sexta-feira, 20 de setembro de 2013

COMO SURGE UM DELINQUENTE



LITERATURA DE CORDEL

Entre os retalhos da vida
Quero lhes fazer ciente,
Com sugestibilidade
De mulher inteligente,
Explicando como é fácil
Produzir um delinquente.

Primeiro, eu vou explicar:
Deixar seu filho dizer
Tudo o que ele desejar,
Também o satisfazer
Em tudo que ele quiser
E ainda o defender;

Consentir que o filho faça
O que não é necessário
Sem educação moral,
Sem estilo doutrinário;
Que ele, sem instrução,
Seja um correligionário.

Ou mesmo, pelo contrário,
Com certa indignidade,
Passar a repreendê-lo
Criando-lhe má vontade,
Revolta, ressentimentos
Para a criminalidade.

Perante a sociedade
Ele descarregará!
O que ouviu em criança
Ele não esquecerá,
Depois que estiver crescido
Aos pais envergonhará.

E lógico, o filho terá
O direito de sentir!
Se o casal não tem respeito,
Brigando pra o filho ouvir,
Este julgará conforme
O que aprendeu discernir.

Castigar severamente
Sem seu filho merecer
Ou expulsá-lo de casa,
Negar-lhe roupa e comer;
Ter raiva,  menosprezá-lo,
E, dele, a face esconder,

Como também não querer
Que desfrute a mocidade:
Brincar, amar, passear...
Não gozando a liberdade.
Realmente o jovem vive
Repleto de má vontade.

Falar com austeridade
Sem definir com prudência,
Com falta de estilo e calma,
Fugindo, assim, à decência,
É a instrução que carece
Para a desobediência.

No caso de mais carência,
Privar seus objetivos
Dirigindo-se ao jovem
Com assuntos negativos,
Pois a repressão não traz
Resultados positivos.

Um tratamento abusivo,
Importuno, e negligência,
É mesmo a forma melhor
E de maior influência
Para um jovem praticar
Os atos de delinquência.

Um jovem adolescente
Vivendo a degenerar
Com seus pais nada fazendo
Que o possa recuperar,
Das ações desvirtuadas
Não poderá se safar.

Os conselhos não lhe agradam
Nem a luz do mau juízo,
Antes, nega-lhe atenção,
Para viver indeciso.
Sem o olhar no futuro,
Terá grande prejuízo.

Deixar o filho andar liso,
Malcheiroso, maltrapilho,
Depois de bem pervertido,
Analfabeto e andarilho,
Seus pais escondem-lhe os hábitos
Porque o mesmo é seu filho.

É seguindo esse mau trilho
Que realmente estará
Perdido, irrecuperável!
Isso tudo o levará
A uma vida incapaz
E na mesma viverá.

Assim, continuará
Imoral, sem reajustes,
A família perturbada
Pelos ilícitos embustes
Com os quais o jovem atua
Sem ter jeito e continua
Na senda dos desajustes.

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Guardo no meu coração
Escolhas feitas por mim
Raramente esqueço alguma,
Até mesmo a mais ruim.
Lembranças sempre marcantes
Dos atos itinerantes...
Até das dores sem fim.

Eu escolhi este assunto
Falando do adolescente
Imaginando a carência
Geral que o jovem sente.
Ele, quando é bem amado,
Não necessita o cuidado
Indispensável ao coitado
Abandonado e carente.


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