Deus
O meu Pai Nosso não está no céu
nem tem Jesus sentado à mão direita,
como se a vida já estivesse feita
e Ele, assim, cumprisse o Seu papel.
Um Deus não cria um mundo e, então, se deita
como alguém que descansa num hotel
à espera de que um público fiel
venha louvar-Lhe a mágica receita.
Ensinaram-me um Deus aposentado,
de barba grande, num trono dourado,
a se entreter com os cânticos hebreus,
quando na ânsia eterna e inteligente,
que passa de semente pra semente,
é que lateja a imensidão de Deus.
Antonio Roberto Fernandes
O meu Pai Nosso não está no céu
nem tem Jesus sentado à mão direita,
como se a vida já estivesse feita
e Ele, assim, cumprisse o Seu papel.
Um Deus não cria um mundo e, então, se deita
como alguém que descansa num hotel
à espera de que um público fiel
venha louvar-Lhe a mágica receita.
Ensinaram-me um Deus aposentado,
de barba grande, num trono dourado,
a se entreter com os cânticos hebreus,
quando na ânsia eterna e inteligente,
que passa de semente pra semente,
é que lateja a imensidão de Deus.
Antonio Roberto Fernandes
Gostei muito desse poema. Creio eu que é um pouco insensato dar personalidade e nomes à Divindade e seu poema reforça essa ideia. Parabéns!
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