Eduardo Gosson*
Das drogas
lícitas o álcool é a mais antiga, remonta a 3.500 a.Cristo na região do Oriente
Médio e a 6000 a. C. na Mesopotâmia. No texto bíblico, o primeiro cachaceiro
foi Noé que tomou grandes porres com o vinho
das uvas por ele plantada. Na velha Roma o vinho era parceiro das orgias
e bacanais. Roma tinha dois comportamentos: rigor na vida pública e devassidão na privada. O
poeta Ovídio conheceu o exílio por ter escrito o livro A Arte de Amar, hoje considerado leve face os valores atuais.
Hoje o jovem
é incentivado a beber desde cedo:
família e mídia. Na ânsia de não ficar para trás é empurrado para os braços da
bebida. Não sabe ele: de cada 100 jovens 10 desenvolverão o vício. Estima-se
que o álcool afeta 15% da população, acarretando elevados custos para a
sociedade. A indústria do álcool movimenta 3,5% do Produto Interno Bruto – PIB
e o governo gasta 7,3% para cuidar do problema. Dinheiro este que poderia ser
investido em educação ou moradia
popular.
Por esse
e outros motivos advogamos que o álcool deveria ser abolido da nossa sociedade,
a exemplo da Arábia Saudita onde é rigorosamente proibido ( o Alcorão não permite). Estrangeiros que
são pego bebendo, imediatamente eles colocam dentro do avião e mandam de volta
para o país de origem. Poder-se-ia perguntar:
- Por que tamanho
radicalismo?
- Porque o ser humano até
hoje não entendeu o valor da delicadeza e da democracia. A única linguagem que
a humanidade entende é a da dureza. Já imaginou se um país como a China, com
uma população de 1 bilhão e 500 milhões de habitantes, implantasse a
Democracia? Simplesmente deixaria de
funcionar e não estaria na Vanguarda deste Terceiro Milênio. A Democracia
implantada no Brasil desde José Sarney resolveu os problemas básicos:
saúde, segurança e educação?
*Eduardo
Gosson é poeta. Preside a União Brasileira de Escritores – UBE/RN
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