quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

PROPOSTA DIFERENCIADA DO ENSINO MÉDIO NOTURNO DO RN





A Secretaria de Estado da Educação e da Cultura por meio da Subcoordenadoria de Ensino Médio – SUEM, chega até as escolas com estas orientações  que servirão para nortear a prática pedagógica dos que compõem a escola noturna do Rio Grande do Norte (portaria nº 1221/2009)
A presente cartilha além de se configurar com um guia prático, visa simplificar o que está posto nas Orientações Curriculares do Ensino Médio Noturno, ao mesmo tempo em que é considerada a referência da proposta nas escolas noturnas da rede estadual de educação.

ENSINO MÉDIO NOTURNO DIFERENCIADO – O QUE É...

 É uma proposta curricular com identidade própria, que contempla as especificidades do trabalhador estudante na  busca por uma educação que possibilite a permanência do estudante na escola, assim como o seu desenvolvimento e a sua formação para a vida e, para o trabalho. A proposta enfatiza a reformulação curricular para este turno de ensino, com foco nas peculiaridades dos estudantes do turno noturno, conforme previsto no Art. 4º, inciso VI da LDB nº 9.394/96 que assegura como dever do Estado a “oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando”.

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

.  Blocos semestrais;
.  Carga horária do curso – 2.400h – 1.800h de atividades presenciais – Base Legal – obrigatória + 600h de atividades vivenciais ofertadas por meio de um projeto interdisciplinar.
.  Aula em bloco por área de conhecimento;
  02 tempos de 90 minutos correspondente a 04 aulas de 45 minutos (ex. 2 aulas de Biologia e 02 aulas de Química);
. Carga horária anual: 800 horas (200 dias x 3 horas = 600 horas presenciais + 200 horas de atividades complementares).
          Formação continuada para os professores;
.  Desenvolvimento de projeto interdisciplinar para Mostra Científica ao final de cada semestre.








 
As Orientações Curriculares para o Ensino Médio Noturno Diferenciado (EMND) tem a pesquisa como princípio pedagógico com ênfase na iniciação científica e pesquisa, na leitura, no letramento e na cultura digital de forma articulada, além de incluir a interdisciplinaridade e a contextualização como possibilidades para integrar as áreas de conhecimento, e, assim, promover o ensino-aprendizagem dos educandos. Esta interrelação deve considerar o planejamento pedagógico com as perspectivas de forma a integrar os professores em cada bloco e áreas de conhecimento, e, também ter neste currículo o trabalho como princípio educativo articulando-se as atividades propostas. A oferta das atividades e aulas complementares/integradoras, desenvolvidos em momentos vivenciais deve estimular a responsabilidade, o senso crítico e autonomia do estudante, destacando que, toda ação metodológica desenvolvida na escola deve ter como princípio básico o diagnóstico do perfil do trabalhador estudante para com isso, superar desafios e garantir a produção do conhecimento e  transformação social.

  
OBJETIVOS


 Geral      
.    Possibilitar a qualidade do processo de ensino e de aprendizagem, a partir de um currículo com identidade própria com ênfase nas especificidades dos estudantes desse turno de ensino.
Objetivos Específicos
.    Desenvolver metodologias que atendam as especificidades do trabalhador estudante;
 .    diminuir os índices de abandono, de evasão e de repetência;
  promover atividades motivadoras de forma que os sujeitos envolvidos no processo possam compartilhar os seus saberes (gestores, professores, funcionários, estudantes, pais, mães e/ou responsáveis) a fim de que aconteça um trabalho compartilhado;
.    monitorar e avaliar as práticas desenvolvidas nos processos de ensino-aprendizagem;
.    viabilizar espaço e tempo para a realização de um planejamento coletivo de forma que garanta a formação na escola.


METAS


Com vistas a melhorar a qualidade do ensino-aprendizagem na escola noturna, foram estabelecidas as seguintes metas:

.  fortalecer o ensino noturno com a visão do mundo do trabalho;
.   reduzir a evasão, o abandono e a reprovação no Ensino Médio noturno;
;  elevar os índices de aprovação no Ensino Médio noturno;
;  elevar os indicadores estaduais (IDEB), como forma de possibilitar o processo de ensino-aprendizagem;
;  melhorar as condições de permanência do aluno na escola;
;  adaptar o currículo à realidade do aluno noturno, considerando todas as ações do Projeto Pedagógico/PP;
;  possibilitar formação continuada aos professores.

