sábado, 9 de maio de 2015

TRIBUTO A MINHA MÃE - NENZINHA MACEDO IN MEMORIAN



Quisera eu meu Deus
Que ela estivesse aqui comigo.
Mas ela não está mais,
Não esta mais fisicamente
Mas no meu coração
Permanece fielmente.
Quisera meu meu Deus
Amanha ir abraça-la
Como sempre fiz
Nos noventa anos que aqui viveu.
Graças ao meu bom Deus eu dou
Por que tive o privilégio de com ela
Ter vivido  por cinquenta e três anos.
Graças a Deus eu dou por que
Tudo que sou aprendi com ela
Dela herdei a profissão
A exata vivencia da alfabetização
Dela eu sigo o exemplo
De companheira, ética e guerreira
Dela eu nunca me esqueci
Vivo por que ela me colocou aqui
Neste mundo, nesta terra
Neste lugar, nesta vida
Não esta mais aqui ...
Mas eu nunca me esqueço de ti
Mamãe!

domingo, 3 de maio de 2015

ELEITA NOVA DIRETORIA DA SOCIEDADE DOS POETAS VIVOS E AFINS/SPVA - RN

    Foto de Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN.
    Foto de Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN.O processo eletivo da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte - SPVA/RN, aconteceu no dia 30 de abril de 2015, das 17 às 19 horas, na Livraria Nobel, da Av. Salgado Filho, Natal/RN. A Chapa 1 era única, mas grande parte dos associados à entidade fizeram questão de comparecer e votar, demonstrando apoio ao grupo que se candidatou ao desafio de compor o novo corpo diretivo da entidade.
    Às 19 horas, final da votação, ficou definido o novo corpo diretivo da SPVA/RN, formado por: Ozany Gomes (Presidente), Aluísio Azevedo Júnior (Vice-Presidente), Sandemberg Oliveira (1º Secretário), Jardia Maia (2ª Secretária), Chico Canindé (1º Tesoureiro), Erilva Leite (2ª Tesoureira), Gessyka Santos (Diretora de Eventos), José de Castro (Conselheiro Fiscal), Thiago Gonzaga (Conselheiro Fiscal) e Josivan Alves (Conselheiro Fiscal).
    Muitos associados chegaram após o tempo previsto para votação e ficaram sem poder votar, mas participaram do momento solidário aos candidatos eleitos para dirigirem, no biênio 2015/2017, a SPVA/RN.
    A SPVA/RN agradece a presença de todos que demonstraram, através da participação, que esse momento democrático é de grande importância, assim como a união e o comprometimento com a literatura e a cultura em harmonia com a poesia.
    Que seja eterno o florescer da poesia na cultura!
    Vida longa e próspera à SPVA/RN!

sexta-feira, 1 de maio de 2015

EPICURISTAS E CICLOTÍMICOS


Artigo de:

