segunda-feira, 20 de julho de 2015

ARTIGO



Preço de venda e estratégia empresarial
Tomislav R. Femenick – Autor de “Para aprender economia”.


As ciências são construções, são obras coletivas. Poucas são as iniciativas individuais. Um exemplo típico está nas ciências econômicas, quando se estuda as estruturas do mercado; mais especificamente do mercado com a presença de oligopólio; isso é, quando poucas empresas vendem um mesmo produto que não pode ser substituído por outros com o mesmo resultado para os consumidores. Quatro cientistas – dois franceses, um norte-americano e um alemão – em épocas e em lugares diferentes desenvolveram teses que se complementam, muito embora seus estudos tenham sido realizados de forma individual, sem que nenhum deles tenha recorrido aos estudos dos outros. Isso num período de tempo que vai do século XIX ao século XX.
Uma das ramificações da teoria da empresa – um dos setores da microeconomia – estuda as diversas estruturas de mercado da oferta, no que se refere ao número de agentes e a forma como eles agem; os diferentes níveis de concorrência, que vão da concorrência perfeita ao monopólio. Não menos importantes são as formas de mercado com oligopólio, que exige a integração das decisões estratégicas das empresas componentes, de tal forma que a alteração unilateral nas quantidades produzidas ou nos preços de venda de uma delas provoca igual reação das rivais. Essa ocorrência é objeto de estudo, de modelos explicativos do funcionamento de oligopólios e duopólios, entre os quais se encontra o Modelo de Bertrand (Paradoxo de Bertrand ou Competição de Bertrand), desenvolvido pelo economista francês Joseph Bertrand, em 1883.
Esse modelo é usado em ciências econômicas para evidenciar situações de concorrência imperfeita. Essa metodologia descreve as interações que existem entre empresas na definição de preços. Os pressupostos do Modelo de Bertrand são: a) deve haver pelo menos dois fornecedores; b) os produtos devem ser homogêneos (iguais); c) as empresas não fazem pactos de preço entre si; d) as empresas concorrem entre si, porém praticam paralelismo de preços.
            Usando esses fatores, o Modelo de Bertrand procura mostrar que a empresa que tem o menor custo de produção estabelece seu preço de venda acima desse valor e que as outras tendem a seguir esse valor, até o mínimo que seja suficiente para cobrir seus custos de produção.
Sigamos o exemplo típico. Duas empresas vendem uma mercadoria homogênea, cada uma delas tendo o mesmo custo de produção e distribuição. Se elas definirem o mesmo preço, as empresas iram compartilhar o mercado e lucros. Essa é uma situação em que nenhuma delas deve definir um preço mais elevado do que a outro, pois isso levaria todo o mercado para a sua rival. Por outro lado, se uma delas reduzir seu peço, mesmo um pouco, ganharia todo o mercado e teria lucros substancialmente maiores.
Uma vez que ambos sabem disso, a melhor estratégia somente poderá ser praticada pela empresa que tenho o menor custo de produção; ela pode reduzir seus custos até que o preço de venda da concorrente seja igual ao seu custo de produção. O Modelo Bertrand se complementa com as teorias Cournot, Nash e Stackelberg.
O modelo idealizado pelo também francês Antoine Augustin Cournot (conhecido por Competição de Cournot), complementa o Modelo Bertrand ao introduzir novos fatores: a) existência de impedimento para entrada de novas empresas no mercado; b) as empresas procuram maximizar o lucro, porém esse depende das decisões das concorrentes; c) as quantidades produzidas são estabelecidas entre as concorrentes. Nessas condições, o preço de mercado é fixado no nível em que a demanda se iguala à quantidade total produzida por todas as empresas.
            Por sua vez, o Modelo de Nash (ou Equilíbrio de Nash, base da teoria dos jogos), desenvolvido pelo norte-americano John Forbes Nash Jr. Prêmio Nobel de Economia, falecido em maio passado – estabelece que dois jogadores, A e B, estão em um equilíbrio de Nash se a estratégia adotada por A é a melhor resposta à estratégia adotada por B e a estratégia adotada por B é a estratégia ótima dada à adotada por A. Ou seja, nenhum dos jogadores pode aumentar seu ganho alterando, de forma unilateral, sua estratégia.
            Já o Modelo de do alemão Heinrich Freiherr Von Stackelberg estuda um sistema em que os concorrentes visam estabelecer quantidades de produção, cuja estratégia se fundamenta na antecipação que uma empresa pode fazer relativamente às rivais, criando assim uma situação de assimetria entre as empresas no mercado. O modelo de Stackelberg é uma concepção de gerenciamento do mercado, onde a empresa líder faz o primeiro movimento e a de menor potencial responde a essa ação.
           