A ORGANIZAÇÃO SEMESTRAL
  A proposta piloto pensada e estruturada de comum acordo entre SEEC e as primeiras onze escolas que aderiram à proposta, foi organizada para ser semestral, visto que o sistema utilizado, o seriado, não correspondia a nova realidade que se desejava para esse turno noturno, já que o foco deveria ser no processo de ensino aprendizagem dos estudantes.
  A concepção assumida de currículo neste documento tenta superar a ideia de currículo rígido atrelado a visão de conteúdos abordados de forma fragmentar.
  Ao instrumentalizar a proposta percebeu-se êxito, uma vez que a organização semestral por bloco aumenta o tempo de convívio entre aluno e professor, possibilitando assim, um melhor acompanhamento no processo de ensino aprendizagem.

ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A DISCIPLINA FORMAÇÃO PARA O TRABALHO

O Ensino Médio tem como Eixo Estruturante, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (2012), quatro dimensões: trabalho, ciência, cultura e tecnologia. Nesse documento, o trabalho é compreendido como Princípio Educativo e atividade intelectual, bem como, um processo histórico de produção científica e tecnológica. Assim, o objetivo é propiciar ações desenvolvidas socialmente para transformação das condições naturais da vida e a ampliação das habilidades gerais e competências básicas que tributem para a formação integral dos estudantes e o seu desenvolvimento, de forma que possa atuar na sociedade com êxito.
Nesse sentido, torna-se relevante organizar o currículo que incorpore um componente curricular que possa se articular com os demais que são constitutivos da Estrutura Curricular desse nível de ensino. Assim, emerge o componente curricular Formação para o Trabalho, no currículo do Ensino Médio Noturno, com o objetivo de formar o estudante para o exercício da ética e da cidadania, bem como para o desenvolvimento da autonomia, da criticidade, da tomada de decisão de sucesso, do empreendedorismo, da criatividade para sua imersão no mercado de trabalho, sem, contudo, esquecer da importância da informação transformada em conhecimento, da comunicação e da tecnologia como categorias constitutivas no processo ensino aprendizagem.

Por ser configurada como disciplina, a Formação para o Trabalho, poderá ser desenvolvida com temáticas que busquem envolver o estudante trabalhador não somente no mundo do trabalho, mas também no universo da cidadania. As temáticas sugeridas são:

* Trabalho, ética e cidadania.
* Trabalho, comunicação e tecnologia.
* Trabalho e mercado.
* Trabalho e empreendedorismo.

A disciplina corresponde a duas (2) aulas semanais, presente nos dois blocos. A priori, a disciplina deverá ser ministrada por professores licenciados em Filosofia e Sociologia.

TRABALHO, ÉTICA E CIDADANIA

Contextualização Histórica da Ética Ocidental; Ética na antiguidade, no Período Medieval, na Idade Moderna; Ética e Contemporaneidade; Ética Empresarial e Ética Profissional; Cidadania, sua origem, e sua  relação com o Mundo do Trabalho; Trabalho e Direitos Sociais.

Referências
 ARROYO, Miguel. BUFFA, Ester. NOSELLA, Paolo. Educação e Cidadania: quem educa o cidadão? 10ª ed. SP: Cortez, 2002. ISBN: 85-249-0094-6.
 LOMBARDE, José Claudinei. Ética e educação: Reflexões Filosóficas e Históricas. São Paulo: Editores Associados, 2006.
 PINSKY, JAIME. Cidadania E Educação. São Paulo: Contexto.

