Natal e Ano Novo são momentos de reflexão, em que voltamos os sentimentos para alegrias e reencontros com as pessoas mais próximas. Celebramos a amizade, o afeto e o amor entre nossos entes mais queridos, compartilhando o que de melhor podemos oferecer. É um período de magia em que somos envolvidos pela aura da fraternidade que almejaríamos presente por todos os dias e não apenas no final do ano.
Bom seria se pudéssemos vivenciar tais experiências durante os trezentos e sessenta e seis dias, o ano inteiro, não por fantasia, mas na própria realidade cotidiana. Confraternizar diariamente com a família e os amigos, independentemente das festividades natalinas.
Em tais momentos somos levados à reflexão sobre a vida, as pessoas e a natureza humana. O que nos une? Que conflitos provocam nossas disputas? O que pretendemos para o nosso futuro? Que desafios a enfrentar?
Tais indagações, se observarmos melhor, não se colocam apenas por ocasião do Natal ou do Ano Novo. Mais do que imaginamos, estão muito presentes em nosso dia a dia. São questões que permeiam nossa vida e nossas relações com a sociedade, quer seja no âmbito familiar ou em outros espaços do convívio social: na escola, no trabalho, no clube recreativo, nas reuniões de caráter religioso, cultural ou esportivo.
No convívio social observamos interesses que se entrelaçam, em sentido convergente ou conflitante, subordinados às nossas condições materiais, com suas repercussões na subjetividade e na manifestação de nossas ações. Por que o ambiente fraterno tão peculiar ao período dos festejos natalinos se dissipa ao longo dos outros meses do ano?
A impossibilidade de praticar a fraternidade durante todos os dias tem origem na natureza humana ou nas condições materiais de vida? Qual é mesmo a natureza de nossas diferenças? Considero o ser humano um indivíduo solidário e fraterno por excelência, incapaz de alcançar a felicidade senão em sociedade, junto aos seus semelhantes. Isso em condições de normalidade, ou seja, vivendo sob condições de dignidade e compartilhando iguais oportunidades.
A partir do momento em que tal lógica se inverte, esse elo se quebra. Convivendo com a desigualdade, é impossível se chegar à liberdade e à fraternidade, ideais materializados em processos revolucionários que já contabilizam pelo menos dois séculos, na experiência mais recente da sociedade humana.
Como compatibilizar a fartura com a exclusão social? A opulência com a miséria? Há lugar para a verdadeira fraternidade, tão decantada em período natalino, nos marcos de uma sociedade com indicadores sociais tão díspares como a sociedade capitalista? É evidente que o ser humano busca todas as formas de enfrentar e combater as injustiças e a desigualdade. Inclusive abrindo o coração à caridade em período de final de ano.
Mas o que é a caridade senão a solidariedade impotente, ou tardia? A caridade, que se dá nos marcos do individual, teria outra força se conduzida para o universo do coletivo.
Convivendo nos marcos de um sistema tão excludente como o capitalismo, com tamanhas injustiças, desejar verdadeiramente um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo é participar da luta pela emancipação da humanidade e trilhar o caminho da construção de uma nova sociedade: o Socialismo.
Feliz Natal e um 2010 repleto de lutas e vitórias!
por George Câmara, petroleiro, advogado e vereador em Natal pelo PCdoB
georgemetropole@ yahoo.com. br www.georgecamara. com.br
fonte: por e-mail.
Bom seria se pudéssemos vivenciar tais experiências durante os trezentos e sessenta e seis dias, o ano inteiro, não por fantasia, mas na própria realidade cotidiana. Confraternizar diariamente com a família e os amigos, independentemente das festividades natalinas.
Em tais momentos somos levados à reflexão sobre a vida, as pessoas e a natureza humana. O que nos une? Que conflitos provocam nossas disputas? O que pretendemos para o nosso futuro? Que desafios a enfrentar?
Tais indagações, se observarmos melhor, não se colocam apenas por ocasião do Natal ou do Ano Novo. Mais do que imaginamos, estão muito presentes em nosso dia a dia. São questões que permeiam nossa vida e nossas relações com a sociedade, quer seja no âmbito familiar ou em outros espaços do convívio social: na escola, no trabalho, no clube recreativo, nas reuniões de caráter religioso, cultural ou esportivo.
No convívio social observamos interesses que se entrelaçam, em sentido convergente ou conflitante, subordinados às nossas condições materiais, com suas repercussões na subjetividade e na manifestação de nossas ações. Por que o ambiente fraterno tão peculiar ao período dos festejos natalinos se dissipa ao longo dos outros meses do ano?
A impossibilidade de praticar a fraternidade durante todos os dias tem origem na natureza humana ou nas condições materiais de vida? Qual é mesmo a natureza de nossas diferenças? Considero o ser humano um indivíduo solidário e fraterno por excelência, incapaz de alcançar a felicidade senão em sociedade, junto aos seus semelhantes. Isso em condições de normalidade, ou seja, vivendo sob condições de dignidade e compartilhando iguais oportunidades.
A partir do momento em que tal lógica se inverte, esse elo se quebra. Convivendo com a desigualdade, é impossível se chegar à liberdade e à fraternidade, ideais materializados em processos revolucionários que já contabilizam pelo menos dois séculos, na experiência mais recente da sociedade humana.
Como compatibilizar a fartura com a exclusão social? A opulência com a miséria? Há lugar para a verdadeira fraternidade, tão decantada em período natalino, nos marcos de uma sociedade com indicadores sociais tão díspares como a sociedade capitalista? É evidente que o ser humano busca todas as formas de enfrentar e combater as injustiças e a desigualdade. Inclusive abrindo o coração à caridade em período de final de ano.
Mas o que é a caridade senão a solidariedade impotente, ou tardia? A caridade, que se dá nos marcos do individual, teria outra força se conduzida para o universo do coletivo.
Convivendo nos marcos de um sistema tão excludente como o capitalismo, com tamanhas injustiças, desejar verdadeiramente um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo é participar da luta pela emancipação da humanidade e trilhar o caminho da construção de uma nova sociedade: o Socialismo.
Feliz Natal e um 2010 repleto de lutas e vitórias!
por George Câmara, petroleiro, advogado e vereador em Natal pelo PCdoB
georgemetropole@ yahoo.com. br www.georgecamara. com.br
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