CASA
DOS MEDOS E SAUDADES
Através dos arcos
destruídos e largos vãos, a casa
ou suas sombras, ao
sol e ao tempo, eu via derramadas.
Metia medo a casa envelhecida debaixo dos poentes
e eu tinha medo
dos vazios habitantes,
ausências que
permeavam espaços sem ninguém.
Até medo do vento, zunindo e golpeando tudo fechado.
Temia que viesse da mansarda inexistente
o fantasma que
restou perdido no abandono
para conduzir-me ao profundo recanto da saudade,
onde saudade eu nasceria e morreria todos os dias.
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