"A tela de João Werner é realmente
encantadora. Nela, além do movimento natural, entre a alga na água , o
vento que passa, a música a vibrar, é atemporal e livre de marcas fortes
de gênero: a figura é quase qual uma "identidade da alma"- nome
acertado que a poeta Dayane Timóteo, deu a um de seus livros. Eu dizia
sempre que poeta não tem idade, tem identidade -d'alma. Pode remeter
ainda à questão de chamarmos , indistintamente, no Brasil, , homens e
mulheres de "poeta". Eu realmente prefiro o "poetisa", já que na língua
Portuguesa, é de fato e de lei, o feminino de poeta. Certa feita,
publiquei, no blog Palavreiros- que abrigou -me tão logo engatinhei para
Internet, através do Jose´Geraldo Neres
(palavreiros.hpg.ig.com.br/cantinhodopoetaclevanepessoa_finalidades.htm
.), um poema sobre isso, a dizer que Poetisa rima com sacerdotisa (ver
poema abaixo, em página de POIETISA-que remete à Poiesis grega.)
As cores também, em especial as do entorno da figura humana,
concedem-nos a visão da força energética a dançar e proteger a criatura
que medita, ela própria uma criadora dentro da Criação Maior.
A sensação de relaxamento e entrega a um encontro consigo mesmo, é
claramente obtida por João Werner- que faz arte digital, que tem a
sabedoria - repito sempre que posso-de permitir que suas imagens sejam
utilizadas por outros criadores, o que os poetas adoraram. Mandava
sempre seus trabalhos ilustrados por minhas palavras, para que mais
pessoas o conhecessem e publico tudo em vários blogs. Confesso que
espantei-me alegremente quando depois de certo tempo, percebi o "boom"
de autores que passaram também a publicar seus constructos ilustrados
por João Werner. Espero um dia visitar o estúdio desse paranaense,
conversar com ele, a quem já entrevistei mas via Internet.
João Werner, premiado, ativo, com quem transtextualizo um diálogo entre
suas formas e cores e meus versos. Ele tramsforma o cotidino, por
exemplo, a festa permanente das faixas etárias, o continuum de vida na
cidade e no campo, expressa classes sociais e não teme lançar-se ao feio
para obter o belo, quando o desejo. Já poetizei para sua série em
cinza, para suas criações sobre os habitantes da noite- de prostitutas e
boêmios a dançarinas.
Certa feita impactuei-me quando ele lançou "Angelina se Mutila", sobre a
bela e intrigante, generosa e passional artista Angelina Jolie, pois
ela costumava cortar-se e quando vi o produto artístico, senti que era
um brado, uma interrogação, um alerta para quem se automutila.E o poema
brotou-me qual jorro de geiger.
Então, um belo dia, João Werner solicitou-me licença para expor meu
poema ao lado da cita composição, em uma de suas muitas exposições.
Claro, concordei com alegria, sentindo que de alguma forma, eu estaria
ao lado de sua arte, embora não presencialmente, mas através de minhas
palavras poéticas e minha interpretação-de psicóloga e escritora.
E, enfim , vale a pena navegar até seu locus de ser e estar, mostrar
artístico.
Clevane Pessoa (*)
(*) Escritora com muitos títulos, nascida em São José de Mipibu e radicada há algumas décadas em Belo Horizonte/MG.
L I N K
L I N K
http://www.joaowerner.com.br/images/mito/poeta_meditando.htm.
fonte: www.versosediversos.blogspot.com
Fofa, você é muito zen!
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