Com inicio hoje, (6) e seguindo ate o dia oito (8) de novembro de 2014, na Praça Augusto Severo, Auditório do Colégio Salesiano e exposição no Parque da Cidade o Festival Literário de Natal, realizado pela Prefeitura Municipal do Natal, por meio da Fundação Capitania das Artes/FUNCARTE. Essa atividade literária abre os festejos do natal em Natal.
Nomes consagrados da literatura nacional, potiguar e, muita cabeça pensante em debates envolventes estão confirmados.
O
Festival terá abordagens que transitam entre o
romance e a memória, passando pelas biografias e ícones nacionais e
potiguares, a arquitetura e vida editorial de Oscar Niemeyer e ainda o
ineditismo em Natal da apresentação do espetáculo
lítero-musical “Outra Hora da Estrela – Uma homenagem a Clarice
Lispector”, além de uma exposição inédita do Instituto Moreira Sales.
Além dos grandes nomes das letras nacionais, teremos os potiguares que destacamos a seguir: Carlos Fialho, José de Castro, José Acaci, Juliano Freire, Regina
Azevedo, Clotilde Tavares, Rafael Duarte, Sheyla Azevedo, Vicente
Serejo, Carito Cavalcanti, João da Rua, o editor Abimael Silva, o poeta Falves Silva, Pablo Capistrano e Pedro Cavalcanti, todos com reconhecida arte no cenário rio-grandense do norte.
PROGRAMAÇÃO
5ª feira - 06/11/2014
Na Tenda dos Escritores hoje quinta-feira, (6) “Concerto
Leitura” com Ronaldo Correia de Brito. Ronaldo é um grande contista e
romancista, dramaturgo, documentarista e psicanalista.
“Espaço do Professor Leitor”, no auditório do
Colégio Salesiano São José, haverá recitação da poesia “O Sonho Maluco",
do livro "O reino dos bichos”, de José Acaci, com Vívian Silva Araújo
(3 anos de idade). No mesmo espaço, após a recitação da poesia, acontece
a mesa “Os meus segredos com Capitú”, uma conversa com a mineira Ana
Elisa Ribeiro.
Ela
aborda questões de leitura, produção de textos e produção editorial,
que fazem parte do universo de toda pessoa que convive num mundo
letrado. Esse tema permeia todas as crônicas publicadas no livro "Meus
segredos com Capitu", da escritora mineira Ana Elisa Ribeiro, lançado em
2013 (Jovens Escribas).
Depois,
às 15h45, tem “Uma leitura literária que mexeu com a minha cabeça”, com
Miriam Dantas de Araújo, Manuel de Azevedo e Pablo Capistrano. Será uma
conversa envolvendo dois escritores e uma professora que é leitora
voraz. Cada um relatará a sua experiência com uma obra literária que
marcou a sua vida de leitor. A apresentação sensível de três textos
comoventes e dos seus respectivos autores, certamente, mobilizará os
ouvintes a pensarem.
No Espaço Moacy Cirne, na Praça Augusto Severo, às 17h30, tem “Uma nova ficção: narrativas sobrenaturais potiguares”, com o editor Cleudivan Jânio (Editora CJA) e os autores Raniere Lopes e Rafael Marques.
Rafael
Marques debate seu livro “Encontro Paranormal” onde traz uma atmosfera
sufocante em meio ao desconhecido. Já Ranieri Lopes, autor de “A queda –
O livro da Prisão”, conta uma história envolvendo um submundo habitado
por grupos de anjos rivais. Ambos os autores foram publicados pela
editora CJA.
Às 18h30 chega
a vez do projeto “Vidas potiguares: biografias de Newton Navarro,
Carlos Alexandre e Jesiel Figueiredo”, com José Correia (Editor da
Caravela Cultural), Luana Ferreira , Sheyla Azevedo e Rafael Duarte
(autores).
