Poeta Francisco Cândido
Trazia a paz na pureza de uma roseira
E a calmaria dos ventos do vale, a brisa;
Naquela manhã nascente e estradeira,
O amor em mim renasce e se eterniza.
O seu encanto delimitou o meu mundo
No equilíbrio profundo, racional e finito,
Desracionalizei o sentimento mais fecundo
Para viver o instante de amor mais infinito.
O sol da manhã desabrochou a flor,
Espalhando pétalas sobre o espelho do lago
E o sereno, serenando, a cobriu de amor
No calor abrasador daquele afago.
Havia algo mais naquela flor!
Em suas formas macias e singelas,
A personificação de flor e amor
Em suas expressões raras e tão belas...
Fui possuído pelo amor daquela flor
Na ternura de seu penetrante olhar.
Aquela noite não conheceu a dor,
Só as caricias do amor de te amar.
Era uma flor mulher no alvorecer,
Emoldurando o amor e a natureza
E eu estava ali, mergulhado no prazer,
Acariciando a flor que seria minha mulher.
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