Tomislav R. Femenick 
Mestre em Economia, 
com extensão em Sociologia








Assistindo a televisão, ouvindo o rádio ou lendo os jornais e revistas, as notícias dos tempos atuais nos deixam com a sensação de que estamos vivendo uma era de incertezas absolutas. O que sai dos noticiários é um mundo errático e ciclotímico, isso é, com predisposição para a vagabundagem moral e para alternâncias de comportamento. Se pensarmos bem, já faz algum tempo que essa maneira de encarar a vida vem se insinuando no dia-a-dia da sociedade humana.
Segundo algumas teorias da antropologia social, a origem da civilização estaria, em grande parte, na contenção dos impulsos primitivos do ser humano. A evolução dos indivíduos teria ocorrido quando as pessoas deixaram de fazer uso dos seus impulsos instintivos, cedendo às regras de conduta que a sociedade espera dos indivíduos. Esse conceito nada mais é do que a interpolação do pensamento freudiano sobre as três instâncias do aparelho psíquico: o “id”, a área dos impulsos instintivos da personalidade e reservatório inicial da energia psíquica; o “ego”, dividido em duas camadas, uma interna, influenciada pelos impulsos instintivos, e outra externa, que age no plano consciente; e, finalmente o “superego”, que atua como mecanismo inibitório sobre o ego. Agindo concomitantemente, ao mesmo tempo, o id, o ego e o superego gerenciariam as situações de conflito do comportamento humano, submetendo o comportamento individual às regras determinadas pela razão coletiva.
Somente recorrendo a esses conceitos é que se percebe o movimento regressivo do processo civilizatório. Quando as pessoas abandonam o comportamento ditado pelas instâncias do aparelho psíquico, o que passa a existir é, simplesmente, a predominância dos instintos primitivos, uma desadaptação permanente que se traduz por uma agitação perturbadora de atitudes contrárias às normas da sociedade, uma impulsão do indivíduo em desequilíbrio com o ambiente em que vive. Quando isso acontece é porque a razão lógica individual é impotente para opor freios que conduzam à conduta esperada pelo grupo. O resultado é uma desadaptação permanente, que se traduz em agressividades gratuitas.
Quando os governantes apregoam, despreocupadamente, suas estripulias políticas, traições maritais e identificam seus amantes; quando famosos têm comportamento erráticos e escandalosos ou mesmo quando saem do armário para proclamar suas preferências sexuais, nada mais estão fazendo do que sobrepor seus instintos ao padrão social. Nada contra que tenham seus amantes, suas preferências sexuais não ortodoxas e que tomem seus porres de vez em quando. Isso é problema de fórum íntimo. Mas não há porque transformá-los em assunto público. Há quem diga que guardá-los seria hipocrisia, simulação, falsear a realidade. O problema não é negar o que se faz; o problema é tratar o que se faz na privacidade como se fosse um assunto de interesse público. Chamar a atenção para as originalidades individuais, em nome de qualquer outra coisa de não seja “busca de vitrine” para aparecer, é que é hipocrisia em dose cavalar.
Durante os anos vitorianos (de 1837 a 1901 – período do reinado da rainha Vitória, e quando a Inglaterra era a rainha do planeta), o mundo se comportava como se todos fossem epicuristas abstêmios; dados aos deleites do amor, da mesa e outros mais, porém abstém de desfrutá-los, cerceados que eram pela moral reinante. Agora parece que tudo é permitido.
Os exemplos mais notórios dessa onda de involução são esses chamados reality shows que submetem pessoas do povo, que estão em busca de notoriedade e dinheiro, a situações vexatórias, quando não ridículas e humilhantes. E isso acontece no mundo todo, não somente aqui no Brasil. O próprio modelo desses programas é importado. Hoje, parece até que vivemos em uma sociedade ciclotímica e errática; que alterna críticas e aplausos aos comportamentos extravagantes e excêntricos.

fonte: por e-mail

quarta-feira, 29 de abril de 2015

INTERROGAÇÃO E REFLEXÃO: O SEGREDO DA EFICIÊNCIA

transcrevo na íntegra
Durante muito tempo acreditou-se na aula expositiva. Pensava-se que o discurso docente, repleto de conteúdos que deveriam ser memorizados, era a forma mais adequada e eficiente para que as pessoas aprendessem. Impossível negar que essa concepção de ensino tivesse alguns méritos, pois era tempo em que se confundiam erudição com sabedoria, citações retidas na lembrança como prova irrefutável de eficiência. Como era essa uma fórmula universal do que se acreditava ser aprendizagem, a avaliação das pessoas pautava-se pela busca de quem mais claramente possuísse e demonstrasse esses requisitos.
Hoje já não se pensa mais assim. O conhecimento mais amplo sobre como a mente humana funciona e experimentos laboratoriais sobre aprendizagem realizados em diferentes países por entidades científicas diferentes desvendaram o verdadeiro segredo da eficiência humana, os fundamentos racionais do que deve abrigar uma verdadeira aprendizagem para transformar o indivíduo, abrindo portas à sua sabedoria e eficiência. Sai do cenário educacional a exposição repetitiva e a memorização automática. Vive-se, sobretudo em países mais avançados educacionalmente, a certeza de que a chave da inteligência e o segredo universal da competência residem na interrogação desafiadora e na reflexão compartilhada. 
O educador que desafia e propõe problemas desequilibra conceitos tidos como prematuramente certos e propõe hipóteses insinuantes e, sobretudo, complementa as descobertas com a reflexão compartilhada pelo grupo. Ele não deixa que as mídias interativas informem para que os tolos memorizem, mas instiga as inteligências, vasculhando as memórias e levando as mentes de seus discípulos à aprendizagem verdadeira, isto é, à transformação de informações em conhecimentos e múltiplos desafios encadeados em sabedorias pragmáticas, incapazes de citações estáticas, mas ávidas em descobertas inusitadas que sustentam o presente e abrem serenas esperanças para o futuro. A interrogação desafiadora e as competências eficientes não representam apenas o alento inspirador de uma nova educação, mas a certeza de que o mundo pode, efetivamente, melhorar. Mas seguramente não é essa uma tarefa fácil: enquanto lá e aqui pontificam, como exceções, os poucos e ousados precursores desse novo amanhã, sobrevive uma colossal manada de búfalos correndo em disparada e pisoteando sementes em direção a lugar nenhum.