A
proposta da editora Caravela Cultural para 2014 é das mais louváveis:
reunir alguns dos melhores nomes do jornalismo local e produzir
biografias de alguns vultos históricos de enorme envergadura e
importância.
Debates literários na Tenda dos Escritores
A partir das 19h30, na tenda
dos Escritores, começam as mesas literárias e os debates. O primeiro
tema será “Oscar Niemeyer: arquitetura e literatura, duas artes em
diálogo”, com Guilherme Wisnik e mediação de José Gaudêncio.
A
mesma habilidade com a qual desenhou croquis e curvas de concreto, o
mestre da arquitetura moderna, Oscar Niemeyer, escreveu contos, relatos,
memórias, crônicas e romances que o revelaram um escritor exímio no
trato da palavra.
A
escrita leve e envolvente está presente em obras como Quase Memórias:
Viagens, Casas onde morei, Sem rodeios, O ser e a vida, Rio: de
Província a Metrópole, Trecho de Nuvens, As Curvas do Tempo: Memórias,
Diante do Nada, entre outros. Para conduzir essas interfaces artísticas
na obra de Niemeyer, estará nada menos que um estudioso de sua obra, o
urbanista, também arquiteto e filósofo Guilherme Wisnik.
A segunda mesa da noite traz o tema “Poesia:
do modernismo ao pós-tudo” , com Arnaldo Antunes, Francisco Bosco e
Antônio Cícero. Trata-se de três poetas-letristas que transitam entre o
popular e o erudito, na canção e no verso, estarão debatendo a poesia
brasileira sob o prisma das vanguardas, do modernismo ao concretismo, do
pós-modernismo a Augusto de Campos e o Pós-Tudo.
Definindo-se
com um “operário da palavra”, Arnaldo Antunes é sim um artista
múltiplo. Poeta, compositor, músico, performer, o ex-Titãs é
influenciado pelas ideias dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, e
sempre fez poemas com preocupação visual e musicalidade.
A
partir das 20h30 tem a última mesa do primeiro dia do Festival
Literário de Natal, envolvendo Literatura e música em performance no
“Musicapoesia”, com Adriana Calcanhotto e Cid Campos.
A
cantora e compositora Adriana Calcanhotto sempre inseriu em seu
repertório material proveniente da poesia escrita, ao lado de letras de
sofisticada feitura. O poeta, músico e produtor Cid Campos, por sua vez,
tem-se especializado na área da poemúsica, um diálogo que começou com
“Poesia é Risco” (1995), ao lado de Augusto de Campos, e continuou em
seus CDs - solos, “No Lago do Olho” (2001), “Fala da Palavra” (2004),
“Crianças Crionças” (2009) e “Nem” (ainda a ser lançado), com textos
seus e de outros autores.
Juntos
estarão apresentando algumas de suas composições voltadas à
musicalização de poesia, que vão do “nonsense” de Lewis Carroll e Edward
Lear, do pós-simbolismo inovador do baiano Pedro Kilkerry e do
português Mário de Sá-Carneiro, ousando poéticas radicais como o
concretismo de Décio Pignatari, Augusto e Haroldo de Campos, até as mais
novas contribuições da geração de Antonio Cícero e Arnaldo Antunes.
“Musicapoesia” é uma espécie de ao show apresentado pela dupla apenas
uma única vez em 2007, também aqui em Natal.
6ª feira - 07/11/2014
A partir das 14h, na Tenda dos Escritores, tem “Concerto Leitura II”, com Ronaldo Correia de Brito. Trata-se da segunda
parte do “Concerto Leitura” dedicado aos jovens, com o romancista e
dramaturgo Ronaldo Correia de Brito, em parceria com o músico e
compositor Tomás Brandão e instrumentistas convidados.
Neste
encontro, o autor do premiado romance Galileia fará novas leituras de
narrativas curtas, além de abordar os processos de pesquisa e criação
dos diversos gêneros literários – conto, romance, crônica, poesia e
teatro. Os músicos também conversarão sobre o trabalho de criação
musical para o teatro, a dança, o cinema e sobre a adaptação musical da
prosa.
