para se apresentarem no circo). Impregnada das emoções daquelas novidades, essas “cenas” me pereceriam, hoje, ilustrações de um livro, do escritor Louis Carrol, deixando-me penetrar, a cada instante, no reino encantado das maravilhas de alguma Alice. Eu tinha esse mundo em minha cabeça e em meu coração. Vivia-o com intensidade, sempre distante dos rigores de minha sábia mãe e dos olhares de Babá (Regina Dias). Num desses dias de chuva forte (o vale ficava carregado de nuvens choronas), elas chegaram como presenças ensoloradas, sorrindo, pinotando, cantarolando e alegrando o ambiente. Traziam, com orgulho ímpar, um cachinho de flores “fisgado” dos jardins espalhados pelos caminhos. Bililiu, bem mais falante, fez uma leve vênia e disse: “Florinha mode Luça infeitá seu artá” (um oratório que mamãe colocara em meu quarto e de Iara, onde a imagem de Nossa Senhora da Conceição se destacava). Depois, da mochila de pano que sempre traziam com elas, foram tirando papel prateado (que revestia as carteiras de cigarros). Esses papelotes eram colados uns nos outros (cola artesanal, feita em casa). Ao secarem, davam um acabamento nas bordas brancas, com anilina de cores variadas (da caixa de trabalho de mamãe) e estavam prontos os colares. Dias depois, quando as chuvas saíam de férias, ficávamos no calçadão da minha casa, sentadas em tamboretes da cozinha para vendermos os colares. Elas imploravam: “Compre um colá que é do Rio de Janeiro; esse roxim e esse azuzim custa um tustão, o de prata é doistões. Cheque, se avexe, compre ó meno um...” No final da tarde, os colares estavam amassados e desbotados e o humilde comércio, logo falido! Eram brincadeiras inocentes, sem nenhuma malícia. Falando nisso, um dia fomos à casa de dona Amélia Barroca, perto da linha do trem, do outro lado da nossa rua. Dona Amélia vendia as mangas rosas mais belas e perfumadas, enfurnadas num baú de madeira, com folhas de bananeiras. Logo na entrada viam-se vários pés de malícia que Chiquinha e Bililiu cantavam: “Sai malícia, teu nome é priguiça, vai drumi n´outo pasto qui aqui ocê num tem vez!” E dona Amélia abria um sorriso largo e nos abraçava dizendo palavras carinhosas e presenteando-nos suas lindas mangas. Que terna lembrança dessa boa senhora! Creio que Chiquinha e Bililiu continuam brincando, em algum lugar, trepadas em mangueiras, goiabeiras, assobiando como os passarinhos, olhando os circos e fazendo figurinhas com massa crua de pão. Onde estarão? Como reencontrar esses “mitos” da infância? Essas vozes que ouço em meus momentos de contemplação e de poesia? “Arre, Luça, tás pirigando pegá catapora de nóis. Ramo vê cumo vai ficá se coçando, cum a cabeça duendo e os óios pegando fogo cumo brasa. Mai tem que ficá na cama e tumá bain cum fôia de sarsa isquentada, mode muxá as boinhas (bolhinhas)...” (Bililiu) “Eu num digo nadim e só vô alertá uma veiz, pra num dizerim qui sô rim: o tá de Zeca qui mora pertim do cimitero anda vendo arma de tudo que é gente. Ele viu arma inté do finado Suares qui morreu im Sum Paulo. E cumo é qui uma aima doutro canto vem isbarrar pur essas banda? Vumboro usá figa mode afastá essas arma. Tô inté tremendo cumo vara verde e num duvidio qui esse cundenado vem pegá in n´eu hoje de noite!” (Chiquinha). Essas palavras ressoam em meus ouvidos, até hoje, como sinfonias diletas. 
 
veja mais em: www.versoediverso.blogspot.com

MOVIMENTO POETAS DEL MUNDO - ENCONTRO EM CUBA


     


3er Encuentro de Poetas del Mundo en Cuba Del 30 de abril al 9 de mayo de 2014

CUBA: El mes de mayo del 2012 sirvió de plataforma base para que se realizara en Cuba el 1er Encuentro de Poetas del Mundo en Cuba “La Isla en versos” y por su éxito, no sólo en las Romerías de Mayo, sino en las ciudades de Santiago y La Habana, nuestro país abrirá su mar y acogerá su 3ra. edición. Entre el 30 de abril y el 9 de mayo 2014 se desarrollarán lecturas poéticas, presentaciones de ponencias, encuentros con editoriales y visitas a sitios de interés histórico-cultural. El evento es convocado desde la Casa de Iberoamérica, institución que promueve el intercambio académico, artístico y cultural durante todo el año, como parte de sus acciones dentro de las Romerías de Mayo, Festival Mundial de Juventudes Artísticas que en 2014 arribará su XXI edición. Con la peculiaridad de compartir con los artistas de todas partes del mundo que allí se darán cita, la travesía iniciará por La Habana continuando por la ciudad de Cienfuegos para continuar por la nororiental provincia de Holguín, la caravana poética seguirá su trayecto por Ciégo de Ávila y, por último, la Habana en un recorrido por toda la isla y estancia en importantes ciudades poéticas del país; este quedará plasmado en las Memorias del encuentro, volumen a editar por los sellos La Luz Apostrophes Ediciones. Contará con el coauspicio de la Asociación Hermanos Saíz y la Unión Nacional de Escritores y Artistas de Cuba, organizaciones que agrupan la vanguardia artística del país. La ínsula y sus circunstancias ha sido motivo de inspiración de músicos, escritores, creadores en su más amplia acepción a lo largo del tiempo. Sírvale este cónclave poético para ubicarla una vez más, como musa capaz de tender grandes puentes de amistad, solidaridad y amor a través de la palabra.
RESERVAR:
El poeta,  (o el acompañante) debe pagar una reservación, sin ese pago no podemos considerar al poeta inscrito. Este pago de u$ 200  será descontado del valor total. El saldo, dependiendo del tipo de habitación que elija, debe pagarse a la llegada a La Habana Cuba.  apostrophes.cl/?p=354#more-354
VALOR:
En habitación Doble: U$D 998
En habitación Simple: U$D 1098


Contactos:
Luis Arias Manzo - Fundador Secretario General PPdM
  
Kiuder Yero Torres - Secretario Nacional PPdM-Cuba
kiudery@gmail.com                poetasdelmundocuba@gmail.com

 Msc. Yuricel Moreno Zaldivar (Casa de Iberoamérica – Holguín-Cuba)

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A VOZ POÉTICA DE EDUARDO GOSSON - NATAL/RN


FRIDA

Tua infância sofrida
Acidentada em que foste.
O afeto paterno
Curou-te

No México
De Zapata
Tuas telas multicoloridas
Explodem   em
Rivera

Salvação e perdição




(Eduardo Gosson, 09.01.2014)