TRABALHO, COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA

Concepções de Trabalho; Meios de Comunicação: conceitos fundamentais; Mídia e Trabalho: a relevância do histórico, a situação atual e as perspectivas; Tendências relacionadas à tecnologia atual: o antes e o agora, a era do computador; Internet na Sociedade Contemporânea e na Escola.
Referências;
 BELONI, Maria Luiza. O que é Mídia-Educação. São Paulo: Ed. Autores Associados, 2005.
 LÉVI, Pierre. As Tecnologias da Inteligência. Rio de Janeiro: Editora 34, 2004.
 OROFINO, Maria Isabel. Mídias e Mediação Escolar. São Paulo, Cortez, 2005. ISBN: 85-249-        1149-2
CHAVES, O. C. Eduardo. Multimídia: Conceituação. Aplicações e Tecnologia. Campinas, 1991. Disponível: http://www.chaves.com.br/TEXTSELF/MULTIMED/mm0.htm
FRANCO, S.R. Informática na Educação. Rio Grande do Sul, Ed. UFRGS, 2004. ISBN: 978-85-725-765-9
GIANOLLA, Raquel. Informática na Educação: representações Sociais do Cotidiano. 3ºed. São Paulo Cortez, 2006. ISBN: 85-249-1212-X
PAIS, L. C. Educação Escolar e as Tecnologias da Informática. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. ISBN: 85-7526-068-5.
TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na Educação. São Paulo: Ed. Erica, 2000.
TRABALHO E MERCADO
Trabalho e Mercado: perspectiva histórica; As exigências do Mundo do Trabalho e a Escola; A globalização: emprego e desemprego.
Referências
ABRANTES, Jose. Gestão de Qualidade. SP, Ed. InterCiência, 2009.
OLIVEIRA, Dalila Andrade (Org.). Gestão Democrática da Educação. 6 ed. R J, Vozes, 2005.
PARO, Vitor Henrique. Gestão escolar, democracia e qualidade de ensino. SP, Ática, 2007
ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004. (Coleção Primeiros     Passos;171)
 ANGOTTI, Maristela. O Trabalho Docente na Pré-escola: Revisitando Teorias, Descortinando Práticas. 2. ed. :Pioneira Thomson Learning, 2002. 185p.
SAVIANI, Demerval. O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias. In: FERRETI, Celso João [e.al]. Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar. 3ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
BEGNATO, Maria Helena. Educação, Saúde e Trabalho. Campinas: Alínea, 1999.
LUCK, Heloísa. A Escola Participativa: O trabalho do gestor escolar. 6. ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2009. 159p.
TRABALHO E EMPREENDEDORISMO
Trabalho e Empreendedorismo: conceitos, suas características e função para o desenvolvimento na sociedade e nas organizações de trabalho; Formas de atuação de um empreendedor; O empreendedorismo e a Escola.
Referências
DOLABELA, Fernando.  Pedagogia Empreendedora São Paulo: Editora Cultura, 2003.
Empreendedorismo uma forma de ser. São Paulo: Editora Cultura, 2002.
.HISRICH, Robert D. PETERS Michael P.Empreendedorismo.Porto Alegre:Bookman, 2004.

outras informações: 
suem@rn.gov.br

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

CINEMA E DIREITOS HUMANOS: INVENTAR COM A DIFERENÇA!

É um projeto realizado pela UFF - Universidade Federal Fluminense (Dpto. de Cinema e Vídeo / Licenciatura em Cinema, a primeira do país!) e Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal. Em Natal a instituição parceira do projeto será o IFRN - Instituto Federal do Rio Grande do Norte, através da profa. Mary Land Brito.



Articulador com a SEEC - Pedro Fiuza

domingo, 2 de fevereiro de 2014

O BOIMANSISMO DO ELEITOR - CRÔNICA DE PÚBLIO JOSÉ






                                     
                   Muito se comenta no Brasil a respeito do alheamento do eleitor sobre as grandes questões, os grandes temas que envolvem a vida nacional. Pior: pesquisas, enquetes, levantamentos os mais diversos sempre afunilam para uma realidade inquestionável: a maioria do eleitorado nem se lembra em quem votou na última eleição. Além de comprovar o alheamento, a falta de memória do eleitor nos períodos posteriores às eleições, tal fato demonstra também a baixa qualidade do debate político e o desempenho pífio dos parlamentares no sentido de captar e manter acesa a atenção do eleitorado para as questões de importância ao dia a dia de todos. Seções sonolentas, propostas infantis, descabidas, dissociadas do interesse geral, chancelam e constroem o afastamento do brasileiro de tudo (ou quase tudo) do mundo político – e levam-no, além do mais, ao esquecimento impatriótico em quem votou no pleito passado.
                        Na qualidade de pessoas alçadas à condição de representantes, de porta vozes do povo (normalmente mais capacitadas, mais informadas a respeito de leis, projetos e tudo que envolve a rotina parlamentar), cabe muito mais aos políticos fazer por onde haja interesse da população do que se aproveitar da folclórica expressão “o brasileiro tem memória curta”. Ou será de interesse dos políticos, com raras exceções, manter o povo no desconhecimento do que se passa nos espaços parlamentares? Nisso aí talvez esteja a resposta a essa grande chaga nacional. Ou, quem sabe, nesse ponto, resida um grande impasse... Afinal, até hoje, não está comprovado se a pasmaceira da cena política brasileira está mais ligada ao baixo desempenho dos parlamentares ou à secular indisposição do brasileiro em participar da discussão de temas relevantes, muitos deles imprescindíveis. Nesse sentido, dois exemplos são gritantes.
                        Há quanto tempo rolam no Congresso as reformas política e tributária? E o brasileiro nem, nem. Serão, por acaso, assuntos desimportantes? Ou, quem sabe, tenha se apossado do brasileiro – por conviver longo tempo com uma realidade política que quase não lhe chama a atenção – a síndrome do boi manso, o boimansismo? Assim dito do fenômeno que registra as características de alguém que tem força e poder para alterar circunstâncias, mas se entrega a uma inércia, a um imobilismo de intrincada compreensão. Só assim se explica o comportamento do eleitor brasileiro diante de um contexto que lhe é sempre tão adverso – e tão necessitado, portanto, de sua adesão ao debate. E o boi manso? De jovem garrote agressivo, verdadeira força bruta, impetuosa, transforma-se em pouco tempo em dócil animal quando lhe jogam ao pescoço a canga da campinadeira ou a estrovenga do carro de boi.
                        E as manifestações de meados do ano passado, quando milhares de pessoas saíram às ruas para protestar por uma infinidade de mazelas praticadas pelos políticos em geral? Muita coisa se escreveu a respeito das manifestações, muita análise foi produzida, mas em um ponto todos concordam: os protestos pecaram pela falta de objetividade, pela profusão infrutífera de questões abordadas. Também aí um comportamento típico de boi manso. Quando se afoba, o boi manso solta coices e chifradas pra todo lado. Infrutiferamente. Falta-lhe foco, visão, objetivo definido para atacar. Passada a afobação, volta a ser o mesmo boi manso de sempre. Forte, robusto, poderoso, porém inerte, incapaz de defender seus interesses, quedado diante da esperteza do oponente. Das massivas manifestações do ano passado pouca coisa de concreto restou. A não ser o mugir do boi: mom, mom, moooooooommmmmmm...         

