segunda-feira, 15 de abril de 2013

A VOZ LITERARIA DO ESCRITOR CIRO JOSE TAVARES - BRASILIA/DF



RECOLLECTION
                


                                                  Ao Pedro Simões, in memoriam.

     “nenhuma geração impaciente pode apagar o teu vestígio
     E o canto que escuto nesta noite fugitiva
  Também foi ouvido por reis “e aldeãos.”.
            John Keats, in Ode a um Rouxinol.
           
            Mais uma vez, e não será a última,
          acendo candelabros para orientar
          teus regressos, renovados nas lembranças,
          diluídas nas sombras claras dos caminhos.
          Tuas notícias chegam pelos quasares de Hermes
          e contam dos folguedos alegres que divides
          com os sagrados avós que nos antecederam.
          Aqui, exilados nessa Patmos de saudades,
          olhares fixados nas estrelas
          buscam encontrar teu rosto no mistério do espaço,
     ou ouvir a tua voz de andarilho das constelações
     recitar poemas dessa nova dimensão,
     versos que viajem pelo tempo  como luz balsâmica,
     para cicatrizar nossas feridas e amortecer as dores.



Ciro Jose Tavares*
Advogado e Escritor Potiguar radicado em Brasilia e    com status de escritor nacional. 
  

Um comentário:

  1. Muito bom o poema. A epígrafe de John Keats abrilhantou o que já era bom!

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