Artigo publicado na edição de fevereiro de 2015
fonte: Profissão mestre - recebi por e-mail

ESTUDO LEVANTA ASPECTOS SOCIOEMOCIONAIS DE PROFESSORES BRASILEIROS

Apesar de bem qualificados, professores revelam: muitas vezes não se sentem preparados para o dia a dia da sala de aula. Foi o que constatou um estudo inédito realizado pela Comunidade Internacional de Cooperação na Educação (MindGroup) com professores de 11 estados do Brasil, mais o Distrito Federal.
O professor passa muitos anos se preparando para a docência: 66% dos pesquisados têm especialização Lato-Sensu e 13% investe em mestrado e doutorado, mas o dia a dia da sala de aula vai muito além dos livros. A pesquisa revelou que 68% dos docentes demonstraram ter alguma dificuldade de vínculo com seus alunos: 1 em cada 3 professores percebem-se com um alto nível de dificuldade.
Não é à toa que a motivação desses professores está em baixa e o aumento da ansiedade surpreende até os mais experientes. O estudo apontou que cerca de 74% dos profissionais da rede pública mostraram traços de desmotivação e ansiedade, o que reflete diretamente na autoeficácia, ou seja, confiança em si mesmo, sendo que mais de 50% dos professores pesquisados revelaram um dado alarmante: eles admitem ter baixa autoconfiança.
Mas o que gera tudo isso? Qual é o impacto no dia a dia da sala de aula do professor e no processo de aprendizagem do aluno?
A construção de vínculo aluno-professor é o primeiro passo para uma relação de confiança e aprendizagem. Quando isso está comprometido, a chance de sucesso para ambos os lados diminui consideravelmente. “É como uma bola de neve”, afirma a Anita Abed, consultora da UNESCO, psicóloga, psicopedagoga, mestre em psicologia e uma das autoras do estudo. “O professor sofre pressões de cobrança das instituições, transferência de responsabilidades das famílias, escassas ferramentas de suporte e baixo investimento em programas de engajamento e formações mais práticas. Isso faz com que os educadores se sintam despreparados, desamparados e desmotivados, o que pode impactar na implementação de uma aula com maior nível de qualidade”, complementa Anita Abed.
Devido aos fatores socioemocionais sofridos pelos professores, a aula de qualidade passou a ser um desafio para grande parte deles: o estudo apontou que cerca de 40% dos docentes apresentam dificuldade de aplicar o conhecimento que têm, reflexo também gerado pela dificuldade de planejamento das aulas, principalmente na rede pública, onde 7 de cada 10 professores pesquisados relataram algum nível de dificuldade neste quesito fundamental para a prática docente.
Os dados são alarmantes, mas existe uma luz no fim do túnel. “Quando os professores passam por este tipo de autorreflexão e as lideranças das escolas tomam consciência de que precisam tratar o problema, ou seja, cuidar de quem cuida, nota-se um grande salto nos indicadores”, revela Sandra Garcia, pedagoga, mestre em psicologia e autora do livro Mediação da Aprendizagem “Os professores precisam de apoio para enfrentar o dia a dia da sala de aula e isso só funciona se for implementado um programa prático e orientado, para que ele possa assumir a autoria de sua docência. Percebemos que com isso, não apenas a prática do ensino melhora, mas também a relação com os alunos, seus familiares e consequentemente sua motivação e auto valorização”, complementa Sandra Garcia.
Outro aspecto fundamental para endereçar este problema está nas políticas públicas e investimentos em educação. O estudo demonstrou que municípios que investem neste tipo de abordagem apresentaram saltos de engajamento por parte dos professores, o que impactou diretamente na aprendizagem dos alunos em disciplinas como matemática, português e ciências.
Para Tadeu Ponte, um dos autores do estudo e estatístico responsável por diversas pesquisas na área educacional, “um estudo como este revela a composição do quadro educacional brasileiro e indica que é possível fazer melhorias se pensarmos e trabalharmos a longo prazo”.

