DO OFICIO DE ESCREVER
A
escrita é a forma de colocar ou depositar no papel, o pensamento lógico
do nosso eu. Vale ressaltar que para acontecer esse encontro entre o
eu, o pensamento e a escrita, é preciso que tenhamos uma leitura que
anteceda e que subsidie essa escrita, mas também se faz necessário que
se tenha uma leitura de mundo, o letramento, seja esse mundo o que nos
rodeia ou o mundo da fantasia, da crônica, da prosa, do verso enfim.
Para
quem escreve o mundo por si só é vasto e amplo, mas esse mundo, esse
mesmo mundo, cheio de vastidão, de amplidão do imaginário do escritor,
tornam-se vários mundos tendo em vista as nuances dadas, ou o olhares do
escritor para qualquer que seja a história, o fato, o assunto a
escrever, eleva à glória, pois o ato de escrever é magnífico é mágico
para quem assim o faz, tornando-se também num ato solitário. Solitário
no sentido de que na maioria das vezes se escreve sozinho são o
sujeito/eu e o papel. Em se tratando do oficio de escrever o escritor
nunca escreve para ele somente, mesmo sendo um eu com caneta e papel.
Sem falar que hoje nesses tempos de internet, o eu e o PC, passam a
serem muitos, pois o pensamento dilui-se em grafemas, fonemas
histórias, contos, sonetos, romances... Enfim toda forma escrita
compartilha-se aos milhares.
Portanto
escrever é dar vida a idéia, ao pensamento. Como já disse! O ato de
escrever é genial e necessita que o escritor tenha certo domínio da
coesão e coerência, embora alguns pensadores e estudiosos dessa temática
achem ser um dom divino, podemos dizer que o escritor é um ser
abençoado e em assim sendo deve ser coroado, agraciado pelas inspirações
poéticas ou não.
Assim
sendo, compreendemos que a arte da escrita é lapidada, organizada,
sistematizada e não somente despejada numa folha de papel, a arte da
escrita pulsa significativamente no escritor e provem da organização e
articulação das palavras, ou seja, das idéias colocadas em prática.
Isto posto o sonho de quem escreve é o de (re) colher (re)conhecimento do feito do seu eu das suas idéias passadas adiante.
Geralda Efigênia
Professora Universitária
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