Tribuna do Norte. Natal 19 jul. 2015.

sábado, 11 de julho de 2015

CONVITE



SARAUTERAPIA DO CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA         
CONVIDAM  PARA  SARAUS  IMPERDÍVEIS!!!
E  PROGRAMA   QUARTA   CULTURAL  - ANO 11
 SARAUTERAPIA: Terapia em forma de Sarau. 1ª e 3ª quarta feira.
LOCAL:  Conselho Regional de Odontologia/RN - Rua Cônego Leão Fernandes, 619.
 Petrópolis - Liga  a  Av.  Rodrigues  Alves  à  Rua Mossoró.
 PRÓXIMO:  15. 07. 15  -     quarta-feira Das 18 às 21 horas
Venha  curtir  conosco:  Convide  amigos  e  parentes!
TODOS SERÃO SEMPRE MUITO BEM-VINDOS!  INGRESSO: Um abraço!
Apresentação:  S P V A/RN  -  Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN.
Coordenação Geral:  S B D E -  Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores.
Transmissão ao vivo/Gravação: http://original.livestream.com/sarauterapia
Estão  todos  convidados  também  para  os  seguintes  Saraus http://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/b/b4/Logo_do_Parque_das_Dunas.jpg      PRÓXIMO:  11. 07. 15 - 2º Sábado – Das 15 às 18h
Mesa solidária: Quem quiser, pode levar algo para lanchar, à vontade!

Livraria  NOBEL PRÓXIMO 25. 07. 15 - Último sábado - 17 às 19 horas
LOCAL:  Av. Salgado Filho, defronte ao Hospital Walfredo Gurgel.

OBS.: Os Saraus que eram realizados na 2ª Terça Feira de cada mês na ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE ODONTOLOGIA, estão CANCELADOS, em razão da quase nenhuma participação.

BOAS INFORMAÇÕES  SOBRE  LITERATURA, CULTURA  &  ARTE:
Acessem: www  .vivicultura.blogspot.com   /  .espacodocordel.gmail.com (Acaci) 
.spvarn-culturageral.blogspot.com  /  .geraldaefigenia.blogspot.com / .franciscomartinsescritor.blogspot.com   /  .casadocordel.blogspot.com.br /
                      .janiasouzaspvarncultural.blogspot.com / .reviver2003.blogspot.com
.culturapauferrense.blogspot.com.br / Facebooks:  Ozany Gomes / Nobel Cultural.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

A VOZ POÉTICA DE ROBERTO PINHEIRO ACRUCHE - RIO DE JANEIRO/RJ

CRIATURA
Foto de Roberto Pinheiro Acruche. Tenho a força das águas
que cortam os vales,
rompem as barreiras
e vazam as pedras.


Tenho a têmpera do fogo
que queima,
que arde,
que o coração invade,
que transforma a madeira em carvão,
que é luz, é mistério,
que liquefaz os minérios.

Tenho a dureza da pedra,
do ferro,
do aço,
do diamante.

Tenho a conduta do vento...
Às vezes rápido,
às vezes lento,
ora delicado como a brisa,
ora violento, tal qual um furacão
tempestuoso, tal qual um tufão.

Tenho a fragilidade da vida,
o enigma da sorte,
a eternidade da morte.
Sou humano!

Roberto Pinheiro Acruche

sexta-feira, 26 de junho de 2015

SENADO FEDERAL: COMISSÃO APROVA PROJETO QUE AUTORIZA GOVERNO A FEDERALIZAR A EDUCAÇÃO BÁSICA


quinta-feira, 25 de junho de 2015

ARTIGO DE TOMISLAV R. FEMENICK



O fator preço e o faturamento da empresa
Tomislav R. Femenick – Contador e Mestre em Economia