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

II MARATONA POTIGUAR DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIA - CONVITE


Evento CULTURAL que se constitui de: SOLIDARIEDADE para gerar ALEGRIA,
CONHECIMENTOS e PAZ!!!
Com entrada gratuita, este evento acontecerá nos dias 19, 20 e 21 de março de 2014, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Campus Cidade Alta, Natal/RN - Brasil, onde as histórias serão contadas por professores, poetas e demais voluntários dos mais diversos segmentos sociais.
Maratona Potiguar de Contação de Histórias: Evento idealizado pela contadora de histórias: Daluzinha Avlis, para encantar, educar e transformar vidas! Faça você também parte dessa história!
Para quem quiser ser um voluntário acessem o Facebook da Daluzinha Avlis e entre em contato com ela:
https://www.facebook.com/daluzinha.avlis?hc_location=stream

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O RN TEM PROPOSTA PIONEIRA DE ENSINO MEDIO NOTURNO



O que é o ensino noturno diferenciado.
 É uma proposta curricular com identidade própria, pioneira no Brasil e que contempla as especificidades do trabalhador estudante na  busca por uma educação que possibilite a permanência do estudante na escola, assim como o seu desenvolvimento e a sua formação para a vida e, para o trabalho. A proposta enfatiza a reformulação curricular para este turno de ensino, com foco nas peculiaridades dos estudantes do turno noturno, conforme previsto no Art. 4º, inciso VI da LDB nº 9.394/96 que assegura como dever do Estado a “oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando”.
O DIFERENCIAL DA PROPOSTA:
Organização Curricular
. Blocos semestrais;
. Carga horária do curso – 2.400h – 1.800h de atividades presenciais – Base Legal – obrigatória + 600h de atividades vivenciais ofertadas por meio de um projeto interdisciplinar.
.  Aula em bloco por área de conhecimento;
.  02 tempos de 90 minutos correspondente a 04 aulas de 45 minutos (ex. 2 aulas de Biologia e 02 aulas de Química);
.  Carga horária anual: 800 horas (200 dias x 3 horas = 600 horas presenciais + 200 horas de atividades complementares).
.  Formação continuada para os professores;
.  Desenvolvimento de projeto interdisciplinar para Mostra Científica ao final de cada semestre.
 
As Orientações Curriculares para o Ensino Médio Noturno Diferenciado (EMND) tem a pesquisa como princípio pedagógico com ênfase na iniciação científica e pesquisa, na leitura, no letramento e na cultura digital de forma articulada, além de incluir a interdisciplinaridade e a contextualização como possibilidades para integrar as áreas de conhecimento, e, assim, promover o ensino-aprendizagem dos educandos. Esta interrelação deve considerar o planejamento pedagógico com as perspectivas de forma a integrar os professores em cada bloco e áreas de conhecimento, e, também ter neste currículo o trabalho como princípio educativo articulando-se as atividades propostas. A oferta das atividades e aulas complementares/integradoras, desenvolvidos em momentos vivenciais deve estimular a responsabilidade, o senso crítico e autonomia do estudante, destacando que, toda ação metodológica desenvolvida na escola deve ter como princípio básico o diagnóstico do perfil do trabalhador estudante para com isso, superar desafios e garantir a produção do conhecimento e  transformação social.

A ideia nasceu  em 2006, foi implantado em 11 escolas em 2007. A partir de 2010 houve a expansão para 35, 2012 para mais 35 e 2014 para toda a rede. O RN serviu de referencia para o Estado do Paraná, Ceará e ainda recebeu a visita de técnicos do Rio Janeiro, para conhecer a proposta.