Ao mesmo tempo, dentro do “Espaço do Professor Leitor”, no auditório do colégio Salesiano São José, tem o debate “Autores norte-rio-grandenses e suas obras”, com Carlos Fialho , José de Castro, Juliano Freire e Regina Azevedo.
Será
um encontro de escritores potiguares de diferentes estilos, alguns que
publicam por editoras locais e outros por editoras de fora do estado.
São autores consagrados pelos textos poéticos e/ou em prosa, cujas
produções estão voltadas seja para o público infantil e juvenil ou para
leitores mais autônomos.
Consistirá
numa oportunidade para cada um abordar sobre o seu processo criativo,
traços característicos dos seus trabalhos, influências e últimos
lançamentos.
Logo
depois, às 15h45, tem “Da leitora à escritora: Uma vida entre livros”,
com Clotilde Tavares (RN). Será uma conversa com quem foi criada numa
casa cheia de livros, numa época em que não havia televisão. O que
poderia fazer uma criança a não ser ler? Assim foi a infância da
escritora Clotilde Tavares, que narrará como passou de leitora a
escritora, e conta como foi e continua sendo a sua vida rodeada de
livros.
Na Tenda Literária Moacy Cirne, a partir das 17h30, tem
“Diversidade contemporânea: três vozes da literatura atual”, com o
editor David Leite (Editora Sarau das Letras) e os autores: Ana de Sales
(romance), Damião Nobre (crônica) e Leonam Cunha (poesia).
Às 18:30 tem “Nosso amigo Moacy Cirne”, com o editor Abimael Silva (Editora Sebo Vermelho) e Falves Silva (poeta).
O editor e proprietário do Sebo Vermelho, Abimael Silva, nos contará
algumas das muitas e divertidas histórias que colecionou nos muitos anos
de convivência de Moacy Cirne.
Debates Literários da segunda noite
A partir das 19h30, a segunda noite de debates literários reúne Eucanaã Ferraz, Francisco Alvim e Humberto Hermenegildo.
Eucanaã
Ferraz é Professor de literatura brasileira da Universidade Federal do
Rio de Janeiro e autor de diversos livros de poesia, como Martelo
(1997), Desassombro (2002), Rua do mundo (2004) e Cinemateca (2008), e
do volume Vinícius de Moraes (2006), na coleção Folha Explica.
Organizou
os livros Poesia completa e prosa de Vinicius de Moraes (2004) e Nova
antologia poética (2008), também de Vinicius, Letra só (2003) e O mundo
não é chato (2005), de Caetano Veloso, além da antologia Veneno
antimonotonia (2005).
Francisco
Soares Alvim Neto ou simplesmente Chico Alvim, é poeta e diplomata
brasileiro. Iniciou sua carreira no exterior como secretário da
representação do Brasil junto à Unesco, em Paris. Foi cônsul-geral do
Brasil em Barcelona (1995-1999) e na Holanda (1999-2003).
Seu
primeiro livro — Sol dos cegos (ed. do autor) — é de 1968. Junto de
Antonio Carlos de Brito, Cacaso, marcava o aparecimento da primeira
geração de poetas “pós-vanguardas”. Seguiu-se o livro Passatempo (Rio
Frenesi, 1974) e O Corpo fora (Duas Cidades, 1988). Viveu um período em
Brasília onde participou de movimentos de poesia marginal, tendo sido o
organizador da célebre antologia Águas Emendadas (1977). Em 1988, a
coletânea Poesias reunidas lhe rendeu outro Prêmio Jabuti.
A
segunda noite termina com o espetáculo lítero-musical “Outra Hora da
Estrela – Uma homenagem a Clarice Lispector”, com início às 21h30,
reunindo um timaço formado por Jussara Silveira (intérprete), Sacha
Ambak (piano), Marcelo Costa (percussão); Muri Costa (violão) e João
Miguel Wisnik (narração) e Eucanaã Ferraz (direção).
