segunda-feira, 14 de março de 2011

DIA DA POESIA - A EXPRESSÃO POÉTICA DE FRANCISCO NEVES DE MACEDO

Poetas e Poetisas, Bom dia!

Logo após presenciar, a natureza em fúria, naquele 1º grande

tsunami de 2004, compus este poema que hoje está mais atual do

que nunca. Amanhã, Dia da Poesia, bem que poderia só falar de

amor e de esperança, mas, o que fazer?

Mas, como diria nosso Câmara Cascudo, "O Brasileiro não

desiste nunca", e eu além de brasileiro, sou nordestino, por isso,

"antes de tudo, um forte". Então, abaixo meu soneto de esperança.

Vamos esparramar poesia pelo mundo, quem sabe, Deus possa ouvir os poetas e...

Tsunami - Ouvindo as Águas

Era uma tarde e chovia,

e no murmúrio das águas,

eu pude escutar as mágoas

da gotinha que dizia:

Seu moço, eu muito queria,

viver, aos homens, unida,

lhes dar banho, ser bebida...

mas, os homens, por capricho,

me usam pra levar o lixo

e me deixam poluída.

Seu moço eu venho pra terra,

deixo o mar, o rio, o céu,

pra mim o grande troféu

é ver o verde da serra,

o prazer d’água se encerra,

no ser “fonte do viver”,

se “fazer vida” e chover,

promover prosperidade,

matar, no campo ou cidade,

a sede do seu beber!

Mas, homens inconsequentes,

degradam meu lar, a terra,

colocam fogo na serra,

tornando o clima mais quente.

Escondem-se do Deus da gente,

esses filhos de Caim.

Covardes, se escondem assim,

como se fossem um eclipse,

antecipam o apocalipse,

que antecipa o nosso fim!...

Um dia, em reunião,

o “exército” H 2 O,

aproveitando um toró,

tomou uma decisão.

Mostrar toda indignação

ou qualquer nome que chame.

E que o homem não reclame,

pois ele está abusando,

e águas foram se juntando

e formaram a tsunami...

(Macedo, Francisco Neves / Natal / RN)

Poesia pela Paz

Vou plantar das entranhas do meu ser,

muitas frases, palavras e fonemas,

vou fazer germinar os meus poemas

e em gestos fraternais, oferecer.

Da colheita que quero e que vou ter,

Metade, vou doar, sem ter problemas,

E vou usar os meus estratagemas,

para vê-la espalhar-se e renascer.

Deste meu verso, quero ouvir o grito,

a espalhar-se tal qual pragas do Egito,

transformando-se assim em pandemia...

Meu sonho é despertar a consciência,

e ver o amor vencendo a violência.

com esta arma vital, a poesia!...

(Macedo, Francisco Neves / Natal / RN)


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