Faz tempo que meu pai partiu da terra
E deixou aqui o círio da saudade,
A lembrança o meu coração invade
E arrebenta o sentir que não encerra.
No meu peito, a sua visão desterra,
Que germina a flor da paternidade;
E na minha alma o ocaso da orfandade
Se faz como o sol quando deixa a
serra.
A presença carnal não existe mais,
O seu semblante no meu peito faz
Retornar ao meu mundo de criança.
Hoje, nesse mensal, doze de agosto,
A saudade desperta e invade o rosto,
E derrama os orvalhos da lembrança.
Gilmar
Leite, hoje reside em Natal/RN
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