INCONTIDA PAIXÃO
Quero - te assim,
Com essas mãos insidiosas
Errando caminhos dentro de mim
E vasculhando minhas ânsias vaidosas!
Quero as tuas mãos despidas
Tateando intermináveis carinhos
Em minhas formas intrépidas,
Suadas e aconchegadas em ninhos!
Quero os teus lábios, amado,
Trêmulos, inquietos e tímidos
Adoçando o meu leite aguado!
Quero o arco - íris do teu olhar de amante
Contemplando orvalhos tépidos
Nas rosas soltas ao vento errante!
Quero a sensualidade de olores
Açoitando a virgindade da aurora,
Grávida de mil flores
Parindo na umidade cheirosa da hora!
Quero a entrega completa de corpos cálidos
Despertando na rósea manhã recém - nascida
Cheia de silêncios orquestrados
E de tua imagem resplendente e amanhecida!
Quero o verde esmeraldino das matas
E a essência rubra do sol em ânsias
Trazendo estrelas despertas!
Quero o beijo crespo do vento
Deixando vestígios de esperas macias
Cobrindo - me de suavidade e alento!
Quero a beleza das pétalas das rosas
Exalando aromas diferentes
Recriando inspirações dadivosas
Em versos imanentes!
Quero, nesses destinos separados
Aguardar o meu amado amante
Para viver momentos desenfreados,
Num gozo infinito e delirante!
Quero as inesperadas chegadas
Sob os aflitos olhos dos astros do firmamento
E o doce sol de poesias caladas!
Quero o imenso brilho do céu
E mornas mãos corrompendo o meu intento,
Como fogos crepitando em meu véu!
Quero silêncios gritando
No instante ardente e buliçoso.
Morder o teu sorriso brando
Nesses lábios molhados em meu verso.
Quero o olor de flores tristes
Cristalizando - se em pálidas pétalas
Enfeitando jardins de amantes
Aureolados de imagináveis pérolas!
Quero os aveludados carinhos teus,
Avassaladores e inebriantes,
No cenário sensual dos sonhos meus!
Quero os teus olhos molhados de quimeras
Inundando rios ressonantes,
Trazendo o cheiro de plácidas esperas.
Quero aquele grito abafado
De orgasmos que se repetem
Fecundando um adeus desesperado
No ventre de amantes que se despem.
Quero auroras florescendo do teu calor
E mãos suadas,
Vaporosas de impulsivo ardor
Sob a sombra de árvores esquecidas!
Quero levar - te o calor deste soneto
Despertando os teus delírios,
Nesta voz de alma em tormento!
Quero sentir a dor desse ardente desejo
Aromatizando úmidos e castos lírios,
Aflorando, sutilmente, o meu ensejo!
Quero o bordado dos teus dedos hábeis,
Em minha túnica vermelha de anseios,
Riscada de imagens ágeis,
No branco tecido dos meus seios!
Quero nuvens bailando na alcova celestial
E os murmúrios dos crepúsculos
Invadindo o anoitecer angelical,
Sem poeiras e sem os sóis rútilos!
Quero - te, amado, infinitamente assim,
Segurando a minha mão
Para alar - me enamorada de ti, sem fim!
Quero, pura e simplesmente amar - te sim,
Nesta incontida paixão,
Sem fronteiras, enfim!
INCONTIDA PAIXÃO
Quero - te assim,
Com essas mãos insidiosas
Errando caminhos dentro de mim
E vasculhando minhas ânsias vaidosas!
Quero as tuas mãos despidas
Tateando intermináveis carinhos
Em minhas formas intrépidas,
Suadas e aconchegadas em ninhos!
Quero os teus lábios, amado,
Trêmulos, inquietos e tímidos
Adoçando o meu leite aguado!
Quero o arco - íris do teu olhar de amante
Contemplando orvalhos tépidos
Nas rosas soltas ao vento errante!
Quero a sensualidade de olores
Açoitando a virgindade da aurora,
Grávida de mil flores
Parindo na umidade cheirosa da hora!
Quero a entrega completa de corpos cálidos
Despertando na rósea manhã recém - nascida
Cheia de silêncios orquestrados
E de tua imagem resplendente e amanhecida!
Quero o verde esmeraldino das matas
E a essência rubra do sol em ânsias
Trazendo estrelas despertas!
Quero o beijo crespo do vento
Deixando vestígios de esperas macias
Cobrindo - me de suavidade e alento!
Quero a beleza das pétalas das rosas
Exalando aromas diferentes
Recriando inspirações dadivosas
Em versos imanentes!
Quero, nesses destinos separados
Aguardar o meu amado amante
Para viver momentos desenfreados,
Num gozo infinito e delirante!
Quero as inesperadas chegadas
Sob os aflitos olhos dos astros do firmamento
E o doce sol de poesias caladas!
Quero o imenso brilho do céu
E mornas mãos corrompendo o meu intento,
Como fogos crepitando em meu véu!
Quero silêncios gritando
No instante ardente e buliçoso.
Morder o teu sorriso brando
Nesses lábios molhados em meu verso.
Quero o olor de flores tristes
Cristalizando - se em pálidas pétalas
Enfeitando jardins de amantes
Aureolados de imagináveis pérolas!
Quero os aveludados carinhos teus,
Avassaladores e inebriantes,
No cenário sensual dos sonhos meus!
Quero os teus olhos molhados de quimeras
Inundando rios ressonantes,
Trazendo o cheiro de plácidas esperas.
Quero aquele grito abafado
De orgasmos que se repetem
Fecundando um adeus desesperado
No ventre de amantes que se despem.
Quero auroras florescendo do teu calor
E mãos suadas,
Vaporosas de impulsivo ardor
Sob a sombra de árvores esquecidas!
Quero levar - te o calor deste soneto
Despertando os teus delírios,
Nesta voz de alma em tormento!
Quero sentir a dor desse ardente desejo
Aromatizando úmidos e castos lírios,
Aflorando, sutilmente, o meu ensejo!
Quero o bordado dos teus dedos hábeis,
Em minha túnica vermelha de anseios,
Riscada de imagens ágeis,
No branco tecido dos meus seios!
Quero nuvens bailando na alcova celestial
E os murmúrios dos crepúsculos
Invadindo o anoitecer angelical,
Sem poeiras e sem os sóis rútilos!
Quero - te, amado, infinitamente assim,
Segurando a minha mão
Para alar - me enamorada de ti, sem fim!
Quero, pura e simplesmente amar - te sim,
Nesta incontida paixão,
Sem fronteiras, enfim!
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