Outra
hora da estrela é um espetáculo lítero-musical, adaptação do livro A
hora da estrela (1977), a mais conhecida obra de Clarice Lispector. Aqui
revezam-se a voz do narrador – em trechos escolhidos do livro – e
canções brasileiras que ajudam a recontar a história e criar a atmosfera
clariceana.
O
espetáculo reconta a história de Macabéa, migrante nordestina em luta
pela sobrevivência na cidade grande e, a um só tempo, o drama de seu
narrador – máscara ficcional de Clarice –, que luta com a escrita para
conseguir retratar um personagem distante de sua realidade
socioeconômica. Além dos convidados, participam os músicos Sacha Amback
(piano), Marcelo Costa (percussão) e Muri Costa (violão).
Sabado 08/11/2014
Terceiro e último dia da edição 2014 do FLIN começa às 15h, com a apresentação de “Crianças Crionças”, de Cid Campos. O poeta, músico e letrista continua aqui seu trabalho de musicalização da poesia, desta vez debruçando-se no universo infantil.
Poemas
de Edward Lear (1812-1888) e de Lewis Carroll (1832-1898) traduzidos
por Augusto de Campos, pai de Cid, formam o núcleo de Crianças Crionças,
o show-disco que já foi apresentado em vários palcos brasileiros. Nesta
ciranda-constelação, rodam ainda poemas do próprio Augusto, de Haroldo
de Campos (1929-2003), de Luis Turiba, de Paulo Leminski (1944-1989) e
de Walter Silveira.
Na tenda “Literária Moacy Cirne”, a partir das 16h, tem “Poesia Submersa: poetas e poemas do RN”, com Gustavo Luz (Editora Queima Bucha) e o autor Alexandre Alves.
Às 17h30 é a vez de “Vidas
vividas à margem: Marinho Chagas e Valdetário Carneiro”, bate papo com
Aureliano Medeiros (Editora Tribo) e os autores Paulo
Nascimento e Luan Xavier
Nascimento e Luan Xavier
O
jornalista Paulo Nascimento (um dos autores do livro “Valdetário
Carneiro – A essência da bala”) e Luan Xavier, que escreveu a biografia
de Marinho Chagas, um gênio de fim trágico e melancólico. Ambos
conversarão com um dos editores da Tribo, Aureliano Medeiros.
Às 18h30 a programação apresenta “A história que vira histórias: acontecimentos do passado que renderam narrativas”,bate-papo com Carlos Fialho (Editora Jovens Escribas) e os autores Pablo Capistrano e Pedro Cavalcanti.
Na Tenda dos Escritores, a partir das 19h30, tem “Século XX: o Século de Ouro da poesia portuguesa e brasileira” , com Gastão Cruz e Fernando Luís Sampaio (Autores/portugal) e César Ferrario (Ator).
“Não
é vida a imagem que se move”, desvenda o poeta português Gastão Cruz
(Faro/Portugal, 1941) no livro ”Observação de verão seguido de fogo”
(Móbile Editorial), obra recente com o qual é finalista deste ano do
Prêmio Portugal Telecom de Literatura. Seus versos concisos e imagéticos
bebem na fonte do teatro e da performance e são fontes límpidas para
reflexão sobre o tempo e todas as suas implicações.
Fernando
Luís Sampaio (Moçambique, 1960) estreou na literatura com a obra
Conspirador Celeste (1981), ao qual se seguiram Sólon, Hotel Pimodan,
Escadas de Incêndio e Falsa Partida, este último pela editora Assírio
& Alvim, em 2005. Foi traduzido para o francês, espanhol, italiano,
inglês e croata. Foi diretor do Festival Mergulho no Futuro (durante a
Expo' 98) e do IPAE (Instituto Português das Artes do Espetáculo, atual
Instituto das Artes).
