Antônio Carlos Dayrell
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Escritor e advogado em Belo Horizonte - MG
Um inimigo imperceptível
Um dos principais desafios deste século é investir em fontes de energia alternativas, que não poluem a natureza. Malgrado retiramos do petróleo quase tudo que necessitamos, a dependência contribui para o aumento do efeito estufa e o aquecimento global.
Os recentes acontecimentos no Japão, oriundos de um desastre natural, envolvendo a usina nuclear de Fukushima, lançaram uma nuvem de incertezas e medo em relação ao futuro. Se a tragédia fosse em escala continental, a vida no planeta estaria seriamente ameaçada. Existem hoje 441 reatores nucleares em operação. Cerca de 32 ainda em construção.
Para se proteger da radiação a população foi orientada a usar máscaras, vedar todas as portas e janelas e não sair de casa, até que a emergência seja declarada encerrada. Será que alguém estará totalmente seguro, diante de um inimigo imperceptível, altamente tóxico e cancerígeno na atmosfera?
Passados 25 anos do acidente de Chernobyl, na Ucrânia, os efeitos da contaminação radioativa ainda estão no ar, no solo e nos animais. Pesquisadores concluíram que mesmo a exposição prolongada em doses baixas de radiação provocou anomalias irreversíveis.
Se realmente quisermos fugir da dependência do petróleo, então devemos sinalizar para a importância de se buscar fontes alternativas de energia limpa, como as geradas pelos raios solares, as marés e os ventos. Do contrário, morreremos todos com máscaras... Ou faremos como o formigueiro, que insiste em reconstruir sua casa no vale de lágrimas.
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