Ademar Macedo (Poeta Ademar)
ADEMAR MACEDO
nasceu
a 10 de setembro de 1951 em Santana do Matos/RN. Aos 19 anos entrou
para o Corpo dos Fuzileiros Navais onde ficou até 1981, quando
acidentou-se e foi reformado. Pertence ao quadro da ATRN e à UBT de
Natal. Primeiro livro lançado: "Poesias em Quatro Versos". Um poeta
completo, versando sobre várias modalidades, além de violeiro e
cantador. Por muito tempo foi um incansável divulgador dos versos de
todo mundo, através de seu "Mensagens Poéticas", que era publicado por
ele e retransmitido por dezenas de informativos on line. Seu coração
parou de bater no dia 15 de janeiro de 2013, após travar longa e heróica
batalha contra a terrível enfermidade chamada "câncer". Um nome e um
amigo para não se esquecer jamais...
LÍRICAS/FILOSÓFICAS
Quando o amor se consolida,
mesmo que vire rotina...
termina tudo na vida
mas esse amor não termina!...
Entre os atos de bonança mesmo que vire rotina...
termina tudo na vida
mas esse amor não termina!...
e meus pecados mortais,
quando eu botar na balança,
Deus sabe quais pesam mais!...
Debruçado sobre a mata,
o Luar, tal qual pintor,
pinta as folhas cor de prata
e pinta o chão de outra cor.
Após causar desencantos
e nos fazer peregrinos,
a seca fez chover prantos
nos olhos dos nordestinos!
Tem cão que mora no morro,
outro morando em mansão;
porque nem todo cachorro
leva uma vida de cão.
Meretriz... se faz cativa
da sua própria matéria,
retalhando carne viva
nos açougues da miséria!...
Deus a nada nos obriga,
são livres os passos meus;
porque Deus jamais castiga,
se castigasse... Meu Deus!!!
HUMORÍSTICAS
Vou vender meus poemetos
na feira, seja onde for,
e comprar alguns espetos
para espetar "julgador"!
Desde os tempos de Noé
que o mundo pôs-se a saber...
a manga só cai do pé,
porque não sabe descer!
Vem um verso “de veneta”,
falta tinta, que derrota!
Pois tinta em minha caneta
minha inspiração não bota!...
Sou matuto em alto astral
e um velho muito ranzinza.
Só festejo o Carnaval
na quarta-feira de cinza!
Da bebida fiquei farto,
bebendo perdi quem amo;
hoje bebo no meu quarto
as lágrimas que eu derramo.
Sem galinha cabidela,
sem ter arroz nem feijão,
hoje eu botei na panela
meu sapo de estimação!...
O meu primo se reveza
entre beber e rezar.
Às sete ele está na reza
e as oito e meia no bar!!!
Por ter a lingua de trapo,
disse, ao ser mandado embora:
- é moleza engolir sapo...
o duro é botar pra fora!
Visita pra meter medo,
que nem vassoura adianta,
é aquela que chega cedo
e só sai depois que janta!
Dançando com Maristela
lá no forró do Tampinha,
roçando nas "partes" dela
saiu faísca da minha!
fonte: falando de trovas - Clevane Pessoa
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