As dificuldades enfrentadas pelo ensino noturno são:

. Acesso e permanência e o direito à aprendizagem
. Ampliar o acesso da faixa etária acima de 18 anos com a garantia das mesmas condições do diurno.
. Ampliar ações de superação da distorção idade-série.
. Consolidar a identidade e a organização curricular desta etapa educacional.

Números do ensino  noturno no Estado em  2013 -  Cerca de 87.278 e uma evasão de 17,3%.

Fonte: SEEC/SUEM

domingo, 26 de janeiro de 2014

ARTIGO SOBRE A COPA - ANTONIO LASSANCE

Antonio Lassance

 

transcrevo na íntegra, vale a pena ser repassado, todo brasileiro deve ler esse artigo.

Vai ter Copa: argumentos para enfrentar quem torce contra o Brasil


Como a desinformação alimenta o festival de besteiras ditas contra a Copa do Mundo de Futebol no Brasil.





Profetas do pânico: os gupos que patrocinam a campanha anticopa

Existe uma campanha orquestrada contra a Copa do Mundo no Brasil. A torcida para que as coisas deem errado é pequena, mas é barulhenta e até agora tem sido muito bem sucedida em queimar o filme do evento.

Tiveram, para isso, uma mãozinha de alguns governos, como o do estado do Paraná e da prefeitura de Curitiba, que deram o pior de todos exemplos ao abandonarem seus compromissos com as obras da Arena da Baixada, praticamente comprometida como sede.

A arrogância e o elitismo dos cartolas da Fifa também ajudaram. Aliás, a velha palavra “cartola” permanece a mais perfeita designação da arrogância e do elitismo de muitos dirigentes de futebol do mundo inteiro.

Mas a campanha anticopa não seria nada sem o bombardeio de informação podre patrocinado pelos profetas do pânico.

O objetivo desses falsos profetas não é prever nada, mas incendiar a opinião pública contra tudo e contra todos, inclusive contra o bom senso.

Afinal, nada melhor do que o pânico para se assassinar o bom senso.

Como conseguiram azedar o clima da Copa do Mundo no Brasil

O grande problema é quando os profetas do pânico levam consigo muita gente que não é nem virulenta, nem violenta, mas que acaba entrando no clima de replicar desinformações, disseminar raiva e ódio e incutir, em si mesmas, a descrença sobre a capacidade do Brasil de dar conta do recado.

Isso azedou o clima. Pela primeira vez em todas as copas, a principal preocupação do brasileiro não é se a nossa seleção irá ganhar ou perder a competição.

A campanha anticopa foi tão forte e, reconheçamos, tão eficiente que provocou algo estranho. Um clima esquisito se alastrou e, justo quando a Copa é no Brasil, até agora não apareceu aquela sensação que, por aqui, sempre foi equivalente à do Carnaval.

Se depender desses Panicopas (os profetas do pânico na Copa), essa será a mais triste de todas as copas.

“Hello!”: já fizemos uma copa antes

Até hoje, os países que recebem uma Copa tornam-se, por um ano, os maiores entusiastas do evento. Foi assim, inclusive, no Brasil, em 1950. Sediamos o mundial com muito menos condições do que temos agora.

Aquela Copa nos deixou três grandes legados. O primeiro foi o Maracanã, o maior estádio do mundo – que só ficou pronto faltando poucos dias para o início dos jogos.

O segundo, graças à derrota para o Uruguai (“El Maracanazo”), foi o eterno medo que muitos brasileiros têm de que as coisas saiam errado no final e de o Brasil dar vexame diante do mundo - o que Nélson Rodrigues apelidou de “complexo de vira-latas”,  a ideia de que o brasileiro nasceu para perder, para errar, para sofrer.

O terceiro legado, inestimável, foi a associação cada vez mais profunda entre o futebol e a imagem do país. O futebol continua sendo o principal cartão de visitas do Brasil – imbatível nesse aspecto.

O cartunista Henfil, quando foi à China, em 1977, foi recebido com sorrisos no rosto e com a única palavra que os chineses sabiam do Português: “Pelé” (está no livro “Henfil na China”, de 1978).

O valor dessa imagem para o Brasil, se for calculada em campanhas publicitárias para se gerar o mesmo efeito, vale uma centena de Maracanãs.

Desinformação #1: o dinheiro da Copa vai ser gasto em estádios e em jogos de futebol, e isso não é importante

O pior sobre a Copa é a desinformação. É da desinformação que se alimenta o festival de besteiras que são ditas contra a Copa.

Não conheço uma única pessoa que fale dos gastos da Copa e saiba dizer quanto isso custará para o Brasil. Ou, pelo menos, quanto custarão só os estádios. Ou que tenha visto uma planilha de gastos da copa.

