Minhas dores não permanecem
Antes se desfolham em mínimos
Filigramas de sentimentos
E seguem os passos do vento.
Minhas alegrias, papéis coloridos
a compor cada célula
cada partícula
do pó que habita em vida.
Minhas alegrias usufruem dos rios
e dos seus cantos se encantos
gozam no cio com as flores
amadurecem no leito das crianças
volteiam na renovação infindo do ser
metarmorfoseam-se e tornam-se borboletas
só para apoderarem da magia
que há na fragrância dos campos,
eterno sortilégio o mistério da vida.
Eu sigo sempre adiante
passos tropegos sob corda bamba
ora triste... ora feliz.
Nego-me a enxergar o frio obvio
para não ser sempre infeliz...
rendo-me à realidade que fala à lucidez do espírito
e apropria-se da beleza e consciência
do valor que há em permanecer
e ser apenas um vivo.
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Jânia Souza
Escritora, Artista Plástica,
Membro do Conselho Fiscal da SPVA, Poetasdel Mundo,
AJEB, UEB/RN
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