Cesar
Ferrario é ator desde 1993, sendo um dos fundadores dos Clowns de
Shakespeare. Com o grupo, já atuou em trabalhos como O Sonho de uma
Noite de Verão, Noite de Reis, Megera do Nada, Muito Barulho por Quase
Nada, Roda Chico e O Casamento do Pequeno Burguês. No fazer teatral
também tem como interesse a gestão e funcionamento de grupos de Teatro.
Após
consolidar sua carreira no teatro, César Ferrario vem experimentando,
desde 2013, a atuação na televisão. Trabalhou em alguns projetos da Rede
Globo e viveu personagens marcantes, como o matador de aluguel Bigode
de Arame, da minissérie Amores Roubados, e a novela das 23h O Rebu.
A partir das 2030 tem “Maringhella, o guerrilheiro que incendiou o mundo”, com o jornalista carioca e escritor Mário Magalhães. A
vida de Carlos Marighella (1911-69) foi tão frenética quanto
surpreendente. Militante comunista desde a juventude, deputado federal
constituinte e fundador do maior grupo armado de oposição à ditadura
militar - a Ação Libertadora Nacional -, esse mulato de Salvador era
também um profícuo poeta, homem irreverente e brincalhão.
O jornalista Mário Magalhães debruçou-se durante anos
na investigação minuciosa das várias facetas do biografado. Reconstitui
com realismo desconcertante passagens pela prisão, resistência à
tortura, operações de espionagem na Guerra Fria e assaltos da guerrilha a
bancos, carros-fortes e trem-pagador.
Mas
também recupera a célebre prova de física respondida em versos no
Ginásio da Bahia e poemas de amor. Isso sem negligenciar a influência
internacional de Marighella e seu Minimanual do guerrilheiro urbano,
guia que correu o mundo e virou cult nos anos 1960. Traduzido para
dezenas de idiomas, é tido hoje como um clássico da literatura de
combate político.
A partir das 20h30 tem Jorge Mautner, com “Do Kaos ao Caos”, ao lado de Ben Gil. Trata-se de um
bate-papo e concerto lítero-poético-filosófico com Jorge Mautner (RJ,
1941) e o músico Ben Gil. Autor da trilogia literária conhecida como “A
Mitologia do Kaos” (Deus da chuva e da morte, Kaos, Narciso em tarde
cinza), Mautner publicou várias obras e compôs grandes sucessos
musicais, como O vampiro, Maracatu atômico, Lágrimas negras, Samba dos
animas
Abre
espaço para Luis da Câmara Cascudo, com citações à sua obra, além de
refletir sobre o pensamento de Gilberto Freyre, Evangelho de São João,
José Bonifácio, Joaquim Nabuco, Nietzsche, Machado de Assis, Sigmund
Freud, Heráclito, São Paulo, Caetano Veloso, Castro Alves, Mallarmé,
Baudelaire, Padre Antonio Vieira, Frei Caneca.
Ainda
dentro do Festival Literário de Natal está a inédita exposição (em
Natal) “A Escrita dos Gestos”, do Instituto Moreira Salles. Ela ficará
no Parque da Cidade, Memorial Natal.
A
mostra fotográfica, com curadoria de Paulo Roberto Pires, exibe 21
retratos de 16 escritores (com a participação especial de um compositor,
Dorival Caymmi, cujo centenário de nascimento é comemorado em 2014).
São imagens feitas por fotógrafos do acervo do Instituto Moreira Salles,
como Marc Ferrez, Maureen Bisilliat, Edu Simões, Otto Stupakoff e
Alécio de Andrade. Entre os retratados, estão Jorge Amado, Clarice
Lispector, João Cabral de Melo Neto, Adélia Prado, Ferreira Gullar,
Ariano Suassuna, Carlos Drummond de Andrade, Otto Lara Resende, Machado
de Assis, Euclides da Cunha e Ana Cristina Cesar.
fonte: vivicultura.blogspot.com
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