Imagem: Shutterstock.
fonte: recebi por e-mail.

domingo, 26 de abril de 2015

ARTIGO



Para onde está indo o dinheiro do povo?
Tomislav R. Femenick – Professor e autor de livros de contabilidade, economia e administração


Quando aluno de economia aprendi que, em qualquer circunstância, os recursos são escassos; portanto há que se planejar o seu uso. Como aluno de administração, foi-me ensinado que o emprego dos recursos deve priorizar duas vertentes: atender o que é mais urgente e o que pode gerar mais resultados; pois todo resultado não obtido é perda financeira ou de objetivo. As aulas de contabilidade gerencial fecharam a compreensão do assunto: quando não planejado, qualquer investimento pode se tornar fonte de prejuízo.
No meu artigo anterior apontei dois investimentos públicos realizados sem o mínimo cuidado, sem a mínima preocupação de planejamento: a ponte Newton Navarro e o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Foi o bastante para que eu recebesse e-mails de vários leitores, com sugestões para temas de novos artigos enfocando desperdiço do dinheiro público.
Selecionei alguns dessas propostas, limitando-as às obras inacabadas. Calcula-se que no país existam cerca de 30 mil obras públicas inconclusas, abandonadas, que não estão servindo em nada para o povo; o pagador dos impostos que geram a renda do governo. Mas aqui vamos falar somente no que acontece no Rio Grande do Norte. E vamos começar pelo estado incompleto das vias de acesso ao aeroporto. Além dos transtornos causados aos passageiros, as obras incompletas transformaram o sistema viário de Macaíba e São Gonçalo do Amarante em um verdadeiro inferno para seus moradores, pois o transito de veículos pesados em vias urbanas tem causando custos adicionais para esses Municípios.
Em janeiro de 2010, o governo do Estado anunciou (e até exibiu uma maquete) aquilo que seria a Cidade da Ciência. A estrela maior do projeto seria um planetário adquirido em 2008, pelo valor de R$ 1,3 milhão. Dele também faria parte um Laboratório de Ciência Itinerante. Nada disso saiu do papel e o caro planetário “está acondicionado, sem uso, em depósito da 1ª Unidade Regional de Tributação, localizada na Avenida Capitão Mor Gouveia, em Natal”.
Em 2005 foi lançado com ampla divulgação o projeto Ecocentro-Centro de Documentação e Estudos Ambientais, que contaria com biblioteca especializada, sala de aula informatizada, salas de reunião, a sede do Conema, etc. Na segunda etapa seria implantado o Centro de Gestão Ambiental, abrigando as sedes da Semarh, Idema e Igarn, com um investimento de mais R$ 20 milhões. Tudo estava prevista para ser entregue em fevereiro de 2010 só foi inaugurado em dezembro de 2014, porém sem oferecer condições para instalação do Idema. O prédio foi entregue sem a estrutura elétrica, hidráulica e refeitório.
Construído no cruzamento das avenidas Jaguarari e Mor Gouveia, a Central de Comercialização da Agricultura Familiar custou R$ 1,4 milhão, foi  inaugurada em 2010 e nunca funcionou. Deveria beneficiar 200 famílias. Passados cinco anos, suas instalações estão danificadas ou foram saqueadas – cobertura, banheiros e cozinhas. No ano passado a Central foi ocupada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. No local há a construção de uma caixa d’água; a conclusão é que o prédio teria sido inaugurado sem estrutura hidráulica.
O Presépio de Natal foi inaugurado em dezembro de 2006 e custou R$ 1,7 milhão aos cofres públicos. É importante por três aspectos: primeiro porque poderia se transformar em um ponto de atração turística; segundo, por possuir um belo mural pintado por nosso maior artista plástico Dorian Gray Caldas, e por se tratar da primeira obra projetada por Oscar Niemeyer para a nossa capital. Porém o cenário é de completo abandono. O local foi transformado de abrigo para moradores de rua, já foi danificado por pichadores e acumula lixo por toda parte. Para funcionar necessita de mais recursos, algo em torno de R$ 2,0 milhão.
Outra grande obra abandonada é a do Hospital Terciário de Natal, na qual já foram gastou cerca de R$ 25 milhões. O hospital teria 150 leitos e atenderia doentes que necessitassem de tratamento de câncer. É intenção do atual governo do Estado reiniciar sua construção, aproveitando o que der.
Mas nem só grandes obras paradas causam prejuízos e danos à população. Exemplos são a estrada que liga a BR-101 à Pipa e as adutoras do Alto Oeste do Estado. A falta da primeira inibe o turismo, a falta das adutoras aumenta o problema de falta d’água das cidades daquela região. Em Massaranduba, uma quadra de esportes estaria abandonada, cheia de sujeira e com serviços de reforma (que já duraria três meses) pela metade. Em Poço de Pedra, as obras da creche estariam paradas e sem previsão de quando ficaram prontas.
A conclusão que se tira é tudo é feito sem planejamento. Se der certo, tudo bem. Se não, se paralisa a obra. Parece até que os nossos governantes governam para as manchetes, para as fotos de lançamento de empreendimentos e inauguração de obras inconclusas.
Quanto ao custo, ora... o povo paga.
Tribuna do Norte. Natal, 26 abr. 2015.

FONTE: recebi por e-mail.