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Caros Poetas e Apreciadores da Literatura de Cordel,Convido-os a conhecer o blog Seridó Pintado com Palavras, que criei em março/09 com o intento de divulgar a cultura popular nordestina, em especial a literatura de cordel e a região do Seridó - porção sul do estado do Rio Grande do Norte.
http://www.seridopintadocompalavras.blogspot.com/
terça-feira, 27 de outubro de 2009
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Braço Desarmado
O que fazer com um ser livre que tem um vício que provoca imenso desconforto ou até mesmo risco, aos que o cercam? O que fazer se ele não aceita tratamento, nem o estado dispõe do aparato prescrito admitido para o caso? O que fazer se o legislador vive em um "faz de conta", habitando um mundo diverso do real, em um pais que não é o Brasil, e que cria uma legislação muito bonita, mas absolutamente inexequível e inaplicável? Sigo esta linha de raciocínio, caminhando através de indagações, para retornar a primeira pergunta, reformulando-a de uma forma mais objetiva: O que fazer com um drogado perigoso, que não aceita tratamento?
Penso que o “braço desarmado” é sempre a primeira opção para a solução de qualquer problema ou conflito. Mas a sua ação é limitada. Muitas vezes se faz necessário o uso do “braço inclemente”, a força sem complacência que reduz o irredutível.
O desabafo do pai e poeta que dizia ontem (26/10), no Jornal Nacional, que tinha sido preciso que o seu filho cometesse um crime bárbaro, uma tragédia anunciada, para que o estado desse o tratamento que ele precisa - a privação da convivência social – foi muito forte. Seria muito bom que a morte da menina não fosse em vão. Seria muito interessante que deixassem de hipocrisia: o Brasil ainda não dispõe da estrutura necessária a implementação eficiente da atual legislação. A discriminalização do uso de drogas está deixando a população entorpecida e a polícia impotente, sem capacidade de reação. Fazer o quê? Esperar o drogado cometer um crime trágico para esboçar reação?link da reportagem no site globo.com
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Braço Desarmado
Faço parte do braço desarmado
Que refuta a injusta ação legal
Tem no bem, no bom senso e na moral
Substância assaz pétrea, bem sagrado
Faço parte do braço obstinado
Legião da inquietude abissal
Que evita o decurso temporal
Adotando um compasso apressado
E apesar de agir sem violência
É fiel a resposta veemente
Mas se mesmo assim lhe faltar fluência
Então venha o braço inclemente
Com a arma letal, sem complacência
E o mal necessário, eficiente
(Pedro Augusto Fernandes de Medeiros)
fonte:transcrito do autor por e-mail para a spvarn
Caros Poetas e Apreciadores da Literatura de Cordel,Convido-os a conhecer o blog Seridó Pintado com Palavras, que criei em março/09 com o intento de divulgar a cultura popular nordestina, em especial a literatura de cordel e a região do Seridó - porção sul do estado do Rio Grande do Norte.
http://www.seridopintadocompalavras.blogspot.com/
terça-feira, 27 de outubro de 2009
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Braço Desarmado
O que fazer com um ser livre que tem um vício que provoca imenso desconforto ou até mesmo risco, aos que o cercam? O que fazer se ele não aceita tratamento, nem o estado dispõe do aparato prescrito admitido para o caso? O que fazer se o legislador vive em um "faz de conta", habitando um mundo diverso do real, em um pais que não é o Brasil, e que cria uma legislação muito bonita, mas absolutamente inexequível e inaplicável? Sigo esta linha de raciocínio, caminhando através de indagações, para retornar a primeira pergunta, reformulando-a de uma forma mais objetiva: O que fazer com um drogado perigoso, que não aceita tratamento?
Penso que o “braço desarmado” é sempre a primeira opção para a solução de qualquer problema ou conflito. Mas a sua ação é limitada. Muitas vezes se faz necessário o uso do “braço inclemente”, a força sem complacência que reduz o irredutível.
O desabafo do pai e poeta que dizia ontem (26/10), no Jornal Nacional, que tinha sido preciso que o seu filho cometesse um crime bárbaro, uma tragédia anunciada, para que o estado desse o tratamento que ele precisa - a privação da convivência social – foi muito forte. Seria muito bom que a morte da menina não fosse em vão. Seria muito interessante que deixassem de hipocrisia: o Brasil ainda não dispõe da estrutura necessária a implementação eficiente da atual legislação. A discriminalização do uso de drogas está deixando a população entorpecida e a polícia impotente, sem capacidade de reação. Fazer o quê? Esperar o drogado cometer um crime trágico para esboçar reação?link da reportagem no site globo.com
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Braço Desarmado
Faço parte do braço desarmado
Que refuta a injusta ação legal
Tem no bem, no bom senso e na moral
Substância assaz pétrea, bem sagrado
Faço parte do braço obstinado
Legião da inquietude abissal
Que evita o decurso temporal
Adotando um compasso apressado
E apesar de agir sem violência
É fiel a resposta veemente
Mas se mesmo assim lhe faltar fluência
Então venha o braço inclemente
Com a arma letal, sem complacência
E o mal necessário, eficiente
(Pedro Augusto Fernandes de Medeiros)
fonte:transcrito do autor por e-mail para a spvarn
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