RECOLLECTION
                                                  Ao Pedro Simões, in memoriam.
     “nenhuma geração impaciente pode apagar
o teu vestígio
     E o canto que escuto nesta noite
fugitiva
  Também foi ouvido por reis “e
aldeãos.”.
            John
Keats, in Ode a um Rouxinol.
            Mais uma vez, e não
será a última,
          acendo
candelabros para orientar
          teus regressos, renovados nas lembranças,
          diluídas
nas sombras claras dos caminhos.
          Tuas
notícias chegam pelos quasares de Hermes
          e contam
dos folguedos alegres que divides
          com os
sagrados avós que nos antecederam.
          Aqui,
exilados nessa Patmos de saudades,
          olhares
fixados nas estrelas
          buscam encontrar
teu rosto no mistério do espaço,
    
ou ouvir a tua voz de
andarilho das constelações
    
recitar poemas dessa nova
dimensão,
    
versos que viajem pelo tempo
 como luz balsâmica,
    
para cicatrizar nossas feridas
e amortecer as dores.
Ciro Jose Tavares*
Advogado e Escritor Potiguar radicado em Brasilia e    com status de escritor nacional.  
 

 
 
Muito bom o poema. A epígrafe de John Keats abrilhantou o que já era bom!
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