Em tempos de crises iguais a esta por que passamos, uma das preocupações de nove entre dez executivos está ligada a importância da variável preço de vendas dos produtos da empresa e seu reflexo no faturamento total da organização.
Há vários fatores envolvidos nessa estratégia mercadológica, resultando em que o preço de venda seja determinado por uma série de vetores, entre os quais a estrutura de custos da própria empresa, decorrente dos seus custos fixos e variáveis. Se o faturamento ótimo depende de como a demanda reage a diferentes níveis de preços, esses componentes (custos fixos e variáveis) são determinantes na fixação dos preços e, consequentemente, do faturamento. Também importantes são os aspectos organizacionais, notadamente aqueles ligados à tomada de decisão de preços. Destaque-se que nas empresas cuja direção é altamente centralizada, os preços de venda geralmente fogem ao composto tecnológico, o que acaba por apresentar uma distorção mercadológica. 
Todavia, em um ambiente de retração do mercado consumidor, os compradores reagem de três formas aos preços praticados por uma dada organização. Primeiro cada consumidor tem uma percepção individual do fator valor. Em segundo lugar, o preço seria o valor percebido pelo comprador, em função dos benefícios que a mercadoria possa lhe dar. Depois, o conjunto de clientes (o mercado comprador) reagiria de maneira diferente a diferentes níveis de preço.
Nessas condições o aspecto concorrencial assume um papel determinante sobre o faturamento da empresa. Citando o professor Ricardo Fausti (2006), “o conhecimento da estrutura de custos do concorrente é fundamental para o estabelecimento do preço do produto, na medida em que o piso do preço do mercado é dado pela estrutura de custos dos concorrentes”.
Por último temos os fatores ambientais externos à empresa, tais como as ações governamentais (legislações ambientais, fixação de tributos, concessões de incentivos fiscais, majoração de alíquotas, custos dos juros e dos insumos com preços controlados), novas tecnologias e entrada de novas empresas no mesmo segmento de mercado.
Há situações que obrigam certas empresas a se comportar de forma a não considerar algumas desses fatores, principalmente aquelas organizações de menor porte. Essas empresas não têm condições concretas para se apresentar ao mercado considerando preferencialmente sua estrutura de custos, suas características organizacionais e seus clientes. Segundo Kotler (1980), sua política de preços baseia-se “no que seus concorrentes estão cobrando, sua política de preços pode ser descrita como orien­tada para a concorrência. Não é preciso cobrar o mesmo preço que a concorrência, embora isso seja um grande exemplo dessa política. A empresa que fixa os preços orientada para a concorrência poderá procurar manter seus preços mais baixos ou mais elevados que a concorrência, em certo percentual”.
Esses conceitos valem tanto para empresas que têm como compradores de seus produtos outras empresas; organizações fornecedoras de insumos para a indústria e o setor rural e produtos acabados para o comércio, bem como para aquelas que têm como clientes o consumidor final. Entretanto é no primeiro segmento (os fornecedores de insumos especialmente e com preços não controlados pelo governo) que essa realidade se faz mais presente e exige mais acuidades dos seus executivos. Qualquer passo em falso pode significar perdas irrecuperáveis de compradores – nada é mais instável que a fidelidade de um cliente que tem dinheiro na mão.
Conclui-se, portanto, que a variável preço tem importância determinante para a projeção de faturamento de uma empresa. Todavia há que se considerar em que circunstância concorrencial essa mesma empresa participa do mercado.
Tribuna do Norte. Natal, 21 jun. 2015.

fonte: recebi por e-mail.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO RN RECEBE CONSELHEIROS DA EMABIXADA ESPANHOLA E TRATA DE CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO.

republico na íntegra

O secretário Francisco das Chagas Fernandes tem reunião com o conselheiro de Educação da Embaixada da Espanha, Álvaro Martínez-Cachero Laseca, para tratar de parceria na oferta de curso de atualização para professores em Língua Espanhola. A reunião aconteceu na manhã da terça-feira (23), nas dependências do gabinete da Secretaria da Educação do RN, no Centro Administrativo do Governo do Estado, em Natal.

O curso tem é destinado a professores do Ensino Médio que lecionem a língua espanhola na rede estadual de ensino e tem o objetivo de melhorar a prática pedagógica. Tem duração de 40h/aulas (intensivo de 5 dias), com certificado emitido pela Embaixada da Espanha, que também fornece o material didático e os professores formadores.

O curso será totalmente gratuito com trabalhos de formação voltados para a Cultura dos países de Língua Espanhola, especialmente a Literatura, e para o aprendizado da Língua Espanhola pelos brasileiros.
Nas edições anteriores, nos anos de 2011 a 2013, foram atendidos 184 professores. Este ano o curso prevê turmas com inicio em setembro. Em breve, a Secretaria da Educação do RN divulgará as informações para a seleção dos professores.
Estiveram também presentes na reunião, o assessor técnico da Consejería de Educación da Embaixada da Espanha, Marcial Blanco, Rosângela Maria (subcoordenadora de Ensino Médio da SEEC.), e os técnicos Rômulo Augusto e Vera Reis (da subcoordenadoria de Ensino Médio da SEEC.).