A “Copa” vai consumir quase 26 bilhões de reais.

A construção de estádios (8 bi) é cerca de 30% desse valor.

Cerca de 70% dos gastos da Copa não são em estádios, mas em infraestrutura, serviços e formação de mão de obra.

Os gastos com mobilidade urbana praticamente empatam com o dos estádios.

O gastos em aeroportos (6,7 bi), somados ao que será investido pela iniciativa privada (2,8 bi até 2014) é maior que o gasto com estádios.

O ministério que teve o maior crescimento do volume de recursos, de 2012 para 2013, não foi o dos Esportes (que cuida da Copa), mas sim a Secretaria da Aviação Civil (que cuida de aeroportos).

Quase 2 bi serão gastos em segurança pública, formação de mão de obra e outros serviços.

Ou seja, o maior gasto da Copa não é em estádios. Quem acha o contrário está desinformado e, provavelmente, desinformando outras pessoas.

Desinformação #2: se deu mais atenção à Copa do que a questões mais importantes

Os atrasos nas obras pelo menos serviram para mostrar que a organização do evento não está isenta de problemas que afetam também outras áreas. De todo modo, não dá para se dizer que a organização da Copa teve mais colher de chá que outras áreas.

Certamente, os recursos a serem gastos em estádios seriam úteis a outras áreas. Mas se os problemas do Brasil pudessem ser resolvidos com 8 bi, já teriam sido.

Em 2013, os recursos destinados à educação e à saúde cresceram. Em 2014, vão crescer de novo.

Portanto, o Brasil não irá gastar menos com saúde e educação por causa da Copa. Ao contrário, vai gastar mais. Não por causa da Copa, mas independentemente dela.

No que se refere à segurança pública, também haverá mais recursos para a área. Aqui, uma das razões é, sim, a Copa.

Dados como esses estão disponíveis na proposta orçamentária enviada pelo Executivo e aprovada pelo Congresso (nas referências ao final está indicado onde encontrar mais detalhes). 

Se alguém quiser ajudar de verdade a melhorar a saúde e a educação do país, ao invés de protestar contra a Copa, o alvo certo é lutar pela aprovação do Plano Nacional de Educação, pelo cumprimento do piso salarial nacional dos professores, pela fixação de percentuais mais elevados e progressivos de financiamento público para a saúde e pela regulação mais firme sobre os planos de saúde.

Se quiserem lutar contra a corrupção, sugiro protestos em frente às instâncias do Poder Judiciário, que andam deixando prescrever crimes sem o devido julgamento, e rolezinhos diante das sedes do Ministério Público em alguns estados, que andam com as gavetas cheias de processos, sem dar a eles qualquer andamento.

Marchar em frente aos estádios, quebrar orelhões públicos e pichar veículos em concessionárias não tem nada a ver com lutar pela saúde e pela educação.

Os estádios, que foram malhados como Judas e tratados como ícones do desperdício, geraram, até a Copa das Confederações, 24,5 mil empregos diretos. Alto lá quando alguém falar que isso não é importante.

Será que o raciocínio contra os estádios vale para a também para a Praça da Apoteose e para todos os monumentos de Niemeyer? Vale para a estátua do Cristo Redentor? Vale para as igrejas de Ouro Preto e Mariana?

Havia coisas mais importantes a serem feitas no Brasil, antes desses monumentos extraordinários. Mas o que não foi feito de importante deixou de ser feito porque construíram o bondinho do Pão-de-Açúcar?

Até mesmo para o futebol, o jogo e o estádio são, para dizer a verdade, um detalhe menos importante. No fundo, estádios e jogos são apenas formas para se juntar as pessoas. Isso sim é muito importante. Mais do que alguns imaginam.

Desinformação #3: O Brasil não está preparado para sediar o mundial e vai passar vexame

Se o Brasil deu conta da Copa do Mundo em 1950, por que não daria conta agora?

Se realizou a Copa das Confederações no ano passado, por que não daria conta da Copa do Mundo?

Se recebeu muito mais gente na Jornada Mundial da Juventude, em uma só cidade, porque teria dificuldades para receber um evento com menos turistas, e espalhados em mais de uma cidade?

O Brasil não vai dar vexame, quando o assunto for segurança, nem diante da Alemanha, que se viu rendida quando dos atentados terroristas em Munique, nos Jogos Olímpicos de Verão de 1972; nem diante dos Estados Unidos, que sofreu atentados na Maratona Internacional de Boston, no ano passado.

O Brasil não vai dar vexame diante da Itália, quando o assunto for a maneira como tratamos estrangeiros, sejam eles europeus, americanos ou africanos.

