OUTRA VEZ
Sim. Tive o coração em frangalhos.
Mas não enaltecerei essa angústia em minha poesia.
Acaso não resta a semente
mesmo quando a fruta se esbagaça?
De que me vale a dor fratura-exposta
alimentando a piedade alheia?
Não. Minhas lágrimas serão minhas apenas
Que me lavem...
Que me levem os fragmentos de sonhos vencidos,
limpando o lugar que será ocupado
por outros sonhos ávidos à nascer.
Que venham então!
Que risquem na minha alma
outra vez as cores ilusórias do amor
Eu prefiro assim.
Não me serve aprisionar o peito
em armadura de dor.
Esquece minhas lágrimas.
Preste atenção aos meus passos.
Estou outra vez no caminho.
22-07-09
Leilton Lima
jornalista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário