republico na íntegra
O ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, anunciou nesta terça-feira (10/09) um programa para incentivar
estudantes do ensino médio a seguirem carreira nas áreas de exatas e
biológicas. Batizado com o nome “Quero ser cientista, quero ser
professor”, o programa vai dar bolsa de R$ 150 aos alunos de escola
pública que demonstrem interesse nas áreas e que participem de uma
jornada de trabalho e pesquisa, nos moldes da iniciação científica.
O professor do ensino médio também deve
receber uma bolsa para supervisionar o aluno no programa, que terá ainda
a participação de professores universitários como tutores.
Em nota, o ministério da Educação
afirmou que o ministro pretende, com a iniciativa, “despertar o
interesse que já existe em alguns estudantes, que têm excelentes
desempenhos. Se você não estimular, se ele não tiver motivação, ele pode
depois perder esse interesse. O Brasil precisa de mais profissionais
nessas áreas”.
O anúncio do ministro foi feito na
abertura do 2º Congresso do Movimento Todos pela Educação, que teve
início nesta terça em Brasília. Mercadante afirmou que 30 mil alunos
devem ser beneficiados na primeira etapa do programa. Em sua fala,
segundo o MEC, o ministro explicou que a demanda por vagas em cursos
nessas áreas é “muito baixa, em torno de 3% de matrículas apenas” e que,
enquanto tem crescido para engenharia, ela segue igual para matemática,
física e química.
(G1, 10/09/13)
Segundo o Ministério da Educação, ainda
não há detalhes específicos sobre o “Quero ser cientista, quero ser
professor”, como a partir de que ano do ensino médio os estudantes
poderão participar. O objetivo é estimular que mais jovens cursem a
licenciatura em física, química, matemática e biologia, áreas
consideradas pelo governo como prioritárias nos investimentos
educacionais.
O MEC afirmou que a portaria que
especificará as regras da primeira edição do programa deve ser publicada
no “Diário Oficial da União” até a próxima semana. Então, o programa
abrirá um prazo para que os governos estaduais e municipais que ofereçam
vagas no ensino médio se inscrevam para participar do programa.
“Temos de fazer bolsa de assistência”,
defendeu o ministro, afirmando que muitos dos alunos de escolas públicas
são pobres e precisam de tutoria e acompanhamento pedagógico. “O topo
da escola pública é de excelente qualidade e concorre com o setor
privado”, disse ele.
Além de incentivo financeiro, o governo
também pretende preparar materiais didáticos que estimulem o interesse
dos alunos por matemática, física, química, biologia e astronomia.
Chamado de Aventuras na Ciência, o material, segundo o MEC, será
produzido por cientistas brasileiros.
fonte:educação pública eu apoio -CNTE/CUT
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