O Brasil não vai dar vexame diante da Inglaterra e da França, quando o assunto for racismo no futebol. Ninguém vai jogar bananas para nenhum jogador, a não ser que haja um Panicopa no meio da torcida.

O Brasil não vai dar vexame diante da Rússia, quando o assunto for respeito à diversidade e combate à homofobia.

O Brasil não vai dar vexame diante de ninguém quando o assunto for manifestações populares, desde que os governadores de cada estado convençam seus comandantes da PM a usarem a inteligência antes do spray de pimenta e a evitar a farra das balas de borracha.

Podem ocorrer problemas? Podem. Certamente ocorrerão. Eles ocorrem todos os dias. Por que na Copa seria diferente? A grande questão não é se haverá problemas. É de que forma nós, brasileiros, iremos lidar com tais problemas.

Desinformação #4: os turistas estrangeiros estão com medo de vir ao Brasil

De tanto medo do Brasil, o turismo para o Brasil cresceu 5,6% em 2013, acima da média mundial. Foi um recorde histórico (a última maior marca havia sido em 2005).

Recebemos mais de 6 milhões de estrangeiros. Em 2014, só a Copa deve trazer meio milhão de pessoas.

De quebra, o Brasil ainda foi colocado em primeiro lugar entre os melhores países para se visitar em 2014, conforme o prestigiado guia turístico Lonely Planet (“Best in Travel 2014”, citado nas referências ao final).

Adivinhe qual uma das principais razões para a sugestão? Pois é, a Copa.


Desinformação #5: a Copa é uma forma de enganar o povo e desviá-lo de seus reais problemas

O Brasil tem de problemas que não foram causados e nem serão resolvidos pela Copa.

O Brasil tem futebol sem precisar, para isso, fazer uma copa do mundo. E a maioria assiste aos jogos da seleção sem ir a estádios.

Quem quiser torcer contra o Brasil que torça. Há quem não goste de futebol, é um direito a ser respeitado. Mas daí querer dar ares de “visão crítica” é piada.

Desinformação #6: muitas coisas não ficarão prontas antes da Copa, o que é um grave problema

É verdade, muitas coisas não ficarão prontas antes da Copa, mas isso não é um grave problema. Tem até um nome: chama-se “legado”.

Mas, além do legado em infraestrutura para o país, a Copa provocou um outro, imaterial, mas que pode fazer uma boa diferença.

Trata-se da medida provisória enviada por Dilma e aprovada pelo Congresso (entrará em vigor em abril deste ano), que limita o tempo de mandato de dirigentes esportivos.

A lei ainda obrigará as entidades (não apenas de futebol) a fazer o que nunca fizeram: prestar contas, em meios eletrônicos, sobre dados econômicos e financeiros, contratos, patrocínios, direitos de imagem e outros aspectos de gestão. Os atletas também terão direito a voto e participação na direção. Seria bom se o aclamado Barcelona, de Neymar, fizesse o mesmo.

Estresse de 2013 virou o jogo contra a Copa

Foi o estresse de 2013 que virou o jogo contra a Copa. Principalmente quando aos protestos se misturaram os críticos mascarados e os descarados.

Os mascarados acompanharam os protestos de perto e neles pegaram carona, quebrando e botando fogo. Os descarados ficaram bem de longe, noticiando o que não viam e nem ouviam; dando cartaz ao que não tinha cartaz; fingindo dublar a “voz das ruas”, enquanto as ruas hostilizavam as emissoras, os jornalões, as revistinhas e até as coitadas das bancas.

O fato é que um sentimento estranho tomou conta dos brasileiros. Diferentemente de outras copas, o que mais as pessoas querem hoje saber não é a data dos jogos, nem os grupos, nem a escalação dos times de cada seleção. 

A maioria quer saber se o país irá funcionar bem e se terá paz durante a competição. Estranho.

É quase um termômetro, ou um teste do grau de envenenamento a que uma pessoa está acometida. Pergunte a alguém sobre a Copa e ouça se ela fala dos jogos ou de algo que tenha a ver com medo. Assim se descobre se ela está empolgada ou se sentou em uma flecha envenenada deixada por um profeta do apocalipse.

Todo mundo em pânico: esse filme de comédia a gente já viu

Funciona assim: os profetas do pânico rogam uma praga e marcam a data para a tragédia acontecer. E esperam para ver o que acontece. Se algo “previsto” não acontece, não tem problema. A intenção era só disseminar o pânico e o baixo astral mesmo.

O que diziam os profetas do pânico sobre o Brasil em 2013?  Entre outras coisas:

Que estávamos à beira de um sério apagão elétrico.

Que o Brasil não conseguiria cumprir sua meta de inflação e nem de superávit primário.

Que o preço dos alimentos estava fora de controle.

Que não se conseguiria aprontar todos os estádios para a Copa das Confederações.

O apagão não veio e as termelétricas foram desligadas antes do previsto. A inflação ficou dentro da meta. A inflação de alimentos retrocedeu. Todos os estádios previstos para a Copa das Confederações foram entregues.

Essas foram as profecias de 2013. Todas furadas.

Cada ano tem suas previsões malditas mais badaladas. Em 2007 e 2008, a mesma turma do pânico dizia que o Brasil estava tendo uma grande epidemia de febre amarela. Acabou morrendo mais gente de overdose de vacina do que de febre amarela, graças aos profetas do pânico.

Em 2009 e 2010, os agourentos diziam que o Brasil não estava preparado para enfrentar a gripe aviária e nem a gripe “suína”, o H1N1. Segundo esses especialistas em catástrofes, os brasileiros não tinham competência nem estrutura para lidar com um problema daquele tamanho. Soa parecido com o discurso anticopa, não?

O cataclismo do H1N1 seria gravíssimo. Os videntes falavam aos quatro cantos que não se poderia pegar ônibus, metrô ou trem, tal o contágio. Não se poderia ir à escola, ao trabalho, ao supermercado. Resultado? Não houve epidemia de coisa alguma.

Mas os profetas do pânico não se dão por vencidos. Eles são insistentes (e chatos também). Quando uma de suas profecias furadas não acontece, eles simplesmente adiam a data do juízo final, ou trocam de praga.

Agora, atenção todos, o próximo fim do mundo é a Copa. “Imagina na Copa” é o slogan. E há muita gente boa que não só reproduz tal slogan como perde seu tempo e sua paciência acreditando nisso, pela enésima vez.

Para enfrentar o pessoal que é ruim da cabeça ou doente do pé

O pânico é a bomba criada pelos covardes e pulhas para abater os incautos, os ingênuos e os desinformados.

Só existe um antídoto para se enfrentar os profetas do pânico. É combater a desinformação com dados, argumentos e, sobretudo, bom senso, a principal vítima da campanha contra a Copa.

Informação é para ser usada. É para se fazer o enfrentamento do debate. Na escola, no trabalho, na família, na mesa de bar.

É preciso que cada um seja mais veemente, mais incisivo e mais altivo que os profetas do pânico. Eles gostam de falar grosso? Vamos ver como se comportam se forem jogados contra a parede, desmascarados por uma informação que desmonta sua desinformação.

As pessoas precisam tomar consciência de que deixar uma informação errada e uma opinião maldosa se disseminar é como jogar lixo na rua.

Deixar envenenar o ambiente não é um bom caminho para melhorar o país.

A essa altura do campeonato, faltando poucos meses para a abertura do evento, já não se trata mais de Fifa. É do Brasil que estamos falando.

É claro que as informações deste texto só fazem sentido para aqueles para quem as palavras “Brasil” e “brasileiros” significam alguma coisa.

Há quem por aqui nasceu, mas não nutre qualquer sentimento nacional, qualquer brasilidade; sequer acreditam que isso existe. Paciência. São os que pensam diferente que têm que mostrar que isso existe sim.

Ter orgulho do país e torcer para que as coisas deem certo não deve ser confundido com compactuar com as mazelas que persistem e precisam ser superadas. É simplesmente tentar colocar cada coisa em seu lugar.

Uma das maneiras de se colocar as coisas no lugar é desmascarar oportunistas que querem usar da pregação anticopa para atingir objetivos que nunca foram o de melhorar o país.

O pior dessa campanha fúnebre não é a tentativa de se desmoralizar governos, mas a tentativa de desmoralizar o Brasil.

É preciso enfrentar, confrontar e vencer esse debate. É preciso mostrar que esse pessoal que é profeta do pânico é ruim da cabeça ou doente do pé.

(*) Antonio Lassance é doutor em Ciência Política e torcedor da Seleção Brasileira de Futebol desde sempre.

Mais sobre o assunto:

A Controladoria Geral da União atualiza a planilha com todos os gastos previstos para a Copa, os já realizados e os por realizar, em seu portal:


Os dados do orçamento da União estão disponíveis na proposta orçamentária enviada pelo Executivo e aprovada pelo Congresso. 

O “Best in Travel 2014”, da Lonely Planet, pode ser conferido aqui.

Sobre copa e anticopa, vale a pena ler o texto do Flávio Aguiar, “Copa e anti-copa”, aqui na Carta Maior:

Sobre o catastrofismo, também do Flávio Aguiar: “Reveses e contrariedades para a direita”, na Carta Maior.

Sobre os protestos de junho e a estratégia da mídia, leiam o texto do prof. Emir Sader, "Primeiras reflexões".
fonte: carta maior
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